— Pare de pedir desculpas sem permissão. Agora, pise na embreagem, engate a primeira e solte devagar e com suavidade. — Ela obedeceu. — Agora comece a acelerar até o carro começar a andar, não fique com medo.
— Toda vez que eu quiser trocar de marcha tenho que pisar na embreagem?— Sim, com certeza. Vai ser uma catástrofe se não o fizer.— E, e agora? — Pulou no banco.— Acelere, quando chegar aos trinta quilômetros por hora mais ou menos, você pisa na embreagem e troca a marcha para a segunda, e segue acelerando.— E-eu só sei a primeira. — Sorriu sem jeito para ele.— Me dê sua mão — pediu, estendendo a sua.— O quê?— Me dê sua mão — repetiu defendendo-se ao perceber a desconfiança da morena. — Joanne, eu nunca faltei com o respeito com voc&eciDeu um gole no uísque que rasgou sua garganta ao engolir, quente feito fogo. Bateu o copo de vidro sobre a mesa de carvalho, despejando o ódio insano que sentia. Mais um pouco de força e estaria recolhendo os cacos de vidro espalhados pela sala. O relógio marcava sete horas da manhã. Gostaria de dizer que a falta de sono o havia despertado, mas na verdade foram as mensagens de sua ex-esposa no telefone, mensagens essas nada amigáveis, que tiveram efeito como um tiro no meio do peito.“Você é um desgraçado! Dois filhos, Aaron?”“Eu te odeio com todas as minhas forças!”“Eu vou tirar de você tudo, até o último centavo, para nunca se esquecer de mim!”“Eu nunca mereci isso.”As mensagens de sua ex-esposa eram mais do que claras: ela sabia do novo filho de Aaron que em breve chegaria ao mundo. Mais claro que isso era a forma em
— Eu juro que se estiver tentando colocar a Joanne contra mim, vai se ver comigo! Ele apenas riu e disse: — Você faz isso melhor que eu, sem nem mesmo perceber.Ele não deveria se importar com aquilo, deveria não ligar, mas ele estava certo, Joanne o amava, isso era visível para qualquer um, e ele estava indo pelo mesmo barco e correnteza. No entanto, ele se negava a acreditar e a viver aquilo, a velocidade que ela o conquistava era brutal e surreal.(...)Os dias se arrastavam feito corrente no chão. Joanne permanecia distante de Ethan, e a cada dia que a hora de dizer adeus se aproximava ela se negava a dar ouvidos a ele, embora ele, por sua vez, a procurasse. O loiro sentia saudade dos carinhos da morena, dos lábios, do calor de seu corpo esguio e das risadas que apenas ela era capaz de dar. William havia embarcado numa reunião de contratos em Singapura e teve que deixar a fazenda. Tyler e
— Se você souber mentir, com certeza dá. Era errado admitir que toda sua vida profissional se baseava em mentiras e omissões. O segredo de ser bem-sucedida em grandes processos era justamente esse: encontrar brechas nas leis e usá-las a seu favor, algo que não seria possível se ela não conhecesse tão bem as varas familiares e criminais. — Tipo o quê? — Questionou o mais novo dos Parker. — Diga que você tem algum tipo de compulsão sexual. Arrume um atestado de um psicólogo para confirmar isso e deixe o restante comigo.Ele riu. Jamais imaginara que um dia teria que fazer algo como aquilo para se ver livre da mulher que amava e que só queria saber do dinheiro que ele tinha. Acreditava fielmente que tudo o que ia, também voltava, a justiça da vida nunca havia falhado e ele sabia daquilo. Tudo o que estava colhendo eram frutos plantados no
Chaos foi mais rápido, puxando a noiva pelo braço a fazendo sentar em seu colo, com uma perna de cada lado de seu corpo. Ele afundou o nariz entre os seios macios da morena, sentindo o cheiro fenomenal que ela tinha. Se arrepiou profundamente sentindo a ponta do nariz abrir caminho em seu colo. As pequenas mãos alisaram o ombro suado dele. — Então sugiro que tome outro depois... comigo. — Ela beijou seus lábios com um gosto levemente salgado de suor, mas ainda sim saboroso. A ponta dos dedos masculinos foi até uma das alças do vestido, expondo um dos seios que já se encontravam durinhos. O loiro roçou a barba mal feita no sexo exposto, fazendo a morena agarrar seus cabelos. Levou as mãos até as nádegas, apertando-as contra si. Se levantou do banco de madeira se sentando em meio à palhoça do celeiro com ela ainda em seu colo. Sentou-se sugando um dos seios e se ap
— Então quer dizer que Ethan anda mentindo? — Indagou a morena fitando os olhos de Ethan, que se encontravam novamente revoltos. Ela estava prestes a pular para se situar em qual mentira ela falava, mas mal sabia que aquele mar era tão revolto que ela provavelmente morreria afogada por não saber nadar. — Não se acanhem, eu sou sua noiva, então será um prazer estar por dentro de sua vida!— Eu dizia a ela que eu havia me tornado médico, Joanne — pigarreou Ethan. — Ela não acreditou.— Pois é, o Ethan que eu conhecia era outra coisa. — Ela riu azeda. — Eu temo que meus amigos estejam a me procurar. A loira sem nem mesmo se despedir se retirou do ambiente, voltando para a pista, deixando Ethan e Joanne fitando um ao outro num clima extremamente pesado. A discórdia já havia sido plantada. — O que está escondendo de mim?
— Sander — avisou. — Precisamos levá-la a um hospital.Chaos adentrou a casa sem ao menos perguntar. Procurou pelo quarto de Sander junto de Castle, que o seguia tão preocupado quanto o próprio médico. Ao chegar, encontrou a gestante deitada com as pernas para cima, com os olhos fechados e a mão sobre a barriga. Joanne ao seu lado prendia seus cabelos.— Querida, eu preciso que você me diga o que está sentindo, aonde e em qual intensidade, ok? — Ele dizia gentil, encostando a mão na testa da gestante indicando febre. Ela abriu os olhos sorrindo fraco. Joanne o fitou e por um instante deixou de ver o homem que ela havia conhecido, mas sim um médico.— Dor de cabeça média, cólicas fortes, sangramento, fraqueza e um pouco de vertigem — relatou ela.— Castle, preciso de luvas descartáveis e de um termômetro — orde
O dia amanheceu nublado naquela manhã. Sua cabeça se encontrava cheia, o mundo parecia ameaçar desabar sobre ele de forma lenta, atacando pontos impossíveis de se prever onde e muito menos de se defender. Mentira tinha perna curta e a prova disso era o fato do loiro simplesmente tentar correr de seu passado e acabar tropeçando nas próprias pernas. Em uma fração de segundo ele achou que Joanne poderia preencher sua vida, até então vazia, mas suas ações a afastavam cada vez mais. Se ele continuasse assim, hora ou outra chegariam de volta ao ponto inicial: desconhecidos um do outro.Botou o jornal no bolso antes de entrar no táxi para retornar à fazenda dos Jones e, devido ao grande tráfego de pensamentos, o caminho percorrido fora tão rápido que nem lhe dera tempo para pregar os olhos na estrada.A grama se tornara barrenta pelo frio e sereno da madrugada, o
O sorriso carinhoso, alimentado há tanto tempo, escapou dos lábios de seu noivo, enquanto sua cabeça tentava formular alguma resposta para a pior negação de sua vida. — Não entendi. — Ele chegou próximo a ela, se ajoelhando até ficar na altura da morena, para que pudesse fitar os olhos opacos que tanto amava, olhos esses que se encontravam marejados por estarem prestes a ferir o único homem que a amou de forma digna depois de seu pai. — Por que não? Eu fiz... algo a você?Juliett se levantou com o coração doendo. — Eu não posso me casar com você, Adam — insistiu, enxugando a face. — Eu me envolvi com outro homem. O que fiz não foi certo, eu não consigo criar amor, paixão por você. Não podemos nos casar, eu não sou boa o suficiente pra você.Ele se levantou com os olhos arregalad