Anne contou tudo à governanta e estava pronta para pagar seu salário. Afinal, Sarah nunca mais voltaria. No entanto, sabia que a mãe queria que a jovem saísse de seu pequeno bairro e fosse morar na mansão, que estaria vazia, de qualquer maneira. A jovem sabia disso, mas ainda tinha seus três filhos pequenos, e ficar no pequeno bairro poderia facilmente esconder suas identidades. Não seria assim se eles ficassem na mansão de Sarah. Mesmo o apartamento que Nigel comprou para ela não parecia seguro.De repente, ouviu o som de um motor de carro se aproximando da garagem e desligando. Anne ficou surpresa e se perguntou quem poderia ser. Não muito tempo depois, irradiando arrogância, Dorothy e Bianca entraram na mansão.Anne franziu a testa, parecendo aborrecida:— O que vocês estão fazendo aqui? —— Tragam nossas coisas! — Dorothy instruiu o motorista, que carregava várias malas. Então, anunciou: — A partir de hoje, este é o nosso hotel, e podemos vir e ficar quando quisermos. —— Esta
Percebendo que não tinha mais o que fazer, Anne conteve sua raiva e se acalmou, então voltou para a escadaria e disse: — Vou levar algumas roupas comigo. —— Eu permiti que você fizesse isso? — O olhar de Bianca era cruel. — A partir de agora, tudo nesta mansão é meu, até o ar que você respira! Tire essa mulher daqui! — A última frase foi para o motorista, que deu um passo à frente e quis agarrar Anne.— Não me toque! Eu posso sair sozinha! — A jovem sacudiu a mão do motorista. Então, saiu acompanhada pela governanta.Enquanto saia, ouviu Dorothy levantar a voz de propósito, dizendo: — É por isso que é excelente ter um genro poderoso como Anthony! —A funcionária da mansão ficou preocupada e perguntou:— Nós não vamos mesmo chamar a polícia? Por que tivemos apenas que obedecer e sair de nosso lugar de direito? —— Não podemos. Mas elas vão embora por conta própria mais cedo ou mais tarde... — Anne disse enquanto olhava para a mansão.A governanta estava confusa. Elas realmen
A recepcionista do hotel foi imediatamente verificar o quarto. Nigel continuava falando com a recepcionista enquanto confortava Sarah. Quando chegou ao quarto de Sarah, descobriu que a porta estava ligeiramente aberta com a corrente da porta de segurança ainda presa. Entretanto, podia-se ver que alguém realmente tinha tentado abrir a porta.Sarah, que estava escondida no banheiro, só saiu quando eles garantiram que ela estava segura. Depois disso, a equipe do hotel veio e verificou em todos os lugares e pediu desculpas a Sarah, dizendo que um hóspede provavelmente havia entrado por engano em seu quarto. Tal desculpa era ridícula.Nigel, que estava ao telefone, ouviu e disse a Sarah: — Passe o telefone para a recepcionista. —A mulher fez o que ele disse e deixou que Nigel conversasse com a funcionária do hotel. Ela não sabia o que Nigel havia dito, mas a jovem parecia mais humilde e continuou se desculpando ao celular. Sarah achou Nigel muito atraente.Pouco tempo depois, a recep
— Você não está ocupado? — Sarah perguntou. — Ainda não — Nigel respondeu. Então a mulher andou pelo quarto, girando a câmera do celular, para mostrar a suíte. — Você vê isso? É muito melhor do que o meu quarto. — — De fato. — — Eu moro sozinha e não preciso de um lugar tão grande. — — Mas, é grande e confortável, desfrute. — Sarah voltou a câmera para seu rosto. — Como posso agradecer? Nem sei quanto tempo vou ficar aqui, nem o que fazer a seguir... — — Não se preocupe, você pode ficar o tempo que quiser e não precisa me agradecer. Fiz isso por Anne. — disse Nigel. Sarah não falou mais nada, apenas conversou um pouco sobre o atendimento no hotel e encerrou a videochamada. Ela não iria continuar conversando com Nigel como uma desesperada por atenção, afinal, o homem tinha que voltar trabalhar. Sarah supôs que avançar devagar seria melhor para o relacionamento deles. Depois que se acalmou, foi para a rua para comprar roupas. A localização do hotel não ficava lon
— A pele de Anne estava enrugada quando nasceu. A princípio, pensei: por que dei à luz uma coisinha tão feia? Quanto maior era, mais bonita ficava. Felizmente não a joguei fora — Sarah disse com um sorriso, lembrando-se do rosto de Anne com um olhar satisfeito e feliz. Ao lado dela, Nigel ouvia com prazer. — Eu a dei à luz, mas não tinha confiança para sustentá-la financeiramente. Entreguei-a ao meu irmão e à minha cunhada e paguei-lhes as despesas de subsistência em particular. Mas depois descobri que meu irmão era não era um bom pai, e intimidava minha cunhada, então eu só podia dar mais dinheiro, esperando que tratassem Anne melhor... — Sarah contava à Nigel sobre a infância de Anne. — Você teve suas dificuldades. — — Muitas vezes me pergunto, se eu tivesse contado antes a você sobre a existência da nossa filha, minha vida seria diferente? — Riu de si mesma. — Olhando para seu rosto fofo e terno, me sinto mal por ela não ter tido um pai que a ame por tanto tempo. Quando foi m
Sarah caminhou em direção ao hotel e o corpo rígido de Nigel relaxou quando a viu sair, lentamente. Fitou a lua pendurada no céu e as estrelas espalhadas nele, que indicavam que o tempo seria claro no dia seguinte. No entanto, o humor de Nigel não era tão esperançoso como a promessa de um dia novo. Se sentiu hesitante e distraído... e não podia dizer a Sarah que depois de abandoná-la e reatar com Dorothy, a única vez que viu que seu sacrifício valer a pena foi quando Bianca nasceu. Se não fosse por ela, jamais teria voltado com a ex-mulher, por quem não tinha mais nenhum sentimento Desde que se separaram, ele gastou todo o seu tempo com a filha e a carreira. Passou rápido, e seu coração foi temporariamente curado durante o processo. Por isso, ver Sarah novamente o deixava deprimido. Ela não fazia ideia de como ficou feliz quando descobriu que tinham uma filha juntos, também. Mesmo assim, não tinha intenção de contar a ela sobre seus sentimentos. Agora, se Anne gostasse de Lucas, ap
Anne estava no sexto andar, então, não estava em casa. — Você está em casa? Estou chegando, espera um minuto, saí para dar uma volta no condomínio! — A jovem desligou o telefone. Depois de se despedir das crianças, Anne foi ver o pai. Quando a porta se fechou, Charlie segurou um copo de água na mão, suspirou como um adulto e tomou um gole d’água em silêncio. Anne descia a escada com calma, enquanto Nigel estava parado no meio do caminho. Os dois se olharam por um tempo, antes dele perguntar, surpreso: — Você não tia saído para dar uma volta? Por que você veio lá de cima? — Anne nunca teria dito isso se soubesse que seu pai a esperava na escada! Ela ajustou seus pensamentos e disse: — No começo, sim, mas depois encontrei uma criança e tive que devolvê-la para casa, no sexto andar. Recebi sua ligação depois disso. — Nigel não teve nenhuma suspeita e a palavra 'criança' tocou seu coração. Pensou na criança perdida de Anne e no corpo ferido. — Por que você está aqui a esta
Anne não tinha mais esperança, mesmo depois de ouvir o que ele dissera. — Pai, você não sabe da minha situação... — — Eu sei. Isso não é um problema. Contanto que Lucas goste de você, o relacionamento entre vocês dois vai ficar bem. Eu vou resolver o resto. — Nigel tinha o rosto sério. Mais uma vez, a jovem se sentia atordoada. Não sabia se isso era certo. E, embora Anthony fechasse os olhos para ela agora, isso não significava que não estava sob controle. Sua identidade ainda estava bloqueada, por exemplo. — Vou dar um jeito de Anthony me dar uma resposta. Você não precisa se preocupar com isso. — O homem a confortou. Anne balançou a cabeça. — Pai, mas isso é um problema meu... — — Qual é o problema? Você só precisa se interessar por Lucas. —. Anne não sabia o que dizer, agora que Joanne conhecia as crianças, como ela deixaria o filho se casar com uma mulher assim? Quando tinha uma refeição com Lucas e a sua família, sempre pensava preocupada que os três pequenos fosse