Aquelas pessoas só sabiam que Nigel era o chefe.Em dado momento, Anne se encontrava parada ao lado de uma plataforma. O trabalhador responsável por erguer uma parede metálica parou, fazendo menção de que pretendia cumprimentar a recém-chegada. Quando o operário viu um olhar insinuante partir do senhor Walker, imediatamente chutou um tubo de aço sob seus pés. A peça metálica rolou de cima da plataforma, apontando direto para a cabeça de Anne. A jovem ouviu o som e olhou para cima, apenas para encontrar a ponta do tubo de aço avançando direto para seu rosto.Com aquele ângulo e altura, o tubo de aço poderia causar danos fatais.— Senhorita Vallois, cuidado! — O lembrete do senhor Walker chegou tarde demais. Anne percebeu o que acontecia, mas seu corpo congelou como se não tivesse recebido o sinal de seu cérebro. Algo horrível iria acontecer e era uma questão de vida ou morte. De repente, uma figura próxima saltou, abraçando os ombros da jovem e puxando seu corpo para o lado.O tub
— Corentin faz tudo com um propósito. Mesmo que o senhor Faye acordasse, isso não teria afetado seu status de herdeiro. — — Quem diabos fez isso? Eu simplesmente não entendo. — Anne estava angustiada. — Com a morte do papai, haverá uma chance menor de eu saber de qualquer coisa que aconteceu entre ele e a família Lloyd. Ou a morte do papai teve algo a ver com a família Lloyd? É possível? — — Isso depende— disse Anthony. — Não é incomum pai e filho se voltarem um contra o outro. — — Você também acha que é suspeito? — Perguntou Anne.— Corentin tem uma cicatriz cirúrgica no peito, certo? Provavelmente é para enganar os outros. — Disse Anthony.Anne ficou intrigada com a sugestão de Anthony. — Acha que se feriu de propósito para garantir que se parecesse mais com Corentin? — — Sim. O próprio Corentin tinha uma doença cardíaca. — — Eu não sabia sobre isso. — Assim que Anne disse isso, viu Anthony a encarando e não pôde deixar de reclamar por dentro. Por fim, disse o que o ma
Os três pequenos saíram correndo da mansão, bufando ao descerem as escadas com as pernas curtas. Anne se virou e, como se tivesse acabado de se lembrar de algo, disse. — A propósito, vou levar as crianças para a casa da minha mãe, mas trago elas de volta amanhã. — A moça não se importava se Bianca ficaria ali ou não, então apenas carregou os trigêmeos para dentro do carro, um por um, na frente de Anthony. Os trigêmeos até olharam pela janela do carro e acenaram para o pai. — Tchau, papai! — A irritação se explicitava no rosto de Anthony enquanto observava o carro partir, ao passo que Bianca sugeriu gentilmente: — Anthony, vamos entrar. Podemos jantar, e depois tocarei piano para você. Faz pouco que escrevi uma peça e realmente quero que você a ouça. Você será o primeiro a ouvir! — Agora que Anne havia partido e até levado consigo as três crianças barulhentas, a pianista e Anthony poderiam aproveitar seu tempo sozinho juntos. *Anne saiu do carro, querendo carregar as cri
A cabeça de Anne mergulhou nos braços de Anthony, e todo o seu corpo se apoiou no homem, firmemente envolvido pela aura dominadora. A moça lutou para sair. — Eu também não posso! — Anthony agarrou seu queixo, semicerrando os olhos.— Vamos descobrir. — — Não...! — Assim que Anne falou, sua boca foi tomada.Anne virou o rosto, sentindo falta de ar. Então, o rosto de Anthony se enterrou em seu pescoço, fazendo a moça tremer. Quando percebeu que o motorista estava prestes a ligar o carro, Anne gritou: — Não vou com você! — — As crianças estão aqui e não precisam que você as acompanhe. — A voz de Anthony estava rouca e seus olhos de obsidiana a encaravam como se buscassem uma presa. — Você descobriu quem matou meu pai? — Anne deixou escapar em pânico, mas também era a verdade mais dura. Àquela altura, não queria ser levada embora e não queria ter nada a ver com Anthony. Simplesmente não estava com disposição. A morte de Nigel foi um nó no coração da jovem e no de Sarah. Era i
— Se bem que, de repente, acho que a lua está ótima. — Corentin olhou para a lua no céu.Ashlynn ficou ali parada, imóvel, como se tivesse sido sequestrada. De fato, era a sua situação.— Não tenha medo. Sou seu marido. — Disse Corentin gentilmente.Ashlynn sentia-se mal sempre que o algoz falava num tom tão gentil.— Você realmente quer que eu seja sua esposa? — Ashlynn entrou em pânico quando perguntou isso.— O que você acha? — A moça acreditava que ela seria morta por Corentin mais cedo ou mais tarde, que simplesmente seria jogada no lago dos crocodilos, como Amy. Desapareceria numa morte brutal, longe de qualquer testemunha.— Como eu disse, não vou machucar você. Claro, você não pode se machucar também. Você é minha e só eu posso decidir a hora da sua morte. — Corentin era simplesmente um psicopata, mas Ashlynn preferiria que o homem a matasse do que expectativa constante pelo ato final de violência do crápula. A ansiedade, de certa forma, era pior que a morte.— Você ac
O carro avançou, ao passo que Anne entrou em pânico. — Ei! Anthony, não me pressione! — — Ou o que? — Anthony a encarou atentamente. — Você não precisa dormir à noite? Já que você precisa, não importa onde você dorme, certo? — Anne ficou sem palavras. Sarah ainda tinha visão para o veículo e ficou lá em cima, observando o carro sair de perto. A mulher viu que Anne também não desembarcou, e até ficou feliz. Significava que Anthony não quis ficar com Bianca na mansão e preferiu procurar por Anne. Assim, percebia-se que Anne, com os filhos, era mais importante que a pianista.No dia seguinte, Sarah e a babá, que recebeu ordens de ir até a casa da mulher, ajudaram as crianças a se vestir. Os trigêmeos ficaram curiosos e perguntaram: — Onde está a mamãe? — — Eu não vejo mamãe! — — Eu sei! Mamãe ainda está dormindo! — Sarah disse: — Você adivinhou errado. Mamãe e papai estavam juntos ontem à noite. —— Papai veio? — — Ah. Eles tiveram um encontro! — Os grandes olhos de Ch
— Melhor se alguém morrer! Além disso, peça a mais repórteres! — — Entendido. — Bianca jogou furiosamente o telefone de lado. O seu pai acabara de falecer e ocorreram alguns problemas na fábrica. A moça queria ver se Anne ainda teria coragem de administrar a empresa, faria o que fosse preciso, desde que pudesse fazer a irmã sofrer!Anne entrou no escritório e olhou para os documentos sobre a mesa, uma pilha que precisava examinar. Passando o olho sobre a papelada, viu as fichas técnicas de todos os aspectos relacionados à construção da fábrica, enfiadas entre todos os documentos. A moça puxou o arquivo e avaliou página por página, constatando que alguns precisavam de sua assinatura. A jovem pegou uma caneta, desenhou um círculo no papel e colocou-o de lado.De repente, a porta do escritório dela foi aberta por alguém de maneira muito rude. Anne viu que Bianca era quem invadia o ambiente, então perguntou sem qualquer expressão: — Você precisa de alguma coisa? — — Papai não est
Óbvio que Anne já imaginava que aquelas poucas pessoas estavam em conluio. O acidente com o tubo de aço caído não tinha sido mero acaso, mas a moça não deu continuidade ao assunto porque ainda não era o momento certo. Bianca ficou tão frustrada que cerrou os dentes com força enquanto fingia estar bem, como se não tivesse nada a ver com o ocorrido. — Por que você está me contando isso? Para provar que você é muito competente? Que piada. Sua melhor habilidade é sair por aí e seduzir homens! — — Senhorita Vallois, me ajude. Fui incriminado! — O senhor Walker ainda implorava por misericórdia.Anne negociou com o homem uma delação: — Eu posso fazer isso, claro! Apenas me diga quem lhe pediu para fazer isso. Deveria haver alguém instruindo você, não é? Caso contrário, você não teria sido tão audacioso. — O senhor Walker evitou o olhar da patroa. — Não... não é bem assim... fiz porque sou ganancioso... — — Obrigado, oficial! — Anne não perguntou mais nada.— Anne Vallois, como v