Era impossível para Ashlynn deixar seu cachorro morrer e, por causa disso, ela não tinha escolha.— Eu... eu irei com você, mas você pode me prometer uma coisa? — — Prossiga. — — Não mate pessoas de novo— a moça pediu. Isso era o mínimo que poderia pedir. Salvatore não conhecia nada além de sangue e teria que mudar se quisesse mantê-la em sua vida. O homem olhou para ela em silêncio e de uma maneira assustadora. — Existem outras soluções para as coisas além de matar pessoas— ela implorou.— Tudo bem. — Chocada, ela exclamou: — Sério? — Na época em que o homem diante dela ainda era Salvatore Yeager, ele era violento e qualquer um que cruzasse seu caminho e atrapalhasse seus planos morreria.— Claro. Quando eu menti para você? — Ele abaixou a cabeça e se concentrou em um beijo.Ashlynn não resistiu, mas agarrou-se firmemente aos lençóis para reprimir o medo que corria em suas veias. No passado, foi consumida pelo medo de morrer nas mãos de Salvatore, então simplesmente não
— Obrigado por cuidar de mim, senhorita Vallois. Nunca esquecerei isso. Preciso ir agora. — — Claro. Me avise se precisar de alguma coisa. — disse Anne.— Eu vou. — Ashlynn desligou e se virou para olhar para o homem que a encarava ao lado da cama. — Eu irei com você. Já disse isso à senhorita Vallois. — Anne sabia que Ashlynn não podia dizer o que pensava porque Corentin a estava observando. Elas não podiam arriscar alertar o homem de forma alguma. A moça lembrou que Ashlynn ainda estava com as chaves, mas descartou a ideia logo depois, já que ela tinha chaves extras em casa. Porém, ao voltar para seu apartamento e abrir a gaveta de seu quarto, percebeu que suas chaves extras haviam sumido.— Lembro-me de ter deixado as chaves aqui... não? — murmurou para si mesma.'Alguém roubou?', ela pensou consigo mesma. 'Sem chance. Ninguém invadiria um apartamento só para roubar chaves!'. A moça olhou em todos os lugares, mas não havia sinal de suas chaves extras. Resignada, decidiu que t
Na perspectiva de Dorothy, tudo estaria resolvido quando Bianca tivesse o filho de Anthony.— Você pode parar de tocar nesse assunto?! — Bianca gritou e se levantou abruptamente.— Bianca, você não pode fugir disso. Basta olhar para Anne. Sem as crianças, ela não seria capaz de se aproximar de Anthony. — — Ele nunca me tocou! Como vou engravidar?! — Bianca gritou.O queixo de Dorothy caiu. — O quê?! Ele nunca tocou em você?! Como isso é possível?! Vocês estão sempre juntos e ficam na Mansão Real! — Bianca afundou a cara nas mãos, sentindo vontade de desmaiar.— Por que ele não toca em você?! Você está impedindo?! Você não está se guardando, não é?! Isso é tolice! — Dorothy questionava freneticamente ao perceber que Bianca poderia estar perdendo a chance de sua vida para outra pessoa. Não era de admirar que Anthony continuasse voltando para Anne, afinal a mulher o entendia como um homem e assumia que ele procuraria sexo.Bianca ouvia Dorothy, mas não conseguia reunir forças p
— Me diga a verdade! O que está acontecendo? — Bianca confrontou Dorothy. — Você e papai estão escondendo algo de mim? — — Não. Você não pode cair no truque de Anne... — Dorothy continuou a negar.— Tudo bem! Eu mesma farei um teste de paternidade! — Bianca se dirigiu à porta.Dorothy sabia que não poderia contestar os resultados e que todos descobririam se ela deixasse Bianca fazer outro teste, então entrou em pânico e gritou: — Tudo bem! Você não é filha de Nigel! — Bianca se virou para olhar para a mãe, incrédula. — Quem é meu pai, então? — — Eu... eu fui estuprada. Pouco depois de me casar com seu pai, eu estava bêbada e voltando para casa, alguém... — A mulher explicou e notou no olhar da filha que Bianca não suportava pensar que pudesse ser filha de algum mendigo. — Bianca, eu fui uma vítima! Eu não queria que isso acontecesse. Quando você foi internada no hospital, seu tipo sanguíneo não correspondia e seu pai foi investigar isso. Eu fui muito descuidada, ou isso não
Anne se aproximou, balançando a cabeça com resignação ao ver como seus filhos falavam coisas como aquelas.— Vovó nunca vai se cansar de cozinhar para sua mãe e para vocês. Tenho uma energia infinita para isso! — Sarah fez cafuné em suas cabeças. Mesmo que tenha sido exaustivo, todo o seu trabalho árduo valeu a pena.Os cinco sentaram-se para tomar o café da manhã.— Mamãe, vovó, podemos ir ver o vovô hoje? — Chloe perguntou.— Já se passaram alguns dias! — Charlie disse.— Podemos ir sozinhos também! — Chris sugeriu, como se fosse um adulto.— Claro. Por que vocês três não vêm conosco mais tarde? — perguntou Anne.***Anne levou os trigêmeos consigo para o hospital e conversou com a enfermeira sobre a condição de Nigel. A moça foi informada de que não houve mudança, mas a enfermeira acrescentou: — Aquele pianista passou aqui ontem à noite. — — Sozinha? — perguntou Anne.— Sim. Ela saiu com os olhos vermelhos. Acho que ela chorou lá dentro. — Disse a enfermeira fofoqueira.
Anne passou os braços em volta de Sarah, atordoada.— Anne, seu pai vai ficar bem! Não é possível! — A mulher parecia à beira do colapso.Com lágrimas nos olhos, Anne virou-se para olhar para Kathryn. — Por favor, volta lá e continua tentando! Ele tem que sobreviver! Eu não aceito isso! Ele estava bem, então como isso pôde acontecer do nada? Achei que todos vocês estavam trabalhando para trazê-lo de volta! O que esses especialistas vinham fazendo?! — O som de passos se aproximou por trás delas e Anthony apareceu com uma expressão intimidadora no rosto. — Explique-se! — O magnata vociferou.Kathryn baixou o rosto e disse: — O coração do senhor Faye não resistiu e ele acabou de falecer. Quando uma pessoa fica deitada na cama por muito tempo, às vezes seu metabolismo enfraquece, mesmo com todos os paliativos. — Era uma verdade cruel para a família. Todos pensaram que ainda havia esperança, que um acidente não tiraria Nigel deles. Tomados pela dor, entraram para ver o homem, q
Dorothy entrou correndo e empurrou Sarah bruscamente para o lado. A mulher caiu no chão e Anne gritou: — O que você está fazendo?! Mãe, você está bem? — — Ela deveria simplesmente morrer! — Dorothy apontou para Sarah. — Ela vivia aqui, insistindo em ficar ao lado de Nigel, não é? Como isso pôde acontecer? Diga a verdade! O que você fez com ele enquanto não estávamos por perto?! — Bianca parou atrás de Dorothy.— O que queria que minha mãe fizesse? Papai era importante para ela, por isso ficava aqui! Diferente de você! — Anne puxou Sarah do chão e discutiu.— Quem sabe se ela está fingindo se importar? — Dorothy questionou. — Nigel estava bem quando estávamos por perto, e algo aconteceu com ele sob sua supervisão. O que você fez? — — Mãe, pare com isso. Você realmente quer causar uma cena na frente do papai? — Bianca a deteve. — Eu não acho que fizeram nada com ele. — — Bianca, você é muito ingênua e é por isso que elas atacam você o tempo todo. Pense direito! Elas têm o mel
Cada palavra que Bianca dizia era uma falsa acusação dirigida a Anne. A moça virou-se para a pianista e pensou consigo mesma: 'Quando exatamente mencionei alguma coisa sobre me casar com Anthony?'. Em seguida, Anne se virou para estudar o rosto inexpressivo do magnata e se perguntou se ele acreditaria na desvairada Bianca. Quer o homem acreditasse na mulher ou não, tudo o que a mãe dos trigêmeos queria descobrir era a verdade sobre a morte de seu pai.Os profissionais da segurança continuaram a reproduzir as imagens, mas não encontraram nenhuma anormalidade desde as imagens noturnas até o dia seguinte. Sarah e Anne apareceram com os trigêmeos e, naturalmente, todos também ouviram o que disseram. Não havia nada de importante ou ruim sobre Bianca, então Anne não se sentiu nem um pouco desconfortável. No entanto, uma parte da conversa ainda mudou a atmosfera da sala.— Não fala isso! Posso ir atrás de qualquer coisa, mas não dos homens dos outros. De qualquer forma, não quero pensar em