Joanne fitou o jornal ser arremessado na cama e o olhar sério de Juliett, um olhar que a essa hora nem mesmo ela decifrava. Antes que a mais nova pudesse dizer qualquer coisa, sua irmã mais velha tomou a frente tentando logo se defender contra um possível ataque vindo dela.
— Esquece, eu não traí o Ethan! — Ela logo se defendeu. Juliett manteve seu olhar imóvel analisando a morena que nem sequer a deixou falar. — O que foi?Um fio de ar escapou dos lábios de Juliett, que tocava os próprios dedos enquanto tentava organizar seu vocabulário para colocá-lo em prática.— Ouvi a conversa de vocês de lá de baixo, vi Ethan saindo com uma mala e depois vi Tyler descendo com um sorriso no rosto. — Juliett cruzou os braços. — E pelo que eu entendi, Aaron foi um possível pivô.Joanne se levantou da cama tentando traçar o rumAndou pela rua como um louco desolado, se dirigisse daquela forma certamente bateria o carro, seu cérebro não raciocinava o bastante para chegar até em casa. Andou por quase meia hora sem muito rumo, e depois que seu sangue não borbulhava de forma tão frenética mais ele voltou para próximo do prédio para pegar seu carro, mas sentiu o cheiro de podridão quando viu Tyler sair pela porta da frente do prédio e entrar no carro da mulher mais depravada que já conheceu em toda vida: Katherine.Agora tudo fazia sentido, ele estava com ela desde o início, bem debaixo do seu nariz feito um cachorro se escondendo de forma invisível. Queria poder socar a cara dele até que ficasse irreconhecível, mas infelizmente seu juramento como médico o impedia. Ele devia prezar por toda vida humana até o resto de sua vida.(...)A loira sorriu enquanto o veterinári
— Encontraram o corpo dele agora pela manhã. — A respiração se tornou lenta, enquanto ela absorvia a notícia fora do comum ainda sem acreditar. Havia conversado com Parker na última noite e ele havia morrido sem sequer contá-la tudo o que deformava sua mente. Levou a mão à boca, como estaria seu irmão? Será que sua família já sabia? Será que seu pobre filho já sabia? E sua esposa? — Me espere aqui, vou me arrumar e vamos direto pra empresa — exclamou Joanne afoita e desnorteada. Subiu correndo para seu quarto enquanto a loira aguardava na sala. Botou uma calça preta boca de sino com um cinto de couro marrom, um salto médio cinza e uma blusa preta de alcinhas.Seu celular tocou. Era Adam.— Joanne? — Perguntou, era possível ver a preocupação em sua voz. Ele estava afoito. — Céus, estou ten
Viu o ex-noivo da irmã sair da sala de cabeça baixa e os olhos molhados pelas lágrimas. Ethan havia dito que Juliett estava grávida de outro homem e provavelmente Adam havia acabado de descobrir, sabia que ele amava sua caçula mais do que qualquer coisa.— Ei, você está bem? — Joanne indagou cautelosa. — Ethan me disse sobre a gravidez de Juliett.— Então você sabe que ele é do Aaron.Travou seu pé no chão, enquanto respirava fundo antes de absorver a informação que seu ex-cunhado acabara de lhe passar. Aaron? Quando e como? Sabia que Juliett o conhecia, mas o problema é desde quando eles se conheciam tão intimamente? Era triste, seu ex-noivo esperou tanto para se casar com ela, esperou tanto para ser realizado, para fazê-la feliz e certamente agora descobrir isso? Talvez o que Parker quisera dizer era isso, a gravidez de Jones. A
Seus olhos se abriram captando os fracos raios solares através da cortina. Estava cedo demais, mas a porta de entrada já denunciava visitas. Se levantou cambaleando ainda com sono e constatou que Tyler entrava pela porta retirando os sapatos para evitar a sujeira. Aquela era a casa onde Katherine morou com o veterinário por anos antes dele retornar a pequena cidade do texas e assumir a clinica veterinária da família.— Espero que tenha vindo aqui por um bom motivo a essa hora — reclamou a loira se jogando no sofá ainda sonolenta.Ele pendurou seu casaco no cabideiro suspenso na parede.— Acabou, não vou mais participar disso — ele disse. — Volto para o Texas amanhã pela manhã e vim só me despedir.Em um lapso de momento ela despertou das péssimas palavras do homem, como ele ousava a abandonar dessa forma, quem ele pensava que era?&mda
Seus olhos petrificaram na imagem de Katherine parada na porta a olhando de forma fixa. Seu corpo se arrepiou e seu coração adquiriu um ritmo incessante de batidas desconexas. Podia jurar que em sua mente tudo já estava finalizado, e a loucura que Moore sentia por Ethan havia se passado depois de todo acontecimento, mas para chegar a tal ponto da loira caçá-la dentro do hospital, era porque algo ela tinha a falar.— O que faz aqui? — Indagou meio confusa, como Katherine sabia que Juliett estava internada ali? A loira se manteve em silêncio.A mais nova olhava a cena ainda sem entender, pra ela nada do que acontecia ali fazia sentido algum. Sem tirar o sorriso esticado do rosto feito uma boneca ela se virou como uma bailarina e travou a porta de uma maneira que seria somente elas a tratar de suas pendências, a ponto de que a presença da irmã pouco lhe importava.— Vim desfazer o que seus pai
...)Muitos acontecimentos para um dia normal, sentia cólicas leves pelo aborrecimento que havia passado, e um tremendo susto em ter a ex de Ethan tentando acabar com a vida de sua única irmã. Seus olhos rolaram pela porta enquanto via Adam passar por ela engomado e segurando rosas vermelhas em suas mãos. Retribuiu o sorriso tímido que ele lhe dava e pela primeira vez sentiu aquilo aquecer seu coração. Ele entrou depositando as rosas em uma jarra de vidro com água em cima da mesa do quarto e sentou-se na poltrona, fitando a ex-noiva.— Esbarrei com Ethan no corredor e ele me disse o que aconteceu, fiquei preocupado! — Ele fitou o chão para prosseguir com suas palavras. — Fui até a fazenda conversar com seu pai, por pedido dele.A morena se enrijeceu na maca.— Como assim? — Sua voz saiu num fio.— Ele de algum modo soube da sua gravidez, dado a not&iac
Podia sentir o cheiro de Joanne dentro do quarto que permanecera fechado desde que ele deixara a fazenda. O quarto seguia tão impecavelmente arrumado como da primeira vez que havia vindo. Desfez as malas no guarda-roupa, retirando seu terno. Precisava de um banho. Abriu o registro e deixou a água morna cair sobre seu corpo. As lembranças dos últimos dois meses passavam como flechas em seus pensamentos, desde o momento em que bateu os olhos em Joanne, desde que viera upara a pela fazenda e quando a tomou para ele pela primeira vez. Sabia que seria impossível deixá-la e embora a parte racional tentasse, seu coração o obrigava a voltar. Sua cabeça poderia pedir, mas no final, ele sempre obedecia ao seu coração. Katherine agora responderia pelos crimes que havia cometido de forma impiedosa, da mesma forma que ele causara o mal a todos aqueles que passaram por sua vida. Seu destino nunca fora viver em co
O despertador soou tão alto que sua queda da cama foi inevitável. Os cabelos negros de sua franja desgrenhada cobriam seus olhos que mal abriam devido ao curto período de sono e ao cansaço acumulado da semana inteira. O relógio marcava o quinto e último alarme tocado. Estava atrasada. Prendeu os cabelos longos em um coque frouxo com fios que caiam por toda parte, puxou o primeiro cabide e pôs um vestido branco até os joelhos, tomara que caia, em formato lápis, alimentando o corpo saliente que mal conseguia cuidar. Não teria tempo de tomar um café decente. O trabalho drenava sua energia de uma maneira que nem mesmo ela sabia como. As reuniões exaustivas, idas ao tribunal, coisas que faziam com que sua cabeça não se prendesse ao âmbito pessoal, que por hora também precisava de atenção, afinal, ela era uma pessoa de carne e osso. Correu pelas escadas do apartament