— Teremos certeza quando formos para o hospital. — Anthony acariciou a bochecha dela com as costas da mão. — Se você realmente estiver grávida, dessa vez nós o manteremos. —Eles chegaram ao hospital e Kathryn colheu uma amostra de sangue de Anne, antes de prosseguir com o ultrassom.Um embrião em desenvolvimento apareceu na tela e Kathryn concluiu:— Ela está grávida, há cerca de trinta dias. —Anne entrou em pânico com aquelas palavras. Ela não tinha ideia, pois até então, não sentira nenhuma diferença. Afinal, depois da morte de Nigel e a subsequente morte de Sarah, ela parou de se importar completamente com seu ciclo menstrual.'Como posso estar grávida?' Ela pensou com descrença, sentindo-se como se tivesse sido atingida por um raio.— A senhorita Vallois está fraca, muito fraca, então ela precisa descansar bastante e se alimentar bem — lembrou Kathryn.— Eu sei. — Anthony não esperava outro filho, mas estava extremamente animado. Ele não estava presente quando Anne gestou
— Uma verdadeira tragédia aconteceu! — Dorothy lutava para recuperar o fôlego.— Aconteceu alguma coisa com Anne?—— Sim! —— Ela enlouqueceu ou morreu? — Bianca perguntou animadamente.— Louca? Morta? Você é muito otimista filha! Ela está grávida! — Dorothy não conseguia entender como Bianca tinha disposição para fazer tal piada.— O quê?! — Bianca se levantou abruptamente. — Estamos falando da mesma Anne? Anne Vallois? Como isso é possível? Você deve estar enganada. Os médicos disseram que ela não poderia engravidar de novo! —— Eu sempre te disse que não se pode acreditar nessas coisas! Veja só o que aconteceu! Ela está grávida de novo! — Dorothy disse ansiosamente: — O que devemos fazer agora? Ela está grávida e as coisas estão azedando entre você e Anthony. Vou ter um ataque cardíaco! —— Não se preocupe, mãe. Anthony não deixaria Anne continuar com a gravidez. Não faz sentido, mesmo que ela esteja grávida! — Bianca sentiu como se o mundo estivesse rodando loucamente e caiu
Assim que o rosto de Bianca se recuperou, ela partiu imediatamente em direção ao Grupo Arquiduque, ignorando os compromissos mais importantes relacionados com sua carreira de pianista. No entanto, não conseguiu encontrar Anthony em seu escritório. Por isso, foi perguntar a Oliver:— Você pode me dizer onde está Anthony? —— O senhor Marwood não virá para a empresa hoje. —— Certo, mas você disse a mesma coisa ontem, quando liguei. Você está tentando me enganar, Oliver? — Bianca questionou bruscamente.— Eu não ousaria fazer algo assim. — Oliver inclinou a cabeça. — Acontece que o senhor Marwood tem alguns negócios importantes para cuidar, fora daqui. —— E você pode me dizer do que se trata? —— Poderia, mas ele não me informou. —Bianca revirou os olhos, sabendo que Anthony estava ocupado porque precisava ficar com Anne, que estava grávida de seu filho. Seu coração se contorcia de ciúme e cada segundo que ela esperava que Anne morresse parecia uma eternidade.Por sorte, antes
Satisfeita em como o vestido exaltava suas formas, Bianca deixou o estúdio no carro da assistente e chegou dez minutos antes ao restaurante. Como Anthony ainda não havia chegado, ela sentou-se e esperou ansiosamente, imaginando se o magnata tinha decidido não comparecer, no fim das contas.Ela estava prestes a pegar o telefone para ligar para ele quando viu o Rolls Royce preto se aproximar. Não era necessário olhar para saber quem desceria daquele veículo.Assim que Anthony se sentou, Bianca disse:— Você é ótimo com gerenciamento de tempo. Você chegou exatamente às onze e meia. —Depois que os pratos foram servidos, eles começaram a comer e Bianca aproveitou todas as oportunidades para observar a expressão de Anthony.Ele não parecia ter notado o vestido dela e de repente ela percebeu que os homens talvez não gostassem da ideia de que suas mulheres estivessem vestidas com roupas muito reveladoras.‘Eu deveria ter usado algo mais discreto’ ela pensou consigo mesma, por fim, resol
Bianca ainda não tinha conseguido processar as palavras finais de Anthony e, à medida que o carro se afastava, suas emoções finalmente saíram do controle e lágrimas rolaram por seu rosto.— Ei, aquela não é aquela pianista famosa? Por que ela está parada do lado de fora com aquela cara? —— Ela parece tão deprimida... —Sentindo os olhares sobre ela e notando que alguém a gravava com o celular, ela tentou recuperar a compostura e entrou no restaurante, voltando a ocupar seu lugar à mesa.O restaurante mantinha um bom nível de privacidade, então ela sabia que ninguém iria incomodá-la, por isso, permitiu-se sofrer, deixando que seu corpo tremesse como vara verde.'Por que Anthony decidiu romper com o noivado? Por quê?' Ela pensou. 'O que eu mais temia finalmente está acontecendo. Por que ele faria isso comigo? Posso ter feito algo errado, mas Anthony nunca pareceu se importar. Por que agora...' O rosto de Anne apareceu em sua cabeça. 'Isso mesmo. Definitivamente é porque Anne está g
Com medo de que a moça fosse punida caso Anne se recusasse a comer, a jovem sentou-se, respirou fundo e deu uma pequena garfada, mastigando lentamente. Mesmo assim, atenciosa, Fiona disse:— Vá com calma, senhorita Vallois. Deixe seu estômago se acostumar. Você não comeu muito ao meio-dia. —Anne não suportava comer muito ou vomitaria, o que significava que, se pretendesse comer tudo aquilo, tinha que ir devagar. Eventualmente, ela terminou a comida.— Como você se sente? Algum desconforto? — Perguntou a empregada, com a voz atenciosa.— Estou bem — disse Anne.‘Não acredito que o remédio funcionou!’ pensou Fiona, consigo mesma.Deixando o prato vazio sobre a mesa, Anne se levantou e subiu as escadas, com a empregada seguindo-a de perto. Mas, assim que entrou no quarto, a empregada ficou do lado de fora, de vigia. Apesar de achar aquilo muito desconfortável, Anne ignorou, afinal Anthony ordenara à empregada que a seguisse por toda parte, e ela sabia que não tinha poder para mudar
Naquela manhã, Ashlynn tinha visto o criado com o aparelho na mão e decidiu prestar atenção. Assim que o rapaz se distraiu, ela pegou o celular, com o objetivo de ligar para Anne sem que Corentin soubesse. Aparentemente, seu plano tinha sido um sucesso, mas, assim que voltou para o quarto, o outro aparelho, o que acreditava estar grampeado, começou a tocar. Antes de atender, Ashlynn viu que se tratava de Corentin.— Sim? — — O que você está fazendo? — Perguntou a voz ríspida.— Estou no meu quarto. Não estou fazendo nada. —— Não vou jantar em casa. Não me espere acordada — avisou o magnata, e desligou, sem esperar resposta.Ashlynn nunca teria esperado por ele, nem se importava se ele voltaria e, se fosse possível, até preferiria que ele continuasse fora, mas sabia que isso era impossível.À noite, Ashlynn jantava sozinha e levou o cachorro de volta para o quarto, de onde não mais saiu.*Era tarde da noite e Corentin estava em uma sala pouco iluminada, conversando com outr
Ouvindo o rancor na voz de sua gangue, Corentin brincou com o cigarro entre os dedos e sua voz escapou, mortalmente séria:— Ninguém toca nela. Além disso, vocês acham que ela está aproveitando a vida que tem agora? —Paul sorriu e recostou-se no sofá.— Isso é verdade. Acho que nunca sabemos o que o futuro no reserva. Se o chefe não se importa em deixar ela viva, ninguém mais tem motivos para reclamar, afinal ninguém estaria desfrutando dessa riqueza toda, se não fosse por ele. —Mesmo sem dizer nada, Owen ainda se sentia furioso, mas sabia que não havia nada que pudesse fazer se Corentin quisesse Ashlynn.Corentin os examinou friamente.— Aprendam com Paul. Se algum de vocês estiver no meu caminho, farei com que sofram por isso. —Aqueles homens sempre estiveram a serviço de Salvatore, mesmo quando eram bandidos menores. Agora que viviam no luxo, seriam ainda mais fiéis e obedientes.Alguns minutos depois, Ashlynn saiu do carro e viu Corentin esperando por ela, parado na calç