– Eu desisto de viver! - Grito começando a andar rápido tentando sair daquele lugar que eu odiava.
Eu estava na aula de balé quando me deu um ataque de nervo ao ver a idiota da Jéssica ser escolhida para fazer o Lago dos Cisnes. Não que eu estivesse querendo esse lugar para mim, pelo contrário, nem queria parecer nesta bosta de apresentação, mas ao ver ela jogado na minha cara que é melhor do que eu e que só ela tem capacidade para fazer a principal da apresentação... Subiu o sangue e eu acabei tendo um ataque. E isso causou minha expulsão (ou suspensão, se preferir) da escola de balé por uma semana. Como se eu me importasse com isso.
Ando estressada demais esses dias. São tantas coisas na minha cabeça que eu não sei mais controlar minhas emoções. Parece eu sempre estou a base de c
– Desculpa a demora... - Minha mãe disse cumprimentando Anne com dois beijinhos em cada bochecha, daquele jeito de sempre. - Ag se atrasou.– Claro. Eu. - Digo ironicamente e cumprimentando Anne.– Verona. - Anne cumprimentou meu pai e logo depois fechou a porta.A casa estava brilhosa (limpa?) desde minha última visita. Fomos até a sala e encontramos Patrício e Felipe sentados em um dos sofás. Um garotinho que no máximo tinha oito anos estava sentado na poltrona perto dos meninos. E um senhor de idade (seus 40 anos) sentado na outra poltrona bebendo em seu copo.– Venham, venham. - Anne disse puxando meus pais - Deixe-me apresentar todos. - Ela apontou para Patrício e depois para Felipe. - Meu filho vocês já conhecem. No seu lado é o amigo dele, meu afilhado, Felipe.
Passo pela cozinha e ando até a porta que leva para o pátio da casa. Ele era grande, tinha tudo o que uma casa daquele status havia. Desde piscina a canil (embora não tenha nenhum cachorro). Andei até a borda da piscina e fiquei olhando para sua água pensando em tudo.Anne havia descoberto realmente o que eu havia feito, ou será que ela estava só blefando para eu me afastar do seu filho? Será que ela andou conversando com o Chuck? Mas isso não faria sentido, porque ele não contaria nada daquele dia... A menos, que ele tenha ganhado alguma coisa realmente boa em troca de um segredinho sujo meu. Ele anda sumido por esses dias... Será?Mas eu não poderia machucar Patrício, poderia? Não. Claro que não. Estamos em uma aposta besta e nenhum dos dois quer realmente se apaixonar pelo outro. Certo? Então, por mais que eu tenha esse meu passado sujo, isso não po
– Você está apaixonado por mim? - Eu perguntei impaciente pela segunda vez.Eu havia tido meus "20 segundos de coragem" e no fim deles, me arrependi. Não sei por que eu tive a ideia de perguntar uma coisa dessas, afinal... Eu sabia que não. Ou pelo menos era isso que eu queria ouvir, não era? Então porque será que estou sentindo uma pontinha lá no fundo de expectativa que sua resposta fosse "sim"? Era como uma pontinha de iceberg que estava começando a se mostrar um pedaço imenso de gelo e a qualquer momento iria me afundar, como havia feito com oTitanic.– Eu... Hm... Hã... - Patrício abria e fechava a boca diversas vezes, porém não sabia o que falar, ou talvez não conseguisse.– Realmente, não sei para que lado levar sua resposta. - Digo dando uma carga irônica na pala
– Kathe, eu preciso ir ao Instituto. – Eu digo começando a andar. – Depois me liga.– Tudo bem. – Ela fala sem sair do provador.{...}– Senhorita Verona, por aqui, por favor. – A diretora e dona do Instituto falou dando um sorriso de poucos amigos me levando até sua sala. – Sente-se.Eu sentei e a fitei. Já era ruim o bastante ser expulsa do ballet (não que eu gostasse de fazer, pelo contrário) e agora eu havia sido chamada para visitar o covil da Cruela de Vil em forma de dinossauro, tinha como pior minha situação?Sim, porque a Senhora Vil (Esse é o sobrenome dela. Coincidência? Não mesmo!) tinha mais do que eu poderia imaginar no requisito idade, ela parecia aquelas mulher bem velhas, do tempo dos Dinossauros que se esqueceu de ser extinta, enterrada e redescoberta depois de milhões de anos. Usava aqueles coques cheios de
Havia se passado um bom tempo desde quando recebi a intimação para fazer o espetáculo de Ballet. E bem, eu não poderia desistir de fazê-lo, ainda mais com minha mãe espalhando para Deus e o mundo que eu seria a Odette e como ela estava orgulhosa de sua filha. Eu simplesmente não podia destruir seu sonho dessa forma, eu não era mais uma pessoa assim. Certo? Certo!Os ensaios aconteciam todos os dias e eu não tinha descanso. E a pior parte era que Jéssica não iria se apresentar mais porque não tinha papel bom o suficiente para ela, já que a Rainha das Patricinhas não aceitou ser a feiticeira que eu esqueci o nome, a malvada. O papel combinava direito com ela, não acha? Pena que não aceitou.Minha relação com Patrício continuava a mesma. Eu ainda não havia lhe respondido a mensagem que me ma
O dia amanhecerá. O relógio marcava cinco da manhã e eu não havia dormido nada. Estávamos em um hotel de estrada que encontrei por acaso. Sabia que não podia levar Patrício para minha casa, ou a casa dele e muito menos para um hospital. Do jeito que ele estava e minha aparência, perguntas iriam surgir e a policia com muita certeza iria ser envolvida e era tudo o que eu não queria naquele momento.Patrício dormia tranquilamente agora na cama de casal. Eu havia cuidado de seus ferimentos com um quite de socorros que o carinha da portaria me emprestou. Não havia mais sangue escorrendo e os danos que sobraram foram os mínimos, como o corte na sobrancelha, o corte do nariz que graças a Deus foi apenas superficial, nada que precisasse se preocupar de verdade. Troquei sua roupa por uma que achei no armário do hotel, nem pergunte quem deixaria uma roupa ali,
17 de NovembroO dia amanheceu com uma preguiça contagiante. Os raios do sol brilhavam com preguiça de querer se levantar e espantar toda a obscuridade da noite que se passou. É o seu trabalho, então teve que se tornar forte afastando a escuridão dos corações das pessoas.Eu não havia dormido nada. Eu não consiga pregar o olho por muitas razões. Passei a noite em claro olhando para a fase redonda da lua e tentando encontrar a soluções para meus problemas e para os problemas da lua. Eu sei.Idiotice! Mas eu estava me sentindo idiota, então porque não pensar em idiotices?Desde o sequestro de Patrício, eu e ele não nos falamos. Algumas poucas palavras são trocadas por educação, mas nada mais passa disso. Eu sei que ele espera o dia em que eu irei me dec
– Que novidade! – Digo revirado os olhos e deixando um fraco sorriso escapar dos meus lábios.– Você deve se perguntar por que eu a escolhi, porque eu destruo sua vida, a faço virar um inferno terreno, sumo e depois apareço como se nada estivesse acontecido... Então, toda a noite você se pergunta “porque eu?”, estou certo?– Na verdade, não. – Digo e ele ri.– Bem, é efeito de se estar morrendo: Não se conhece mais as pessoas.– Mas continue falando. – Eu o encorajo curiosa.– Onde estávamos mesmo?... Assim. Bem, quando meus pais morreram eu fui levado para o orfanato e maltratado, mas não culpo minha realidade por tudo o que fiz, na verdade acho hipocrisia quem culpe sua realidade. Eu escolhi ser assim e só eu posso me culpar por tudo que fiz, por todas as amas puras que desvirtuei, mas quando te vi pe