Ele riu.
— Sei sim. — Deu fim à brincadeira. — Agora diga-me: do que você precisa?— Eu... — Engoliu em seco. — Estou machucado, cheio de arranhões nas costas.— Nossa, a garota tem garras? — Perguntou malicioso, fazendo o jovem médico suspirar.— Posso continuar? — Se sentou na grama, irritado.— Eu só quis fazer uma piadinha.— Você não nasceu pra ser comediante, Nathan — bufou.— Tá parecendo um búfalo, cara. Pode falar, nunca te vi tão estressado depois de uma transa.— Acontece que não foi agora, eu não transei e vim falar com você. — Calou-se rapidamente entendendo o também silêncio do amigo como a atenção que ele prestava. — Já faz mais de dez horas e ainda ardem quando eu deito, preciso do seu diagnóstico.— Desolado...— Então... — Chamou a atenção da mais velha das irmãs Jones. — Eu te ensino a dirigir, é só você querer. — Sério? Eu vou te dar muito trabalho — avisou tentando alertá-lo. — Tem certeza? — Claro, gracinha! — Obrigada — assentiu ele. — E, Beatrice, a gente come e vai para a cozinha, tá? Se não, não teremos tempo para nada, depois você agarra o ruivo.(...)Sabia que o que estava fazendo era errado. Sabia que a maioria das coisas que fazia era errada, e a quantidade de erros superavam a quantidade de acertos. Vestiu uma blusa social branca com os dois últimos botões abertos, salientando o peitoral, ainda sim estava decente. Calças jeans escuras e sapa tênis brancos completavam o visual. Embora o tempo estivesse frio, ele sentia um calor descomunal, provave
— Pare de pedir desculpas sem permissão. Agora, pise na embreagem, engate a primeira e solte devagar e com suavidade. — Ela obedeceu. — Agora comece a acelerar até o carro começar a andar, não fique com medo.— Toda vez que eu quiser trocar de marcha tenho que pisar na embreagem? — Sim, com certeza. Vai ser uma catástrofe se não o fizer. — E, e agora? — Pulou no banco.— Acelere, quando chegar aos trinta quilômetros por hora mais ou menos, você pisa na embreagem e troca a marcha para a segunda, e segue acelerando.— E-eu só sei a primeira. — Sorriu sem jeito para ele.— Me dê sua mão — pediu, estendendo a sua. — O quê? — Me dê sua mão — repetiu defendendo-se ao perceber a desconfiança da morena. — Joanne, eu nunca faltei com o respeito com voc&eci
Deu um gole no uísque que rasgou sua garganta ao engolir, quente feito fogo. Bateu o copo de vidro sobre a mesa de carvalho, despejando o ódio insano que sentia. Mais um pouco de força e estaria recolhendo os cacos de vidro espalhados pela sala. O relógio marcava sete horas da manhã. Gostaria de dizer que a falta de sono o havia despertado, mas na verdade foram as mensagens de sua ex-esposa no telefone, mensagens essas nada amigáveis, que tiveram efeito como um tiro no meio do peito.“Você é um desgraçado! Dois filhos, Aaron?”“Eu te odeio com todas as minhas forças!”“Eu vou tirar de você tudo, até o último centavo, para nunca se esquecer de mim!”“Eu nunca mereci isso.”As mensagens de sua ex-esposa eram mais do que claras: ela sabia do novo filho de Aaron que em breve chegaria ao mundo. Mais claro que isso era a forma em
— Eu juro que se estiver tentando colocar a Joanne contra mim, vai se ver comigo! Ele apenas riu e disse: — Você faz isso melhor que eu, sem nem mesmo perceber.Ele não deveria se importar com aquilo, deveria não ligar, mas ele estava certo, Joanne o amava, isso era visível para qualquer um, e ele estava indo pelo mesmo barco e correnteza. No entanto, ele se negava a acreditar e a viver aquilo, a velocidade que ela o conquistava era brutal e surreal.(...)Os dias se arrastavam feito corrente no chão. Joanne permanecia distante de Ethan, e a cada dia que a hora de dizer adeus se aproximava ela se negava a dar ouvidos a ele, embora ele, por sua vez, a procurasse. O loiro sentia saudade dos carinhos da morena, dos lábios, do calor de seu corpo esguio e das risadas que apenas ela era capaz de dar. William havia embarcado numa reunião de contratos em Singapura e teve que deixar a fazenda. Tyler e
— Se você souber mentir, com certeza dá. Era errado admitir que toda sua vida profissional se baseava em mentiras e omissões. O segredo de ser bem-sucedida em grandes processos era justamente esse: encontrar brechas nas leis e usá-las a seu favor, algo que não seria possível se ela não conhecesse tão bem as varas familiares e criminais. — Tipo o quê? — Questionou o mais novo dos Parker. — Diga que você tem algum tipo de compulsão sexual. Arrume um atestado de um psicólogo para confirmar isso e deixe o restante comigo.Ele riu. Jamais imaginara que um dia teria que fazer algo como aquilo para se ver livre da mulher que amava e que só queria saber do dinheiro que ele tinha. Acreditava fielmente que tudo o que ia, também voltava, a justiça da vida nunca havia falhado e ele sabia daquilo. Tudo o que estava colhendo eram frutos plantados no
Chaos foi mais rápido, puxando a noiva pelo braço a fazendo sentar em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo. Ele afundou o nariz entre os seios macios da morena, sentindo o cheiro fenomenal que ela tinha. Se arrepiou profundamente sentindo a ponta do nariz abrir caminho em seu colo. As pequenas mãos alisaram o ombro suado dele. — Então sugiro que tome outro depois... comigo. — Ela beijou seus lábios com um gosto levemente salgado de suor, mas ainda sim saboroso. A ponta dos dedos masculinos foi até uma das alças do vestido, expondo um dos seios que já se encontravam durinhos. O loiro roçou a barba mal feita no sexo exposto, fazendo a morena agarrar seus cabelos. Levou as mãos até as nádegas, apertando-as contra si. Se levantou do banco de madeira se sentando em meio à palhoça do celeiro com ela ainda em seu colo. Sentou-se sugando um dos seios e se ap
— Então quer dizer que Ethan anda mentindo? — Indagou a morena fitando os olhos de Ethan, que se encontravam novamente revoltos. Ela estava prestes a pular para se situar em qual mentira ela falava, mas mal sabia que aquele mar era tão revolto que ela provavelmente morreria afogada por não saber nadar. — Não se acanhem, eu sou sua noiva, então será um prazer estar por dentro de sua vida!— Eu dizia a ela que eu havia me tornado médico, Joanne — pigarreou Ethan. — Ela não acreditou.— Pois é, o Ethan que eu conhecia era outra coisa. — Ela riu azeda. — Eu temo que meus amigos estejam a me procurar. A loira sem nem mesmo se despedir se retirou do ambiente, voltando para a pista, deixando Ethan e Joanne fitando um ao outro num clima extremamente pesado. A discórdia já havia sido plantada. — O que está escondendo de mim?
— Sander — avisou. — Precisamos levá-la a um hospital.Chaos adentrou a casa sem ao menos perguntar. Procurou pelo quarto de Sander junto de Castle, que o seguia tão preocupado quanto o próprio médico. Ao chegar, encontrou a gestante deitada com as pernas para cima, com os olhos fechados e a mão sobre a barriga. Joanne ao seu lado prendia seus cabelos.— Querida, eu preciso que você me diga o que está sentindo, aonde e em qual intensidade, ok? — Ele dizia gentil, encostando a mão na testa da gestante indicando febre. Ela abriu os olhos sorrindo fraco. Joanne o fitou e por um instante deixou de ver o homem que ela havia conhecido, mas sim um médico.— Dor de cabeça média, cólicas fortes, sangramento, fraqueza e um pouco de vertigem — relatou ela.— Castle, preciso de luvas descartáveis e de um termômetro — orde