— Lucas! — Sarah berrou, e Anne enrijeceu com a maneira como sua mãe se dirigiu a Lucas.O homem se aproximou com alegria enchendo seus olhos. — Anne e sua doce mãe! Achei que estivesse enganado. Vocês estão aqui como turistas? — Anne sorriu com timidez. — Resolvi trazer minha mãe para uma viagem. — — Isso é legal! — Disse Lucas.— Por que você está aqui, Lucas? Trabalha na instituição? — — Estou aqui para fazer algumas pesquisas. Um amigo é professor aqui, então resolvi pedir ajuda a ele com uma questão. — Disse o homem.— Uau! Que impressionante! Um professor tão jovem em Cambrick! Como esperado de alguém que seria seu amigo! — Disse Sarah.— Você é muito gentil, madame Vallois. — Sarah lançou um olhar para Anne e, antes que a jovem tivesse tempo de descobrir o que isso significava, a mulher prosseguiu e disse: — Nossa, estou exausta de toda essa caminhada. Lucas, por que você não leva Anne para passear? Eu irei passar um tempinho aqui, admirando o lugar. Lembro-me
Lucas estudou o rosto dela e pensou consigo mesmo: 'Mas eu farei parte do seu futuro?'. Ele sabia que não deveria expressar isso, pois apenas pressionaria Anne. Longe dali, Sarah se sentou no café e olhou pela janela enquanto tomava um gole de chocolate quente. Ela viu Anne se aproximando, mas Lucas não a acompanhava. Antes que a filha pudesse se sentar, a mulher perguntou apressada: — Então? Sobre o que vocês dois conversaram? — — Por que você é tão intrometida? — Anne apoiou o queixo na palma da mão.— Ele veio até aqui porque sabia que você estava aqui? — — O que você acha? Nem seria possível! — A jovem disse, impressionada com a imaginação fértil de sua mãe. — Ele já disse que está aqui para trabalhar. — — Quanto tempo ele vai ficar? — — Mais dois dias. — — Isso é ótimo. Não vamos voltar tão cedo. Chame-o hoje à noite ou amanhã para um jantar, sei lá. — — Isso não é necessário, é? — Anne não queria ficar muito perto de Lucas.— Não seja rude! Pense em como ele tem s
Quando mãe e filha voltaram para o hotel, avistaram Lucas conversando com o recepcionista.— Lucas! — Sarah gritou de empolgação. O rapaz se virou e ficou surpreso, antes de sorrir para as duas. — Vocês estão aqui também? — — Sim! Que coincidência! Nós vamos sair para jantar. Você já comeu? — A mulher disse com um sorriso.— Ainda não. — Lucas sorriu. — Acabei de terminar o trabalho. — — Vamos juntos então! Encontramos um restaurante que parece ser excelente! — Sarah sugeriu.Lucas olhou para Anne, hesitante. Vendo que Lucas não pretendia recusar, a moça resolveu participar do convite também: — … ou você está sem tempo? — Lucas se virou para o funcionário da recepção do hotel e disse: — Vocês me ajudam, levando meus pertences para o quarto? — — Sim, senhor. — O homem respondeu.Assim, Anne, Sarah e Lucas saíram juntos. O homem havia alugado um carro, porque seria mais conveniente para se locomover pela região. Ele dirigiu enquanto as duas se sentaram no banco de trás.
Não importa o quanto Anne tentasse, não conseguiria escapar do braço de Anthony, se ele avançasse mesmo.— Anthony, deixe Anne em paz! — Sarah gritou em fúria.— Senhor Marwood, você não pode agir assim. — Lucas sabia que ele não era páreo para Anthony quando se tratava de força bruta, ainda mais quando Anthony aparecia com seus guarda-costas também.O magnata se virou para encarar Lucas. — Parece que você está pronto para abandonar os negócios de sua família, não é? Como ousa tentar roubar minha mulher? —— Quem você está chamando de ‘sua mulher’? — Anne retrucou, ainda tentando afastar Anthony.O magnata era orgulhoso e isso o fez se aproximar para colocar o braço ao redor dela.— Se você não é minha, então de quem é? — Cada respiração que Anthony exalava era fria em sua pele e seus olhos penetravam em sua alma.— Ninguém! — Anne o encarou. — Me solta! —— Venha comigo para Luton! — Anthony queria levar a moça embora à força.A jovem entrou em pânico e gritou: — Não! Não
Uma escuridão pairava sobre Anne como se o inferno tivesse sido desencadeado. A jovem tremia de maneira quase imperceptível, mas insistia em manter contato visual com Anthony. O homem suprimiu seu desejo de ofender a moça. — Um cara que foi impotente para me impedir de trazer você vale o seu amor? — Anne não queria discutir com ele sobre aquilo. O homem não era ninguém para a jovem, e tudo o que ela queria era ficar longe daquele canalha. — Me deixe em paz, só isso. — — Ele tocou em você? — O homem baixou a voz. Antes que Anne pudesse responder, percebeu que o homem a analisava, quase como se procurasse por algum sinal em sua pele. — Onde ele tocou em você? — A moça ficou sem palavras, diante do desequilíbrio evidente de Anthony. O homem se aproximou um tanto e perguntou outra vez:— Você não entendeu minha pergunta? Ele tocou em você?! — Ela sentiu como se o homem estivesse prestes a explodir de inquietação, então se recusou a falar. A mão de Anthony começou a tremer de r
A cena do vídeo a abalou. Um caminhão bateu no carro preto do vídeo, os vidros estilhaçaram e o carro foi lançado voando, rolando pelas ruas algumas vezes antes de parar. Por fim, o veículo ficou muito deformado e não dava para ver a pessoa que o dirigia, mas a jovem reconheceu a placa. Anthony interrompeu o vídeo e pegou o telefone, antes de olhar para Anne com seus olhos escuros e taciturnos. A moça prendeu a respiração e empalideceu. — Meu pai estava dentro do carro? Ele está bem? — — Ele foi levado às pressas para o hospital. Estão operando ele agora. — Saindo do choque inicial, Anne agarrou o braço dele, antes de dizer com uma voz trêmula: — Vou voltar... me leve de volta! — O psicopata ergueu o braço e acariciou a bochecha da jovem, possessivo. — Se acalme. O senhor Faye ficará bem e eu vou aceitar você de volta. — — Eu vou voltar! Não é isso que quer? — Ela não queria pensar naquela possessividade distorcida em sua voz, porque daria um jeito de se adaptar aos capri
— Isso está bem estranho... — Sarah sussurrou.Anne não se incomodou em perguntar sobre Lucas porque Anthony poderia escutar, mas com ela e Sarah fora da cidade, era natural presumir que o rapaz havia retornado ao que quer que estivesse fazendo antes da aparição das duas. De repente, o avião decolou e disparou para o céu. Por um momento, Anne se assustou, mas não porque a decolagem tenha sido difícil, já que o jato particular era bem estável, mas porque o acidente de helicóptero em que ela sofrera havia lhe deixado resquícios de um trauma. A jovem ficou tensa e agarrou os braços com força.— Não tenha medo, filha! Vai ficar tudo bem! Isto não é como um helicóptero. — Sarah agarrou a mão dela, que assentiu, mas ainda lutou para relaxar.Anthony se virou para olhar para Anne enquanto a moça tentava respirar fundo e se acalmar do nervosismo. Revirando os olhos, o magnata aconselhou: — Não se sente perto da janela. — Anne congelou, sentindo que passava vergonha na frente de Anthon
— Europa. — — Mas onde na Europa? — Bianca disse, pensando: 'Não quero suspeitar, mas Anthony não me disse que iria fazer uma viagem de negócios. Anne também está fora do país. E se eles foram se encontrar? E se eles planejaram algo assim?'— Não se preocupe, senhorita Faye, o seu pai ficará bem. — Oliver a consolou, mudando de assunto.— Claro, eu sei que meu pai vai ficar bem. Só não sei onde Anne está. Se ela soubesse que meu pai sofreu um acidente, provavelmente voltaria correndo. Por que você não tenta contatá-la? — Bianca perguntou. Como era uma questão de vida ou morte, se Oliver soubesse o número de telefone de Anne, de certo concordaria em ligar para a moça.— Sinto muito, senhorita Faye, mas não sei o número dela. — — Anthony sabe? — — Eu não interfiro nos assuntos privados do senhor Marwood. — Dorothy ouviu a conversa e se aproximou. — Oliver, você sabe que minha filha vai ser esposa de Anthony em breve, certo? Se você mentir para ela, não vai adiantar nada. Não