'Mas que coisa! Por que ele está aqui? Ele também foi convidado para esta festa? Se sim, por que ele não me disse que também viria?’ Ashlynn pensou. Entretanto, antes que pudesse entender o que acontecia, um vulto passou por ela.Era Meredith, que corria até Corentin, dizendo:— Aqui está, você. Por um momento, cheguei a pensar que você não viria à festa. Mas que bobagem, né? Eu sei que você se preocupa co... — Entretanto, parou de falar antes de poder terminar a frase, já que Corentin a ignorou e continuou a andar. Passando por ela e parando na frente de Ashlynn.Os outros convidados imediatamente se começaram a se perguntar se Corentin realmente tinha se casado com Ashlynn. Afinal, tinham visto a maneira como ignorou Meredith. A socialite tinha o rosto pálido, mas, ignorando sua perplexidade, uma de suas amigas decidiu colocar lenha na fogueira.— Ora, senhor Lloyd, você realmente conhece essa mulher? Agora a pouco ela estava se gabando, dizendo que vocês eram casados. Como alg
— Volte para dentro... — Ashlynn ficou surpresa com a presença do animal ali, mas Corentin o agarrou e ergueu no ar.O cachorro lutou e ela imediatamente arrancou-o da mão dele.— Não segura ele assim. Isso machuca. —A expressão do magnata endureceu.— Esse animal imundo se enfiou em meu carro. Algum dia vou ensopá-lo e servir para você. —O coração de Ashlynn afundou.— Por que você está com ciúmes de um cachorro? Eu o tirei do se colo com medo de que ele te mordesse — então, tentando mudar o assunto, perguntou: — Você já jantou? —A irritação de Corentin foi instantaneamente apaziguada e ele estendeu o braço para ela, trancando o carro e avançando alguns passos na calçada:— Vamos comer. —Os dois entraram no prédio ao lado, onde havia um restaurante cinco estrelas localizado na cobertura com janelas de vidro, onde os hóspedes podiam jantar enquanto apreciavam a bela vista noturna da cidade. Afinal, o edifício localizava-se no centro da cidade, na zona mais movimentada.—
Jack continuou importunando Ashlynn, sem deixar ela se afastar. Por isso, ela perguntou:— O que você quer? —Jack reconheceu a voz e teve certeza de que, definitivamente, aquela era a moça do seu bairro.Ele vestia um uniforme diferente do dos garçons e Ashlynn presumiu que o homem trabalhava como faxineiro, ou zelador, no restaurante.— Para que a pressa? Vamos colocar o assunto em dia! — Ele olhava para o corpo de Ashlynn, sem disfarçar. — Você se tornou uma socialite, não é? Seu homem sabe que você já esteve grávida? —Sabendo que aquela era uma ameaça, Ashlynn manteve distância para evitar que ele a tocasse.— Não se preocupe. Seja uma boa menina e não contarei a mais ninguém. — Ele estreitou os olhos de forma desagradável e estendeu a mão, tentando tocar nos cabelos dela.Mas, acostumada com violência, Ashlynn fugiu do toque e deu uma joelhada nas partes íntimas do zelador.— Que porcaria! — Jack caiu de joelhos. Frustrado, então se levantou, com dificuldade, e apontou pa
Corentin evitou o ataque de Ashlynn e a conteve.— Você realmente achou que poderia me acertar com os golpes que eu te ensinei? —— Deixe-me ir... — Ela resistiu e ofegou.Salvatore tinha sido um grande lutador e desde muito jovem, não tinha medo da morte. Então, Ashlynn dificilmente seria páreo para ele, por melhor que lutasse.A segurando pelo braço, a levou até onde estava o carro e murmurou:— Entre na porcaria do carro. —Então, abriu a porta e a empurrou para dentro, antes de prendê-la contra o banco com entusiasmo, enquanto o cachorro latia de alegria por revê-los.— Eu sabia. Você não faria um aborto. Havia uma razão para você ter perdido o bebê! —Ela olhou para a expressão dele e estremeceu.— Não importa o que tenha acontecido, nada justifica que você bata tanto assim em alguém. Jack pode ter morrido. —— Você acha que eu não deveria ter feito isso? Ele se atreveu a tentar forçar você na minha ausência, fazendo com que você perdesse nosso filho. Esse tipo de homem
Mesmo que estivesse com raiva, Ashlynn sorriu. Ela ainda se lembrava de quando obteve excelentes resultados acadêmicos no ensino médio e conseguiu uma oferta de uma faculdade da Ivy League. No entanto, seus pais recusaram-se a pagar as mensalidades porque achavam que mulheres deveriam se casar e ser mães, por isso, não havia necessidade de estudar.Ashlynn sabia que a única maneira de mudar de vida e deixar a pobreza era investir na educação, então começou a trabalhar como varredora de rua para ter uma renda e facilitar nos estudos.A área designada para sua limpeza englobava a frente da sede do clube de pôquer e foi aí que ela encontrou Salvatore.— No que você está pensando? — O homem franziu as sobrancelhas.Tendo a atenção chamada, ela saiu de seus pensamentos e olhou para ele.— Não deixe sua mente vagar, quando estiver comigo — ele ordenou.— Eu só... lembrei da época em que trabalhei de gari, para tentar pagar a faculdade. Foi quando te conheci. Você simplesmente colocou t
Ashlynn amarrou a gravata e disse:— Tudo bem, então. Eu aceito ser sua assistente, mas ninguém no escritório pode saber quem eu sou e você não pode me dar nenhum privilégio. —Corentin ergueu o queixo e falou, com os olhos estreitos:— Qualquer outra mulher mataria para que eu as desse privilégios. Você é a única que não quer que eu faça isso. Mas eu gosto disso. — Ele a beliscou na coxa.Ela escondeu as pernas debaixo do cobertor e murmurou:— De qualquer forma, eu não vou começar hoje. Estou cansada e quero descansar. —— Se você pudesse ir trabalhar hoje, eu começaria a duvidar da minha 'capacidade' — disse maldosamente, antes de se levantar para sair.No dia seguinte, Ashlynn foi ao Grupo Loyd para a entrevista de emprego. Houve várias rodadas de entrevistas e todas foram desafiadoras, pois ela só podia confiar em sua própria habilidade.Inicialmente foi para o departamento de recursos humanos, antes de ir para o departamento de secretariado. Então, a pessoa que a entrevis
Ainda surpresa, Ashlynn recuperou a compostura, recuou e se virou para deixar o escritório, dizendo:— Se isso é tudo, tenhos outras coisas para fazer. —Corentin estudou a forma como ela tentava ser profissional e achou graça, pensando que permitir que ela trabalhasse no Grupo Lloyd tinha sido a decisão correta. Ele percebia a perplexidade dela, por ele agir de forma tão diferente de Salvatore e se vangloriava, afinal, nunca teve medo de ser exposto sobre sua verdadeira identidade, já que não se sentia mais como o bandidinho de sua vida anterior.Quando o telefone na mesa começou a tocar, ele olhou para a tela e atendeu.— Venha jantar aqui em casa esta noite — disse Cory.— Tudo bem. —Quando Ashlynn terminou o expediente, Corentin não estava mais em seu escritório e ela ficou surpresa por ele sair antes do horário. Como seu supervisor havia partido e era hora de voltar para casa, ela não tinha outros motivos para ficar e saiu do prédio, em direção à estação de metrô.O motori
— Vou jantar na casa do velho. Volto para cá depois disso. —Ela assentiu e o Bentley voltou para a rua.Assim que Corentin chegou ao castelo da família Lloyd, notou outro carro estacionado ao longe e estreitou os olhos. Então, respirou fundo e, com o paletó na mão e uma expressão neutra no rosto, entrou na mansão e seguiu na direção do barulho de vozes conversando.Meredith sentava-se perto da mesa de centro com Cory e os dois conversavam. Os olhos da mulher brilharam ao ver Corentin, mas como uma socialite, ela tinha orgulho e não se esqueceu da humilhação que Corentin lhe causara no dia de seu aniversário.— Você é ótimo em chegar exatamente na hora certa, não é? — Cory disse bruscamente. — É tão difícil trazer você aqui para me fazer companhia. É uma coisa boa que Meredith esteja aqui. —Corentin jogou o paletó no sofá e sentou-se, antes de puxar a gravata.— Você sabe que estou sempre ocupado. —— Seja como for, você não pode negligenciar aqueles que são importantes para vo