— Deve haver algo obscuro aí. Os Lloyd administraram negócios ilegais no passado e tiveram grande sucesso depois que decidiram se tornar… bem, legalizados — explicou Anthony.Anne conhecia a história do desenvolvimento do Grupo Lloyd e todos sabiam o quão bem-sucedidos eles haviam se tornado, mas isso tornava a situação mais complicada ainda. Corentin não era tão inofensivo quanto queria parecer.— Ela é a esposa legal de Corentin agora. É melhor ficarmos fora disso. — Insistiu Anthony.Anne estava perdendo o juízo. A moça não sabia que eles eram casados, mas depois que ficou sabendo, perdeu a noção de como lidar com a situação.'Devo forçá-lo a se divorciar ou algo assim?', pensou consigo mesma.— Corentin veio aqui especificamente por causa de Ashlynn. Ele não vai desistir. — Anthony disse apenas algumas palavras, mas isso foi o suficiente para esclarecer o que realmente estava acontecendo.O Grupo Lloyd mandava e desmandava Athetin. Nada de bom sairia de um confronto com eles.
Se Salvatore não se importava com as vidas humanas, definitivamente não se importaria com a vida de um animal.— Isso depende de você. Enviei o endereço do hotel. — Corentin desligou. De fato, o homem enviou o endereço do hotel junto com o número do quarto, esperando que a moça fosse até ele.Aterrorizada, Ashlynn correu para o lugar. Ao longo do caminho, ela se lembrou do histórico de chamadas da loja de animais em seu telefone e percebeu que seu cachorro não desapareceu. Como suspeitou, foi uma maquinação de seu ex-marido. O dono da loja de animais ligou para ela porque o período de permanência do cachorro estava quase acabando. Salvatore foi quem atendeu a chamada e levou o cachorro embora com antecedência.Assim que a moça chegou ao hotel, os subordinados de Corentin a conduziram até o quarto e abriram a porta. Ashlynn entrou e viu o homem descansando largado no sofá, exatamente como ela o conhecia como Salvatore: desleixado e selvagem. O homem ficou deitado preguiçosamente com
Era impossível para Ashlynn deixar seu cachorro morrer e, por causa disso, ela não tinha escolha.— Eu... eu irei com você, mas você pode me prometer uma coisa? — — Prossiga. — — Não mate pessoas de novo— a moça pediu. Isso era o mínimo que poderia pedir. Salvatore não conhecia nada além de sangue e teria que mudar se quisesse mantê-la em sua vida. O homem olhou para ela em silêncio e de uma maneira assustadora. — Existem outras soluções para as coisas além de matar pessoas— ela implorou.— Tudo bem. — Chocada, ela exclamou: — Sério? — Na época em que o homem diante dela ainda era Salvatore Yeager, ele era violento e qualquer um que cruzasse seu caminho e atrapalhasse seus planos morreria.— Claro. Quando eu menti para você? — Ele abaixou a cabeça e se concentrou em um beijo.Ashlynn não resistiu, mas agarrou-se firmemente aos lençóis para reprimir o medo que corria em suas veias. No passado, foi consumida pelo medo de morrer nas mãos de Salvatore, então simplesmente não
— Obrigado por cuidar de mim, senhorita Vallois. Nunca esquecerei isso. Preciso ir agora. — — Claro. Me avise se precisar de alguma coisa. — disse Anne.— Eu vou. — Ashlynn desligou e se virou para olhar para o homem que a encarava ao lado da cama. — Eu irei com você. Já disse isso à senhorita Vallois. — Anne sabia que Ashlynn não podia dizer o que pensava porque Corentin a estava observando. Elas não podiam arriscar alertar o homem de forma alguma. A moça lembrou que Ashlynn ainda estava com as chaves, mas descartou a ideia logo depois, já que ela tinha chaves extras em casa. Porém, ao voltar para seu apartamento e abrir a gaveta de seu quarto, percebeu que suas chaves extras haviam sumido.— Lembro-me de ter deixado as chaves aqui... não? — murmurou para si mesma.'Alguém roubou?', ela pensou consigo mesma. 'Sem chance. Ninguém invadiria um apartamento só para roubar chaves!'. A moça olhou em todos os lugares, mas não havia sinal de suas chaves extras. Resignada, decidiu que t
Na perspectiva de Dorothy, tudo estaria resolvido quando Bianca tivesse o filho de Anthony.— Você pode parar de tocar nesse assunto?! — Bianca gritou e se levantou abruptamente.— Bianca, você não pode fugir disso. Basta olhar para Anne. Sem as crianças, ela não seria capaz de se aproximar de Anthony. — — Ele nunca me tocou! Como vou engravidar?! — Bianca gritou.O queixo de Dorothy caiu. — O quê?! Ele nunca tocou em você?! Como isso é possível?! Vocês estão sempre juntos e ficam na Mansão Real! — Bianca afundou a cara nas mãos, sentindo vontade de desmaiar.— Por que ele não toca em você?! Você está impedindo?! Você não está se guardando, não é?! Isso é tolice! — Dorothy questionava freneticamente ao perceber que Bianca poderia estar perdendo a chance de sua vida para outra pessoa. Não era de admirar que Anthony continuasse voltando para Anne, afinal a mulher o entendia como um homem e assumia que ele procuraria sexo.Bianca ouvia Dorothy, mas não conseguia reunir forças p
— Me diga a verdade! O que está acontecendo? — Bianca confrontou Dorothy. — Você e papai estão escondendo algo de mim? — — Não. Você não pode cair no truque de Anne... — Dorothy continuou a negar.— Tudo bem! Eu mesma farei um teste de paternidade! — Bianca se dirigiu à porta.Dorothy sabia que não poderia contestar os resultados e que todos descobririam se ela deixasse Bianca fazer outro teste, então entrou em pânico e gritou: — Tudo bem! Você não é filha de Nigel! — Bianca se virou para olhar para a mãe, incrédula. — Quem é meu pai, então? — — Eu... eu fui estuprada. Pouco depois de me casar com seu pai, eu estava bêbada e voltando para casa, alguém... — A mulher explicou e notou no olhar da filha que Bianca não suportava pensar que pudesse ser filha de algum mendigo. — Bianca, eu fui uma vítima! Eu não queria que isso acontecesse. Quando você foi internada no hospital, seu tipo sanguíneo não correspondia e seu pai foi investigar isso. Eu fui muito descuidada, ou isso não
Anne se aproximou, balançando a cabeça com resignação ao ver como seus filhos falavam coisas como aquelas.— Vovó nunca vai se cansar de cozinhar para sua mãe e para vocês. Tenho uma energia infinita para isso! — Sarah fez cafuné em suas cabeças. Mesmo que tenha sido exaustivo, todo o seu trabalho árduo valeu a pena.Os cinco sentaram-se para tomar o café da manhã.— Mamãe, vovó, podemos ir ver o vovô hoje? — Chloe perguntou.— Já se passaram alguns dias! — Charlie disse.— Podemos ir sozinhos também! — Chris sugeriu, como se fosse um adulto.— Claro. Por que vocês três não vêm conosco mais tarde? — perguntou Anne.***Anne levou os trigêmeos consigo para o hospital e conversou com a enfermeira sobre a condição de Nigel. A moça foi informada de que não houve mudança, mas a enfermeira acrescentou: — Aquele pianista passou aqui ontem à noite. — — Sozinha? — perguntou Anne.— Sim. Ela saiu com os olhos vermelhos. Acho que ela chorou lá dentro. — Disse a enfermeira fofoqueira.
Anne passou os braços em volta de Sarah, atordoada.— Anne, seu pai vai ficar bem! Não é possível! — A mulher parecia à beira do colapso.Com lágrimas nos olhos, Anne virou-se para olhar para Kathryn. — Por favor, volta lá e continua tentando! Ele tem que sobreviver! Eu não aceito isso! Ele estava bem, então como isso pôde acontecer do nada? Achei que todos vocês estavam trabalhando para trazê-lo de volta! O que esses especialistas vinham fazendo?! — O som de passos se aproximou por trás delas e Anthony apareceu com uma expressão intimidadora no rosto. — Explique-se! — O magnata vociferou.Kathryn baixou o rosto e disse: — O coração do senhor Faye não resistiu e ele acabou de falecer. Quando uma pessoa fica deitada na cama por muito tempo, às vezes seu metabolismo enfraquece, mesmo com todos os paliativos. — Era uma verdade cruel para a família. Todos pensaram que ainda havia esperança, que um acidente não tiraria Nigel deles. Tomados pela dor, entraram para ver o homem, q