Enry despertou ao som suave da respiração de Danika, que ainda estava aninhada contra seu peito. O primeiro lampejo de consciência trouxe a lembrança da noite anterior — a proximidade que ele permitiu, o calor inegável que ela trazia consigo e o desconforto constante de lutar contra seus próprios instintos. Ele sentiu o toque suave da pele dela contra a sua, e uma onda de sensações percorreu seu corpo. O desejo ainda estava lá, latente, ameaçando ultrapassar qualquer barreira que ele tentava impor.Ele suspirou, movendo-se levemente para não a acordar, mas Danika murmurou algo inaudível e se mexeu, apertando-se ainda mais contra ele. Enry congelou. Aquilo estava indo longe demais. Ele precisava sair dali antes que perdesse completamente o controle sobre si mesmo.Com cuidado, ele deslizou para fora dos lençóis, certificando-se de que Danika continuava adormecida. Seus olhos repousaram sobre ela por um instante, e ele não pôde evitar o impulso de tocar suavemente seus cabelos antes de
Danika estava em seu quarto, tinha acabado de despertar e já estava tentando organizar seus pensamentos e se acalmar após a noite turbulenta. Ela estava sentada na beira da cama, o olhar perdido na janela que dava para o jardim. A luz da manhã filtrava-se através das cortinas. Enquanto tentava se distrair, Danika ouviu vozes vindas do jardim. Curiosa, ela se levantou e se aproximou da janela, puxando as cortinas de lado para espiar. A visão do jardim era clara, e Danika imediatamente viu Enry e Vaiolet lá fora. Vaiolet estava falando com Enry com um tom que ela bem conhecia: sedutor e persuasivo. Danika observou Vaiolet se aproximar de Enry, seus movimentos calculados e graciosos. Ela estendeu a mão e tocou o peito de Enry, a expressão no rosto de Vaiolet era uma mistura de desejo e determinação. O coração de Danika começou a bater mais rápido. A cena parecia quase íntima demais. Ela viu Vaiolet inclinando-se, seus lábios se aproximando dos de Enry. Danika sentiu um aperto no pei
“Danika, você está bem? Parece que algo a está incomodando.”“Estou bem,” ela respondeu curtamente, evitando o olhar dele. Enry, confuso com o comportamento dela, tentou desviar o foco para o trabalho. “Tudo bem. Aqui estão as pilhas de documentos. Vamos começar com os mais urgentes.”Enquanto trabalhavam, Danika se dedicava a organizar os papéis com eficiência, mas seu tom e atitude continuavam a refletir uma tensão não explicada.“Você está indo bem,” Enry comentou após um tempo, tentando aliviar o ambiente. Danika apenas murmurou um agradecimento seco e continuou com o trabalho. A atmosfera em um silêncio desconfortável, e Enry não conseguia entender o motivo da frieza de Danika.“Eu realmente aprecio o esforço que está colocando nisso,” Enry disse, tentando quebrar o gelo. Danika levantou os olhos dos papéis, sua expressão ainda impassível. “Estou apenas fazendo o que me foi pedido.”O comportamento dela deixou Enry ainda mais intrigado. Ele continuava a observar enquanto ela t
O sol da manhã filtrava através das cortinas do quarto de Danika quando ela acordou, ainda um pouco irritada com a conversa da noite anterior. Decidida a canalizar sua frustração de maneira produtiva, ela se levantou e se preparou para o treino que começaria no dia. Danika vestiu uma roupa prática e confortável, composta por calças de treino e uma blusa justa, que destacavam suas curvas. Quando saiu de seu quarto, dirigiu-se à academia da alcateia, um espaço amplo e bem equipado, que agora era seu destino para começar a trabalhar na sua defesa pessoal. Enry já estava lá, se alongando e aquecendo antes do início do treino. Ele vestia roupas adequadas para a atividade, e seus movimentos demonstravam a habilidade e a experiência que possuía. Ao vê-la entrar, seus olhos não puderam deixar de desviar para as curvas de Danika, acentuadas pela roupa de treino. Ele sentiu um misto de apreciação e ciúmes, observando como ela parecia chamar a atenção de todos ao seu redor. Alguns dos outro
O som de passos apressados ecoou pelos corredores do castelo enquanto Danika e Enry voltavam da academia. Antes que pudessem chegar ao grande hall, uma figura alta e esguia, envolta em um manto escuro, apareceu na entrada. Seus olhos brilhavam com um misto de excitação e apreensão."Finalmente, encontrei o que estavam buscando," disse o homem, ofegante, enquanto encarava Enry diretamente. Ele era Markus, um mago versado em história e ocultismo, que Henrico e Enry haviam enviado para investigar o passado de Danika.Danika, ainda tentando controlar a respiração acelerada após o treino, trocou um olhar rápido com Enry. Uma sensação de nervosismo percorreu seu corpo. O que Markus poderia ter descoberto para deixá-lo tão ansioso?Enry estreitou os olhos para Markus, percebendo sua inquietação. "O que você descobriu?" Sua voz grave ecoou pelo corredor, carregada de urgência.Markus fez uma pausa antes de responder, como se estivesse ponderando como começar. "Eu investiguei o acidente que ma
Enry segurou o olhar de Markus com uma intensidade feroz, deixando claro que não havia espaço para erros ou hesitação. Ele se aproximou do mago, parando a poucos centímetros dele, sua presença imponente preenchendo o ambiente."Você vai fazer o possível e o impossível para encontrar essas sacerdotisas," Enry rosnou baixinho, sua voz carregada de autoridade e uma ameaça silenciosa. "Eu não aceito falhas. Se elas estão fora de alcance, você vai trazê-las para cá, nem que tenha que arrastá-las pessoalmente."Markus, intimidado pela proximidade de Enry, assentiu rapidamente, tentando não demonstrar o nervosismo que sentia. Ele sabia que lidar com Enry, especialmente quando Danika estava envolvida, era uma linha tênue entre o dever e o perigo. "Eu entendo," respondeu Markus, sua voz mais firme do que se sentia. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance. Sei onde posso começar a procurar.""Comece imediatamente," Enry disse, com a voz ainda firme, mas recuando alguns passos para dar espaço a
Enquanto isso, no interior do castelo, Enry estava no seu escritório, imerso em papéis e preocupações, como de costume. Henrico entrou sem bater, com sua postura descontraída que sempre parecia iluminar qualquer sala, mesmo quando Enry estava com um humor sombrio."O mago voltou?" Henrico perguntou, sentando-se casualmente na poltrona em frente à mesa de Enry.Enry assentiu, afastando alguns papéis e recostando-se em sua cadeira. "Sim, mas ele ainda não tem muito para nos dizer. As sacerdotisas são esquivas, e pode levar um tempo até encontrá-las. Ele mencionou algo sobre um antigo ritual de conexão, mas sem as sacerdotisas, isso não nos ajuda muito."Henrico fez uma careta, pensativo. "Bem, se elas são tão difíceis de achar, é porque devem valer a pena. Acho que vale a espera."Enry balançou a cabeça, impaciente. "Esperar não é exatamente o meu ponto forte. E Danika... quanto mais tempo ficarmos sem respostas, mais exposta ela estará."Henrico sorriu maliciosamente, tentando aliviar
Enry soltou um rugido baixo, sua raiva evidente. "Não é só isso! Não é só sobre ser ou não ser humana. A descoberta mudou tudo. Não estou lidando bem com isso e você tem que entender que é uma situação complicada." Danika riu com sarcasmo, seus olhos brilhando com frustração. "Complicada? A vida é uma merda complicada, Enry! O que você está dizendo é que só me tratou mal porque não sabia que eu era especial? Então eu sou apenas um troféu para você? É assim que funciona, Alfa? Enry se aproximou, seus olhos incendiados. "Você não entende o que está envolvido aqui. Não é só sobre você ser especial. É sobre todo o peso que isso traz. Eu não estou apenas lidando com meus próprios sentimentos confusos, estou lidando com o fato de que você é a chave para algo muito maior. E se você acha que tudo isso é apenas sobre como você se sente, então você está completamente enganada!" "Enganada?" Danika gritou, a frustração tomando conta dela. "Você quase fez Vaiolet sua merda de companheira! Ag