— Eu não a avisei com antecedência. — Ashlynn não pediu a Corentin que a levasse a Luton, mas o homem o fez mesmo assim. A moça, em contrapartida, pensou que estar com Anne reduziria seu contato com o cônjuge forçado, mas isso não aconteceu.— Vou levá-la ao bar esta noite. — Enquanto falava, o homem a beijou nos lábios, sem se importar se a moça queria fazê-lo. Ashlynn lutou duas vezes contra, mas desistiu. À noite, a cativa foi levada ao bar por seu carrasco, onde lembrou-se de como também era levada a boates por Salvatore no passado. Embora ela não gostasse desse tipo de lugar, seu ex-marido parecia muito adequado para aquele ambiente hostil. Como o homem era como um chefe, um líder criminoso, ninguém o desobedecia, assim como não havia quem ousasse desrespeitá-la. Quando Salvatore morreu, a jovem se perguntou para onde foram seus seguidores. Àquela altura, imaginava que a maioria deles já estaria morta, ou no mesmo lugar de antes. De qualquer forma, depois que Salvatore foi pr
Os subordinados do homem deram um passo à frente, então os dois criminosos se amontoaram, aterrorizados. A dupla não esperava que Ashlynn tivesse tanto apoio. A jovem pensou que Corentin nunca iria deixar os dois irem, que pelo menos seriam espancados. De maneira nenhuma seria o que ela gostaria que acontecesse, mas já se preparou para o pior. Acontece que, na verdade, seu captor acenou para que o homem e a mulher se aproximassem. Como a dupla não ousou se mexer, os dois foram empurrados pelos guarda-costas. Corentin olhou de cima a baixo para o homem e a mulher à sua frente, parecendo amigável. — Vocês deveriam pedir desculpas. — Os dois nada mais podiam fazer senão obedecer, então engoliram o orgulho e imploraram por misericórdia. — Sinto muito, fomos estúpidos e nunca mais faremos isso! Sinto muito! — — Sentimos muito, por favor, nos poupe! — — Não precisam fazer isso. Vão embora. — Ashlynn não gostou da cena, então franziu a testa ao dizer isso, mas o homem e a mul
— Com licença, vocês os conhecem? — Um dos policiais mostrou duas fotos. Os olhos de Corentin brilharam quando encarou o policial, ao passo que Ashlynn disse: — Sim. Ontem à noite no bar, os dois tentaram me drogar, mas foram pegos em flagrante. Depois que eles se desculparam, nós os deixamos ir. — — Vocês não os viram depois? — Perguntou o policial. — Não. Não sabíamos até vermos as notícias na manhã de hoje. — Disse Ashlynn. A polícia queria interrogar mais, mas ouviu-se o som de um carro chegando. Era um Rolls-Royce preto. O carro parou e, quando o guarda-costas abriu a porta, os trigêmeos pularam do carro, fofos, andando em fila, como pequenos pinguins. Anthony saiu, logo atrás, então Anne se levantou e se aproximou. — Mamãe! — — Mamãe! — — Mamãe! — — Mamãe, estava com tantas saudades de você! — — Fazia muito tempo que não víamos a mamãe! — — Papai não nos deixou ver a mamãe! — — Papai disse que mamãe está doente. Você está se sentindo melhor agora?
— A outra mulher de quem seu pai falou… é real? Ele não mentiria? — Anne perguntou, então se virou e saiu indiferente. Por outro lado, o rosto de Anthony ficou tenso, então o homem permaneceu rígido no lugar. Enquanto isso, no carro, Ashlynn sentiu uma atmosfera estranhamente monótona e até a luz ficou fraca. Corentin parecia sombrio, e a moça ficou nervosa quando encarou aqueles olhos âmbar monstruosos. — O que há de errado? Eu disse algo errado? — — Se não fosse por você, meu filho já teria cinco anos, certo? — Corentin perguntou, mal-humorado. O coração de Ashlynn batia descontroladamente e seus dedos se curvaram, inquietos. Só então entendeu o motivo da aura aterrorizante que transbordava do corpo de Corentin... Inveja dos filhos de Anne com Anthony.* Anne foi ao cemitério com as crianças, então os quatro se ajoelharam para prestar suas condolências. Os trabalhadores do lugar preparam um espaço ao lado do túmulo de Nigel para colocarem a urna de Sarah. Assim, juntaram-
Antes que Anne pudesse falar, Charlie disse: — Mamãe provavelmente está pensando na vovó. Fazia alguns dias que não via mamãe e já sentia muita falta dela! Mamãe deveria sentir o mesmo por sua mãe. — — Mamãe, vou dormir com você à noite! — Chris disse. — Está bem... — Anne tocou sua cabecinha. — Papai também acompanhará mamãe! — Chloe disse, mas Anne não queria ver Anthony. Olhando para as crianças, a moça só conseguiu dizer: — Papai está ocupado. Mamãe já está muito satisfeita com vocês me acompanhando. — Os trigêmeos, preocupados, olharam para a mãe e depois para o pai, porque imaginaram que o homem não ficaria feliz com aquilo. — A mamãe não gosta do papai? — Chloe perguntou. Como Anne poderia responder? A verdade é que não gostava, nem achava que o homem pudesse gostar dela também. O magnata apenas era controlador, e a moça sabia que era a vítima perfeita para alguém como o crápula. Contudo, não podia dizer isso às crianças... Anthony olhou para Anne com olhos
A cortina ao lado se moveu, então Anne se virou e percebeu que era Anthony, o que a fez se sentir desconfortável. Incomodava que o magnata fosse quem tinha a custódia dos filhos, porque, além de limitar a liberdade da mãe com as crianças, frequentemente a colocava naquela situação de domínio. — Isso acabará em breve, não é? Charlie é um menino muito corajoso. — A doutora Brown conversava com o pequeno enquanto costurava o ferimento, desviando sua atenção. Com suas mãos leves e rápidas, os pontos foram dados em segundos.— Ok, vamos aplicar o remédio agora e você pode ir para casa depois disso. Viu? Não doeu nada. — A médica aplicou o medicamento anti-inflamatório e colocou gaze sobre o lugar. O band-aid na superfície tinha o personagem de um desenho animado que as crianças adoravam. Assim, depois de terminar, a profissional deixou as recomendações com os pais e se retirou. — Papai... — Chris e Chloe pareciam magoados, com lágrimas nos olhos grandes. Anne explicou com culpa: —
Anne sentia quase como se pudesse machucar os filhos caso se aproximasse. Depois que esse pensamento se formou em sua cabeça, não conseguiu mais controlá-lo, como um cachorro que escapou da coleira. As crianças não entenderiam seus sentimentos, mas como uma mãe que se preocupava com seus filhos, ela não poderia ignorar isso.O carro chegou à porta do escritório e Anne desembarcou. As três crianças, é claro, não queriam deixar a mãe. — Queremos ir ao escritório da mamãe também! — — Se não pudermos, podemos ir para a mansão da vovó! — — Nós ficaremos bem! — Anne estava relutante, mas ainda assim se forçou a dizer: — Não. Vocês só podem ficar com a mamãe no trabalho depois que o ferimento de Charlie sarar. Sejam bonzinhos. — Dito isso, a moça se afastou. Afoita, andava rápido e mantinha as costas retas. Assim que entrou no elevador, sem ninguém por perto, finalmente se soltou e encostou-se na parede, ponderando: ‘Isso deve ser apenas uma coincidência!’. Anne realmente seria a
Anne ligou, mas ninguém atendeu. Diante disso, seu cérebro estava explodindo. Por que seria Cindy? Quem a colocou ao seu lado? Ela não conseguia acreditar que sua assistente, funcionária mais próxima, fosse uma assassina. Imediatamente, a mulher ligou para Anthony: — Descobri que a pessoa que drogou meu pai pode ser Cindy! — — É ela. A investigação da minha parte descobriu que Cindy tinha ido à farmácia para comprar cantaridina. Onde ela está? — Coincidentemente, Anthony acabara de conseguir a informação.— Vim com ela a um hospital para discutir um assunto com o responsável do lugar nos deparamos com uma funcionária da clínica de estética que reconheceu Cindy. Ela me explicou haviam retirado a pinta da desgraçada na clínica. Quando ela disse isso, a assassina já tinha fugido! Ela saiu logo, dizendo que a moça tinha se confundido! Você consegue pegá-la, não consegue? — Anne perguntou.— Consigo. — Anne sentiu-se aliviada ao ouvir a confiança de Anthony, porém, depois de entrar