Satisfeita em como o vestido exaltava suas formas, Bianca deixou o estúdio no carro da assistente e chegou dez minutos antes ao restaurante. Como Anthony ainda não havia chegado, ela sentou-se e esperou ansiosamente, imaginando se o magnata tinha decidido não comparecer, no fim das contas.Ela estava prestes a pegar o telefone para ligar para ele quando viu o Rolls Royce preto se aproximar. Não era necessário olhar para saber quem desceria daquele veículo.Assim que Anthony se sentou, Bianca disse:— Você é ótimo com gerenciamento de tempo. Você chegou exatamente às onze e meia. —Depois que os pratos foram servidos, eles começaram a comer e Bianca aproveitou todas as oportunidades para observar a expressão de Anthony.Ele não parecia ter notado o vestido dela e de repente ela percebeu que os homens talvez não gostassem da ideia de que suas mulheres estivessem vestidas com roupas muito reveladoras.‘Eu deveria ter usado algo mais discreto’ ela pensou consigo mesma, por fim, resol
Bianca ainda não tinha conseguido processar as palavras finais de Anthony e, à medida que o carro se afastava, suas emoções finalmente saíram do controle e lágrimas rolaram por seu rosto.— Ei, aquela não é aquela pianista famosa? Por que ela está parada do lado de fora com aquela cara? —— Ela parece tão deprimida... —Sentindo os olhares sobre ela e notando que alguém a gravava com o celular, ela tentou recuperar a compostura e entrou no restaurante, voltando a ocupar seu lugar à mesa.O restaurante mantinha um bom nível de privacidade, então ela sabia que ninguém iria incomodá-la, por isso, permitiu-se sofrer, deixando que seu corpo tremesse como vara verde.'Por que Anthony decidiu romper com o noivado? Por quê?' Ela pensou. 'O que eu mais temia finalmente está acontecendo. Por que ele faria isso comigo? Posso ter feito algo errado, mas Anthony nunca pareceu se importar. Por que agora...' O rosto de Anne apareceu em sua cabeça. 'Isso mesmo. Definitivamente é porque Anne está g
Com medo de que a moça fosse punida caso Anne se recusasse a comer, a jovem sentou-se, respirou fundo e deu uma pequena garfada, mastigando lentamente. Mesmo assim, atenciosa, Fiona disse:— Vá com calma, senhorita Vallois. Deixe seu estômago se acostumar. Você não comeu muito ao meio-dia. —Anne não suportava comer muito ou vomitaria, o que significava que, se pretendesse comer tudo aquilo, tinha que ir devagar. Eventualmente, ela terminou a comida.— Como você se sente? Algum desconforto? — Perguntou a empregada, com a voz atenciosa.— Estou bem — disse Anne.‘Não acredito que o remédio funcionou!’ pensou Fiona, consigo mesma.Deixando o prato vazio sobre a mesa, Anne se levantou e subiu as escadas, com a empregada seguindo-a de perto. Mas, assim que entrou no quarto, a empregada ficou do lado de fora, de vigia. Apesar de achar aquilo muito desconfortável, Anne ignorou, afinal Anthony ordenara à empregada que a seguisse por toda parte, e ela sabia que não tinha poder para mudar
Naquela manhã, Ashlynn tinha visto o criado com o aparelho na mão e decidiu prestar atenção. Assim que o rapaz se distraiu, ela pegou o celular, com o objetivo de ligar para Anne sem que Corentin soubesse. Aparentemente, seu plano tinha sido um sucesso, mas, assim que voltou para o quarto, o outro aparelho, o que acreditava estar grampeado, começou a tocar. Antes de atender, Ashlynn viu que se tratava de Corentin.— Sim? — — O que você está fazendo? — Perguntou a voz ríspida.— Estou no meu quarto. Não estou fazendo nada. —— Não vou jantar em casa. Não me espere acordada — avisou o magnata, e desligou, sem esperar resposta.Ashlynn nunca teria esperado por ele, nem se importava se ele voltaria e, se fosse possível, até preferiria que ele continuasse fora, mas sabia que isso era impossível.À noite, Ashlynn jantava sozinha e levou o cachorro de volta para o quarto, de onde não mais saiu.*Era tarde da noite e Corentin estava em uma sala pouco iluminada, conversando com outr
Ouvindo o rancor na voz de sua gangue, Corentin brincou com o cigarro entre os dedos e sua voz escapou, mortalmente séria:— Ninguém toca nela. Além disso, vocês acham que ela está aproveitando a vida que tem agora? —Paul sorriu e recostou-se no sofá.— Isso é verdade. Acho que nunca sabemos o que o futuro no reserva. Se o chefe não se importa em deixar ela viva, ninguém mais tem motivos para reclamar, afinal ninguém estaria desfrutando dessa riqueza toda, se não fosse por ele. —Mesmo sem dizer nada, Owen ainda se sentia furioso, mas sabia que não havia nada que pudesse fazer se Corentin quisesse Ashlynn.Corentin os examinou friamente.— Aprendam com Paul. Se algum de vocês estiver no meu caminho, farei com que sofram por isso. —Aqueles homens sempre estiveram a serviço de Salvatore, mesmo quando eram bandidos menores. Agora que viviam no luxo, seriam ainda mais fiéis e obedientes.Alguns minutos depois, Ashlynn saiu do carro e viu Corentin esperando por ela, parado na calç
— Você está brincando com a nossa cara? Não temos instrução e só passaríamos vergosa se tentássemos trabalhar em uma empresa — disse Paul. — Abri este bar e esses caras me deram um empurrãozinho. O chefe vem tomar umas aqui, de vez em quando. tempo. Mesmo que agora seja um cara ocupado, administrando a empresa. Mas não se preocupe. Ficaremos de olho nele. Se ele tentar sair com outra mulher, nós lhe contaremos. —Ashlynn não se importava se Corentin sairia com outra mulher, ou não, mas ficou preocupada quando soube que Paul era o dono do bar. Afinal, era um ambiente onde todos os tipos de pessoas se reuniam e parecia adequado para pessoas como elas. Ao entrar, percebeu que o bar estava completamente lotado e isso significava que eles tinham feito bastante sucesso.'Será que todos eles deixaram o crime de lado depois que saíram da prisão?’ Ela pensou consigo mesma: 'Mas isso é realmente possível?’— Um brinde a você, Lynn. — Paul ergueu o copo.Ashlynn não recusou e também ergueu o
Ashlynn não tinha disposição para lutar e simplesmente deixou que Corentin a levasse até o quarto e fizesse o que quisesse. Na manhã seguinte, quando acordou, com as lembranças do que aconteceu na noite anterior, sentiu vergonha. Mas não se arrependeu de ter bebido ou de ter ido ao bar. Se ela não tivesse ido, nunca teria descoberto que Paul e os outros membros da gangue estavam lá.— Au Au! —Ela se virou e viu o cachorro encolhido no tapete, com o rabo balançando alegremente, por ter percebido que ela tinha acordado.— Agora não, a gente vai passear mais tarde! — Ashlynn disse ao animal, enquanto se despia para tomar um banho.Foi apenas à tarde, recuperada da ressaca e bem alimentada, que teve disposição de colocar o cachorro na coleira e levar para passear. Foi no meio dessa caminhada que, para sua surpresa, encontrou Meredith em frente a uma boutique de uma marca de luxo.A socialite também pareceu surpresa ao vê-la, já que ela tinha apenas saído para fazer compras com as a
'Mas que coisa! Por que ele está aqui? Ele também foi convidado para esta festa? Se sim, por que ele não me disse que também viria?’ Ashlynn pensou. Entretanto, antes que pudesse entender o que acontecia, um vulto passou por ela.Era Meredith, que corria até Corentin, dizendo:— Aqui está, você. Por um momento, cheguei a pensar que você não viria à festa. Mas que bobagem, né? Eu sei que você se preocupa co... — Entretanto, parou de falar antes de poder terminar a frase, já que Corentin a ignorou e continuou a andar. Passando por ela e parando na frente de Ashlynn.Os outros convidados imediatamente se começaram a se perguntar se Corentin realmente tinha se casado com Ashlynn. Afinal, tinham visto a maneira como ignorou Meredith. A socialite tinha o rosto pálido, mas, ignorando sua perplexidade, uma de suas amigas decidiu colocar lenha na fogueira.— Ora, senhor Lloyd, você realmente conhece essa mulher? Agora a pouco ela estava se gabando, dizendo que vocês eram casados. Como alg