A manhã chegou com um frio gélido, cortando o ar da montanha, enquanto o castelo começava a despertar lentamente após a noite tumultuada. Enry estava em seus aposentos, ainda preso em seus próprios pensamentos, quando uma batida suave na porta o tirou de seu devaneio. Ele sabia quem era antes mesmo de ouvir a voz.— Enry? — a voz de Vaiolet soou hesitante do outro lado. — Podemos conversar?Ele suspirou profundamente, preparando-se para a conversa inevitável. Com um movimento rápido, ele abriu a porta e permitiu que Vaiolet entrasse. Ela estava deslumbrante, mesmo àquela hora da manhã, vestida com um robe de seda que realçava sua beleza. Havia algo quase trágico em sua expressão, um brilho de dúvida em seus olhos enquanto ela se aproximava dele.— Claro, Vaiolet — ele respondeu, cruzando os braços enquanto a observava com um olhar sério. — O que você quer?Ela parou no meio do quarto, hesitando por um momento antes de falar.— Algo está errado, não está? — Vaiolet perguntou, seus olho
Enry estava em seu quarto, seus pensamentos tumultuados sobre o que fazer com Danika e o destino que a Deusa da Lua havia traçado para ele. Inquieto, ele decidiu ir ao quarto de Danika para verificar como ela estava, sentindo uma necessidade crescente de estar perto dela. Ao abrir a porta do quarto, ele notou que a cama estava vazia e uma nuvem sutil de perfume de rosas pairava no ar. Ele franziu a testa, intrigado. Um som de água corrente veio do banheiro, e ele caminhou até lá, o coração batendo mais rápido com cada passo. Ele abriu a porta do banheiro lentamente, o som da água caindo se misturando com o aroma doce. Danika estava debaixo do chuveiro, a água escorrendo pelo seu corpo em um ritmo hipnótico. O vapor do banho a envolvia em um halo etéreo, e o cheiro das rosas era quase intoxicante para Enry. Enry sentiu um desejo avassalador se acender dentro dele, sua fera se agitando com a visão de Danika assim, tão vulnerável e sexy. Sem pensar duas vezes, ele começou a tirar su
Danika ainda estava encostada na parede do chuveiro, a água quente escorrendo sobre sua pele, tentando lavar a confusão que sentia. Enry se afastou dela, o corpo rígido, os ombros tensos como se estivesse lutando contra algo dentro de si. Ele passou a mão pelos cabelos molhados e murmurou, como se estivesse falando mais consigo mesmo do que com ela: “Isso não deveria ter acontecido novamente. Foi um erro.” As palavras dele foram como uma punhalada em seu peito. Um erro? Ela sentiu o rosto esquentar de indignação, a raiva subindo rápido, como uma maré que não podia mais ser contida. Ela o observou enquanto ele se afastava, claramente tentando se distanciar emocionalmente, mas ela não aguentava mais essa máscara de frieza. Danika saiu de onde estava encostada, o coração martelando no peito. "Um erro?" A voz dela saiu alta, reverberando pelo banheiro. Ele parou, mas não se virou para olhá-la. "Você realmente acha que pode simplesmente me usar assim e depois dizer que foi um erro? Co
Enry respirou fundo antes de começar, sua voz carregada de uma sinceridade crua que Danika raramente ouvira dele. “Você não entende o quanto essa situação é complicada para mim. Eu fui criado para liderar minha alcateia, para seguir certas tradições e manter um controle que, até agora, nunca questionara. O fato de você ter sido escolhida como minha companheira... é algo que desafia tudo o que eu conheço.” Danika olhou para ele, seus olhos ainda brilhando com uma mistura de dor e curiosidade. “Então, por que não me conta desde o início? Por que me tratar como um erro? Se há algo maior em jogo, eu preciso saber.” Enry hesitou por um momento, seus olhos desviando para o chão antes de encontrarem novamente os de Danika. “Eu não estava preparado para isso. Eu sempre vi os humanos como uma ameaça, um obstáculo. Mas você... você apareceu e tudo mudou. Eu fui forçado a confrontar sentimentos e responsabilidades que eu nunca quis enfrentar.” Danika cruzou os braços, a frustração ainda vis
A manhã seguinte trouxe um ar gelado e cinzento, refletindo o estado interno de Danika. A conversa com Enry a deixou com mais perguntas do que respostas. Enquanto Danika permanecia em seu quarto, Enry e Henrico estavam ocupados com uma missão crucial. Eles haviam enviado um informante para investigar o vínculo inesperado entre Enry e Danika, na esperança de obter respostas sobre a presença de uma humana como companheira predestinada. No entanto, quando o informante retornou, o clima no castelo era de crescente frustração. Enry e Henrico estavam reunidos em uma sala de reuniões, seus rostos marcados pela tensão. “Você voltou mais cedo do que esperávamos,” Enry comentou, sua voz tensa. “O que você descobriu?” O informante, um homem de aparência cansada e preocupada, se aproximou com um relatório em mãos. “Lamento dizer que não trouxe muitas respostas concretas. A maioria das informações são fragmentadas e antigas. O vínculo entre um Lycan e uma companheira humana nunca foi regist
A noite se estendia silenciosa sobre o castelo, e o céu estava coberto de nuvens que escondiam a luz da lua. Danika estava em seu quarto, olhando para a calça de lã e o sobretudo de lã escura que Enry havia pedido que ela usasse. A combinação de peças era elegante e quente, ideal para a noite fria que se avizinhava.O convite para a noite era vago, mas Enry havia sido claro ao pedir que ela se arrumasse e se preparasse para algo especial. Danika não sabia exatamente o que esperar, mas sentia uma mistura de curiosidade e apreensão. Havia algo de diferente na forma como Enry havia falado, uma expectativa que ela não conseguia identificar.Ela se vestiu com cuidado, ajeitando o sobretudo e conferindo o reflexo no espelho. Seus cabelos loiros estavam soltos, caindo em ondas suaves sobre seus ombros. Olhou para si mesma, a ansiedade crescente à medida que a noite avançava. Havia um mistério que a envolvia, algo que a fazia sentir um frio na espinha, não apenas pelo clima, mas pela expectat
Enry, na forma de lobo, rosnou suavemente, um som que parecia tanto como um sinal de afeto quanto de possessividade. Ele inclinou a cabeça, como se tentasse compreender a reação dela. Danika, atraída pela majestade do lobo, estendeu a mão com cautela e começou a acariciar o rosto negro do lobo. A textura do pelo era macia e quente, e o calor que emanava de Enry era reconfortante, apesar do medo que ela sentia. Quando a mão de Danika tocou o lobo, ele se aproximou ainda mais, pressionando seu rosto contra a palma dela. Os olhos de Enry se fechavam de prazer e uma sensação de contentamento parecia irradiar do lobo. Danika sentiu um calor crescendo em seu peito, a ligação entre eles se aprofundando com cada toque. Ela passou os dedos pelo pelo negro, sentindo a força e a suavidade sob suas mãos. Enry queria mais do que o contato físico. Ele concentrou sua mente, tentando abrir a conexão mental com Danika. Era algo que ele sabia que poderia acontecer entre companheiros, uma forma de com
Enry olhou para Danika adormecida ao seu lado, sua expressão suavizando brevemente. Ela estava serena, seus traços delicados suavizados pelo sono. Por um momento, ele hesitou. Havia algo quase sagrado naquele momento, como se ela confiasse nele de uma maneira que ele não achava que fosse possível. Mas a sensação de desconforto logo voltou. Ele ainda se sentia dividido entre a atração feroz que ela despertava nele e a responsabilidade de mantê-la a salvo em um mundo que ele sabia ser implacável.Ele passou os braços cuidadosamente sob o corpo leve de Danika, levantando-a do chão coberto de neve com facilidade. O calor da pele dela contrastava com o frio da noite, e Enry sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao segurar seu corpo delicado tão perto do seu. Com passos silenciosos, ele caminhou de volta ao castelo, carregando Danika com o máximo de cuidado possível, seus pensamentos em constante conflito.Quando chegaram ao quarto dela, Enry empurrou a porta suavemente com o ombro e entr