Não que Anne tivesse grande apreço pela cidade. Era só porque seus filhos eram muito pequenos, tão puros e inocentes, como a moça poderia não se preocupar com eles? Além do mais, a situação era crucial e ela não ousaria ficar longe deles por tempo demais. Se alguns problemas inevitáveis acontecessem, a mulher poderia pelo menos estar lá e confortar seus filhos. Durante a internação de Anne, Bianca descobriu que os trigêmeos haviam se mudado para morar com Lucas, o que deixou claro que sua irmã e o homem estavam do mesmo lado. Não era de se admirar que a privacidade das crianças estivesse bem protegida, e não havia como os dois não terem outras questões acontecendo sob os panos. De qualquer modo, naquela situação, ela não conseguiria alcançar as crianças. O plano que ela tinha em mente era sequestrar os três e abandoná-los em algum lugar que ninguém pudesse encontrar. Anne certamente enlouqueceria enquanto tentaria descobrir o paradeiro dos trigêmeos. Parecia, no entanto, que este n
— Um orfanato? — Moona sabia que tipo de lugar era aquele, mas não importava o que acontecesse, ela ainda tinha sentimentos pelas crianças. Ela não suportava jogar as crianças fofas em um orfanato, correndo o risco de ser um lugar em que ninguém estaria no comando e não se importaria mesmo se elas viveriam ou morreriam. Quando Bianca viu a hesitação da babá, perdeu a paciência. — Você não quer, quer? Então eu vou contar para o Lucas agora! — Ela disse, fazendo um gesto que sinalizava que pegaria o celular para fazer uma ligação. — Calma! Eu vou fazer! — A profissional estava tão assustada que seus olhos se arregalaram. Um sorriso triunfante apareceu no rosto de Bianca enquanto ela se levantava. — Então vou esperar por suas boas notícias. — A porta se fechou com um baque, então Moona caiu em um profundo estado de tristeza. Seu celular tocou, assustando-a. Vendo que a pessoa que ligava era Anne, a mulher ficou ainda mais relutante em atender. ***— Estranho, por que a bab
Anthony tinha tantos guarda-costas, quantos problemas Sarah poderia causar? No entanto, a situação era muito diferente do que costumava acontecer. Talvez fosse uma espécie de presente por ela ter sobrevivido à queda? Muito provavelmente. À noite, quando Sarah estava fora, Anne ligou para Anthony, pensando em conseguir alguma resposta. A chamada foi aceita de imediato, então Anne disse: — Vou voltar amanhã. — — Você quer que eu vá buscá-la pessoalmente? — — Não foi isso que eu quis dizer. Eu queria saber se você acha que a casa de minha mãe é um bom ambiente para morar, talvez? Minha casa é pequena e minha mãe não quer me deixar ficar sozinha. A casa dela está desocupada ou você colocou alguém lá? Se estiver ocupada por Bianca, não poderei descansar. — Anne explicou. — Estar morando em um hospital não é melhor do que viver com Bianca. — — Mas onde minha mãe vai morar? — Anne franziu os lábios e disse com uma voz doce: — Ela não tem onde morar, se sua casa estiver ocupada,
Sarah olhou ao redor da enfermaria. Tudo parecia bom, mas não havia poltrona especial para acompanhante, e o sofá deveria ser desconfortável para que ela dormisse. Além disso, a mulher estava longe de sua mansão havia muito tempo e realmente queria ir dar uma olhada no estado do lugar. — A mansão não estava ocupada por Dorothy e sua filha? Elas vão me devolver? — Sarah parecia preocupada. — Você pode voltar e ver se ainda estão lá, pelo menos. — Sarah não sabia o que a filha queria dizer. Se elas estivessem lá, deveria lutar com as duas? Bianca era a protegida de Anthony, afinal. No entanto, ouvindo o tom de Anne, não parecia que a jovem queria dizer isso. Assim, a matriarca voltou à mansão durante a tarde, mas não havia mais ninguém lá. Quando foi até o quarto, percebeu que não havia nem vestígios de pessoas morando ali. No entanto, todas as suas antigas roupas foram jogadas fora, e muitos delas nunca foram usadas e não eram baratas. Ela ficou com tanta raiva que praguejou, mas
Dorothy caminhou na direção de Nigel. — O jantar está pronto! Quer comer agora? — Ela estava prestes a pegar a pasta do marido, mas o homem preferiu entregar o objeto à governanta.— Certo. — Depois de falar, ele se virou e foi para a sala de jantar. Dorothy respirou fundo, reprimiu o desgosto em seu coração e deu um sorriso forçado. — Eu fiz seus pratos favoritos. — Bianca foi até a porta e disse: — Não vou comer, vocês podem jantar juntos. — — Você não vai comer? Onde vai jantar? — Dorothy perguntou. — Você pode sair depois de comer, não precisa ter pressa. — Nigel disse. — Eu estou indo para a Mansão Real, vou comer por lá. — Bianca não tinha absolutamente nenhuma intenção de agir como se amasse a família. Na verdade, estava cansada de vê-los. Além disso, a moça pediu a Anthony que ajudasse a influenciar seu pai a retornar, na esperança de que o patriarca pudesse se reconciliar com Dorothy, como antes. Se Bianca permanecesse ali, definitivamente se sentiria d
Ele atendeu a ligação. — Algo está errado? — — Sim, senhor! As crianças sumiram! — — O que está acontecendo?! — Lucas perguntou em choque. — Eu os levei para brincar. Fomos à loja de brinquedos para comprar alguma coisa, e eles desapareceram assim que me virei! Senhor, o que devo fazer?! Devo chamar a polícia?! — Moona chorou ansiosamente ao telefone. — Há quanto tempo eles estão desaparecidos?! — — Faz... faz meia hora... — — Você deveria ter chamado a polícia quando os perdeu! — — Precisamos esperar vinte e quatro horas antes de podermos chamar a polícia! — — Isso não é verdade. Quando uma criança desaparece, você pode chamar a polícia imediatamente! — — Então eu vou chamar a polícia agora! — — Não se preocupe com isso, me mande seu endereço! — Depois que Lucas pegou o endereço, ele dirigiu até lá e chamou a polícia. A polícia foi notificada, então foram verificadas as câmeras de vigilância. Eles viram que Moona levou as três crianças diretamente para a
Anne estava de volta havia dois dias e não tinha visto Anthony. Por que ela deveria querer isso, de qualquer modo? Acontece que a mulher estava sob controle total, então por que o magnata deveria se apressar? Quando o predador não está com fome, ele brinca com a presa por um tempo, então a engole de uma só vez quando sente vontade. Antes de ir para a cama à noite, não houve nenhuma ligação de Anthony. Diante disso, ela deixou o celular no silencioso, porque haveria o risco de que a babá retornasse e, dormindo, ela não reagisse a tempo para atender, e alguém, a mando do magnata dominador, procurasse saber da autoria do telefonema. Quando estava prestes a pegar no sono, a moça sentiu uma atmosfera incomum no ar, como se um bandido estivesse prestes a se aproximar dela. De repente, sua cama afundou e seu corpo foi coberto por alguém. — Mas o que é isso?! — Anne sabia quem era sem ter que abrir os olhos. Aquela respiração dominadora e poderosa a envolveu, privando-a de oxigênio. A
— Você não precisa se preocupar com isso. — disse Anne com uma expressão fria. — Você não tem medo de que eu diga a Anthony? Se Anthony soubesse disso, nunca deixaria você criar os filhos, com medo de se tornarem tão ignorantes quanto você. Anthony definitivamente preferiria que fossem criados por mim. As crianças ainda são pequenas, então, se viverem comigo o suficiente, duvido que se lembrem de você no futuro. — Anne não tinha medo de ameaças. — Se você realmente achasse isso, teria feito, em vez de vir aqui me dizer. — — Não fiz porque as crianças estão desaparecidas. — Bianca se aproximou dela com um olhar venenoso em seus olhos, tentando absorver cada grama da expressão de Anne. — O que você disse? — Anne franziu o cenho. — Você é surda? Eu disse que os trigêmeos estão desaparecidos. Ontem à noite, a babá saiu com eles e os perdeu. Eu ainda não os encontrei! Olha como eu sou legal com você, até vim aqui para lhe contar sobre isso! — — Isso é impossível! —Anne balan