Com medo de que a moça fosse punida caso Anne se recusasse a comer, a jovem sentou-se, respirou fundo e deu uma pequena garfada, mastigando lentamente. Mesmo assim, atenciosa, Fiona disse:— Vá com calma, senhorita Vallois. Deixe seu estômago se acostumar. Você não comeu muito ao meio-dia. —Anne não suportava comer muito ou vomitaria, o que significava que, se pretendesse comer tudo aquilo, tinha que ir devagar. Eventualmente, ela terminou a comida.— Como você se sente? Algum desconforto? — Perguntou a empregada, com a voz atenciosa.— Estou bem — disse Anne.‘Não acredito que o remédio funcionou!’ pensou Fiona, consigo mesma.Deixando o prato vazio sobre a mesa, Anne se levantou e subiu as escadas, com a empregada seguindo-a de perto. Mas, assim que entrou no quarto, a empregada ficou do lado de fora, de vigia. Apesar de achar aquilo muito desconfortável, Anne ignorou, afinal Anthony ordenara à empregada que a seguisse por toda parte, e ela sabia que não tinha poder para mudar
Naquela manhã, Ashlynn tinha visto o criado com o aparelho na mão e decidiu prestar atenção. Assim que o rapaz se distraiu, ela pegou o celular, com o objetivo de ligar para Anne sem que Corentin soubesse. Aparentemente, seu plano tinha sido um sucesso, mas, assim que voltou para o quarto, o outro aparelho, o que acreditava estar grampeado, começou a tocar. Antes de atender, Ashlynn viu que se tratava de Corentin.— Sim? — — O que você está fazendo? — Perguntou a voz ríspida.— Estou no meu quarto. Não estou fazendo nada. —— Não vou jantar em casa. Não me espere acordada — avisou o magnata, e desligou, sem esperar resposta.Ashlynn nunca teria esperado por ele, nem se importava se ele voltaria e, se fosse possível, até preferiria que ele continuasse fora, mas sabia que isso era impossível.À noite, Ashlynn jantava sozinha e levou o cachorro de volta para o quarto, de onde não mais saiu.*Era tarde da noite e Corentin estava em uma sala pouco iluminada, conversando com outr
Ouvindo o rancor na voz de sua gangue, Corentin brincou com o cigarro entre os dedos e sua voz escapou, mortalmente séria:— Ninguém toca nela. Além disso, vocês acham que ela está aproveitando a vida que tem agora? —Paul sorriu e recostou-se no sofá.— Isso é verdade. Acho que nunca sabemos o que o futuro no reserva. Se o chefe não se importa em deixar ela viva, ninguém mais tem motivos para reclamar, afinal ninguém estaria desfrutando dessa riqueza toda, se não fosse por ele. —Mesmo sem dizer nada, Owen ainda se sentia furioso, mas sabia que não havia nada que pudesse fazer se Corentin quisesse Ashlynn.Corentin os examinou friamente.— Aprendam com Paul. Se algum de vocês estiver no meu caminho, farei com que sofram por isso. —Aqueles homens sempre estiveram a serviço de Salvatore, mesmo quando eram bandidos menores. Agora que viviam no luxo, seriam ainda mais fiéis e obedientes.Alguns minutos depois, Ashlynn saiu do carro e viu Corentin esperando por ela, parado na calç
— Você está brincando com a nossa cara? Não temos instrução e só passaríamos vergosa se tentássemos trabalhar em uma empresa — disse Paul. — Abri este bar e esses caras me deram um empurrãozinho. O chefe vem tomar umas aqui, de vez em quando. tempo. Mesmo que agora seja um cara ocupado, administrando a empresa. Mas não se preocupe. Ficaremos de olho nele. Se ele tentar sair com outra mulher, nós lhe contaremos. —Ashlynn não se importava se Corentin sairia com outra mulher, ou não, mas ficou preocupada quando soube que Paul era o dono do bar. Afinal, era um ambiente onde todos os tipos de pessoas se reuniam e parecia adequado para pessoas como elas. Ao entrar, percebeu que o bar estava completamente lotado e isso significava que eles tinham feito bastante sucesso.'Será que todos eles deixaram o crime de lado depois que saíram da prisão?’ Ela pensou consigo mesma: 'Mas isso é realmente possível?’— Um brinde a você, Lynn. — Paul ergueu o copo.Ashlynn não recusou e também ergueu o
Ashlynn não tinha disposição para lutar e simplesmente deixou que Corentin a levasse até o quarto e fizesse o que quisesse. Na manhã seguinte, quando acordou, com as lembranças do que aconteceu na noite anterior, sentiu vergonha. Mas não se arrependeu de ter bebido ou de ter ido ao bar. Se ela não tivesse ido, nunca teria descoberto que Paul e os outros membros da gangue estavam lá.— Au Au! —Ela se virou e viu o cachorro encolhido no tapete, com o rabo balançando alegremente, por ter percebido que ela tinha acordado.— Agora não, a gente vai passear mais tarde! — Ashlynn disse ao animal, enquanto se despia para tomar um banho.Foi apenas à tarde, recuperada da ressaca e bem alimentada, que teve disposição de colocar o cachorro na coleira e levar para passear. Foi no meio dessa caminhada que, para sua surpresa, encontrou Meredith em frente a uma boutique de uma marca de luxo.A socialite também pareceu surpresa ao vê-la, já que ela tinha apenas saído para fazer compras com as a
'Mas que coisa! Por que ele está aqui? Ele também foi convidado para esta festa? Se sim, por que ele não me disse que também viria?’ Ashlynn pensou. Entretanto, antes que pudesse entender o que acontecia, um vulto passou por ela.Era Meredith, que corria até Corentin, dizendo:— Aqui está, você. Por um momento, cheguei a pensar que você não viria à festa. Mas que bobagem, né? Eu sei que você se preocupa co... — Entretanto, parou de falar antes de poder terminar a frase, já que Corentin a ignorou e continuou a andar. Passando por ela e parando na frente de Ashlynn.Os outros convidados imediatamente se começaram a se perguntar se Corentin realmente tinha se casado com Ashlynn. Afinal, tinham visto a maneira como ignorou Meredith. A socialite tinha o rosto pálido, mas, ignorando sua perplexidade, uma de suas amigas decidiu colocar lenha na fogueira.— Ora, senhor Lloyd, você realmente conhece essa mulher? Agora a pouco ela estava se gabando, dizendo que vocês eram casados. Como alg
— Volte para dentro... — Ashlynn ficou surpresa com a presença do animal ali, mas Corentin o agarrou e ergueu no ar.O cachorro lutou e ela imediatamente arrancou-o da mão dele.— Não segura ele assim. Isso machuca. —A expressão do magnata endureceu.— Esse animal imundo se enfiou em meu carro. Algum dia vou ensopá-lo e servir para você. —O coração de Ashlynn afundou.— Por que você está com ciúmes de um cachorro? Eu o tirei do se colo com medo de que ele te mordesse — então, tentando mudar o assunto, perguntou: — Você já jantou? —A irritação de Corentin foi instantaneamente apaziguada e ele estendeu o braço para ela, trancando o carro e avançando alguns passos na calçada:— Vamos comer. —Os dois entraram no prédio ao lado, onde havia um restaurante cinco estrelas localizado na cobertura com janelas de vidro, onde os hóspedes podiam jantar enquanto apreciavam a bela vista noturna da cidade. Afinal, o edifício localizava-se no centro da cidade, na zona mais movimentada.—
Jack continuou importunando Ashlynn, sem deixar ela se afastar. Por isso, ela perguntou:— O que você quer? —Jack reconheceu a voz e teve certeza de que, definitivamente, aquela era a moça do seu bairro.Ele vestia um uniforme diferente do dos garçons e Ashlynn presumiu que o homem trabalhava como faxineiro, ou zelador, no restaurante.— Para que a pressa? Vamos colocar o assunto em dia! — Ele olhava para o corpo de Ashlynn, sem disfarçar. — Você se tornou uma socialite, não é? Seu homem sabe que você já esteve grávida? —Sabendo que aquela era uma ameaça, Ashlynn manteve distância para evitar que ele a tocasse.— Não se preocupe. Seja uma boa menina e não contarei a mais ninguém. — Ele estreitou os olhos de forma desagradável e estendeu a mão, tentando tocar nos cabelos dela.Mas, acostumada com violência, Ashlynn fugiu do toque e deu uma joelhada nas partes íntimas do zelador.— Que porcaria! — Jack caiu de joelhos. Frustrado, então se levantou, com dificuldade, e apontou pa