Corentin evitou o ataque de Ashlynn e a conteve.— Você realmente achou que poderia me acertar com os golpes que eu te ensinei? —— Deixe-me ir... — Ela resistiu e ofegou.Salvatore tinha sido um grande lutador e desde muito jovem, não tinha medo da morte. Então, Ashlynn dificilmente seria páreo para ele, por melhor que lutasse.A segurando pelo braço, a levou até onde estava o carro e murmurou:— Entre na porcaria do carro. —Então, abriu a porta e a empurrou para dentro, antes de prendê-la contra o banco com entusiasmo, enquanto o cachorro latia de alegria por revê-los.— Eu sabia. Você não faria um aborto. Havia uma razão para você ter perdido o bebê! —Ela olhou para a expressão dele e estremeceu.— Não importa o que tenha acontecido, nada justifica que você bata tanto assim em alguém. Jack pode ter morrido. —— Você acha que eu não deveria ter feito isso? Ele se atreveu a tentar forçar você na minha ausência, fazendo com que você perdesse nosso filho. Esse tipo de homem
Mesmo que estivesse com raiva, Ashlynn sorriu. Ela ainda se lembrava de quando obteve excelentes resultados acadêmicos no ensino médio e conseguiu uma oferta de uma faculdade da Ivy League. No entanto, seus pais recusaram-se a pagar as mensalidades porque achavam que mulheres deveriam se casar e ser mães, por isso, não havia necessidade de estudar.Ashlynn sabia que a única maneira de mudar de vida e deixar a pobreza era investir na educação, então começou a trabalhar como varredora de rua para ter uma renda e facilitar nos estudos.A área designada para sua limpeza englobava a frente da sede do clube de pôquer e foi aí que ela encontrou Salvatore.— No que você está pensando? — O homem franziu as sobrancelhas.Tendo a atenção chamada, ela saiu de seus pensamentos e olhou para ele.— Não deixe sua mente vagar, quando estiver comigo — ele ordenou.— Eu só... lembrei da época em que trabalhei de gari, para tentar pagar a faculdade. Foi quando te conheci. Você simplesmente colocou t
Ashlynn amarrou a gravata e disse:— Tudo bem, então. Eu aceito ser sua assistente, mas ninguém no escritório pode saber quem eu sou e você não pode me dar nenhum privilégio. —Corentin ergueu o queixo e falou, com os olhos estreitos:— Qualquer outra mulher mataria para que eu as desse privilégios. Você é a única que não quer que eu faça isso. Mas eu gosto disso. — Ele a beliscou na coxa.Ela escondeu as pernas debaixo do cobertor e murmurou:— De qualquer forma, eu não vou começar hoje. Estou cansada e quero descansar. —— Se você pudesse ir trabalhar hoje, eu começaria a duvidar da minha 'capacidade' — disse maldosamente, antes de se levantar para sair.No dia seguinte, Ashlynn foi ao Grupo Loyd para a entrevista de emprego. Houve várias rodadas de entrevistas e todas foram desafiadoras, pois ela só podia confiar em sua própria habilidade.Inicialmente foi para o departamento de recursos humanos, antes de ir para o departamento de secretariado. Então, a pessoa que a entrevis
Ainda surpresa, Ashlynn recuperou a compostura, recuou e se virou para deixar o escritório, dizendo:— Se isso é tudo, tenhos outras coisas para fazer. —Corentin estudou a forma como ela tentava ser profissional e achou graça, pensando que permitir que ela trabalhasse no Grupo Lloyd tinha sido a decisão correta. Ele percebia a perplexidade dela, por ele agir de forma tão diferente de Salvatore e se vangloriava, afinal, nunca teve medo de ser exposto sobre sua verdadeira identidade, já que não se sentia mais como o bandidinho de sua vida anterior.Quando o telefone na mesa começou a tocar, ele olhou para a tela e atendeu.— Venha jantar aqui em casa esta noite — disse Cory.— Tudo bem. —Quando Ashlynn terminou o expediente, Corentin não estava mais em seu escritório e ela ficou surpresa por ele sair antes do horário. Como seu supervisor havia partido e era hora de voltar para casa, ela não tinha outros motivos para ficar e saiu do prédio, em direção à estação de metrô.O motori
— Vou jantar na casa do velho. Volto para cá depois disso. —Ela assentiu e o Bentley voltou para a rua.Assim que Corentin chegou ao castelo da família Lloyd, notou outro carro estacionado ao longe e estreitou os olhos. Então, respirou fundo e, com o paletó na mão e uma expressão neutra no rosto, entrou na mansão e seguiu na direção do barulho de vozes conversando.Meredith sentava-se perto da mesa de centro com Cory e os dois conversavam. Os olhos da mulher brilharam ao ver Corentin, mas como uma socialite, ela tinha orgulho e não se esqueceu da humilhação que Corentin lhe causara no dia de seu aniversário.— Você é ótimo em chegar exatamente na hora certa, não é? — Cory disse bruscamente. — É tão difícil trazer você aqui para me fazer companhia. É uma coisa boa que Meredith esteja aqui. —Corentin jogou o paletó no sofá e sentou-se, antes de puxar a gravata.— Você sabe que estou sempre ocupado. —— Seja como for, você não pode negligenciar aqueles que são importantes para vo
— O que você acha? — O magnata respondeu, bruscamente.Ashlynn imediatamente pediu às empregadas que trocassem os lençóis e, assim que terminaram, ela voltou para a cama e Corentin a puxou para perto.— Se eu encontrar aquele bicho nojento na cama, de novo, vou cozinhar vivo. —— Você não pode ameaçar uma criaturinha indefesa! — disse ela.— Você é uma criaturinha indefesa? — Ele a prendeu e se recusou a deixá-la se levantar.— Se eu não fosse fraca, você já estaria morto — ela disse, ressentida, sem saber o peso de suas palavras e como isso lembrou a Corentin de como ela mandou Salvatore para a prisão.Foi por causa da traição da mulher que ele amava, que ele se viu em maus lençóis.Percebendo que havia dito a coisa errada, ela mudou de assunto.— Vou voltar a dormir... —— Você pretende me trair, mais uma vez? — Ele perguntou.Se houvesse uma chance, Ashlynn não hesitaria em desmascarar Salvatore na frente de todos.— Se você tentar me trair, não me culpe por não mostrar m
— Você quer que eu arranque sua roupa e te coma aqui mesmo? —Assustada, ela sabia que Salvatore era completamente capaz de tal coisa, por isso, comentou, com a voz fria:— Não me faça odiar você. —O magnata deu um sorriso diabólico, antes de se afastar um pouco:— Não se preocupe. Não importa quantas mulheres eu tenha por aí, você é a única senhora Lloyd. —— Não importa quem eu sou fora do trabalho. — Ela empurrou a mão dele. — Mas, agora, estou trabalhando. Deixe-me ir. —— Seu único trabalho é me agradar. — Ele se recusou a desistir e também não teve vontade de voltar ao trabalho.Mas, o telefone tocou. De canto de olho, Ashlynn viu quem era e, sem mudar a expressão de seu rosto, virou as costas e saiu, dizendo:— Vou deixar você à vontade para atender. Qualquer coisa me chame. —Corentin olhou para a porta fechada e recostou-se na cadeira, antes de apoiar as pernas na mesa do escritório com uma expressão sombria e atender a ligação, com a voz cheia de enfado.— Estou oc
Ao chegar, Anne praticamente pulou do carro, ainda em movimento, e correu em direção ao hospital.— Ei, você não pagou! — O motorista desceu atrás dela e a segurou pelo braço. — Senhorita. Você se esqueceu de pagar. —Saindo do completo transe, Anne se recuperou e percebeu que havia deixado o telefone e a bolsa no escritório.— Não vai me dizer que você achou que a corrida seria de graça. Você está louca? — O motorista questionou, enquanto estudava a expressão atordoada em seu rosto.— Sinto muito. Esqueci a bolsa no escritório. —— O quê? Você só pode estar brincando? Não me venha com essa. Nem que eu tenha que esperar o dia todo, eu só te solto quando alguém aparecer aqui para me pagar. Onde já se viu uma palhaçada dessas! — O motorista se recusava a deixá-la ir.— Eu... eu não tenho ninguém para vir aqui. Todos que eu amo estão mortos... — Ela murmurou com lágrimas nos olhos. — Se o senhor me deixar seu endereço, eu juro que te pagarei, ainda hoje. —— Você é completamente lo