— Você não precisa se preocupar com isso. — disse Anne com uma expressão fria. — Você não tem medo de que eu diga a Anthony? Se Anthony soubesse disso, nunca deixaria você criar os filhos, com medo de se tornarem tão ignorantes quanto você. Anthony definitivamente preferiria que fossem criados por mim. As crianças ainda são pequenas, então, se viverem comigo o suficiente, duvido que se lembrem de você no futuro. — Anne não tinha medo de ameaças. — Se você realmente achasse isso, teria feito, em vez de vir aqui me dizer. — — Não fiz porque as crianças estão desaparecidas. — Bianca se aproximou dela com um olhar venenoso em seus olhos, tentando absorver cada grama da expressão de Anne. — O que você disse? — Anne franziu o cenho. — Você é surda? Eu disse que os trigêmeos estão desaparecidos. Ontem à noite, a babá saiu com eles e os perdeu. Eu ainda não os encontrei! Olha como eu sou legal com você, até vim aqui para lhe contar sobre isso! — — Isso é impossível! —Anne balan
— Vá embora! — Anne empurrou Bianca para longe. Bianca não esperava que a irmã fizesse aquilo, então ela recuou com um olhar de raiva, então virou o rosto e sorriu. — Por que você está tão relutante em aceitar a verdade? Duvido que consiga encontrar seus filhos. O melhor que pode esperar é ver seus cadáveres. Há mais uma coisa que quero lhe dizer. Você sabe por que motivo sua mãe pôde voltar para Luton? Você acha que foi pediu a Anthony para que ele permitisse isso? Não! Foi porque seu pai se sacrificou e prometeu não se divorciar de Dorothy em troca de deixar sua mãe voltar para cá. Como você se sente sobre isso? Hahaha! — Com uma grande gargalhada, ela se virou e caminhou em direção à porta da enfermaria. Assim que a porta se abriu, sua risada desapareceu e ela voltou a fazer cara de dissimulada, como se nada tivesse acontecido. Bianca era assustadoramente ótima em mudar de expressão em um instante, sempre que precisava. Anne se sentiu frustrada, então tentou sair da cama, mas
A doutora Brown ficou surpresa. — Você está se sentindo desconfortável? — Anne se sentou e, logo em seguida, içou o corpo. — Eu... eu quero ter alta agora. Já estou bem... — — Não me atreveria a deixar você sair do hospital! Vou ligar para o senhor Marwood primeiro e perguntar o que ele acha, está bem? — Disse a médica. — Você é a médica, a decisão é sua! Por que você tem que perguntar a ele? Por que eu deveria ouvi-lo? — Anne gritou exasperadamente. — Anne, acalme-se. — — Não quero ficar calma! Como poderia ficar calma?! — Anne levantou a colcha e saiu da cama. — Não me impeça! Preciso ir! — A doutora Brown a interrompeu. — Eu não posso deixar você ir, se você agir assim. — — Saia da minha frente! Deixe-me ir! — Anne empurrou a médica. No entanto, ela não conseguiu passar pela doutora e pela enfermeira, e seu corpo frágil começava a perder sua força. — Anne! — A doutora Brown a abraçou assustada, colocou-a na cama e acenou com a cabeça para a enfermeira.
— Ela vomitou sangue e agora está na sala de emergência. O que você disse a ela? — O volume da voz de Anthony aumentou. — Isso é sério? Eu... eu só disse a ela que meu pai decidiu não se divorciar de minha mãe, para que Sarah pudesse voltar para Luton e que meu pai havia se sacrificado muito por ela. Não é grande coisa, é? Como ela se irrita facilmente! — Bianca se sentiu um pouco vencedora. — Vou voltar e pedir desculpas a ela! Ela descansou por tanto tempo e não quero que ela tenha uma recaída novamente por minha causa. — — Ela mencionou alguma criança? — — ...crianças? Que crianças? — O tom de Bianca soou afetado. — Anthony, eu não fiz nada. Anne não gosta de mim e de minha mãe por causa dos assuntos da mãe dela. Ela estava bem mais cedo. Por que ela desmaiou assim que eu virei as costas para ela? Ela estava tentando me acusar de algo? — — Certo, nos falamos depois. — Anthony desligou o telefone. Bianca andava de um lado para o outro em seu escritório, sentindo-se inqui
Suas pernas eram muito curtas, então Charlie moveu um banquinho para ajudá-lo. Chris estudou a fechadura da porta e disse: — Quando ele entrou, trancou a porta. Ele deve ter as chaves! — — E as janelas? — Chloe perguntou: — Podemos pular pela janela? — As três crianças olharam para a janela, que estava aberta, e puderam ver as copas das árvores lá fora. Não parecia possível. — Podemos ver as pontas das árvores, estamos bem alto! Se pularmos daqui, talvez nunca mais vejamos a mamãe! — Chloe ficou desapontada. — Não tenha medo! — Charlie se empolgou. — Eu vou roubar a chave! — — Roubar a chave? — O rostinho de Chloe estava um pouco atordoado, mas ela também estava um pouco animada. — Sim, se a gente roubar a chave para abrir a porta, podemos sair correndo e escapar! — Chris elaborou o plano. As três crianças foram até a porta da sala e a abriram silenciosamente. Charlie deu uma espiada e notou que a pessoa na cama estava dormindo de costas para eles, e que estava ronca
Quando Luke acordou, depois de um bom cochilo, não viu os trigêmeos. Procurou a casa toda, mas não encontrou ninguém. — Parem de brincar de esconde-esconde comigo. Se vocês não saírem, eu vou bater em vocês! — Droga, por que ele tinha que se meter naquela história? Como as três crianças eram irritantes! Luke então notou que a porta não estava trancada e, apenas depois de revirar a casa toda, quando tocou a cintura, descobriu que as chaves haviam sumido. Rapidamente, o rapaz ligou para Moona.— Mãe, as crianças fugiram! — — O quê?! Eu não pedi para que cuidasse bem delas?! — — Eu os tranquei em casa, mas eles roubaram minha chave e abriram a porta! Eles têm mesmo a idade que parecem ter? — Luke não conseguia acreditar que havia sido enganado por três crianças! — Vá procurá-los! — Moona estava furiosa. Ela estaria em apuros se não pudesse lidar com um trabalho tão fácil! Assim que encerrou a chamada, o diretor Lucas destrancou a porta e chegou em casa. Moona não havia se
Moona não entendeu por que ele diria aquilo. Por que seu tom era tão afirmativo? Isso a deixou muito inquieta. — Senhorita Vallois... — Moona respondeu, mas não havia nenhum som do outro lado da linha. — Senhorita Vallois? Por que você não está falando? — Anthony estava procurando por aquela voz em sua memória. Segundo sua desconfiança, a voz era da babá que cuidava dos trigêmeos e era próxima de Lucas. Ou seja, os dois números desconhecidos seriam de ligações para aquele homem. Nessa hora, Lucas deu um passo à frente e pegou o telefone na mão de Moona, já adivinhando quem estava ligando. Anthony olhou para o celular com os olhos cheios de raiva, parecendo extremamente hostil. No final, toda a raiva voltaria para Anne. — Você ainda o procura pelas minhas costas. Como posso puni-la para que você se torne completamente obediente? — Sua voz parecia vir do inferno. Então, a porta da enfermaria foi aberta. Era Sarah, indo entregar a refeição do meio-dia, porque preferia que a filha
Sarah perguntou: — Ela ia receber alta, mas fui ao hospital hoje e seu estado piorou de novo! Você sabe o que aconteceu? Suspeito que Anthony possa ter batido em Anne! Minha filha estava inconsciente, mas eu fui expulsa antes de poder fazer mais perguntas e não posso nem entrar mais no hospital! Qual é o significado disso? Ela é minha filha e eu nem consigo vê-la? Isso é um absurdo, Nigel! — — Eu irei aí agora! — Nigel deixou seu trabalho e saiu do escritório. — Você já sabe que estamos no Hospital Luton? — — Quando vocês voltaram? — Nigel se sentiu mal porque não sabia daquilo. Ele ligou para Anne, mas a filha não disse que estava de volta. — Não é sua culpa, ninguém te contou! Eu não iria querer incomodá-lo, se isso não tivesse acontecido hoje. — — Anne também é minha filha, por que você não me contou? Eu resolvo, não precisa se preocupar... — Nigel a confortou. — Eu vou esperar por você. Apresse-se. — — Claro. — Sarah desligou o telefone, virou-se e olhou pa