— A babá não teve tempo de te reagir... Bianca de alguma forma foi até a porta e encontrou as crianças. Foi... esquisito, no mínimo. — Disse Lucas. Anne estava atordoada, sua mente estava um caos e ela se sentia tonta. — Não se preocupe, Bianca não ousaria contar a Anthony. Afinal, ela está preocupada que a existência dos trigêmeos ameace seu status. — Lucas imaginava o nível do nervosismo de Anne e a confortou. A mulher respirou fundo e colocou a mão na testa, sentindo um suor frio ali. — No entanto, conhecendo Bianca, ela definitivamente não vai ficar parada. E se ela pensa em machucar as crianças? Eu tenho que voltar para Luton! — Anne ficou ansiosa. — Anne, você deve cuidar primeiro do seu corpo. As crianças estão na minha residência e vão para a escola comigo. Bianca não terá chance de fazer nada com elas, então não se preocupe. — O coração de Anne se tranquilizou. — Obrigada... e me desculpe. Eu te tratei mal, e ainda assim você continua me ajudando. Eu me sinto tã
Não que Anne tivesse grande apreço pela cidade. Era só porque seus filhos eram muito pequenos, tão puros e inocentes, como a moça poderia não se preocupar com eles? Além do mais, a situação era crucial e ela não ousaria ficar longe deles por tempo demais. Se alguns problemas inevitáveis acontecessem, a mulher poderia pelo menos estar lá e confortar seus filhos. Durante a internação de Anne, Bianca descobriu que os trigêmeos haviam se mudado para morar com Lucas, o que deixou claro que sua irmã e o homem estavam do mesmo lado. Não era de se admirar que a privacidade das crianças estivesse bem protegida, e não havia como os dois não terem outras questões acontecendo sob os panos. De qualquer modo, naquela situação, ela não conseguiria alcançar as crianças. O plano que ela tinha em mente era sequestrar os três e abandoná-los em algum lugar que ninguém pudesse encontrar. Anne certamente enlouqueceria enquanto tentaria descobrir o paradeiro dos trigêmeos. Parecia, no entanto, que este n
— Um orfanato? — Moona sabia que tipo de lugar era aquele, mas não importava o que acontecesse, ela ainda tinha sentimentos pelas crianças. Ela não suportava jogar as crianças fofas em um orfanato, correndo o risco de ser um lugar em que ninguém estaria no comando e não se importaria mesmo se elas viveriam ou morreriam. Quando Bianca viu a hesitação da babá, perdeu a paciência. — Você não quer, quer? Então eu vou contar para o Lucas agora! — Ela disse, fazendo um gesto que sinalizava que pegaria o celular para fazer uma ligação. — Calma! Eu vou fazer! — A profissional estava tão assustada que seus olhos se arregalaram. Um sorriso triunfante apareceu no rosto de Bianca enquanto ela se levantava. — Então vou esperar por suas boas notícias. — A porta se fechou com um baque, então Moona caiu em um profundo estado de tristeza. Seu celular tocou, assustando-a. Vendo que a pessoa que ligava era Anne, a mulher ficou ainda mais relutante em atender. ***— Estranho, por que a bab
Anthony tinha tantos guarda-costas, quantos problemas Sarah poderia causar? No entanto, a situação era muito diferente do que costumava acontecer. Talvez fosse uma espécie de presente por ela ter sobrevivido à queda? Muito provavelmente. À noite, quando Sarah estava fora, Anne ligou para Anthony, pensando em conseguir alguma resposta. A chamada foi aceita de imediato, então Anne disse: — Vou voltar amanhã. — — Você quer que eu vá buscá-la pessoalmente? — — Não foi isso que eu quis dizer. Eu queria saber se você acha que a casa de minha mãe é um bom ambiente para morar, talvez? Minha casa é pequena e minha mãe não quer me deixar ficar sozinha. A casa dela está desocupada ou você colocou alguém lá? Se estiver ocupada por Bianca, não poderei descansar. — Anne explicou. — Estar morando em um hospital não é melhor do que viver com Bianca. — — Mas onde minha mãe vai morar? — Anne franziu os lábios e disse com uma voz doce: — Ela não tem onde morar, se sua casa estiver ocupada,
Sarah olhou ao redor da enfermaria. Tudo parecia bom, mas não havia poltrona especial para acompanhante, e o sofá deveria ser desconfortável para que ela dormisse. Além disso, a mulher estava longe de sua mansão havia muito tempo e realmente queria ir dar uma olhada no estado do lugar. — A mansão não estava ocupada por Dorothy e sua filha? Elas vão me devolver? — Sarah parecia preocupada. — Você pode voltar e ver se ainda estão lá, pelo menos. — Sarah não sabia o que a filha queria dizer. Se elas estivessem lá, deveria lutar com as duas? Bianca era a protegida de Anthony, afinal. No entanto, ouvindo o tom de Anne, não parecia que a jovem queria dizer isso. Assim, a matriarca voltou à mansão durante a tarde, mas não havia mais ninguém lá. Quando foi até o quarto, percebeu que não havia nem vestígios de pessoas morando ali. No entanto, todas as suas antigas roupas foram jogadas fora, e muitos delas nunca foram usadas e não eram baratas. Ela ficou com tanta raiva que praguejou, mas
Dorothy caminhou na direção de Nigel. — O jantar está pronto! Quer comer agora? — Ela estava prestes a pegar a pasta do marido, mas o homem preferiu entregar o objeto à governanta.— Certo. — Depois de falar, ele se virou e foi para a sala de jantar. Dorothy respirou fundo, reprimiu o desgosto em seu coração e deu um sorriso forçado. — Eu fiz seus pratos favoritos. — Bianca foi até a porta e disse: — Não vou comer, vocês podem jantar juntos. — — Você não vai comer? Onde vai jantar? — Dorothy perguntou. — Você pode sair depois de comer, não precisa ter pressa. — Nigel disse. — Eu estou indo para a Mansão Real, vou comer por lá. — Bianca não tinha absolutamente nenhuma intenção de agir como se amasse a família. Na verdade, estava cansada de vê-los. Além disso, a moça pediu a Anthony que ajudasse a influenciar seu pai a retornar, na esperança de que o patriarca pudesse se reconciliar com Dorothy, como antes. Se Bianca permanecesse ali, definitivamente se sentiria d
Ele atendeu a ligação. — Algo está errado? — — Sim, senhor! As crianças sumiram! — — O que está acontecendo?! — Lucas perguntou em choque. — Eu os levei para brincar. Fomos à loja de brinquedos para comprar alguma coisa, e eles desapareceram assim que me virei! Senhor, o que devo fazer?! Devo chamar a polícia?! — Moona chorou ansiosamente ao telefone. — Há quanto tempo eles estão desaparecidos?! — — Faz... faz meia hora... — — Você deveria ter chamado a polícia quando os perdeu! — — Precisamos esperar vinte e quatro horas antes de podermos chamar a polícia! — — Isso não é verdade. Quando uma criança desaparece, você pode chamar a polícia imediatamente! — — Então eu vou chamar a polícia agora! — — Não se preocupe com isso, me mande seu endereço! — Depois que Lucas pegou o endereço, ele dirigiu até lá e chamou a polícia. A polícia foi notificada, então foram verificadas as câmeras de vigilância. Eles viram que Moona levou as três crianças diretamente para a
Anne estava de volta havia dois dias e não tinha visto Anthony. Por que ela deveria querer isso, de qualquer modo? Acontece que a mulher estava sob controle total, então por que o magnata deveria se apressar? Quando o predador não está com fome, ele brinca com a presa por um tempo, então a engole de uma só vez quando sente vontade. Antes de ir para a cama à noite, não houve nenhuma ligação de Anthony. Diante disso, ela deixou o celular no silencioso, porque haveria o risco de que a babá retornasse e, dormindo, ela não reagisse a tempo para atender, e alguém, a mando do magnata dominador, procurasse saber da autoria do telefonema. Quando estava prestes a pegar no sono, a moça sentiu uma atmosfera incomum no ar, como se um bandido estivesse prestes a se aproximar dela. De repente, sua cama afundou e seu corpo foi coberto por alguém. — Mas o que é isso?! — Anne sabia quem era sem ter que abrir os olhos. Aquela respiração dominadora e poderosa a envolveu, privando-a de oxigênio. A