Anne entendeu que Nigel estava apenas protegendo Bianca, como era esperado da parte dele. No entanto, o que seria de Sarah? Sua mãe não merecia passar por aquilo. Mais uma vez ficava evidente sua posição como filha ilegítima, porque a prioridade do homem, no fim, era atender às demandas de Dorothy e Bianca.A moça deu uma olhada na informação do rastreador e viu a movimentação de Anthony. Desesperada, levantou-se e saiu correndo da cafeteria, correndo em direção ao Grupo Arquiduque. Assim que ela chegou à porta, viu, de longe, Anthony prestes a entrar no carro. Anne gritou e correu em sua direção, mas foi parada pelos guarda-costas do magnata, antes mesmo de chegar perto.A aura de Anthony era imponente, e ele encarou a mulher com indiferença estampada em seus olhos de obsidiana. Anne se acalmou e estabilizou sua respiração. — Posso falar com você por alguns minutos? Minha mãe... você não pode deixar que ela fique? — — Não. — Respondeu Anthony sem rodeios.Anne ficou atordoada,
Anne chegou em casa, tomou banho e trocou de roupa. Então, foi até a varanda e descobriu que Tommy havia saído.Mais tarde, foi para a escola dos filhos, o que raramente fazia. Para ser exato, quase nunca fazia, o que era terrível, já que os outros pais iam para a escola dos filhos sempre que possível, não importa o quão ocupado estivessem. Por isso, por mais arriscado que fosse, seria injusto com os três pequenos se não aparecesse de vez quando. Afinal, eles nunca tiveram um pai.Anne entrou pelo portão da escola e se dirigiu para a creche. De longe, viu muitas crianças brincando no parquinho, interagindo com os idosos que faziam aulas de educação física. De longe, era como se tivesse entrado em um paraíso de fofura. — Charlie, Chris, Chloe? — Anne chamou, enquanto se aproximava. Os trigêmeos, enquanto brincavam com seus outros amigos, ficaram chocados quando viram a mãe e correram, gritando: — Mamãe! —— Mamãe! —— Mamãe, você está aqui! —A jovem se agachou e eles se joga
— Não, eu nunca me casei, sou mãe solo — Anne baixou o olhar, pois sabia que, aos olhos dos mais velhos, seu comportamento era moralmente corrupto e uma má influência para os outros. Joanne ficou realmente chocada e não pôde deixar de se perguntar se Lucas estava louco, por gostar de uma mulher como aquela. Nenhuma família a aceitaria tradicional, em sã consciência, aceitaria a entrada de uma mãe solo com três crianças a reboque. A boa impressão inicial atingiu o fundo do poço.— Não consigo acreditar nisso! E sua tia... não... sua mãe, Sarah! Devo ser cega por me relacionar com vocês duas! — A mulher se arrependia por ter julgado mal o caráter delas e avisou: — Não se aproxime mais do meu filho. Entendeu? —— Não se preocupe. Eu nunca fui a namorada do senhor Newman. Na verdade, ele me usou como um escudo porque não queria mais participar dos encontros às cegas que você arranjava — explicou Anne. — Ainda acredito que sentimentos mútuos são importantes em um relacionamento para gar
— Você já tem 30 anos. Ainda acha que ficará com Anne? — Joanne perguntou desconfiada.Lucas ajustou sua postura e disse: — Esta é a última vez. —— O quê? —— Esta é a última vez que eu vou aceitar participar de um encontro às cegas. Se não der certo, você precisa parar de arranjar esse tipo de coisa para mim. Já chega. —— E se você disser que não gosta dela? De todos os encontros às cegas que te arranjei, a maioria das mulheres tiveram interesse por você. O problema sempre parte de você. —— Não é como se você não soubesse o motivo — respondeu Lucas. — Não estou fazendo de propósito. —Joanne ficou quieta e não parecia estar de bom humor.— Já que você pode gostar de Anne, tenho certeza de que pode gostar de outras mulheres também! — Nunca aceitaria uma “nora” masculina. No entanto, o pensamento de Anne não apenas ser incapaz de ter filhos, mas também de ser mãe a deixou ainda mais em pânico. — Eu tentei por tantos anos, mas Anne é a única. Mas, eu sei que você não gost
A senhora Newman voltou a si mesma e se levantou:— Não. Apenas... brinquem sozinhos! — Depois de falar, a mulher saiu apressada, como se tivesse medo de alguma coisa. Tinha medo de que as crianças a conquistassem se ficasse mais tempo. Sem chance. Por mais adoráveis que fossem, não eram seus próprios netos. Mesmo assim, não pôde deixar de imaginar se... se realmente fossem seus netos, ela faria qualquer coisa por eles.Quando Anne viu as crianças conversando com a mãe de Lucas, ficou tão chocada que não ousou se aproximar. Ou melhor, a jovem queria ver a reação de Joanne. Se a mulher gostasse dos três pequeninos, não os iria expor, certo?O celular de Anne tocou e, depois de procurar na bolsa, por alguns segundos, a jovem finalmente conseguiu pescar o aparelho, olhar na tela quem a procurava e atender a chamada: — Lucas? —— Oi, sou eu. Você ainda está na escola? — — Sim... eu vou ficar um tempo com as crianças, mas trago elas de volta mais tarde. — — Você está com muita
— Você se esqueceu da situação entre a família Faye e eu? Minha mãe foi expulsa de Luton. Se eu trabalhar com você para lidar com Bianca agora, Anthony vai pensar em mim imediatamente — disse Anne. — Já que você quer ir contra Bianca, não posso incriminá-la. —— Quando isso será resolvido? —— Eu te ligo quando estiver terminando. —— Não me faça esperar muito tempo. — Michelle desligou o telefone.Anne nunca se juntaria à modelo contra Bianca. Afinal, não queria cavar a própria sepultura. No momento, só poderia apaziguá-la, mas não poderia ofendê-la, para que Michelle não a apunhalasse pelas costas. Porém, Anne ponderou a situação e ligou para ela novamente:— Bianca não vai parar por aqui, então podemos usar a situação para criar nossa chance. — Michelle riu e respondeu, com um toque de presunção:— Entendido. Estou cansada de ser chantageada por Bianca, todos os dias. —À noite, Anne ligou para Sarah e perguntou: — Como estão as coisas por aí? —— Estou bem. Vou ficar
Anne foi ao banheiro enquanto falava ao celular e ficou sem palavras quando ouviu que Sarah estava jogando vinte-e-um.— Com quem você está jogando? — Perguntou.— Tem uma sala de jogos no hotel, então fui dar uma olhada. Por coincidência tinha um grupo com poucas pessoas, então me juntei a eles. —— Você nem os conhece. Não tem medo de ser enganada de novo, como da última vez? —— Eu não vou, então não se preocupe com isso... Espere! 21! Vinte-e-um! Anne, ligo de volta quando terminar. Aqui é muito diferente. —Sem esperar que a filha respondesse, Sarah desligou. Anne olhou para o telefone, sentindo-se impotente. Isso era uma benção disfarçada, certo? Pelo menos a mãe poderia se divertir um pouco e não se sentir miserável enquanto estivesse em Santa Nila. Caso contrário, a jovem ficaria em constante preocupação com a mãe.De repente, alguém pousou a mão no ombro de Anne e era pesada que definitivamente a jovem sabia que não se tratava de alguém aleatório.— Para quem você ligou
Anne contou tudo à governanta e estava pronta para pagar seu salário. Afinal, Sarah nunca mais voltaria. No entanto, sabia que a mãe queria que a jovem saísse de seu pequeno bairro e fosse morar na mansão, que estaria vazia, de qualquer maneira. A jovem sabia disso, mas ainda tinha seus três filhos pequenos, e ficar no pequeno bairro poderia facilmente esconder suas identidades. Não seria assim se eles ficassem na mansão de Sarah. Mesmo o apartamento que Nigel comprou para ela não parecia seguro.De repente, ouviu o som de um motor de carro se aproximando da garagem e desligando. Anne ficou surpresa e se perguntou quem poderia ser. Não muito tempo depois, irradiando arrogância, Dorothy e Bianca entraram na mansão.Anne franziu a testa, parecendo aborrecida:— O que vocês estão fazendo aqui? —— Tragam nossas coisas! — Dorothy instruiu o motorista, que carregava várias malas. Então, anunciou: — A partir de hoje, este é o nosso hotel, e podemos vir e ficar quando quisermos. —— Esta