Joanne não esperava que a aura de Anthony fosse tão opressiva e perigosa pessoalmente quando, na verdade, foi tão assustador que fez seu couro cabeludo formigar. Depois que o homem saiu, o jantar que inicialmente corria bem azedou e Anne se sentia envergonhada e culpada. Então, depois de alguns minutos de silêncio, limpou a boca e começou a se desculpar, levantando:― Sinto muito. E-eu vou indo. ― ― Tudo bem. Vou levá-la para casa. ― Lucas a seguiu. Mas, como saísse de um transe, Eason gritou:― Espere aí! ― Anne cogitou esperar, mas depois de pensar, por um segundo, saiu correndo rapidamente da sala privativa, ao longo corredor. Mas, uma mão apareceu ao lado dela inesperadamente, agarrou seu pescoço e a arrastou para outra sala... ― Ah! ― Anne foi jogada sobre a mesa. Ela se virou para olhar, em estado de choque, e encontrou o olhar terrível de Anthony. A jovem estava tão assustada que rapidamente se levantou e recuou. ― É para isso que você quer ficar em Luton?
De manhã, Anne acordou cedo e foi, de táxi, para o apartamento de Lucas, para ver seus filhos. Foi o diretor quem abriu a porta e ela não esperava que ele se levantasse tão cedo. No entanto, Anne percebeu que ele não parecia estar nada bem. ― O que há de errado? Você não conseguir dormir direito? ― Anne perguntou. ― Eu estou com alguns problemas. ― Lucas pegou a mão dela, a arrastou na frente dele e olhou para ela. ― Mas, eu vou lidar com isso, contanto que você não recue. ― Anne abaixou o olhar. Ele notou que ela estava recuando, tão rápido? No entanto, não dependia dela. Dependia principalmente do demônio. Toda vez que Anne fechava os olhos, a presença ameaçadora de Anthony na sala privativa reapareceria. Ela retirou a mão e o olhar de Lucas mudou. ― Lucas, podemos falar sobre isso em outra ocasião? Eu sou uma pessoa muito problemática e jamais deveria ter envolvido você em nada disso. ― Anne reuniu sua coragem e olhou para ele. ― Se fosse para ficarmos realmente juntos,
Anne olhou para Sarah, mas a mulher amarrada desviou o olhar. Com o rosto vermelho de raiva, Anne perguntou para a mãe:― A última lição não foi suficiente? Até quando você vai insistir nessa estupidez? Você quer morrer pelas mãos de Anthony? ― ― Mmph, mmph! Mmph, mmph, mmph! ― Sarah não conseguia falar, mas mesmo assim, não parava de grunhir, tentando argumentar. Anne se sentiu impotente, ansiosa e com raiva. Ela não queria nem saber o argumento de Sarah. Mas, mesmo assim, ligou para Anthony. Afinal, não podia assistir aquilo e não fazer nada. O telefone tocou três vezes até que Anthony finalmente respondesse, mas, apressadamente, Anne disse:― Sinto muito. Minha mãe não quis fazer isso. Por favor, perdoe-a! Você pode me pedir para fazer qualquer coisa! ― ― O que você pode fazer por mim? ― A voz profunda e aterrorizante de Anthony soou. ‘O que ela poderia fazer?’ A mente de Anne estava uma bagunça. ― Onde você está? Me diga que eu vou te encontrar. ― ― Descub
― Ah! ― Anne caiu no chão, mas o perigo a fez levantar instintivamente. Então, ela enfrentou o violento Anthony e murmurou: ― Você não pode fazer isso comigo... você não pode... ― Anthony zombou, parecendo ter gelo correndo nas veias. Em seguida, pegou o celular e ordenou:― Pode espancar a mulher até a morte! ― Depois disso, Anthony colocou a chamada em viva-voz. Anne ouviu o pânico de Sarah enquanto ela era espancada, a mordaça tinha sido retirada, para que ela pudesse urrar de dor e Anne imaginou que desmaiaria de pavor. Embora Sarah a tivesse abandonado, elas ainda eram mãe e filha. Anne se lançou de joelhos e abraçou as longas pernas de Anthony, chorando e implorando:― Por favor, não faça isso! Peça para que parem! Eles vão bater nela até a morte! Por favor, pare! ― Anthony olhou para baixo e sua expressão cruel indicava que não tinha intenção de parar. Os gritos de Sarah no viva-voz ficaram mais altos e Anne gritou:― Não! Isso é o suficiente! Anthony, por
Bianca queria que Anne desaparecesse de uma vez por todas! Anne acordou apenas no meio do dia seguinte e seu corpo estava frágil e machucado. Depois que abriu os olhos, levou muito tempo para se lembrar de todas as brutalidades que tinha sofrido e parecia que ela tinha acabado de voltar do inferno para a realidade. Anne não podia acreditar que tinha sido violentada por Anthony, mais uma vez. Afinal, ele tinha Bianca e ela deveria ser mais do que suficiente! O que ela pensava que nunca mais aconteceria, aconteceu. Anne sentiu como se fosse o animal de estimação de Anthony, estando sob seu controle sem autonomia. Com grande dificuldade, se levantou e tomou um banho, mais dolorido do que revigorante, então se vestiu e saiu do quarto. O telefone celular estava tocando em sua bolsa, no chão da sala. Mas, na hora que a jovem se curvou para pegar o aparelho, seus joelhos fracos cederam e a jovem caiu. Praguejando, olhou para a tela do celular e, sem reconhecer o número, atendeu,
Anne ligou para a escola e avisou que as crianças deveriam pegar o ônibus escolar para o seu apartamento. Então, alguns minutos depois, Lucas ligou. Ele não pôde deixar de ligar para ela e perguntar:― O que aconteceu? ― Anne sabia que precisava de um motivo para trazer as crianças de volta, e Lucas certamente suspeitaria, então ela respondeu:― Anthony descobriu que eu fui ao seu apartamento e a frequência disso. Ele estava me investigando e receio que encontre as crianças. ― ― Anne... ele fez alguma coisa contra você? ― ― Não diretamente, mas para minha mãe... ele puniu minha mãe pelas coisas que fiz. Mas, felizmente, ela está bem, então não se preocupe. ― ― Desgraçado, psicopata! ― Mesmo os bem-educados como Lucas não conseguem evitar e acabam amaldiçoando, quando a situação é muito ruim. Mas, Anne concordava completamente. Anthony era de fato, um lunático. ― Vou deixar Nancy ir com as crianças. É mais fácil confundi-lo se ela ficar no mesmo prédio ― disse Lucas.
Pela forma como Anthony agia, parecia que, exceto Bianca, a vida de todos os outros seres humanos eram apenas um empecilho. ― Você está sozinha? ― Anne perguntou. ― Quando se tem dinheiro, as pessoas nunca vão te deixar sozinha. Se você não sugerisse ir à mansão, eu nem teria contado sobre a internação. ― Sarah sempre tinha pensado que o dinheiro significava tudo, então acreditava que o dinheiro era a maneira mais fácil de conquistar qualquer coisa. A enfermeira apareceu e perguntou a Sarah o que ela queria jantar. Sarah ordenou duas porções de um caldo de carne e queria que Anne comesse com ela. A jovem não recusou. ― Anne, me desculpe. Eu não esperava que as consequências seriam tão sérias. Eu só disse algumas palavras e os seguranças começaram uma confusão. Eles não deveriam ter deixado Anthony saber sobre isso. Mas, Bianca é um hipócrita! ― Sarah disse, com desdém. ― Mas, agora você já sabe, tia... mãe. Ela mal pode esperar para encontrar nossas falhas e soltar
―Então você vai usar isso contra mim? Quão desprezível você é! ― o rosto de Anne estava contorcido pelo desprezo. ― Eu sou desprezível? Mas, foi você quem me empurrou contra a parede! ― Bianca se virou e saiu, com um olhar assassino nos olhos. Mas, Anne não podia deixá-la ir assim, pois seria torturada até a morte por Anthony. Então, vendo Bianca abrir a porta, Anne correu para tentar impedir a pianista de sair.― Não vá... ― Uma sombra preta na porta chegou e suas palavras pararam abruptamente. Anthony olhou para o que acontecia com uma expressão insondável, fazendo o coração de Anne quase parar.Vendo seu Salvador, Bianca se jogou apressadamente nos braços de Anthony.― Que bom que você está aqui, eu fui quase ... quase morta por ela... olhe para a minha cabeça, está machucada? Anne agarrou meu cabelo e bateu minha cabeça contra a parede... ― Bianca disse, com lágrimas nos olhos. Anne estava com raiva das mentiras. Vendo Anthony olhando ansiosamente para a contusã