Quando Cory Lloyd viu a garota, sua expressão mudou ligeiramente. Claro que o velho sabia quem era a jovem, porque Corentin já havia contado sobre a situação. Por isso, o patriarca sentia-se mentalmente preparado, no entanto, quando o idoso finalmente a viu...— Pai, esta é Anne, filha de Nigel. Anne, este é o seu avô... — Corentin tentou intermediar o primeiro contato entre os dois.Anne escutou as palavras do tio, mas não conseguiria, ainda, enxergar o homem como um avô. Para piorar, o idoso apontou para uma das cadeiras e, como um patrão, ordenou: — Sente-se! — Depois que a moça acatou o pedido, que mais parecia uma ordem, Cory a encarou e soltou: — Você não se parece muito com seu pai. —Ao ver a própria neta, o patriarca não só não expressou nenhum entusiasmo, mas ainda chegou a sugerir que não havia sequer semelhança entre a jovem e seu pai. Anne não se importou, mas devolveu uma resposta atravessada: — Você ao menos se lembra do rosto dele, para constatar isso? — O home
Oliver ficou um pouco surpreso e perguntou: — Senhor Marwood, o que aconteceu? — — Alguém me drogou. Mande os homens investigarem a cozinha! — O tom de Anthony era implacável, mas sua atitude soava como paranoia. Certo de que seu diagnóstico se revelaria preciso, o homem não se importava com o que parecia.— O quê? — Oliver ficou preocupado e imediatamente pediu aos brutamontes que questionassem o cozinheiro. Em seguida, o homem chamou o motorista para trazer o carro. Assim que desligou o aparelho, Oliver percebeu a repentina aparição de Bianca com algumas de suas amigas.— Anthony, você está aqui! — Bianca sorriu assim que viu Anthony. A moça correu para interceptá-lo antes que saísse do lugar.— Sim. — Anthony tentava suprimir a sensação desconfortável que sentia e não estava com vontade de conversar com ela.— Você está indo para casa? Eu ia jantar com as meninas, mas posso voltar com você. — Bianca mantinha os olhos fixos nos dele.— Não precisa, eu ainda vou passar na emp
O carro de Bianca foi até a Mansão Real e, assim que viu Hayden, a moça perguntou: — Onde está Anthony? — — O senhor Marwood ainda não voltou. — Hayden pareceu surpreso.— Ainda não voltou?! — Bianca não conseguia acreditar. A moça tinha certeza de que Anthony, mesmo dizendo que precisava resolver uma questão do trabalho, estaria a caminho da Mansão Real. O homem estaria falando a verdade, então? Assim, sem mais delongas, a pianista voltou para o carro, pisou no acelerador e saiu em disparada. Não importava onde seu noivo estivesse, ela se via determinada a encontrá-lo. Naquele momento, sabia que era a única que poderia estar próxima ao magnata, ou outras mulheres teriam chances! Porém, ao chegar ao Grupo do Arquiduque, também foi informada de que Anthony também não se encontrava na empresa.'Como é possível?! Ele não está na Mansão Real e não está no escritório, então onde poderia estar?! Talvez no hospital?!', a moça pensou, então foi até a instituição em que Kathryn trabalha
'Luton?!', Anne ficou chocada. Ela voltaria amanhã para a cidade, então por que alguém de Luton estaria procurando por ela naquele horário? A moça não perguntou nada, apenas acompanhou o mordomo até o andar de baixo. Corentin se sentava no sofá, e o recém-chegado, aguardando no sofá oposto, era Ivan. Anne imediatamente avançou. — Ivan! Aconteceu alguma coisa?! As crianças? Meu pai? — Anne podia sentir seu coração parar com o pensamento.— São as crianças. — Ivan disse, depois de uma pausa.— O que aconteceu? — Anne ficou atordoada. Sua voz estava tremendo.— Senhorita Vallois, por favor, venha comigo. Vou explicar em detalhes a você ao longo do caminho. — O homem disse, tentando manter a compostura.Como o assunto era relacionado às crianças, Anne não conseguia pensar em mais nada e se via desesperada para ir embora. A moça então notou Corentin ao lado dela, apenas acenando com a mão, incentivando que a moça fizesse o que precisava. Lá fora, um helicóptero aguardava numa área amp
— Já que você está grata, por que não se senta para beber comigo? — Ashlynn conhecia muito bem sua capacidade para beber. Além disso, a moça viu o que Corentin bebia, soube que era algo caro e forte, não algo que ela pudesse beber ou se sentisse confortável para consumir.— Não é pela bebida... Apenas entenda isso como uma conversa casual. — Corentin pegou um copo vazio e serviu-lhe um pouco de bebida.— Não encheu demais? — Ashlynn sentou-se e perguntou:— É só uma dose. O ideal é virar num gole só. — Ashlynn ergueu e virou o copo, mas a bebida era tão forte que a moça sentiu a garganta queimar. Enquanto absorvia a sensação, seus olhos até lacrimejaram. — Nossa! — Os olhos escuros de Corentin fitaram-na e ele serviu-lhe mais meio copo.— Senhor Lloyd? — — Você não pareceu ter problema com a dose, por isso botei mais. — Ashlynn, na verdade, só queria terminar a bebida e ir embora, por isso virou o copo. Obviamente, Corentin não via nisso um motivo para encerrar a conver
Mas por que ele queria mostrar tanto a ela um retrato de seu casamento? Mesmo sem entender, a moça avançou, como se estivesse possuída, caminhou em direção à parede. Sua mão segurou uma ponta do véu, então ela prendeu a respiração e puxou tudo de uma vez. O véu caiu suavemente no chão, e a foto do casamento foi exposta. Os rostos do homem e da mulher fizeram a jovem se sentir como se tivesse visto demônios. Ela ficou tão apavorada que deu alguns passos para trás.Flashbacks de suas memórias se repetiam em sua mente. As cenas que ela nunca poderia esquecer invadiram seu mundo outra vez. Aterrorizada, a moça virou o pescoço com tanta rigidez que era como se estivesse enferrujado. A jovem olhou para Corentin, que exibia um sorriso sinistro, e sentiu a alma tão aterrorizada que parecia a ponto de deixar o corpo. Assim, a moça continuou recuando. — Você... você... — — Diga, como devo puni-la por não reconhecer o próprio marido? — Corentin, que não estava mais disfarçado, parecia mais d
Ashlynn ainda não conseguia entender como a pessoa à sua frente poderia ser Salvatore? Quem era Corentin, afinal? Salvatore se transformou em Corentin?— Você não precisa saber. Você só precisa lembrar que você é minha e eu sou seu marido, isso é tudo. — Corentin olhou para ela com malícia.Ashlynn continuava assustada, então chorou e implorou: — Salvatore, por favor, não faça isso comigo. Vou fingir que não sei de nada sobre quem você é. Por favor, me deixe ir embora... Tudo entre nós já acabou... — Corentin segurou seu rosto com tanta força que a moça sentiu as bochechas doerem. Ela ficou em silêncio, então ele continuou: — Terminou? É muito cedo para você dizer isso! Você ainda se lembra do que prometi a você? Eu disse que ganharia muito dinheiro para você gastar. Acho que ainda não cumpri isso, certo? — O homem a sacudia, e as lágrimas de Ashlynn escorriam pelo rosto. — Então, fique quieta ao meu lado. Mesmo se você estiver sofrendo, apenas fique e será compensada! Terá tud
O pescoço de Ashlynn estava congelado, ela não ousava se mover e todo o seu corpo tremia involuntariamente. A moça tinha medo de que seus movimentos fossem muito bruscos e que os dedos do homem a cortassem como uma faca. O pavor da jovem diante de Salvatore fazia parece que ele não era humano, mas um tipo de fera. Tudo isso porque ela sabia o quão aterrorizante Salvatore poderia ser.— Salvatore... — A voz de Ashlynn tremia.Corentin a carregou com impaciência, ignorando seus apelos. Ashlynn não teve nenhuma capacidade de resistir ao movimento do homem de levá-la, como uma carga, para dentro da mansão, já que se encontrava imobilizada em seus braços. No quarto, outra vez, o crápula a jogou na cama.— Não! — Ashlynn gritou ao cair sobre o colchão. Seus calcanhares estavam machucados e ela se contorcia um pouco, mas não conseguia se livrar das garras de Corentin. O homem a segurou pelos tornozelos com tanta força que a moça mal conseguia movê-los.— Que bagunça, não é? — Corentin olh