― Como você pode ter certeza? Você não viu a troca entre aqueles dois na sala de reunião? Há algo entre eles! ― Tommy estava mais do que certo de que havia, porque havia descoberto sobre os trigêmeos. Assim que Anne voltou ao escritório, sua colega a informou que seu telefone tinha tocado algumas vezes e a jovem agradeceu, voltou para sua estação de trabalho e pegou o aparelho que, voltou a tocar em sua mão. Ela olhou para a tela e percebeu que era Sarah ligando, então deu um suspiro desanimado e atendeu. ― Anne, ouvi dizer que você começou a trabalhar no Grupo Marwood? Como isso aconteceu? Foi Ron? ― Sarah perguntou, animada. ― Não. ― ― Quem então? ― ― Deixei currículo, fiz uma entrevista de emprego e fui selecionada. ― Anne dispensou. Felizmente, Sarah não estava realmente curiosa sobre como Anne começou a trabalhar na empresa da família. De qualquer forma, tinha sido uma surpresa agradável que Anne tivesse se tornado funcionária do Grupo Marwood e isso despertou
Quando ela recebeu o número, teve a sensação de que já o tinha visto em algum lugar. O nome do contato apareceu na tela assim que ela fez a ligação e sua expressão ficou sombria. No instante que o homem atendeu, Anne rugiu:― Onde estão as crianças, Tommy?! ― ― Aqui comigo. ― Ela respirou fundo, algumas vezes, para se impedir de xingar porque sua prioridade no momento era encontrar as crianças:― Me dê seu endereço, agora. Estou indo. ― Após a ligação, Tommy se virou para olhar os trigêmeos, que estavam furiosos. Charlie tinha uma faca de plástico na mão e estava parado na frente de Chris e Chloe de forma protetora.― Venha! Vou cortar você! ― ― Ah! Estou com tanto medo! ― Ele colocou a mão no peito e acrescentou: ― Fiquem tranquilos, sua mamãe está chegando. ― ― Você é um cara mau! ― Chloe observava Tommy, com cautela. ― Não podemos confiar em você! ― Chris acrescentou. Tommy estudou os rostos dos meninos e ficou irritado com o quanto eles se pareciam com Antho
― Sim. O primo de Anthony. Mas, ele não contou para ninguém. No entanto, pretende usar essa informação a favor dele, porque não se dá bem com Anthony. ― ― Desse jeito, mais e mais pessoas vão descobrir ― disse Lucas. Ela mordeu o lábio, sabendo que ele estava certo. 'Mas o que eu posso fazer? Onde posso esconder as crianças e deixá-las em segurança? Anthony agora tem uma mulher que ama ao seu lado e a existência dos três filhos só será uma má notícia para ele', pensou, sem conseguir imaginar o que aconteceria se Anthony descobrisse. ― Se você não se importar, as crianças podem ficar comigo por um tempo ― Lucas ofereceu. ― Com você? ― Anne exclamou, surpresa. E continuou: ― Como poderíamos fazer isso? Não está certo. ― ― Eu moro sozinho e tem uma empregada em casa que pode cuidar das crianças. Você pode vir vê-los quando quiser ― disse Lucas. Ela não poderia incomodar Lucas a tal ponto. Mas, ele era o diretor do jardim de infância que os filhos frequentavam e fazia
Anthony ficou encarando Anne com olhos de falcão, enquanto ela conversava ao telefone. Mas, quando a porta do elevador se abriu ele saiu. Os outros dois o seguiram de perto, como se nenhum deles conhecesse Anne. Antes de descer do elevador, Anne olhou para fora e percebeu que estava de volta no bar da cobertura e murmurou:― Huh? Por que subiu? ― Ela apertou o botão do andar térreo mais uma vez e informou Lucas de sua localização, antes de esperar na escada, em frente ao saguão. Como não conseguiu ficar em pé por muito tempo por causa da tontura, sentou-se na escada com uma mão sob a cabeça, enquanto olhava para as luzes de néon ao longe. Aquele momento pertencia a ela. Não havia necessidade de pensar e parecia que ela estava em um mundo onde Cheyenne não havia morrido e Anthony não estava lá para ameaçá-la. Onde ela não precisava se preocupar com alguém descobrindo sobre as crianças e Tommy não tentava controlá-la. Enquanto isso, na cobertura, dentro de uma sala privada d
― Umf! O quê? ― A cabeça de Anne girava e a tontura simplesmente piorou com o movimento brusco. Ela sentiu uma pressão no queixo e foi forçada a olhar para cima, atordoada, enquanto ouvia uma voz rouca perguntar: ― Me diga. Quem sou eu? ― Ela se contorceu de medo, com o tom congelante. Instantaneamente, sua visão ficou mais clara e ela olhou atordoada para o rosto diabólico diante dela:― Você? ― ― Está desapontada por não ser o seu senhor Diretor, não é? ― Ele a forçou a levantar o queixo ainda mais, enquanto estreitava os olhos perigosamente. O pescoço de Anne ficou tenso, dando-lhe uma aparência bonita, mas frágil.― Por que... você está aqui? Não sou da sua conta... ― ― Você não é da minha conta, mas cruzou meu caminho ― o demônio disse, antes de arrastá-la para dentro do prédio. ― Ah! ― ela exclamou. Quando chegaram ao apartamento, Anne já estava quase sóbria pela adrenalina e embora se sentisse tonta, finalmente começou a entender a situação perigosa em
― Sim. Já resolvi tudo por aqui. E você? Ainda está no hotel? ― perguntou Bianca, cínica. ― Não. Já sai. ― ― Pensei que talvez pudéssemos pegar um pouco de comida, se você ainda não estiver satisfeito. Desculpe por esta noite. ― Disse ela. Anne ficou atordoada no início, quando sua boca foi coberta, mas, como a conversa demorava, começou a ficar sem ar e a situação, pouco a pouco, começou a ficar desesperadora. Entretanto, por mais que lutasse para escapar, a mão do demônio continuava firme.― Onde você está agora? Ainda não vai descansar? ― perguntou Bianca. ― Estou no escritório. Para mim, ainda é cedo. ― Disse Anthony. ― Eu sabia. Fique tranquilo por aí. Então, tudo bem, jantaremos juntos outro dia, volte para o seu negócio! ― ― Certo. Boa noite. ―— Boa noite, bom trabalho. — Após a ligação, o demônio afastou a mão do rosto de Anne. Ela tossiu quando o ar fresco entrou em seus pulmões.― Ugh! O que você está fazendo... Quer me matar? ― Eventualmente, a t
― Como você ousa me ameaçar? ― O demônio urrou. Seus olhos estavam cheios de raiva maliciosa enquanto ele questionava. ― Para! Isso machuca! ― O rosto de Anne se contorcia de dor, enquanto ela lutava para falar. ― Sim, eu... só tenho uma vida, então... mesmo que você consiga fazer o que quiser agora, eu... vou cortar minha própria garganta, assim que você se for. Por que não você paga para ver? ― Sua voz bêbada era fraca, mas cada palavra estava misturada com determinação. O magnata a agarrou pelo queixo e, como o rosto dela era pequeno, ele quase podia segurá-la inteira, com apenas uma das mãos. ― Vamos bancar a mulher virtuosa agora, não é? Para quem, hein? ― ele questionou cruelmente. ― Parece que você realmente se apaixonou pelo diretor do jardim de infância! ― ― Não é isso... eu só... acho que não deveríamos mais fazer isso se você já decidiu me deixar de lado... ― O demônio a empurrou para o lado, com uma expressão sombria e vingativa.― Estou ansioso para ver o q
Os trigêmeos se amontoaram, com os bracinhos erguidos, querendo o colo da mãe e Anne riu, colocando as malas que carregava no chão para, com habilidade, pegar um por vez, até que tivesse as três crianças em seu colo. Por mais que soubesse que estava bem, sempre que ficava longe, a jovem sentia muita falta deles.Os trigêmeos notaram imediatamente o curativo em sua testa. ― Mamãe, o que foi isso na sua cabeça? ― ― Você caiu, mamãe? ― ― Tá doendo, mamãe? ― Chloe pergunto, com lágrimas nos olhos. Não querendo preocupá-los, a jovem respondeu, com velocidade:― Não dói nada, foi uma batidinha, só. Parece pior do que é! ― ― Como você bateu? Vou me vingar! ― Charlie disse, fazendo cara de mal. Mas, quando Anne abria a boca, notou Lucas se aproximando. ― Se tem algo perigoso assim na sua casa, você tem que mudar de lugar. ― Disse o diretor com um tom maduro que fazia as pessoas o respeitarem naturalmente. Anne colocou as crianças no chão e estendeu uma mão:― Olá, Se