Anthony não disse nada e saiu da sala. Então, o homem tirou uma garrafa de água da geladeira e bebeu em goles grandes. Depois disso, ele se sentou no sofá, tirando o telefone do bolso do terno. Quando viu as ligações e mensagens de texto de Bianca, lembrou-se de que deveria ir ao cartório naquela manhã. No entanto, já eram quase 16h, muito depois do horário combinado.Anthony esfregou as têmporas, irritado por ter esquecido uma coisa tão importante. Bianca, desolada, ainda esperava dentro do cartório, que fecharia dentro de uma hora.— Bianca, vamos voltar. Anthony ainda não disse nada até agora. Ele não virá hoje, filha... — Dorothy esteve ao lado de Bianca, sentindo-se irritada e vingativa. Além disso, seu rosto ainda tinha marcas das feridas adquiridas na briga.— Ele virá. Com certeza está atrasado porque teve algo urgente para resolver! — Bianca estava se enganando.— Não importa o que tenha acontecido, ele deveria ter dito alguma coisa, já que isso é uma coisa tão importante.
Anthony sentou-se no sofá e olhou para a pessoa deitada na cama. Com certeza, a mulher esbelta não conseguia lidar com seu tormento. Depois de um tempo, o magnata se levantou e sentou-se na beira da cama, pairando e acariciando o rostinho de Anne como se houvesse uma camada de seda sobre sua pele. O rostinho dela estava macio e levemente quente. A moça, que despertava sutilmente, sentiu-se confortável e esfregou levemente o rosto na mão do rapaz. Ela não só não se ressentiu de sua pele ligeiramente áspera, como estendeu a mão e a segurou, apoiando-lhe o rosto como se tivesse medo de que ele fugisse.-Bianca esperou até escurecer e as luzes da cidade estarem acesas, mas Anthony não apareceu. Ela não teve escolha a não ser ligar para Anthony novamente: — Anthony, quando você vem? O pessoal do cartório vai fechar já... Se não puder chegar a tempo, você pode, pelo menos, falar com o diretor daqui? — Enquanto estava ao telefone, Anthony olhou para o rostinho de Anne e como ela pareci
Nigel franziu a testa. Desde o início, achava que eles não deveriam ter ido atrás da certidão de casamento e, com certeza, algo deu errado. No entanto, o homem não quis dizer isso à filha chateada, pois só pioraria a situação. — Pai, me ajude. — Bianca se levantou e se aproximou de Nigel, puxando sua mão enquanto acrescentava: — Pai, fale com Anne. Peça a ela que me devolva meu noivo. Ela nem gosta dele, então por que ainda o está incomodando? Eu não posso viver sem o Anthony... Por favor, peça a ela que perdoe o que eu fiz no passado. Ela pode tudo, mas pare de tirar o Anthony de mim... Pai, diga a ela. Ela com certeza vai te ouvir... — Bianca caiu no choro. Nigel ficou angustiado e suspirou. — Vou procurar entender a situação e te dar uma resposta. — Bianca assentiu, parecendo triste e com o coração partido. Como o pai não suportava ver a filha tão infeliz, precisava se envolver. A febre de Anne voltou a aparecer no meio da noite e Kathryn foi chamada novamente. Foi somente
Anne entrou na cozinha, ficou ao lado dele e o viu se preparar para quebrar os ovos. Então, disse: — Deixe-me fazer isso... — — Quem te disse para sair da cama? — — Estou me sentindo muito melhor. — Então, Anne olhou para o pequeno ovo em sua mão e perguntou: — Você sabe como fazer um ovo poché? — — O que há de tão difícil nisso? — Anthony estava prestes a quebrar o ovo com as duas mãos, parecendo muito habilidoso. No entanto, ele esmagou diretamente o ovo no segundo seguinte. O ovo quebrado e a casca caíram na panela, o que fez Anne dar uma risadinha. O magnata lançou um olhar de advertência para a moça, que logo parou. — Você não precisa usar tanta força para fazer isso. — Disse Anne. Anthony encheu novamente a água e estava pronto para quebrar outro ovo. Embora ele controlasse sua força desta vez, a casca ainda foi esmagada, e alguns pedaços caíram na panela. Anne estava prestes a dizer que estava tudo bem, mas o homem jogou fora a água e começou de novo. Na terceira ve
Anthony se levantou, caminhou até o sofá da sala, pegou seu paletó e o vestiu. Sua figura alta e esbelta ostentava a aura aterrorizante e um forte senso de opressão. Ele virou o corpo levemente para o lado e sua linha de visão capturou Anne, que estava na frente da mesa. A moça se encontrava prestes a dar uma mordida na refeição quando sentiu uma sensação de pressão se aproximando dela por trás, e sua coluna subconscientemente enrijeceu. Anthony se inclinou ligeiramente por trás dela, colocou uma mão na borda da mesa para se apoiar, envolveu a jovem em seus braços e usou sua outra mão para levantar sua mandíbula. Em seguida, aproximou-se e beijou os lábios da moça, então franziu a testa.— Não está muito doce o suco? — Anne estava levemente ofegante quando respondeu.— Você só está percebendo isso agora? Você derramou meio saco de açúcar! — Anthony não demonstrou desconforto com a crítica, porque era verdade.— Está tudo bem. Vou despejar um pouco de água para equilibrar. — Diss
Ele desapareceu, afinal, e Bianca certamente devia estar ansiosa. Assim que Anne saiu pela porta, contudo, o telefone em sua bolsa tocou. O telefone que ela mesma comprou não teria nenhum som, mesmo que houvesse uma ligação. Ela pegou o telefone da bolsa, enquanto descia até o saguão do prédio, e viu que era sua irmã quem ligava, então não atendeu e continuou seu caminho. Enquanto colocava o aparelho na bolsa, foi surpreendida.— Anne? — A moça ficou atordoada por um momento, então levantou o rosto e viu seu pai, Nigel, saindo da garagem e a encarando surpreso.— Pai... — — Você estava aqui? — Perguntou Nigel.— Eu... vim conferir o andamento da reforma. — Disse Anne, enquanto evitava o olhar.Nigel acreditou no que ela disse. Afinal, como ele poderia esperar que Anthony tivesse algo a ver com aquilo?— Gostou da renovação? — O homem perguntou.— Ah, sim... bastante... — Disse Anne.Nigel percebeu a hesitação da filha e perguntou: — Qual é o problema? Você não está se sent
Anne não fazia ideia de onde o pai tinha tirado tanta confiança de pensar que Bianca cuidaria dela quando ela estivesse doente. Talvez aos olhos de seu pai, a irmã dela fosse apenas uma princesa deliberada, que não nutria nenhum tipo de ódio.— Pai, e se eu dissesse que também gosto do Anthony? — — O quê? — Nigel ficou tão chocado que quase perdeu o controle do volante.— Caso contrário, por que eu teria dado à luz seus filhos? Além disso, pai, eu sou mais indicada para me casar com o Anthony do que Bianca. Afinal, sou a mãe dos trigêmeos. Pai, é melhor você voltar até Bianca e colocar alguma luz na cabeça dela! — Nigel não conseguiu dizer nada, porque não esperava que Anne gostasse do magnata também. Caso contrário, ele não teria dito tudo aquilo.— Sinto muito. Eu não estava sendo sensato... — Nigel se desculpou. — Eu sempre pensei que você o odiava... Além disso, ele não tem sido bom para você, por causa de sua mãe. — — São apenas alguns mal-entendidos. — Anne não queria ma
— Já estou de volta à minha própria casa. — Depois que Anne disse isso, houve um longo silêncio do outro lado da ligação, o que lhe deu tanta pressão que ela mudou diretamente de assunto. — Eu tinha acabado de descer as escadas quando esbarrei no meu pai. Felizmente, ele não subiu antes e não viu de qual porta eu saí. — — Você está com medo? — — Eu me sinto indo para o abate. — Disse Anne honestamente.— O que ele lhe disse? — — Ele me disse que você ia se casar, mas desapareceu. — — De quem foi a culpa? — Anthony a acusou por telefone.— Quem foi que me fez ficar com febre? — — Não gostou da noite? Além disso, como isso poderia ter causado febre? — Anne franziu os lábios e sua expressão ficou muito estranha. O assunto ficava mais estranho quanto mais falavam. — Não há necessidade de você me mandar comida, tenho bastante aqui. Meu pai comprou muita coisa para mim. Vá e mantenha sua noiva acompanhada, ela precisa que você a paparique muito agora. — — Você está com ciúm