Salvatore era um monstro, além de um tarado com energia infinita. Como poderia ter uma doença cardíaca?— Será que não foi uma doença cardíaca congênita? — Anne suspeitava. — Ele não é o verdadeiro Corentin, nem Salvatore tem doenças cardíacas, então esta é a única possibilidade. Talvez… você possa verificar se o Corentin anterior tinha doenças ou não. — — Tudo bem. Vou encontrar uma maneira de contar a você qualquer coisa estranha que encontrar. — Disse Ashlynn.— Por favor, seja cuidadosa. — Depois de desligar a ligação, Ashlynn agradeceu à lojista e saiu do pet shop. Superficialmente, a jovem parecia vagar casualmente pelas ruas, mas, na verdade, esperava encontrar uma farmácia. Ela olhou em volta e notou uma farmácia não muito longe dali, então renovou seu humor e se dirigiu até o local. Depois de entrar no estabelecimento, deu uma volta pelas seções. Logo, um vendedor perguntou: — Posso ajudá-la em alguma coisa? — — Vou levar este. — Ashlynn escolheu um frasco de vitami
— Não. — Ashlynn respondeu sem hesitação.— Já fomos ao cinema juntos. Você se lembra que filme era? — Corentin segurou a mão dela, no escuro.Vendo que ele havia mudado de assunto, Ashlynn ficou aliviada e respondeu: — Eu não. — — Era um romance. — Com a dica, Ashlynn foi forçada a se lembrar do maldito filme. Naquele dia, depois de terminar o filme e voltar para casa, seus pais adotivos morreram num incêndio e a casa foi totalmente queimada. Tudo o que a moça realmente lembrava era da crueldade de Corentin, enquanto todo o resto se diluiu e desapareceu. Não havia amor algum. A jovem, de início, pensou que estariam salvando um ao outro, mas a vida se transformou em uma piada.— Em filmes policiais, os criminosos nunca podem ser os protagonistas. Isso não é moralmente permitido. — Ashlynn olhou para a tela grande. Naquele filme, o criminoso enganou as mulheres para que entrassem em sua casa e depois as matou, enterrando seus corpos em seu quintal.— De fato. No mundo real, as
Ashlynn não sentiu ternura, apenas estranheza, pois o homem a sua frente era simplesmente insano!— Como eu disse, quero que você gere meus filhos. Não faça isso de novo, ou ficarei chateado. — A expressão de Corentin era sombria.Sua 'chateação' não seria apenas perder a paciência, como as pessoas comuns, mas significava que mataria alguém. Ashlynn o conhecia muito bem. — Mas… o senhor Lloyd não concordará com isso. — A moça deu uma desculpa, porque, obviamente, não queria ter um filho de Corentin, nem queria que o uma criança tivesse um pai como aquele.O que aconteceria quando a criança crescesse? Seria igual ao crápula? Isso, por si só, era mais do que aterrorizante!— Não se preocupe. Ele certamente vai querer meu filho — disse Corentin. — Porque é isso que eu quero. — A última frase foi muito estranha, mas Ashlynn não se atreveu a refutar, e seu corpo tremeu ligeiramente. Corentin beijou seus lábios macios. — Você não acha que somos como um casal que está reacendendo o
Aquelas pessoas só sabiam que Nigel era o chefe.Em dado momento, Anne se encontrava parada ao lado de uma plataforma. O trabalhador responsável por erguer uma parede metálica parou, fazendo menção de que pretendia cumprimentar a recém-chegada. Quando o operário viu um olhar insinuante partir do senhor Walker, imediatamente chutou um tubo de aço sob seus pés. A peça metálica rolou de cima da plataforma, apontando direto para a cabeça de Anne. A jovem ouviu o som e olhou para cima, apenas para encontrar a ponta do tubo de aço avançando direto para seu rosto.Com aquele ângulo e altura, o tubo de aço poderia causar danos fatais.— Senhorita Vallois, cuidado! — O lembrete do senhor Walker chegou tarde demais. Anne percebeu o que acontecia, mas seu corpo congelou como se não tivesse recebido o sinal de seu cérebro. Algo horrível iria acontecer e era uma questão de vida ou morte. De repente, uma figura próxima saltou, abraçando os ombros da jovem e puxando seu corpo para o lado.O tub
— Corentin faz tudo com um propósito. Mesmo que o senhor Faye acordasse, isso não teria afetado seu status de herdeiro. — — Quem diabos fez isso? Eu simplesmente não entendo. — Anne estava angustiada. — Com a morte do papai, haverá uma chance menor de eu saber de qualquer coisa que aconteceu entre ele e a família Lloyd. Ou a morte do papai teve algo a ver com a família Lloyd? É possível? — — Isso depende— disse Anthony. — Não é incomum pai e filho se voltarem um contra o outro. — — Você também acha que é suspeito? — Perguntou Anne.— Corentin tem uma cicatriz cirúrgica no peito, certo? Provavelmente é para enganar os outros. — Disse Anthony.Anne ficou intrigada com a sugestão de Anthony. — Acha que se feriu de propósito para garantir que se parecesse mais com Corentin? — — Sim. O próprio Corentin tinha uma doença cardíaca. — — Eu não sabia sobre isso. — Assim que Anne disse isso, viu Anthony a encarando e não pôde deixar de reclamar por dentro. Por fim, disse o que o ma
Os três pequenos saíram correndo da mansão, bufando ao descerem as escadas com as pernas curtas. Anne se virou e, como se tivesse acabado de se lembrar de algo, disse. — A propósito, vou levar as crianças para a casa da minha mãe, mas trago elas de volta amanhã. — A moça não se importava se Bianca ficaria ali ou não, então apenas carregou os trigêmeos para dentro do carro, um por um, na frente de Anthony. Os trigêmeos até olharam pela janela do carro e acenaram para o pai. — Tchau, papai! — A irritação se explicitava no rosto de Anthony enquanto observava o carro partir, ao passo que Bianca sugeriu gentilmente: — Anthony, vamos entrar. Podemos jantar, e depois tocarei piano para você. Faz pouco que escrevi uma peça e realmente quero que você a ouça. Você será o primeiro a ouvir! — Agora que Anne havia partido e até levado consigo as três crianças barulhentas, a pianista e Anthony poderiam aproveitar seu tempo sozinho juntos. *Anne saiu do carro, querendo carregar as cri
A cabeça de Anne mergulhou nos braços de Anthony, e todo o seu corpo se apoiou no homem, firmemente envolvido pela aura dominadora. A moça lutou para sair. — Eu também não posso! — Anthony agarrou seu queixo, semicerrando os olhos.— Vamos descobrir. — — Não...! — Assim que Anne falou, sua boca foi tomada.Anne virou o rosto, sentindo falta de ar. Então, o rosto de Anthony se enterrou em seu pescoço, fazendo a moça tremer. Quando percebeu que o motorista estava prestes a ligar o carro, Anne gritou: — Não vou com você! — — As crianças estão aqui e não precisam que você as acompanhe. — A voz de Anthony estava rouca e seus olhos de obsidiana a encaravam como se buscassem uma presa. — Você descobriu quem matou meu pai? — Anne deixou escapar em pânico, mas também era a verdade mais dura. Àquela altura, não queria ser levada embora e não queria ter nada a ver com Anthony. Simplesmente não estava com disposição. A morte de Nigel foi um nó no coração da jovem e no de Sarah. Era i
— Se bem que, de repente, acho que a lua está ótima. — Corentin olhou para a lua no céu.Ashlynn ficou ali parada, imóvel, como se tivesse sido sequestrada. De fato, era a sua situação.— Não tenha medo. Sou seu marido. — Disse Corentin gentilmente.Ashlynn sentia-se mal sempre que o algoz falava num tom tão gentil.— Você realmente quer que eu seja sua esposa? — Ashlynn entrou em pânico quando perguntou isso.— O que você acha? — A moça acreditava que ela seria morta por Corentin mais cedo ou mais tarde, que simplesmente seria jogada no lago dos crocodilos, como Amy. Desapareceria numa morte brutal, longe de qualquer testemunha.— Como eu disse, não vou machucar você. Claro, você não pode se machucar também. Você é minha e só eu posso decidir a hora da sua morte. — Corentin era simplesmente um psicopata, mas Ashlynn preferiria que o homem a matasse do que expectativa constante pelo ato final de violência do crápula. A ansiedade, de certa forma, era pior que a morte.— Você ac