A possibilidade de Bianca, que se sentia injustiçada, chorar e agir de forma frágil na frente de Anthony era preocupante. Se Anthony demonstrasse piedade por ela, o problema se tornaria ainda mais complicado e todos acabariam sofrendo. No entanto, Anne estava determinada a descobrir os planos sinistros que Bianca estava tramando, a fim de se proteger. Não se tratava de um ato para ofender Bianca e Anthony, mas sim de uma medida de precaução para garantir sua própria segurança.Naquela noite, Anthony não compareceu ao jantar, provavelmente tentando apaziguar sua noiva, Bianca. Anne secretamente esperava que Anthony nunca mais aparecesse. Nos dias seguintes, a mulher continuou cuidando das crianças e seguindo sua rotina de trabalho, enquanto Anthony não dava nenhum sinal de que voltaria. Parecia que o incidente daquele dia tinha surtido um efeito positivo, afastando-o temporariamente.Anne sempre estava atenta ao paradeiro de Anthony. Ela observava cuidadosamente os lugares frequentado
— Você me seguiu. — Anthony disse, na atmosfera deprimente, com sua voz profunda preenchendo cada canto do espaço fechado. Preenchia, ecoava e pesava no seu peito de Anne, que respondeu: — Não, o designer me chamou porque houve pequenas mudanças na reforma. — Por que diabos ela o seguiria afinal? Ela não tinha interesse algum em Anthony e o evitava como uma praga. Ela só estava lá por causa do rastreador nele, era essa a razão de sua presença! No entanto, mesmo com o rastreador, ela ainda acabou esbarrando nele. Até mesmo o rastreador parecia sacaneá-la.— Desde quando você fala daquele jeito comigo? E o que foi que você quis dizer? — Anthony questionou com uma voz de repreensão, tentando transmitir uma sensação de intimidação, sugerindo que fosse algo que era melhor a moça não repetir.Anne instantaneamente compreendeu a que ele estava se referindo. Aqueles acontecimentos passados, quando eles ficaram juntos, como não deveriam, algo que jamais deveriam se repetir. Se isso ac
— Ei moça, você não pode ficar feliz quando ganha e tentar não pagar quando perde! — Na sala de carteado de um clube, dois homens e uma mulher exigiam dinheiro de Sarah, mas a mulher estava relutante em fazer o substancial pagamento. As coisas estavam diferentes em sua situação, então o valor que cobravam era muito dinheiro, comparado a outrora. A mulher se sentiu acuada ao ouvir a reclamação.— Eu acho que vocês três me enganaram, me deixaram ganhar para que eu aumentasse a aposta, depois disso começaram a ganhar! Como é possível? — Como não queria pagá-los, Sarah começou a atirar acusações para todos os lados.Os três indivíduos, contudo, trocam olhares ao ouvir a afirmação, porque ela estava certa em sua suposição. No entanto, eles certamente não admitiriam isso.— Quem te enganou aqui, mulher? Você escolheu aumentar a aposta por sua própria vontade, e ninguém te obrigou! — Disse um dos homens.— Tudo bem, se você não quiser pagar, podemos deixar a dívida de lado... se você no
— Você tem planos para agora? — Sarah perguntou.— Por que você quer saber? — — Pensei que poderíamos sair para almoçar... — Sem esperar a resposta, completou. — Se você já tem algo planejado, apenas diga que está ocupado! Eu pensei no almoço para compensar o favor que me fez com a dívida, nada além disso. — Nigel não esperava que Sarah o convidasse para comer, já que, quando jovens, ele a abandonou para ficar com outra. Na verdade, o homem achava que ela o odiaria.— Não tenho nada para fazer agora. — Depois disso, os dois foram para uma refeição. Nigel entendeu que Sarah não se importava mesmo com o que ele havia feito no passado. No entanto, era uma atmosfera estranha, diferente de um encontro entre amigos.— Você esteve em contato com Anne ultimamente? — A mulher perguntou.— Sim, eu a vi na semana passada e sempre ligo para ela, quando tenho tempo. — Respondeu Nigel.— Onde fica a casa que você comprou? Ela se recusou a me dizer qualquer coisa, e Deus sabe por que ela q
No entanto, quando entraram no carro, havia uma atmosfera ambivalente entre eles. Sarah sentia seu coração batendo forte e Nigel também parecia distraído. Apesar disso, o homem sabia qual era o seu lugar e não alimentava expectativas de um relacionamento íntimo com a bela mulher. Era verdade que ele havia se casado novamente com Dorothy, meramente por causa do filho deles. No entanto, mesmo após tantos anos, o patriarca nunca tinha esquecido Sarah.Mais tarde, Nigel descobriu que Sarah havia se casado com um membro da família Marwood e apenas podia desejar que a mulher vivesse tudo de bom. No fundo, os dois se sentiam frustrados pelos lugares para os quais o destino os levou. Assim como ele disse a Anne, sua escolha teria sido diferente se soubesse que Sarah estava grávida.Sarah, por outro lado, sentia um desejo intenso a dominar naquele instante. A cada olhar dirigido a Nigel, sua atração por ele se intensificava. Sem constrangimentos, ela poderia admitir que ele fora seu primeiro
Enquanto procurava o telefone dentro da bolsa, Anne foi surpreendida por uma caixa. Reconheceu o produto imediatamente, pois costumava consumir a mesma coisa com frequência, sempre em urgência, por um longo período. No entanto, questionou-se por que sua mãe tinha aquela caixa na bolsa. Para complicar ainda mais, estava aberta.— Espere! — Sarah correu, pegou a caixa de Anne e a colocou de volta na bolsa. — É remédio para resfriado! Então, quem ligou? — Sarah fechou a bolsa e a jogou de lado depois de pegar o telefone.— Ah, você não chegou a atender? Volto em um instante. — Sarah saiu apressadamente e voltou logo. — Era um amigo, me convidando para jogar! — — Você não acabou de voltar de lá? Além disso, por que alguém tem que te ligar para isso? — Anne começou a duvidar da história da mãe.— É de um outro lugar, você não conhece. — — Você não foi jogar hoje, foi? Com quem você saiu? — — Com quem eu saí? Com ninguém! — Os olhos de Sarah desviavam da filha.— A caixa na s
Anne ficou em choque com a sugestão de Michelle, mas logo pensou em como Sarah não esteve em casa o dia todo, além das pílulas do dia seguinte em sua bolsa. O homem com quem sua mãe estaria saindo, poderia ser mesmo o seu pai?— De qualquer forma, Bianca não quer ser a pessoa que começará o problema. Talvez ela até seja conivente, de alguma maneira — disse Michele. — Bom, estes são os fatos, então o resto cabe a você pensar no que vai fazer. — Sarah encheu o prato de Anne com a melhor fatia de carne. — A comida vai esfriar se você não vier logo, filha! Que ligação demorada é essa? — — O homem com quem você está ficando é meu pai? — A voz de Anne surgiu.Sarah largou o pedaço de carne no prato e se virou para a moça. Ela tinha toda a cara de culpada quando encontrou o olhar inquisitivo de Anne. — Quem ligou para você para contar sobre isso? — — No que você estava pensando? Você sabe que ele é casado! O que as pessoas pensariam de você se descobrissem o que você fez? — Sara
Anne hesitou antes de atender a ligação, mas cedeu e logo ouviu Bianca dizendo: — Anne, venha para o Arquiduque! — A mulher estava fungando de leve, e era evidente que ela tinha acabado de chorar. Anne ficou ansiosa, porque ligação de Bianca pedindo que ela fosse para à empresa só podia significar uma coisa: sua irmã estaria lá pronta para armar uma cena e Anne teria que enfrentar a pressão de Anthony. Assim, depois de desligar a ligação, a mente da moça ficou nebulosa, o que Sarah logo percebeu. — O que há de errado, filha? Quem ligou para você? O que disseram? — — Era Bianca. Tenho que ir ao Grupo Arquiduque. — Sarah agarrou seu braço. — Você está indo para o Grupo Arquiduque? Não é a empresa de Anthony? O que eles estão tentando fazer com você? Você não tem nada a ver com o incidente! Por que eles não me procuraram, se querem arrumar problema sobre isso? Eu vou com você. — — Não. Bianca só pediu minha presença. Além disso, Anthony estará lá, e você apenas vai colocar m