Alessandra Martins
André e eu temos código entre nós quando precisamos ser salvos se algum cliente que está nos dando dor de cabeça ou quando estamos em um bar e um cara chato vem dar em cima de mim ou vise e versa. Temos esse sistema de parceria até nessas horas, mas no momento não é o caso. É sim… não… eu deveria estar trabalhando e não jogando conversa fora com Sebastian, então por um lado foi bom André aparecer.
— Sim, está tudo bem, André…
— Não, não está. — Com uma fria, Sebastian diz para André.
André deu um passo à frente e coloquei a mão em seu peito em um pedido silencioso para que não fizesse nada. Sou uma anã perto desse dois. Não queria uma competição de quem mais mija longe agora. Olhei para Sebastian, esse jogo está divertido, mas preciso trabalhar.
— Foi bom conversar com você, Sr. D'Amore. Espero que aproveite o máximo da nossa exposição de artes, agora preciso voltar ao trabalho.
Pensei que seria melhor não esperar uma resposta sua, conversar com Sebastian não é ruim e alguma coisa me diz que nos veremos novamente. E estranhamente estou torcendo para acontecer. Não deixo de sorrir quando me afasto com André e uma coisa que não deveria fazer é olhar para trás e quando olhei pude ver o leve puxar nos lábios de Sebastian. Olha para trás e em sua direção parecia ter sido uma resposta que Sebastian realmente esperava. Quais são os seus planos, Sr. D'Amore?
A nossa meta está quase batida. Acompanhei alguns compradores mais vezes do que esperava para a finalização da compra. Tivemos um breve discurso dos donos da galeria agradecendo pela presença de todos e desejando ótimas compras, o que aumentou as vendas. Hoje sou a única a apresentar a família Martins e sorria sempre quando alguém vier me contar alguma história que teve com a minha família. Após finalizar mais uma compra, mexo meus ombros sentindo tensão neles. Não dormi nada bem durante essa noite e hoje está sendo bem cansativo, mas o leve cheiro de menta e floral me despertou dos pensamentos indesejáveis. Sebastian.
Me viro nada surpresa ao vê-lo há alguns centímetros de distância, faz em média uma hora e meia desde a nossa última conversa e todo esse tempo sentir o seu olhar em mim.
— Nunca vi uma exposição demorar tanto quanto essa. — Suspira, frustrado, olhando ao redor e arrumando sobretudo em seu corpo.
Ele poderia ter deixado na recepção, o ambiente está fresco e minha opinião é que Sebastian tinha planos de ir embora quanto antes desde que chegou. Porém, alguma coisa o fez ficar. Abaixei um pouco a minha cabeça dando uma risada baixa.
— Imagino que já tenha comprado tudo o que deseja, Sr. D'Amore. Deveria ir para casa descansar.
O som grave sai de sua garganta, não sei se uma risada debochada ou aborrecido. Mas Sebastian aproveita para se aproximar mais, prendi minha respiração com a sua ousadia.
— Tenho outras intenções, Senhorita Martins e espero que seu amigo não nos atrapalhe novamente.
Penso um pouco.
— André?
— Não me lembre do nome do infelizmente…
— Sebastian! — Chamo sua atenção, me recomponho. — Não deveria chamar as pessoas desse jeito.
— E você não deveria ter o nome de outro macho na sua boca… — Sussurrou, irritado.
— O quê? — Me aproximei mais para poder ouvi-lo, o que foi um grande erro.
A distância entre nós era mínima e Sebastian aproveitava minha aproximação para me prender em seu corpo. Solto o ar surpresa com sua mão firme em volta da minha cintura, fiquei nervosa instantaneamente. Não esperava tamanha ousadia da sua parte e acabei sendo uma presa fácil.
— Por favor, me solte. — Peço em pânico.
Que ninguém esteja nos olhando, pelo amor de Deus. Estou no trabalho! Sebastian, percebendo minha tensão, se afasta e respeita meu respeito. Solto todo o ar preso em meu corpo. Foi bem a tempo, quando aparece uma senhora, ignoro todo o meu nervosismo para falar com ela, mas meu sorriso some com suas palavras.
— Deveria tomar cuidado, Sr. D’Amore, nem todos que estão aqui são pessoas que realmente valem a companhia. — Ela me olha de cima a baixo. — Podem ser ladras…
Abaixei minha cabeça, engolindo em seco. Não havia tantas pessoas presentes como antes e tão pouco responderia agressivamente por mais que suas palavras não me agradam. Sebastian percebeu meu desconforto.
— Você deveria cuidar de suas palavras, Sra. Rossi. Mas tem razão sobre a companhia e eu não quero a sua. — O olhar dirigido para aquela mulher me arrepia. — Acusar pessoas sem prova é crime, posso facilitar a sua ida à prisão.
A Sra. Rossi arregalou os olhos, arrumando a echarpe em seus ombros, ela se afasta rapidamente.
— Você não precisava…
— Não me importo o motivo dela ter insinuado isso. — Sebastian me interrompe. — O que me importa nesse momento é saber se terei a sua companhia no final da noite.
Sempre direto.
Ok!
— Vou sair daqui à meia hora, me espere lá fora. — Coloquei as mãos na minha cintura. — Não quero, você andando atrás de mim como serial killer aqui na galeria.
Sebastian se segura para não sorrir, gostaria de ver um sorriso sincero escapar de seus lábios.
— Vou esperar no meu carro, o meu assistente irá te levar até a mim. — Avisa. — Não se atrase!
Revirei os meus olhos com seu jeito mandão, Sebastian vira as costas e finalmente vai embora. Finalmente me dando a chance de terminar meu trabalho sem ter seus olhos em mim. Mas a minha curiosidade sobre ele aumentava a cada segundo que se passava. Peguei meu celular no meu bolso, está na hora de dar uma pesquisada no G****e. Quem é Sebastian D’Amore?
Sebastian D’AmoreMeia hora. Alessandra disse que em meia hora iria sair, faz vinte minutos do seu atraso. Essa mulher não tem palavra? Deveria ir embora, não sou de esperar por mulher e agora não seria diferente. Já perdi tempo demais nessa exposição de arte, o plano era comprar as benditas artes de Julie Lorey e no máximo vinte minutos depois ir embora. Simples, rápido e adeus. Porém, nos meus planos não contava com Alessandra Martins, mas uma para minha cama. Apenas! Mas ela não deveria se dar ao luxo de me fazer esperar. Coloco o dedo sobre o botão para poder falar com o motorista para irmos embora.Mexo desconfortável no banco e desisto de apertar o botão. Por que não vou embora?! Alessandra não tem nada de especial. A Sra. Rossi fez questão de expor comentários desagradáveis sobre Alexandra, sem pensar duas vezes a defendi. Sinceramente deixei minha raiva falar mais rápido, como aquele idiota tem a ousadia de segurar na cintura da Alessandra com tanta intimidade? Ela estava no s
Sebastian D'AmoreColoquei Alessandra sentada em cima da mesa, onde havíamos acabado de jantar. Alguma coisa caiu no chão e se quebrou. Suas mãos estão em volta do meu pescoço querendo mais contato comigo, suas mãos são tão delicadas que me lembro em ser cuidadoso ao apertá-la contra meu corpo. Não queria machucá-la por mais que ansiava pelo seu corpo, pelo calor que emanava dela poderia ser cuidadoso por essa noite. Haveria outro dia e outra chance para tê-la como realmente quero. Nada iria nos atrapalhar agora… Mas é claro que sim!— Oh, meu Deus! — Ouvi a voz da moça que nos atendeu antes. — Me desculpe…Alessandra se recompôs rapidamente e se esconde atrás de mim, envergonhada por termos sido pegos. Por que sempre tem alguém para nos atrapalhar? Será que dois adultos não pode se beijar em paz ou ter uma conversa tranquila sem ter um idiota por perto. Tenho que lembra o nome daquele imbecil que provavelmente trabalha com Alessandra. Não gosto dele.— Some daqui agora! — Não é preci
Sebastian D’AmoreCaminho pelo meu apartamento até a mesa ao lado do sofá, enquanto tirava o relógio do meu pulso. Me mantinha em silêncio não querendo começar uma longa discussão que dependendo de Victor iria acontecer a qualquer momento, e o motivo da discussão seria o motivo dele estar no meu apartamento sem permissão alguma. Odeio esse Seu jeito de achar que é dono de tudo e que pode estar presente em qualquer lugar que queira. Não! Não na minha casa. Victor tem as suas propriedades e pode ficar zanzando por lá quanto quiser.— Está querendo manchar a imagem da nossa família? Sabe quanto perderia e tenho certeza que você é mais esperto do que isso. Vou te dar um conselho Sebastian nem todo rabo de saia vale a pena, escolha bem onde você quer colocar as suas partes.Deixei o relógio em cima da mesa e desabotoei alguns botões da minha camisa, ainda com o terno no meu corpo. As suas palavras me incomodavam. A sobrancelha grossa de Victor se ergue ao ver que não teria a minha resposta
Alessandra MartinsCorri para arrumar as almofadas em cima do sofá, minha casa estava totalmente desorganizada. Havia chegado alguns minutos da rua, lembrando que havia combinado com o Caleb que viria aqui em casa dar uma olhada no meu notebook. Em pouca conversa com ele descobri o quanto ele é bom nessa área e mesmo oferecendo pagar pelo seu serviço, ele se negou. Então tive uma brilhante ideia em preparar um almoço, por que não? Só tinha que me auto lembrar que não tenho tempo para mim mesma, quem dirá preparar um almoço. Sei cozinhar e não queria ter que comprar comida já pronta, agora a minha correria está sendo maior tendo panelas no fogo e arrumar a casa.André falou que não precisaria me preocupar e poderia demorar o tempo que fosse para voltar à galeria. Porém, nem que precise deixar Caleb na minha casa ou depois de almoçar entregar meu notebook, daria um jeito de pegar depois. Caleb parece ser uma pessoa bem legal, mesmo tendo só dois minutos de conversa ou bem menos.SE recu
Sebastian D’AmoreO tempo na Alemanha está horrível, me faz querer voltar para Nova York com o rabo entre as penas. Conferir às luvas em minhas mãos mais uma vez antes de sair do carro, a neve intensa nos impede de seguir nosso caminho. O sobretudo não é o bastante para me aquecer, estamos em Berchtesgaden, Alemanha. Um cliente teve a brilhante ideia de se refugiar nessa cidade e me fazer ter que vir até aqui para encontrá-lo. Meu assistente quase caiu quando saiu do carro, não posso culpá-lo se não prestar muita atenção você se funde com essa neve.Não conseguimos subir a colina por completo onde a casa do cliente está, ele escolheu a última para ficar e estou mantendo todo o meu autocontrole para não xingá-lo quando o ver.— Sr. D’Amore, o motorista pediu para avisar que não conseguiríamos subir a colina…— Ah, sério? — Ergui uma sobrancelha. — Não havia percebido.Engole em seco.— Hum, logo mais adiante tem uma pensão. Teremos que ficar lá até essa tempestade passar, acreditamos q
Alessandra MartinsFui pega completamente de surpresa ao encontrar com Sebastian na Alemanha, quais são as chances? Essa tempestade surgiu do nada, o clima estava bem frio, mas essa tempestade forte foi algo inesperado para mim. O macacão que estou usando não é o suficiente para me aquecer e não recusei o sobretudo do Sebastian por teimosia ou fazendo charme. Não estou sentindo tanto frio como estava lá fora e com a grande chaminé aquecia o lugar o suficiente para nos esquentar. Caleb e o outro homem que estava ao seu lado estava tremendo de frio, é óbvio que não deixaria ele sair lá fora para pegar as minhas coisas.— Ok, vamos para o quarto. — Sebastian passa por mim indo pegar uma das malas com o Caleb. — Você precisa se esquentar antes que pegue um resfriado.Sebastian colocou a mão em minhas costas me guiando para as escadas. Não iria recusar. Sei que essa tempestade não iria embora tão cedo, meu celular está sem sinal e não iria sobreviver se tentasse seguir a pé. A escada era e
Sebastian D’AmoreSe as coisas poderiam ficar piores? É claro que sim. Sabia! Eu sabia que não deveríamos ter saído daquele quarto. Mas para uma mulher pequena como Alessandra ela sabia como colocar medo de uma pessoa. Sua doçura havia ido embora em um piscar de olhos. Não poderia deixar que viesse sozinha. Entrei no carro impossível de esperar do lado de fora, mas ao bater a porta do carro caiu neve bloqueando a nossa saída.Não tem como a gente sair por outras portas, porque a gente limpou apenas a porta do motorista para podermos entrar. Então todas as portas estão bloqueadas. Alguém de fora teria que vir ao nosso socorro. Meu celular ficou no quarto e se tinha falta de sinal antes, quem dirá agora. Ligamos o aquecedor do carro.
Alessandra Martins Essa viagem para a Alemanha está sendo uma caixinha de surpresa. Quem diria que Sebastian e eu estaríamos vindo para o mesmo lugar? Passamos um perrengue ontem à noite e ficou me perguntando o que está para acontecer. A família Dener é natural da Alemanha, o Sr. Dener adotando uma barriga saliente e olhos claros, um homem de estatura média, é elegante e ama falar. Mesmo que você acabe ficando envergonhado com as suas palavras, na maioria das vezes ele nem percebe o que causa nas pessoas ou finge não se importar. Sra. Dener não é tão diferente do seu marido, sendo mais contida nas palavras, mas a sua linguagem preferida é o toque. O que acaba estressando às vezes. Dona de um perfeito cabelo loiro que combina perfeitamente com a sua pele branca, os olhos claros a deixam mais linda do que já é. Ela é mais alta do que o seu marido e não se importa de usar salto mesmo assim. Juntos eles têm dois filhos, Caroline e Dexter, parece essas famílias modelos de comerciais e o