Anne estava prestes a sufocar quando, finalmente, o demônio a soltou. Ela caiu no chão frio e duro, impotente, com a cabeça baixa, enquanto ofegava por ar, sentindo como se estivesse a um segundo de morrer sufocada. Mas, o homem se agachou e ergueu o rosto dela pelo queixo, mais uma vez. Atordoada, Anne encontrou seus olhos escuros e frios. ― Gostei, hein? ― Ele proferiu perigosamente. ― Devemos continuar? ― Ela queria balançar a cabeça, mas os dedos dele em volta de seu queixo a impediram de fazê-lo.― Eu nunca quis me envolver com você. Se você não quer me ver, deixe-me sair de Luton. Você sabe que eu mataria para sair... Umph! ― A força esmagadora em torno de seu rosto a impediu de continuar falando e ela gemeu de dor. ― Apostando pesado para conseguir se livrar de mim, não é? ― Ele zombou diabolicamente. Ela queria discutir, mas entendeu que Anthony pensava igual às alcoviteiras que tinha ouvido conversar, na hora do almoço. Para a mente pequena, fechada e machis
― Como você pode ter certeza? Você não viu a troca entre aqueles dois na sala de reunião? Há algo entre eles! ― Tommy estava mais do que certo de que havia, porque havia descoberto sobre os trigêmeos. Assim que Anne voltou ao escritório, sua colega a informou que seu telefone tinha tocado algumas vezes e a jovem agradeceu, voltou para sua estação de trabalho e pegou o aparelho que, voltou a tocar em sua mão. Ela olhou para a tela e percebeu que era Sarah ligando, então deu um suspiro desanimado e atendeu. ― Anne, ouvi dizer que você começou a trabalhar no Grupo Marwood? Como isso aconteceu? Foi Ron? ― Sarah perguntou, animada. ― Não. ― ― Quem então? ― ― Deixei currículo, fiz uma entrevista de emprego e fui selecionada. ― Anne dispensou. Felizmente, Sarah não estava realmente curiosa sobre como Anne começou a trabalhar na empresa da família. De qualquer forma, tinha sido uma surpresa agradável que Anne tivesse se tornado funcionária do Grupo Marwood e isso despertou
Quando ela recebeu o número, teve a sensação de que já o tinha visto em algum lugar. O nome do contato apareceu na tela assim que ela fez a ligação e sua expressão ficou sombria. No instante que o homem atendeu, Anne rugiu:― Onde estão as crianças, Tommy?! ― ― Aqui comigo. ― Ela respirou fundo, algumas vezes, para se impedir de xingar porque sua prioridade no momento era encontrar as crianças:― Me dê seu endereço, agora. Estou indo. ― Após a ligação, Tommy se virou para olhar os trigêmeos, que estavam furiosos. Charlie tinha uma faca de plástico na mão e estava parado na frente de Chris e Chloe de forma protetora.― Venha! Vou cortar você! ― ― Ah! Estou com tanto medo! ― Ele colocou a mão no peito e acrescentou: ― Fiquem tranquilos, sua mamãe está chegando. ― ― Você é um cara mau! ― Chloe observava Tommy, com cautela. ― Não podemos confiar em você! ― Chris acrescentou. Tommy estudou os rostos dos meninos e ficou irritado com o quanto eles se pareciam com Antho
― Sim. O primo de Anthony. Mas, ele não contou para ninguém. No entanto, pretende usar essa informação a favor dele, porque não se dá bem com Anthony. ― ― Desse jeito, mais e mais pessoas vão descobrir ― disse Lucas. Ela mordeu o lábio, sabendo que ele estava certo. 'Mas o que eu posso fazer? Onde posso esconder as crianças e deixá-las em segurança? Anthony agora tem uma mulher que ama ao seu lado e a existência dos três filhos só será uma má notícia para ele', pensou, sem conseguir imaginar o que aconteceria se Anthony descobrisse. ― Se você não se importar, as crianças podem ficar comigo por um tempo ― Lucas ofereceu. ― Com você? ― Anne exclamou, surpresa. E continuou: ― Como poderíamos fazer isso? Não está certo. ― ― Eu moro sozinho e tem uma empregada em casa que pode cuidar das crianças. Você pode vir vê-los quando quiser ― disse Lucas. Ela não poderia incomodar Lucas a tal ponto. Mas, ele era o diretor do jardim de infância que os filhos frequentavam e fazia
Anthony ficou encarando Anne com olhos de falcão, enquanto ela conversava ao telefone. Mas, quando a porta do elevador se abriu ele saiu. Os outros dois o seguiram de perto, como se nenhum deles conhecesse Anne. Antes de descer do elevador, Anne olhou para fora e percebeu que estava de volta no bar da cobertura e murmurou:― Huh? Por que subiu? ― Ela apertou o botão do andar térreo mais uma vez e informou Lucas de sua localização, antes de esperar na escada, em frente ao saguão. Como não conseguiu ficar em pé por muito tempo por causa da tontura, sentou-se na escada com uma mão sob a cabeça, enquanto olhava para as luzes de néon ao longe. Aquele momento pertencia a ela. Não havia necessidade de pensar e parecia que ela estava em um mundo onde Cheyenne não havia morrido e Anthony não estava lá para ameaçá-la. Onde ela não precisava se preocupar com alguém descobrindo sobre as crianças e Tommy não tentava controlá-la. Enquanto isso, na cobertura, dentro de uma sala privada d
― Umf! O quê? ― A cabeça de Anne girava e a tontura simplesmente piorou com o movimento brusco. Ela sentiu uma pressão no queixo e foi forçada a olhar para cima, atordoada, enquanto ouvia uma voz rouca perguntar: ― Me diga. Quem sou eu? ― Ela se contorceu de medo, com o tom congelante. Instantaneamente, sua visão ficou mais clara e ela olhou atordoada para o rosto diabólico diante dela:― Você? ― ― Está desapontada por não ser o seu senhor Diretor, não é? ― Ele a forçou a levantar o queixo ainda mais, enquanto estreitava os olhos perigosamente. O pescoço de Anne ficou tenso, dando-lhe uma aparência bonita, mas frágil.― Por que... você está aqui? Não sou da sua conta... ― ― Você não é da minha conta, mas cruzou meu caminho ― o demônio disse, antes de arrastá-la para dentro do prédio. ― Ah! ― ela exclamou. Quando chegaram ao apartamento, Anne já estava quase sóbria pela adrenalina e embora se sentisse tonta, finalmente começou a entender a situação perigosa em
― Sim. Já resolvi tudo por aqui. E você? Ainda está no hotel? ― perguntou Bianca, cínica. ― Não. Já sai. ― ― Pensei que talvez pudéssemos pegar um pouco de comida, se você ainda não estiver satisfeito. Desculpe por esta noite. ― Disse ela. Anne ficou atordoada no início, quando sua boca foi coberta, mas, como a conversa demorava, começou a ficar sem ar e a situação, pouco a pouco, começou a ficar desesperadora. Entretanto, por mais que lutasse para escapar, a mão do demônio continuava firme.― Onde você está agora? Ainda não vai descansar? ― perguntou Bianca. ― Estou no escritório. Para mim, ainda é cedo. ― Disse Anthony. ― Eu sabia. Fique tranquilo por aí. Então, tudo bem, jantaremos juntos outro dia, volte para o seu negócio! ― ― Certo. Boa noite. ―— Boa noite, bom trabalho. — Após a ligação, o demônio afastou a mão do rosto de Anne. Ela tossiu quando o ar fresco entrou em seus pulmões.― Ugh! O que você está fazendo... Quer me matar? ― Eventualmente, a t
― Como você ousa me ameaçar? ― O demônio urrou. Seus olhos estavam cheios de raiva maliciosa enquanto ele questionava. ― Para! Isso machuca! ― O rosto de Anne se contorcia de dor, enquanto ela lutava para falar. ― Sim, eu... só tenho uma vida, então... mesmo que você consiga fazer o que quiser agora, eu... vou cortar minha própria garganta, assim que você se for. Por que não você paga para ver? ― Sua voz bêbada era fraca, mas cada palavra estava misturada com determinação. O magnata a agarrou pelo queixo e, como o rosto dela era pequeno, ele quase podia segurá-la inteira, com apenas uma das mãos. ― Vamos bancar a mulher virtuosa agora, não é? Para quem, hein? ― ele questionou cruelmente. ― Parece que você realmente se apaixonou pelo diretor do jardim de infância! ― ― Não é isso... eu só... acho que não deveríamos mais fazer isso se você já decidiu me deixar de lado... ― O demônio a empurrou para o lado, com uma expressão sombria e vingativa.― Estou ansioso para ver o q