— Você já tem 30 anos. Ainda acha que ficará com Anne? — Joanne perguntou desconfiada.Lucas ajustou sua postura e disse: — Esta é a última vez. —— O quê? —— Esta é a última vez que eu vou aceitar participar de um encontro às cegas. Se não der certo, você precisa parar de arranjar esse tipo de coisa para mim. Já chega. —— E se você disser que não gosta dela? De todos os encontros às cegas que te arranjei, a maioria das mulheres tiveram interesse por você. O problema sempre parte de você. —— Não é como se você não soubesse o motivo — respondeu Lucas. — Não estou fazendo de propósito. —Joanne ficou quieta e não parecia estar de bom humor.— Já que você pode gostar de Anne, tenho certeza de que pode gostar de outras mulheres também! — Nunca aceitaria uma “nora” masculina. No entanto, o pensamento de Anne não apenas ser incapaz de ter filhos, mas também de ser mãe a deixou ainda mais em pânico. — Eu tentei por tantos anos, mas Anne é a única. Mas, eu sei que você não gost
A senhora Newman voltou a si mesma e se levantou:— Não. Apenas... brinquem sozinhos! — Depois de falar, a mulher saiu apressada, como se tivesse medo de alguma coisa. Tinha medo de que as crianças a conquistassem se ficasse mais tempo. Sem chance. Por mais adoráveis que fossem, não eram seus próprios netos. Mesmo assim, não pôde deixar de imaginar se... se realmente fossem seus netos, ela faria qualquer coisa por eles.Quando Anne viu as crianças conversando com a mãe de Lucas, ficou tão chocada que não ousou se aproximar. Ou melhor, a jovem queria ver a reação de Joanne. Se a mulher gostasse dos três pequeninos, não os iria expor, certo?O celular de Anne tocou e, depois de procurar na bolsa, por alguns segundos, a jovem finalmente conseguiu pescar o aparelho, olhar na tela quem a procurava e atender a chamada: — Lucas? —— Oi, sou eu. Você ainda está na escola? — — Sim... eu vou ficar um tempo com as crianças, mas trago elas de volta mais tarde. — — Você está com muita
— Você se esqueceu da situação entre a família Faye e eu? Minha mãe foi expulsa de Luton. Se eu trabalhar com você para lidar com Bianca agora, Anthony vai pensar em mim imediatamente — disse Anne. — Já que você quer ir contra Bianca, não posso incriminá-la. —— Quando isso será resolvido? —— Eu te ligo quando estiver terminando. —— Não me faça esperar muito tempo. — Michelle desligou o telefone.Anne nunca se juntaria à modelo contra Bianca. Afinal, não queria cavar a própria sepultura. No momento, só poderia apaziguá-la, mas não poderia ofendê-la, para que Michelle não a apunhalasse pelas costas. Porém, Anne ponderou a situação e ligou para ela novamente:— Bianca não vai parar por aqui, então podemos usar a situação para criar nossa chance. — Michelle riu e respondeu, com um toque de presunção:— Entendido. Estou cansada de ser chantageada por Bianca, todos os dias. —À noite, Anne ligou para Sarah e perguntou: — Como estão as coisas por aí? —— Estou bem. Vou ficar
Anne foi ao banheiro enquanto falava ao celular e ficou sem palavras quando ouviu que Sarah estava jogando vinte-e-um.— Com quem você está jogando? — Perguntou.— Tem uma sala de jogos no hotel, então fui dar uma olhada. Por coincidência tinha um grupo com poucas pessoas, então me juntei a eles. —— Você nem os conhece. Não tem medo de ser enganada de novo, como da última vez? —— Eu não vou, então não se preocupe com isso... Espere! 21! Vinte-e-um! Anne, ligo de volta quando terminar. Aqui é muito diferente. —Sem esperar que a filha respondesse, Sarah desligou. Anne olhou para o telefone, sentindo-se impotente. Isso era uma benção disfarçada, certo? Pelo menos a mãe poderia se divertir um pouco e não se sentir miserável enquanto estivesse em Santa Nila. Caso contrário, a jovem ficaria em constante preocupação com a mãe.De repente, alguém pousou a mão no ombro de Anne e era pesada que definitivamente a jovem sabia que não se tratava de alguém aleatório.— Para quem você ligou
Anne contou tudo à governanta e estava pronta para pagar seu salário. Afinal, Sarah nunca mais voltaria. No entanto, sabia que a mãe queria que a jovem saísse de seu pequeno bairro e fosse morar na mansão, que estaria vazia, de qualquer maneira. A jovem sabia disso, mas ainda tinha seus três filhos pequenos, e ficar no pequeno bairro poderia facilmente esconder suas identidades. Não seria assim se eles ficassem na mansão de Sarah. Mesmo o apartamento que Nigel comprou para ela não parecia seguro.De repente, ouviu o som de um motor de carro se aproximando da garagem e desligando. Anne ficou surpresa e se perguntou quem poderia ser. Não muito tempo depois, irradiando arrogância, Dorothy e Bianca entraram na mansão.Anne franziu a testa, parecendo aborrecida:— O que vocês estão fazendo aqui? —— Tragam nossas coisas! — Dorothy instruiu o motorista, que carregava várias malas. Então, anunciou: — A partir de hoje, este é o nosso hotel, e podemos vir e ficar quando quisermos. —— Esta
Percebendo que não tinha mais o que fazer, Anne conteve sua raiva e se acalmou, então voltou para a escadaria e disse: — Vou levar algumas roupas comigo. —— Eu permiti que você fizesse isso? — O olhar de Bianca era cruel. — A partir de agora, tudo nesta mansão é meu, até o ar que você respira! Tire essa mulher daqui! — A última frase foi para o motorista, que deu um passo à frente e quis agarrar Anne.— Não me toque! Eu posso sair sozinha! — A jovem sacudiu a mão do motorista. Então, saiu acompanhada pela governanta.Enquanto saia, ouviu Dorothy levantar a voz de propósito, dizendo: — É por isso que é excelente ter um genro poderoso como Anthony! —A funcionária da mansão ficou preocupada e perguntou:— Nós não vamos mesmo chamar a polícia? Por que tivemos apenas que obedecer e sair de nosso lugar de direito? —— Não podemos. Mas elas vão embora por conta própria mais cedo ou mais tarde... — Anne disse enquanto olhava para a mansão.A governanta estava confusa. Elas realmen
A recepcionista do hotel foi imediatamente verificar o quarto. Nigel continuava falando com a recepcionista enquanto confortava Sarah. Quando chegou ao quarto de Sarah, descobriu que a porta estava ligeiramente aberta com a corrente da porta de segurança ainda presa. Entretanto, podia-se ver que alguém realmente tinha tentado abrir a porta.Sarah, que estava escondida no banheiro, só saiu quando eles garantiram que ela estava segura. Depois disso, a equipe do hotel veio e verificou em todos os lugares e pediu desculpas a Sarah, dizendo que um hóspede provavelmente havia entrado por engano em seu quarto. Tal desculpa era ridícula.Nigel, que estava ao telefone, ouviu e disse a Sarah: — Passe o telefone para a recepcionista. —A mulher fez o que ele disse e deixou que Nigel conversasse com a funcionária do hotel. Ela não sabia o que Nigel havia dito, mas a jovem parecia mais humilde e continuou se desculpando ao celular. Sarah achou Nigel muito atraente.Pouco tempo depois, a recep
— Você não está ocupado? — Sarah perguntou. — Ainda não — Nigel respondeu. Então a mulher andou pelo quarto, girando a câmera do celular, para mostrar a suíte. — Você vê isso? É muito melhor do que o meu quarto. — — De fato. — — Eu moro sozinha e não preciso de um lugar tão grande. — — Mas, é grande e confortável, desfrute. — Sarah voltou a câmera para seu rosto. — Como posso agradecer? Nem sei quanto tempo vou ficar aqui, nem o que fazer a seguir... — — Não se preocupe, você pode ficar o tempo que quiser e não precisa me agradecer. Fiz isso por Anne. — disse Nigel. Sarah não falou mais nada, apenas conversou um pouco sobre o atendimento no hotel e encerrou a videochamada. Ela não iria continuar conversando com Nigel como uma desesperada por atenção, afinal, o homem tinha que voltar trabalhar. Sarah supôs que avançar devagar seria melhor para o relacionamento deles. Depois que se acalmou, foi para a rua para comprar roupas. A localização do hotel não ficava lon