O pescoço de Ashlynn estava congelado, ela não ousava se mover e todo o seu corpo tremia involuntariamente. A moça tinha medo de que seus movimentos fossem muito bruscos e que os dedos do homem a cortassem como uma faca. O pavor da jovem diante de Salvatore fazia parece que ele não era humano, mas um tipo de fera. Tudo isso porque ela sabia o quão aterrorizante Salvatore poderia ser.— Salvatore... — A voz de Ashlynn tremia.Corentin a carregou com impaciência, ignorando seus apelos. Ashlynn não teve nenhuma capacidade de resistir ao movimento do homem de levá-la, como uma carga, para dentro da mansão, já que se encontrava imobilizada em seus braços. No quarto, outra vez, o crápula a jogou na cama.— Não! — Ashlynn gritou ao cair sobre o colchão. Seus calcanhares estavam machucados e ela se contorcia um pouco, mas não conseguia se livrar das garras de Corentin. O homem a segurou pelos tornozelos com tanta força que a moça mal conseguia movê-los.— Que bagunça, não é? — Corentin olh
Como Anne imaginou, aquela foi uma noite sem dormir. Quando a moça finalmente acordou, era quase hora do almoço do dia seguinte. Ela abriu os olhos e a primeira coisa que viu foram os olhos profundos do magnata, e a memória da noite passada inundou sua mente, com flashbacks de como o homem agiu como uma besta no período do acasalamento.Obviamente, a jovem também constatou que ele já havia conseguido o que queria. Anne olhou furiosamente para Anthony, então mordeu os lábios secretamente, sua emoção de raiva foi expressa em seu rosto. A consciência de que nunca passariam daquilo a fazia queimar de raiva, e ela queria sair da cama. No entanto, um braço se lançou e a arrastou de volta para perto de si.— Ah... — Anne pousou no corpo musculoso do homem. — O que você quer fazer? — — Você não quer algo de mim? — Anthony parecia estar de bom humor.A moça tentou pensar com toda a seriedade, então disse sem esforço: — Pare de me importunar ou termine com Bianca. Um ou outro. — A jovem r
Bianca não conseguiu descobrir nada e não pôde perguntar mais, para evitar ser exposta. Assim, ela desligou a chamada, sentindo-se com tanta raiva que arremessou o telefone na cama. Quase o aparelho deslizou para além da cama e se espatifou no chão, o que só potencializaria sua raiva. Aquela deveria ser uma oportunidade sua e única, ainda mais considerando o fato de que sua irmã não estaria por perto para roubar suas chances.'Não acredito que acabei perdendo para alguma vagabunda aleatória!', gritava em seus pensamentos, porque seria impossível que a moça não se sentisse exasperada com a situação. Ela trocou de roupa e estava prestes a sair da Mansão Real, reprimindo sua raiva para ser liberada mais tarde em sua própria casa. ***— Filha?! — Dorothy correu para pegar a bolsa que foi jogada no chão por Bianca. — Seria uma pena se você estragasse essa bolsa! Não fazem mais delas. —Bianca se jogou no sofá e gritou: — Por que não fui eu? Por que não podia ser eu? Por que é tão dif
— O que... O que mais você pode fazer além de ser insistente? — — Muita coisa — O homem murmurou com uma voz rouca e os lábios pressionados contra a bochecha corada dela. Ela se recusou a ouvi-lo e fechou os olhos. — Se você concordar em voltar esta noite, te deixo sair agora. — — Por que eu iria querer voltar? — Ela fez uma careta.Ele a soltou e se virou para entrar no quarto. — O efeito do medicamento não desapareceu. — — O quê? Mesmo assim? Você só pode estar brincando! Mesmo que isso seja verdade, por que você não vai até a Bianca? — Anne gritou atrás dele.— Eu não quero machucá-la. — Anne parou e mordeu os lábios enquanto olhava para a figura imponente diante dela com um olhar sombrio no rosto. 'Então é isso? Ele foi drogado e não quer machucar Bianca por acidente, então recorre a mim porque não se importa? Por que não arranja uma prostituta então, desgraçado?', ela pensou.Sem outra palavra, ela se virou e saiu do apartamento. Anthony estreitou os olhos quando a ou
Anne estreitou os olhos sombriamente enquanto Bianca dizia a mesma coisa que Anthony. A pianista era importante para o magnata, enquanto Anne era tratada como uma substituta barata. A mãe dos trigêmeos sabia disso, por mais que alimentasse as esperanças de que as coisas mudassem. De qualquer modo, Anne não precisava de mais nenhum lembrete. Tamanho era seu desgosto pela irmã que até queria que ela foi, na verdade, a mulher que passou a noite com Anthony, imaginando o quão furiosa a pianista ficaria. No entanto, a jovem se absteve de fazê-lo porque seus filhos ainda precisavam conviver com a megera.— Isso não é uma coisa boa? Com outra mulher na jogada, nós duas podemos nos deitar e relaxar. — Anne não se privou, contudo, de uma pequena provocação.O tom descuidado da moça fez com que Bianca se sentisse como se estivesse dando um soco em uma almofada e que seus insultos não tivessem efeito sobre a irmã. 'Não. Definitivamente está funcionando. Anne está apenas fingindo estar bem, mas
— Está tudo bem. Papai nunca falou da família, de qualquer maneira. Vamos apenas ignorá-los. São apenas negócios, então não vamos pensar demais nisso. — Disse Anne.Depois de sair do hospital, Anne foi até a Mansão Real e, assim que a moça adentrou o saguão, os trigêmeos se jogaram em seus braços.— Ah... Esperem! Esperem... — Anne cerrou os dentes, com a dor nas costas. Os trigêmeos, contudo, pensaram que a mãe estava brincando com eles e subiram por seu corpo.— Mamãe, ouvimos dizer que você fez uma viagem de negócios, de novo? — — É difícil cuidar da empresa do vovô? — — Eu quero ajudar, mamãe, para que você não se canse! — Anne olhou para seus rostos e sentiu toda a exaustão que se acumulava dentro dela desaparecer. A moça segurou suas bochechas fofinhas e deu dois beijos em cada carinha rechonchuda. — Tudo bem. Mamãe vai se aposentar quando vocês crescerem. Vou ficar em casa para descansar enquanto vocês três saem para ganhar dinheiro. — — Sim! Vamos trabalhar muito!
— Se um menino e uma menina saírem, eles terão um filho? — Charlie perguntou curioso.— Vamos ter outro irmão? — Chris perguntou.Anne sentiu o olhar perigoso de Anthony e imediatamente cobriu a boca de Charlie para impedi-lo de continuar. O garotinho piscou inocentemente os olhos de gato enquanto Hayden ria atrás deles, pensando como seria maravilhoso se os cinco fossem uma família.— Vamos, vamos comer. — Anne arrastou os filhos, sabendo que eles fariam perguntas mais absurdas se ela não os impedisse.Os trigêmeos ficaram muito felizes por estarem com os pais e Charlie insistiu em alimentar a mãe, como ela fazia com eles. — Mamãe, diga 'a'! — Anne sorriu e abriu a boca. — A comida está ótima, não é? — Charlie sorriu para ela.— Onde vocês dois vão fazer o encontro? Vão ver o mar? — Chloe saiu da cadeira e correu para Anthony.— Não, mas voltaremos só amanhã. — Anthony a pegou e a colocou em seu colo.— Papai, quando podemos ir brincar de novo no mar? — Chloe perguntou.
Anthony se levantou e saiu da sala para encontrar seu telefone vibrando sobre a mesa. Sem cerimônia, atendeu a ligação. — Diga. — — Localizamos a garçonete, mas ela pediu demissão no dia seguinte. Mandamos alguém para ir até sua casa, na periferia da cidade. A moça disse que foi contratada por Michelle. — Disse Ivan.— Michelle? — Anthony estreitou os olhos perigosamente.— Ele não parece estar mentindo. Senhor Marwood, deveríamos ver isso com Michelle, então? — — Vá em frente. — — Sim, senhor. — Bianca foi à Mansão Real naquela noite e perguntou a Hayden: — Anthony não voltou para casa? — — Ele provavelmente ainda está no escritório. — — Eu vim do Grupo Arquiduque. — Bianca fez o possível para reprimir sua raiva, mas não conseguiu controlar sua expressão.— Ah. Suponho que ele esteja em uma reunião de negócios, então! — Hayden disse, contendo o deboche.— E as crianças? — — Elas estão dormindo no quarto. — Bianca não pediu permissão e subiu para o quarto das cr