Enry corria em direção à fronteira, seu lobo uivando ao vento, a adrenalina pulsando em suas veias. Cada batida do seu coração ressoava como um tambor de guerra, e a determinação queimava em seus olhos, que se tornaram um vermelho intenso, refletindo o poder de seu vínculo com Danika. Ele podia sentir a presença dela a qualquer momento, em qualquer lugar, como se ela estivesse dentro dele. Ela era finalmente sua Luna! Henrico corria ao seu lado, demonstrando lealdade e coragem. Eles eram uma força indomável, irmãos de batalha, prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho. Ao se aproximarem, os ecos de uivos distantes se tornaram mais altos, e a realidade da luta se desenrolava diante deles. Os Lycans estavam em batalha, e o cheiro de sangue e fúria impregnava o ar. Quando chegaram ao local da luta, Enry parou por um instante, avaliando a cena. Seu coração disparou ao ver a grande quantidade de Lycans enfrentando um inimigo comum. Alguns eram bestas, outros alfa
A luta não havia acabado. Outros inimigos ainda cercavam sua alcateia, e o som da batalha se intensificou novamente. Enry virou-se, seu coração acelerado, e com um último olhar para o corpo de Dominik, ele correu de volta para a batalha. Enry observou seus aliados lutando ferozmente, mas a tensão era palpável. Os inimigos estavam se aproximando rapidamente da fronteira. O ar estava carregado de adrenalina e perigo iminente. Henrico se aproximou com um olhar preocupado, os lábios curvados em um rosnado baixo. — Eles estão avançando — disse Henrico através do elo mental, enquanto desferia um golpe fatal em um adversário. — Merda — Enry respondeu, frustrado, os olhos vermelhos brilhando com raiva. — Não podemos deixá-los passar pela fronteira. Laelia, que lutava ao lado deles, fez um movimento rápido, decapitando um Lycan inimigo com a precisão de uma guerreira experiente. Ela se aproximou dos dois, os olhos prateados cintilando sob o luar. — Precisamos recuar e reorganizar as forç
Enry ainda sentia o peso da responsabilidade esmagando seu peito. A morte de tantos membros da alcateia, as feridas abertas em sua confiança, e agora Laelia, entre a vida e a morte, tornavam o gosto da vitória amargo.Danika estava exausta, seu corpo ainda vibrava com o poder recém-descoberto da sua forma de Werecoyote e com a recente marca em seu pescoço, mas sua mente estava em frangalhos. O sacrifício de Laelia ecoava repetidamente. Ela não conseguia processar o fato de que alguém havia se jogado na frente de uma flecha para salvá-la, como se sua vida fosse mais importante do que qualquer outra coisa.No castelo, a atmosfera era pesada. Os corredores que normalmente ecoavam com o som de passos ágeis e conversas, agora estavam mergulhados em um silêncio sombrio. Laelia tinha sido levada para os cuidados do mago, Hilda, e de todos os curandeiros disponíveis na alcateia. A tensão entre os presentes era palpável, com os olhares cheios de perguntas e medo. Henrico, um pilar de força du
Os dias seguintes foram um borrão de tensão e medo. Laelia continuava em uma luta constante pela vida, enquanto Henrico mal deixava seu lado. Ele passava horas ao lado da cama dela, sussurrando palavras de encorajamento, implorando para que ela resistisse. Os curandeiros trabalhavam incansavelmente, tentando encontrar uma maneira de neutralizar o veneno que estava lentamente destruindo o corpo dela. Danika, por sua vez, não conseguia dormir. Ela se culpava constantemente, revivendo o momento da batalha repetidas vezes em sua mente. Ela não podia suportar a ideia de que Laelia estava assim por sua causa. Enry tentava acalmá-la, mas ele mesmo estava lutando suas próprias lutas. Em uma noite especialmente silenciosa, Danika se encontrou nos jardins do castelo, olhando para o céu estrelado. A lua brilhava intensamente, como se estivesse observando tudo de longe, indiferente às dores e lutas abaixo dela. "Por que isso está acontecendo?", ela sussurrou para o vazio. Enry apareceu sile
Naquela mesma noite, o calor que Danika sentia era quase insuportável. Seu corpo parecia pulsar com uma energia que ela não compreendia, e a inquietação de sua loba a consumia de dentro para fora. O suor escorria pela sua pele, os lençóis úmidos colando-se a ela como um lembrete constante de algo que precisava escapar. Ela se virou na cama, o coração acelerado, e não conseguiu mais se conter. "Enry..." sua voz era baixa e trêmula, enquanto ela sacudia o ombro dele. Ele murmurou algo, ainda meio perdido no sono, mas quando seus olhos se abriram e pousaram sobre Danika, ele franziu a testa. "Preciso que abra as janelas", ela sussurrou, ofegante, "estou fervendo..." Ele se sentou na cama rapidamente, alarmado pelo calor que emanava do corpo dela. "Você está quente", disse, estendendo a mão para sentir a temperatura da pele dela. Levantou-se imediatamente, indo até a janela e a abrindo para deixar o ar frio da noite entrar. Em seguida, retirou os cobertores que cobriam Danika, revelando
Danika, ainda em sua forma de loba, respondeu com um tom de autoridade. "Transforme-se para mim", ela ordenou. Imediatamente, ele voltou à sua forma humana, nu sob a luz da lua. A aura de poder e masculinidade que ele exalava era irresistível. Danika se transformou logo em seguida, seus cabelos loiros caindo em ondas sobre seu corpo enquanto ela se erguia diante dele. Os olhos de Enry queimavam de desejo enquanto ele se aproximava lentamente. "Não era exatamente aquele tipo de fome que você sentia não é?" ele perguntou se referindo a presa, com voz grave e carregada de promessas e desejos. Ela negou, ofegante, o calor que a consumia agora transformado em algo muito mais primal. Enry estendeu a mão, tocando o rosto dela e trazendo-a para ele com uma força que ela não podia ignorar. Ele desceu a mão, traçando uma linha de fogo pela pele macia dela, até tocar seus seios que se arrebitaram ao toque dele. Danika sentiu o corpo inteiro se arrepiar, o desejo aumentando a cada toque. E
Os dias se arrastavam no castelo, as coisas finalmente estavam entrando em ordem. Enry estava mergulhado em deveres e preocupações, mas uma sombra maior pairava sobre todos: Laelia, o veneno estava corroendo seu corpo lentamente, e nem os curandeiros mais habilidosos conseguiam reverter o dano.Henrico, que sempre foi contido e controlado, estava desmoronando. Sua presença ao lado da cama de Laelia era constante, mas cada dia que passava, ele via a vida esvaindo-se dela, e isso o rasgava por dentro.A porta do quarto de Laelia se abriu e Enry entrou. O cheiro de ervas medicinais pairava no ar. Henrico estava sentado ao lado da cama como nos últimos dias, segurando a mão fria de Laelia. Seu rosto estava sombrio, mas seus olhos... seus olhos brilhavam com uma mistura de desespero e resolução."Como ela está?" Enry perguntou, a voz baixa, quase temendo a resposta.Henrico não olhou para ele. "Na mesma!"Enry suspirou, sentindo o peso da culpa cair sobre seus ombros. Ele sabia o quanto La
No instante seguinte, Enry e Henrico se apressaram até Markus que ao ouvir a proposta de Henrico, sua expressão ficou tensa, o ar em torno deles se carregando de preocupação. “Isso pode dar muito errado, Henrico,” Markus começou, a voz firme, mas marcada pela indignação. “Claro que um vínculo com um macho a deixaria mais forte, mas um que não é seu companheiro predestinado? Você está brincando com forças que não entende completamente.” Henrico, com os punhos cerrados, manteve-se firme. “Eu sei que é arriscado, Markus. Mas você não vê? Não temos outra escolha. Se não fizermos nada, Laelia vai morrer. Preciso da sua ajuda caso algo dê errado, precisamos estar preparados para qualquer coisa.” Markus suspirou profundamente, passando a mão pelos cabelos grisalhos, um gesto carregado de frustração. “Essa ideia é insana, Henrico. Mas se você está decidido...” Enquanto isso, Danika estava diante da porta dos aposentos de Laelia. Por dias, ela não teve coragem de visitá-la, o peso da culpa