Anne percebeu seu tom provocador e respondeu: — Sim. Falei por experiência própria. A quem devo agradecer por tais experiências, senão ao todo-poderoso senhor Marwood? — Anthony sinalizou para ela se aproximar. Anne não queria se mover, mas pesou suas escolhas ao encontrar os olhos dele, antes de se aproximar. Ele a arrastou para se sentar em seu colo e a moça gaguejou. — Ainda estamos no escritório. Controle-se. — — O que exatamente você acha que estou prestes a fazer? — Ele a encarou incisivamente e ela franziu os lábios em silêncio. —Sentindo arrepios na espinha, Anne respondeu: — Não sei, mas quero fazer nada! Basta dizer o que você veio fazer aqui! — Ela não conseguia entender por que eles tinham que estar tão próximos para ele falar.— O que você vai fazer com Corentin? — perguntou Anthony.Anne pensou sobre isso e disse: — Terei que fazer outro teste de DNA, e se houver algum problema, só podemos ter cuidado, pois há uma penalidade por quebrar o contrato. Se o al
Quando ela chegou ao hotel para pets, foi recebida por uma notícia horrível.— O quê?! Vocês o perderam?! — Ashlynn berrou, nervosa. — Como?! Este é um hotel para animais de estimação, não é?! Eu paguei e vocês prometeram que cuidariam dele! Vocês deveriam mantê-lo sob vigilância, não?! Como vocês o perderam?! Isso é um absurdo! — — Lamentamos muito, mas um dos funcionários se esqueceu de trancar a portinhola depois de alimentá-lo e, quando percebemos isso, ele já havia sumido. Não conseguimos encontrá-lo. — — Então ele já estava desaparecido quando vocês me ligaram? — — Sim. — Ashlynn observou o histórico de chamadas em seu telefone. Corentin esteve com o aparelho dela o tempo todo, então a moça presumiu que o homem havia atendido a ligação. A jovem comprou o cachorrinho para lhe fazer companhia, porque seu psiquiatra mencionou que os animais de estimação ajudariam a curar traumas.Ashlynn correu para as ruas, chamando por seu cachorro no caminho, esperando que o bichinho es
Anne se virou para olhar para Anthony. O homem não precisava estar ali, mas apareceu por coincidência e Corentin chegou pouco depois. Claro que a moça não pôde deixar de suspeitar que o magnata planejava aparecer na hora certa.— Então você nega todas as acusações que Ashlynn fez contra você? — perguntou Anthony.— Eu procurei sobre o passado dela nos últimos dois dias e sei que pareço muito com Salvatore, mas fora a aparência, somos completamente diferentes. Nunca pisei na região em que viviam, por exemplo. — Disse Corentin calmamente.Ashlynn não podia acreditar no que estava ouvindo e explicou apressadamente: — Ele está mentindo! Isso não é verdade! Você mesmo me disse que é Salvatore. Você me trancou em seu quarto e me perguntou por que eu te traí e mandei você para a prisão! Eu não estou inventando! — Corentin manteve a compostura no confronto com Ashlynn a ponto de nem mesmo Anthony perceber qualquer falha em sua reação. — Quando investiguei seu histórico, descobri que v
— Vamos ver o que acontece com o teste de DNA — disse Anthony, com autoridade.A expressão de Anne ficou tensa com seu tom.— Senhorita Vallois, vou voltar para casa. Não vou conseguir trabalhar com a cabeça assim. — — Entrarei em contato com você assim que os resultados saírem, está bem? — Anne a consolou. — Você parece exausta…. Não dormiu ontem, não é? — — Deixaram o meu cachorro fugir do hotelzinho para animais e estou procurando por ele... Nenhum sinal dele ainda... — — Há quanto tempo está desaparecido? — Anne fez uma careta.— Segundo os funcionários de lá, cerca de uma semana. — 'Então não há como encontrar mais', pensou Anne. 'Provavelmente já teria voltado!'. Ela entendia que algumas pessoas mantinham animais de estimação para lhes fazer companhia em momentos de solidão, então Ashlynn devia estar arrasada por ter perdido seu cachorro.— Talvez alguém tenha tirado ele da rua, não? Aposto que ele é fofo. Deve estar em segurança, talvez apareça do nada! Não fique tão
— Deve haver algo obscuro aí. Os Lloyd administraram negócios ilegais no passado e tiveram grande sucesso depois que decidiram se tornar… bem, legalizados — explicou Anthony.Anne conhecia a história do desenvolvimento do Grupo Lloyd e todos sabiam o quão bem-sucedidos eles haviam se tornado, mas isso tornava a situação mais complicada ainda. Corentin não era tão inofensivo quanto queria parecer.— Ela é a esposa legal de Corentin agora. É melhor ficarmos fora disso. — Insistiu Anthony.Anne estava perdendo o juízo. A moça não sabia que eles eram casados, mas depois que ficou sabendo, perdeu a noção de como lidar com a situação.'Devo forçá-lo a se divorciar ou algo assim?', pensou consigo mesma.— Corentin veio aqui especificamente por causa de Ashlynn. Ele não vai desistir. — Anthony disse apenas algumas palavras, mas isso foi o suficiente para esclarecer o que realmente estava acontecendo.O Grupo Lloyd mandava e desmandava Athetin. Nada de bom sairia de um confronto com eles.
Se Salvatore não se importava com as vidas humanas, definitivamente não se importaria com a vida de um animal.— Isso depende de você. Enviei o endereço do hotel. — Corentin desligou. De fato, o homem enviou o endereço do hotel junto com o número do quarto, esperando que a moça fosse até ele.Aterrorizada, Ashlynn correu para o lugar. Ao longo do caminho, ela se lembrou do histórico de chamadas da loja de animais em seu telefone e percebeu que seu cachorro não desapareceu. Como suspeitou, foi uma maquinação de seu ex-marido. O dono da loja de animais ligou para ela porque o período de permanência do cachorro estava quase acabando. Salvatore foi quem atendeu a chamada e levou o cachorro embora com antecedência.Assim que a moça chegou ao hotel, os subordinados de Corentin a conduziram até o quarto e abriram a porta. Ashlynn entrou e viu o homem descansando largado no sofá, exatamente como ela o conhecia como Salvatore: desleixado e selvagem. O homem ficou deitado preguiçosamente com
Era impossível para Ashlynn deixar seu cachorro morrer e, por causa disso, ela não tinha escolha.— Eu... eu irei com você, mas você pode me prometer uma coisa? — — Prossiga. — — Não mate pessoas de novo— a moça pediu. Isso era o mínimo que poderia pedir. Salvatore não conhecia nada além de sangue e teria que mudar se quisesse mantê-la em sua vida. O homem olhou para ela em silêncio e de uma maneira assustadora. — Existem outras soluções para as coisas além de matar pessoas— ela implorou.— Tudo bem. — Chocada, ela exclamou: — Sério? — Na época em que o homem diante dela ainda era Salvatore Yeager, ele era violento e qualquer um que cruzasse seu caminho e atrapalhasse seus planos morreria.— Claro. Quando eu menti para você? — Ele abaixou a cabeça e se concentrou em um beijo.Ashlynn não resistiu, mas agarrou-se firmemente aos lençóis para reprimir o medo que corria em suas veias. No passado, foi consumida pelo medo de morrer nas mãos de Salvatore, então simplesmente não
— Obrigado por cuidar de mim, senhorita Vallois. Nunca esquecerei isso. Preciso ir agora. — — Claro. Me avise se precisar de alguma coisa. — disse Anne.— Eu vou. — Ashlynn desligou e se virou para olhar para o homem que a encarava ao lado da cama. — Eu irei com você. Já disse isso à senhorita Vallois. — Anne sabia que Ashlynn não podia dizer o que pensava porque Corentin a estava observando. Elas não podiam arriscar alertar o homem de forma alguma. A moça lembrou que Ashlynn ainda estava com as chaves, mas descartou a ideia logo depois, já que ela tinha chaves extras em casa. Porém, ao voltar para seu apartamento e abrir a gaveta de seu quarto, percebeu que suas chaves extras haviam sumido.— Lembro-me de ter deixado as chaves aqui... não? — murmurou para si mesma.'Alguém roubou?', ela pensou consigo mesma. 'Sem chance. Ninguém invadiria um apartamento só para roubar chaves!'. A moça olhou em todos os lugares, mas não havia sinal de suas chaves extras. Resignada, decidiu que t