No entanto, deixar a mão ali não significaria que ela concordava com o relacionamento deles? Anne ficou sentada sem jeito, pensando sobre o assunto... ― Meus pais querem jantar com você. ― Disse Lucas. ― Como? ― Anne ficou surpresa e imediatamente ficou nervosa. Lucas apertou a mão dela.― Não se preocupe. É só uma refeição, então não fique nervosa. Não tem nada demais. ― ― O que você disse a eles? ― ― Nada. Mas pretendo dizer, durante a refeição. ― Anne viu a determinação que brilhava nos olhos do diretor e mal podia imaginar que razão ele usaria para convencer seus pais de que Anne era um bom partido. ― Meus pais disseram que você pode decidir a data. ― Anne não esperava que a família Newman a apreciasse tanto e se sentiu ainda mais culpada. Por isso, não conseguiu responder. ― Que tal amanhã? ― Lucas a ajudou a decidir ― Tão rápido? ― Anne estava ainda mais ansiosa. Lucas riu, e seu olhar era afetuoso.― Anne... é só um jantar. ― ― Eu sei... ― A
Os olhos de Anne se arregalaram quando ela viu a localização de Anthony e suas mãos tremeram, deixando cair o telefone. ― O que está errado? ― Lucas perguntou, alarmado. Anne voltou a si e rapidamente pegou o telefone.― Eu só me atrapalhei um pouco. Não foi nada. Pare de me ajudar a descascar os camarões, você deveria comer alguns também. ― Lucas apontou para a luva descartável em sua mão e gentilmente assegurou que estava tudo bem. Anne corou e se virou para olhar os pais de Lucas. No entanto, eles agiam como se não soubessem de nada, mas os sorrisos em seus rostos provavam o contrário. A jovem ficou envergonhada por estar vivendo uma demonstração pública de afeto na frente dos mais velhos. Então, quando ela estava tão nervosa que não sabia o que fazer, houve uma batida na porta. Então, o garçom do lado de fora entrou, curvou-se e disse algo no ouvido de Eason. Logo, Anne notou que a expressão de Eason havia mudado ligeiramente. Nesse momento, uma voz profunda e in
Joanne não esperava que a aura de Anthony fosse tão opressiva e perigosa pessoalmente quando, na verdade, foi tão assustador que fez seu couro cabeludo formigar. Depois que o homem saiu, o jantar que inicialmente corria bem azedou e Anne se sentia envergonhada e culpada. Então, depois de alguns minutos de silêncio, limpou a boca e começou a se desculpar, levantando:― Sinto muito. E-eu vou indo. ― ― Tudo bem. Vou levá-la para casa. ― Lucas a seguiu. Mas, como saísse de um transe, Eason gritou:― Espere aí! ― Anne cogitou esperar, mas depois de pensar, por um segundo, saiu correndo rapidamente da sala privativa, ao longo corredor. Mas, uma mão apareceu ao lado dela inesperadamente, agarrou seu pescoço e a arrastou para outra sala... ― Ah! ― Anne foi jogada sobre a mesa. Ela se virou para olhar, em estado de choque, e encontrou o olhar terrível de Anthony. A jovem estava tão assustada que rapidamente se levantou e recuou. ― É para isso que você quer ficar em Luton?
De manhã, Anne acordou cedo e foi, de táxi, para o apartamento de Lucas, para ver seus filhos. Foi o diretor quem abriu a porta e ela não esperava que ele se levantasse tão cedo. No entanto, Anne percebeu que ele não parecia estar nada bem. ― O que há de errado? Você não conseguir dormir direito? ― Anne perguntou. ― Eu estou com alguns problemas. ― Lucas pegou a mão dela, a arrastou na frente dele e olhou para ela. ― Mas, eu vou lidar com isso, contanto que você não recue. ― Anne abaixou o olhar. Ele notou que ela estava recuando, tão rápido? No entanto, não dependia dela. Dependia principalmente do demônio. Toda vez que Anne fechava os olhos, a presença ameaçadora de Anthony na sala privativa reapareceria. Ela retirou a mão e o olhar de Lucas mudou. ― Lucas, podemos falar sobre isso em outra ocasião? Eu sou uma pessoa muito problemática e jamais deveria ter envolvido você em nada disso. ― Anne reuniu sua coragem e olhou para ele. ― Se fosse para ficarmos realmente juntos,
Anne olhou para Sarah, mas a mulher amarrada desviou o olhar. Com o rosto vermelho de raiva, Anne perguntou para a mãe:― A última lição não foi suficiente? Até quando você vai insistir nessa estupidez? Você quer morrer pelas mãos de Anthony? ― ― Mmph, mmph! Mmph, mmph, mmph! ― Sarah não conseguia falar, mas mesmo assim, não parava de grunhir, tentando argumentar. Anne se sentiu impotente, ansiosa e com raiva. Ela não queria nem saber o argumento de Sarah. Mas, mesmo assim, ligou para Anthony. Afinal, não podia assistir aquilo e não fazer nada. O telefone tocou três vezes até que Anthony finalmente respondesse, mas, apressadamente, Anne disse:― Sinto muito. Minha mãe não quis fazer isso. Por favor, perdoe-a! Você pode me pedir para fazer qualquer coisa! ― ― O que você pode fazer por mim? ― A voz profunda e aterrorizante de Anthony soou. ‘O que ela poderia fazer?’ A mente de Anne estava uma bagunça. ― Onde você está? Me diga que eu vou te encontrar. ― ― Descub
― Ah! ― Anne caiu no chão, mas o perigo a fez levantar instintivamente. Então, ela enfrentou o violento Anthony e murmurou: ― Você não pode fazer isso comigo... você não pode... ― Anthony zombou, parecendo ter gelo correndo nas veias. Em seguida, pegou o celular e ordenou:― Pode espancar a mulher até a morte! ― Depois disso, Anthony colocou a chamada em viva-voz. Anne ouviu o pânico de Sarah enquanto ela era espancada, a mordaça tinha sido retirada, para que ela pudesse urrar de dor e Anne imaginou que desmaiaria de pavor. Embora Sarah a tivesse abandonado, elas ainda eram mãe e filha. Anne se lançou de joelhos e abraçou as longas pernas de Anthony, chorando e implorando:― Por favor, não faça isso! Peça para que parem! Eles vão bater nela até a morte! Por favor, pare! ― Anthony olhou para baixo e sua expressão cruel indicava que não tinha intenção de parar. Os gritos de Sarah no viva-voz ficaram mais altos e Anne gritou:― Não! Isso é o suficiente! Anthony, por
Bianca queria que Anne desaparecesse de uma vez por todas! Anne acordou apenas no meio do dia seguinte e seu corpo estava frágil e machucado. Depois que abriu os olhos, levou muito tempo para se lembrar de todas as brutalidades que tinha sofrido e parecia que ela tinha acabado de voltar do inferno para a realidade. Anne não podia acreditar que tinha sido violentada por Anthony, mais uma vez. Afinal, ele tinha Bianca e ela deveria ser mais do que suficiente! O que ela pensava que nunca mais aconteceria, aconteceu. Anne sentiu como se fosse o animal de estimação de Anthony, estando sob seu controle sem autonomia. Com grande dificuldade, se levantou e tomou um banho, mais dolorido do que revigorante, então se vestiu e saiu do quarto. O telefone celular estava tocando em sua bolsa, no chão da sala. Mas, na hora que a jovem se curvou para pegar o aparelho, seus joelhos fracos cederam e a jovem caiu. Praguejando, olhou para a tela do celular e, sem reconhecer o número, atendeu,
Anne ligou para a escola e avisou que as crianças deveriam pegar o ônibus escolar para o seu apartamento. Então, alguns minutos depois, Lucas ligou. Ele não pôde deixar de ligar para ela e perguntar:― O que aconteceu? ― Anne sabia que precisava de um motivo para trazer as crianças de volta, e Lucas certamente suspeitaria, então ela respondeu:― Anthony descobriu que eu fui ao seu apartamento e a frequência disso. Ele estava me investigando e receio que encontre as crianças. ― ― Anne... ele fez alguma coisa contra você? ― ― Não diretamente, mas para minha mãe... ele puniu minha mãe pelas coisas que fiz. Mas, felizmente, ela está bem, então não se preocupe. ― ― Desgraçado, psicopata! ― Mesmo os bem-educados como Lucas não conseguem evitar e acabam amaldiçoando, quando a situação é muito ruim. Mas, Anne concordava completamente. Anthony era de fato, um lunático. ― Vou deixar Nancy ir com as crianças. É mais fácil confundi-lo se ela ficar no mesmo prédio ― disse Lucas.