Depois que o clima pesou, Anthony apenas se afastou para sair. Inconformado, o magnata disse, como se desse uma ordem incontestável: — Leve as crianças de volta para a Mansão Real antes de ir a Athetin. —Em seguida, a porta se fechou. Anthony saiu sem sequer tomar uma xícara de café. Anne olhou para a porta fechada e sentiu todos os seus nervos relaxarem, então concluiu que deveria ir com calma com os assuntos envolvendo crianças. A moça não esperava que Anthony rompesse o relacionamento com Bianca, apesar de sugerir isso com cada vez mais frequência. De qualquer maneira, a jovem não se sentia indispensável o suficiente para fazer o homem desistir de sua irmã, ainda mais sabendo que alguém como ele poderia literalmente conseguir qualquer garota que quisesse.Além disso, Anthony era um homem solitário e manipulador, alguém que gostava de ter tudo sob seu controle, e não o contrário. Mesmo que cedesse em alguns pontos, tinha limites muito bem delimitados do que significaria, para se
— Sua assistente é uma pessoa interessante. Jantamos juntos, um dia desses, mas ela continua muito tímida. — Corentin falava com um leve sorriso no rosto.— Só vocês dois? — Anne ficou surpresa, porque Ashlynn não havia falado nada sobre aquilo. Obviamente isso significava que era assunto pessoal da assistente.— Bom, eu ainda me sentia em dívida pelo acidente daquele outro dia. Podemos dizer que eu estava apenas tentando materializar meu pedido de desculpas. — Explicou Corentin brevemente.Anne entendeu a situação e não pôde deixar de se comover um pouco. A moça simplesmente não esperava que seu tio, a pessoa que controlava todo o Grupo Lloyd e até mesmo a economia da cidade de Athetin, tivesse um coração tão grande. A jovem então pensou em Anthony, que compartilhava a semelhança de possuir imenso poder e influência. Por que os dois eram tão diferentes?Em pouco tempo, o carro chegou à mansão de Corentin. O lugar era cercado por colinas e fontes naturais de água, o palacete ficava
— Não precisa, é sério! Obrigada, senhor Lloyd, mas preciso voltar agora. — Disse Ashlynn, e então acenou com a cabeça antes de se virar e ir embora.Corentin foi até a pia, encarou seu próprio rosto no espelho, ajustou os óculos e só ficou satisfeito depois de parecer apresentável. Àquela altura, todos estavam um pouco mais animados. Quando Ashlynn voltou para a sala principal, não bebeu mais. Corentin chegou logo em seguida e ajudou a moça a se defender de todos os flertes inconvenientes, até que disse, meio brincando: — Não assustem a assistente pessoal da minha sobrinha. — Isso fez os demais não insistirem mais em fazer a moça beber mais.***Quando Ashlynn acordou, sentiu que havia algo de errado com seu quarto. Não parecia uma das diminutas acomodações de um hotel comum, porque era espaçoso e tinha um interior muito luxuoso. Parecia mais um quarto de uma residência particular, uma residência de alguém rico.Ashlynn se lembrava de que havia saído do lugar e entrado num car
Quando Cory Lloyd viu a garota, sua expressão mudou ligeiramente. Claro que o velho sabia quem era a jovem, porque Corentin já havia contado sobre a situação. Por isso, o patriarca sentia-se mentalmente preparado, no entanto, quando o idoso finalmente a viu...— Pai, esta é Anne, filha de Nigel. Anne, este é o seu avô... — Corentin tentou intermediar o primeiro contato entre os dois.Anne escutou as palavras do tio, mas não conseguiria, ainda, enxergar o homem como um avô. Para piorar, o idoso apontou para uma das cadeiras e, como um patrão, ordenou: — Sente-se! — Depois que a moça acatou o pedido, que mais parecia uma ordem, Cory a encarou e soltou: — Você não se parece muito com seu pai. —Ao ver a própria neta, o patriarca não só não expressou nenhum entusiasmo, mas ainda chegou a sugerir que não havia sequer semelhança entre a jovem e seu pai. Anne não se importou, mas devolveu uma resposta atravessada: — Você ao menos se lembra do rosto dele, para constatar isso? — O home
Oliver ficou um pouco surpreso e perguntou: — Senhor Marwood, o que aconteceu? — — Alguém me drogou. Mande os homens investigarem a cozinha! — O tom de Anthony era implacável, mas sua atitude soava como paranoia. Certo de que seu diagnóstico se revelaria preciso, o homem não se importava com o que parecia.— O quê? — Oliver ficou preocupado e imediatamente pediu aos brutamontes que questionassem o cozinheiro. Em seguida, o homem chamou o motorista para trazer o carro. Assim que desligou o aparelho, Oliver percebeu a repentina aparição de Bianca com algumas de suas amigas.— Anthony, você está aqui! — Bianca sorriu assim que viu Anthony. A moça correu para interceptá-lo antes que saísse do lugar.— Sim. — Anthony tentava suprimir a sensação desconfortável que sentia e não estava com vontade de conversar com ela.— Você está indo para casa? Eu ia jantar com as meninas, mas posso voltar com você. — Bianca mantinha os olhos fixos nos dele.— Não precisa, eu ainda vou passar na emp
O carro de Bianca foi até a Mansão Real e, assim que viu Hayden, a moça perguntou: — Onde está Anthony? — — O senhor Marwood ainda não voltou. — Hayden pareceu surpreso.— Ainda não voltou?! — Bianca não conseguia acreditar. A moça tinha certeza de que Anthony, mesmo dizendo que precisava resolver uma questão do trabalho, estaria a caminho da Mansão Real. O homem estaria falando a verdade, então? Assim, sem mais delongas, a pianista voltou para o carro, pisou no acelerador e saiu em disparada. Não importava onde seu noivo estivesse, ela se via determinada a encontrá-lo. Naquele momento, sabia que era a única que poderia estar próxima ao magnata, ou outras mulheres teriam chances! Porém, ao chegar ao Grupo do Arquiduque, também foi informada de que Anthony também não se encontrava na empresa.'Como é possível?! Ele não está na Mansão Real e não está no escritório, então onde poderia estar?! Talvez no hospital?!', a moça pensou, então foi até a instituição em que Kathryn trabalha
'Luton?!', Anne ficou chocada. Ela voltaria amanhã para a cidade, então por que alguém de Luton estaria procurando por ela naquele horário? A moça não perguntou nada, apenas acompanhou o mordomo até o andar de baixo. Corentin se sentava no sofá, e o recém-chegado, aguardando no sofá oposto, era Ivan. Anne imediatamente avançou. — Ivan! Aconteceu alguma coisa?! As crianças? Meu pai? — Anne podia sentir seu coração parar com o pensamento.— São as crianças. — Ivan disse, depois de uma pausa.— O que aconteceu? — Anne ficou atordoada. Sua voz estava tremendo.— Senhorita Vallois, por favor, venha comigo. Vou explicar em detalhes a você ao longo do caminho. — O homem disse, tentando manter a compostura.Como o assunto era relacionado às crianças, Anne não conseguia pensar em mais nada e se via desesperada para ir embora. A moça então notou Corentin ao lado dela, apenas acenando com a mão, incentivando que a moça fizesse o que precisava. Lá fora, um helicóptero aguardava numa área amp
— Já que você está grata, por que não se senta para beber comigo? — Ashlynn conhecia muito bem sua capacidade para beber. Além disso, a moça viu o que Corentin bebia, soube que era algo caro e forte, não algo que ela pudesse beber ou se sentisse confortável para consumir.— Não é pela bebida... Apenas entenda isso como uma conversa casual. — Corentin pegou um copo vazio e serviu-lhe um pouco de bebida.— Não encheu demais? — Ashlynn sentou-se e perguntou:— É só uma dose. O ideal é virar num gole só. — Ashlynn ergueu e virou o copo, mas a bebida era tão forte que a moça sentiu a garganta queimar. Enquanto absorvia a sensação, seus olhos até lacrimejaram. — Nossa! — Os olhos escuros de Corentin fitaram-na e ele serviu-lhe mais meio copo.— Senhor Lloyd? — — Você não pareceu ter problema com a dose, por isso botei mais. — Ashlynn, na verdade, só queria terminar a bebida e ir embora, por isso virou o copo. Obviamente, Corentin não via nisso um motivo para encerrar a conver