Com lágrimas nos olhos, os três pequeninos ajoelharam-se obedientemente e oraram pelo avô. Anthony estava vestido de preto, curvando-se e acompanhando silenciosamente a oração. Anne olhou para seus filhos ajoelhados e orando, e lágrimas brotaram de seus olhos, escorrendo por seu rosto.— Mamãe, não fique triste. Você vai machucar os olhos de tanto chorar. — Chloe enxugou as lágrimas de Anne.— Se o vovô souber, ele vai se sentir muito mal. — disse Charlie.— Mamãe, estaremos com você... — Chris a abraçou. Anne viu que eles estavam se esforçando para conter as lágrimas e gentilmente acariciou suas cabeças, dizendo: — Não se preocupem. Mamãe será forte. — Dorothy e Bianca, que estavam ajoelhadas em frente, olharam com desgosto para a cena da família de cinco pessoas. Tudo aquilo só porque ela teve trigêmeos? Caso contrário, o que ela seria? Anthony nem sequer deu uma olhada na direção da própria noiva, de tão focado que estava em Anne desde que chegou. Era como se nada existisse
— Mamãe, nós o chamamos de bisavô? — Chloe perguntou.— Isso mesmo. — Cedeu Anne.Apesar da pergunta, os trigêmeos notaram que Anne não pediu que chamassem Cory de 'bisavô', mas não perguntaram mais nada depois de observarem cuidadosamente sua expressão facial.— Cuide das crianças. Vou voltar para ver minha mãe. — Anne disse a Anthony. Em seguida, a moça confirmou com os trigêmeos que sairia, deixando-os com o pai.Os três pequenos foram obedientes e seguiram Anthony sem reclamar da falta da mãe. Anne saiu da funerária e viu que as nuvens encobriam um pouco a luz solar lá fora, mas ainda se sentia tonta como se estivesse em um dia de calor intenso. A moça sabia que era porque estava triste com a morte de Nigel, tanto que chorava com frequência desde que recebera a fatídica notícia. Anne se perguntava como ficaria ao visitar sua mãe, e se essa realmente era uma boa opção ou se apenas reforçaria as dores uma da outra.Antes de chegar ao carro, de repente, a moça sentiu mais leve, p
— Bianca e Dorothy estão lá. Até Cory e Corentin vieram. Não importa se eu estou lá ou não. — Disse Anne.— Eles vieram? Eu me pergunto por que eles estão aqui. Quando Nigel estava vivo, eles nunca o visitaram. Agora, depois que ele faleceu, eles querem pagar de boa família... — Sarah começou a soluçar.— Mãe, por favor, cuide da sua saúde. Perdi papai, então não posso perder você também. — Anne ficou realmente preocupada com a mãe.Sarah conhecia bem essa verdade, mas se sentia tão deprimida que não se importava nem um pouco com sua própria saúde. — Será que tudo é mentira? Talvez seu pai esteja apenas se escondendo em algum lugar e não esteja realmente morto? — Sarah começou a deixar sua imaginação correr solta.— Eu também queria pensar assim, mas papai foi assassinado. Não se preocupe, mãe, com certeza vou pegar o assassino. — Sarah assentiu, parecendo triste.— Você quer visitar o papai? — Perguntou Anne.Sarah balançou a cabeça. — Esqueça. Deixe-o descansar em paz. De
— Como você pode garantir que o telefone dela não está sendo monitorado? — Anne congelou com a pergunta, porque Anthony estava certo. Corentin era Salvatore, que fez o possível para encontrar Ashlynn e levá-la de volta. Como não a monitoraria? A própria Anne já havia experimentado o mesmo com seu telefone antes, então sabia bem que era uma possibilidade. Anthony segurou seu pulso e a conduziu até a sala ao lado da funerária, onde os trigêmeos esperavam. Anne virou a cabeça e viu o magnata pegar o telefone e, em seguida, sair enquanto atendia a uma chamada. De certo, o homem já investigava Corentin. — Coloquem dispositivos de escuta nos guarda-costas que estão perto de Corentin. Não deixem impressões digitais. — — Sim, senhor Marwood. — Logicamente, colocar um dispositivo de escuta diretamente em uma pessoa era mais difícil do que no carro. No entanto, a história da família Lloyd não era de inocência, e, de certo, eram pessoas cautelosas, para evitar esse tipo de vazamento. An
Dorothy e Bianca não se sentiam à vontade, embora Nigel estivesse morto. Afinal, Anne permanecia no controle da empresa e elas ainda teriam que lidar com esse ressentimento de qualquer maneira. Então, Dorothy arrastou Bianca para discutir contramedidas para lidar com a situação, dizendo: — A empresa, mais cedo ou mais tarde, cairá em nossas mãos. O senhor Walker está agora encarregado da expansão do prédio da fábrica. Garantirei que o prédio será mal construído e causará a morte de várias pessoas, então os sócios da empresa certamente não deixarão Anne ficar, mesmo que ela tenha Anthony para suprimir a opinião pública. Então, interviremos, já que a administração certamente ficará uma bagunça, entendeu? É quando vamos aparecer! Não importa o que aconteça, você ainda é filha de Nigel. Tudo ficará bem, desde que os superiores da empresa apoiem você. — Bianca fez uma careta. Ainda era considerada filha de Nigel? Claro. Enquanto outros não soubessem do escândalo, a pianista ainda era fi
— Quem atacaria uma pessoa em coma? Era necessário? Afinal, a chance de ele acordar era muito pequena, não era? — Ashlynn se perguntou.Como se fosse esclarecida, Anne pensou que Ashlynn estava certa. O que aconteceu era ilógico. A moça queria contar a Ashlynn algo sobre Corentin, mas temendo estar sendo monitorada, disse deliberadamente: — Espere um minuto, deixe-me verificar se alguém está me espionando. Uns tempos atrás, Anthony instalou um aplicativo de monitoramento no meu telefone, vendo todas as minhas palavras e ações. Foi terrível... Talvez ele tenha feito isso de novo, sabe? — Anne fez barulhos deliberadamente, abrindo e fechando a porta. Durante esse tempo, Ashlynn entendeu a mensagem. A sua interlocutora sugeria que poderia haver um aplicativo de monitoramento no seu telefone também. Em seguida, Anne disse: — É, parece que alguém está aqui fora da casa... Vamos conversar sobre isso mais tarde. — — Tudo bem. — A ligação terminou, e Ashlynn olhou para seu telefone. C
Salvatore era um monstro, além de um tarado com energia infinita. Como poderia ter uma doença cardíaca?— Será que não foi uma doença cardíaca congênita? — Anne suspeitava. — Ele não é o verdadeiro Corentin, nem Salvatore tem doenças cardíacas, então esta é a única possibilidade. Talvez… você possa verificar se o Corentin anterior tinha doenças ou não. — — Tudo bem. Vou encontrar uma maneira de contar a você qualquer coisa estranha que encontrar. — Disse Ashlynn.— Por favor, seja cuidadosa. — Depois de desligar a ligação, Ashlynn agradeceu à lojista e saiu do pet shop. Superficialmente, a jovem parecia vagar casualmente pelas ruas, mas, na verdade, esperava encontrar uma farmácia. Ela olhou em volta e notou uma farmácia não muito longe dali, então renovou seu humor e se dirigiu até o local. Depois de entrar no estabelecimento, deu uma volta pelas seções. Logo, um vendedor perguntou: — Posso ajudá-la em alguma coisa? — — Vou levar este. — Ashlynn escolheu um frasco de vitami
— Não. — Ashlynn respondeu sem hesitação.— Já fomos ao cinema juntos. Você se lembra que filme era? — Corentin segurou a mão dela, no escuro.Vendo que ele havia mudado de assunto, Ashlynn ficou aliviada e respondeu: — Eu não. — — Era um romance. — Com a dica, Ashlynn foi forçada a se lembrar do maldito filme. Naquele dia, depois de terminar o filme e voltar para casa, seus pais adotivos morreram num incêndio e a casa foi totalmente queimada. Tudo o que a moça realmente lembrava era da crueldade de Corentin, enquanto todo o resto se diluiu e desapareceu. Não havia amor algum. A jovem, de início, pensou que estariam salvando um ao outro, mas a vida se transformou em uma piada.— Em filmes policiais, os criminosos nunca podem ser os protagonistas. Isso não é moralmente permitido. — Ashlynn olhou para a tela grande. Naquele filme, o criminoso enganou as mulheres para que entrassem em sua casa e depois as matou, enterrando seus corpos em seu quintal.— De fato. No mundo real, as