— O que você acha? — O magnata respondeu, bruscamente.Ashlynn imediatamente pediu às empregadas que trocassem os lençóis e, assim que terminaram, ela voltou para a cama e Corentin a puxou para perto.— Se eu encontrar aquele bicho nojento na cama, de novo, vou cozinhar vivo. —— Você não pode ameaçar uma criaturinha indefesa! — disse ela.— Você é uma criaturinha indefesa? — Ele a prendeu e se recusou a deixá-la se levantar.— Se eu não fosse fraca, você já estaria morto — ela disse, ressentida, sem saber o peso de suas palavras e como isso lembrou a Corentin de como ela mandou Salvatore para a prisão.Foi por causa da traição da mulher que ele amava, que ele se viu em maus lençóis.Percebendo que havia dito a coisa errada, ela mudou de assunto.— Vou voltar a dormir... —— Você pretende me trair, mais uma vez? — Ele perguntou.Se houvesse uma chance, Ashlynn não hesitaria em desmascarar Salvatore na frente de todos.— Se você tentar me trair, não me culpe por não mostrar m
— Você quer que eu arranque sua roupa e te coma aqui mesmo? —Assustada, ela sabia que Salvatore era completamente capaz de tal coisa, por isso, comentou, com a voz fria:— Não me faça odiar você. —O magnata deu um sorriso diabólico, antes de se afastar um pouco:— Não se preocupe. Não importa quantas mulheres eu tenha por aí, você é a única senhora Lloyd. —— Não importa quem eu sou fora do trabalho. — Ela empurrou a mão dele. — Mas, agora, estou trabalhando. Deixe-me ir. —— Seu único trabalho é me agradar. — Ele se recusou a desistir e também não teve vontade de voltar ao trabalho.Mas, o telefone tocou. De canto de olho, Ashlynn viu quem era e, sem mudar a expressão de seu rosto, virou as costas e saiu, dizendo:— Vou deixar você à vontade para atender. Qualquer coisa me chame. —Corentin olhou para a porta fechada e recostou-se na cadeira, antes de apoiar as pernas na mesa do escritório com uma expressão sombria e atender a ligação, com a voz cheia de enfado.— Estou oc
Ao chegar, Anne praticamente pulou do carro, ainda em movimento, e correu em direção ao hospital.— Ei, você não pagou! — O motorista desceu atrás dela e a segurou pelo braço. — Senhorita. Você se esqueceu de pagar. —Saindo do completo transe, Anne se recuperou e percebeu que havia deixado o telefone e a bolsa no escritório.— Não vai me dizer que você achou que a corrida seria de graça. Você está louca? — O motorista questionou, enquanto estudava a expressão atordoada em seu rosto.— Sinto muito. Esqueci a bolsa no escritório. —— O quê? Você só pode estar brincando? Não me venha com essa. Nem que eu tenha que esperar o dia todo, eu só te solto quando alguém aparecer aqui para me pagar. Onde já se viu uma palhaçada dessas! — O motorista se recusava a deixá-la ir.— Eu... eu não tenho ninguém para vir aqui. Todos que eu amo estão mortos... — Ela murmurou com lágrimas nos olhos. — Se o senhor me deixar seu endereço, eu juro que te pagarei, ainda hoje. —— Você é completamente lo
Ao telefone, Ivan continuava a explicar:— Enviei algumas fotos e vídeos de segurança, mas preferi ligar, para deixar a situação mais clara para o senhor. —Anthony não desligou e abriu a tela, acessando a mensagem de Ivan que continha os arquivos mencionados pelo homem de confiança. Abrindo os vídeos em sequência, o magnata viu Lilian entrar na clínica, conversar algo na recepção e, depois, entrar nos corredores e ir direto até o quarto de Bianca.No entanto, apenas o fato de Lilian ter feito contato com Bianca, sem nenhuma outra evidência de que poderiam ter maquinado alguma coisa, podia ser interpretado como uma visita de Lilian a uma amiga. Não adiantaria nada que Anthony a interrogasse. Mas, o homem não se deu por vencido:— Fique de olho nela. Não deixe um único movimento escapar da sua atenção! —— Pode deixar, senhor! —— Além disso, nunca se esqueça de que Lilian é treinada em espionagem e outras coisas. Não deixe que ela perceba que está sendo seguida. —— Sim, senhor!
Depois do telefonema, com voz a urgente de Anthony, Kathryn correu para ver como Anne estava. Mas, embora tivesse perdido a consciência, ela não sofreu nenhum dano físico com a queda.— Ela está com a pressão instável porque está grávida. Você precisa deixá-la mais livre se quiser que ela melhore — disse Kathryn.— O que você quer dizer com isso? Ela quer se livrar do bebê! Ela quer ir embora! — o magnata rugiu com uma expressão sombria.Afinal, o guarda-costas contou que ela tinha fugido assim que recebeu a visita dos trigêmeos.Kathryn respirou fundo e orientou:— Bem, então você deve deixar que ela faça o que quiser, menos abortar e fugir. Você precisa ter paciência. —O magnata ficou tenso, porque tinha sido paciente e controlado o temperamento, mas parecia não ser o suficiente. Por isso, exasperado, Anthony se despediu, pedindo que a médica fosse embora.A sós, o magnata olhou para o rosto magro de Anne e decidiu que, embora não pudesse aceitar que ela fosse embora ou se li
Anne sabia que para se recuperar teria que deixar Anthony. Ela não podia, de maneira alguma, continuar ao lado daquele demônio e, muito menos, continuar com aquela gravidez indesejada. Ela não era incapaz de cuidar de si mesma e tinha direitos humanos. Toda a dor que Anthony lhe causara continuava a crescer, dando a impressão de que, a qualquer momento, seu coração poderia explodir.Quando o casal saiu do restaurante, Anne achou que a luz do sol era extremamente penetrante e se sentiu muito desconfortável, como se quisesse rasgar seus olhos.— Eu quero voltar para casa... — Anne entrou no carro, cobrindo os olhos.Anthony tinha medo de que ela estivesse de mau humor, então se comprometeu e a levou de volta para a mansão, sem argumentar.Assim que chegaram em casa, Anne desceu do carro antes de Anthony e começou a caminhar decidida. Quando começou a subir a escada, sentiu tontura e teve certeza de que cairia, porém, sentiu o peso do seu corpo aliviar e foi carregada escada acima. No
— Você anda muito fraca e suscetível a desmaios. Acredito que o melhor seja ficar em casa e cuidar de sua saúde, pelo menos por uns dois dias — disse Anthony. — Nada de ruim acontecerá com a empresa. —— Você não entende. Eu preciso encontrar algo para ocupar a cabeça, senão meus pensamentos me deixarão louca. — Anne não precisou mentir.— Vamos fazer isso funcionar, então. Que tal se você trabalhar meio período? Apenas durante a manhã? — Anthony sugeriu.— Parece bom o suficiente — Anne concordou.Afinal, contanto que ela pudesse sair e ter um pouco de espaço para si, teria tempo para pensar em uma maneira de escapar. Com os pais mortos, não havia mais nada capaz de segurá-la em Luton. Pois, chegara à conclusão de que os trigêmeos ficariam melhor com Anthony. Depois de escapar, ela abortaria o bebê para cortar os últimos laços com aquele demônio controlador.Com um plano em mente, Anne conseguiu dormir tranquilamente, pois tinha conseguido, até mesmo, se livrar dos pesadelos.An
As portas do elevador se abriram no térreo e, sem pensar duas vezes, Anne tirou os sapatos de salto alto e, carregando-os na mão, atravessou o lobby e conquistou a rua, correndo o mais rápido que podia.Sem ao menos olhar para os lados, a jovem atravessou a larga avenida, enquanto carros freavam, derrapavam e buzinavam, quase causando um grande acidente e, até mesmo, morrendo atropelada. Mas, escapou ilesa. Entretanto, enquanto corria pela praça, virou o rosto para trás e viu os dois brutamontes saindo do prédio. O olhar dela cruzou com o de um deles que apontou em sua direção e começou a tentar atravessar a perigosa avenida.Acelerando até sentir uma dor insuportável na lateral do corpo, Anne terminou de atravessar a praça e começou a correr na calçada de outra avenida, esperando a oportunidade de entrar em um táxi, mas, isso a estava atrasando e nenhum táxi disponível passava. Por isso, desistiu e atravessou a segunda avenida, mais uma vez, quase sendo atropelada. Quando Anthony