Sebastian D'Amore
Coloquei Alessandra sentada em cima da mesa, onde havíamos acabado de jantar. Alguma coisa caiu no chão e se quebrou. Suas mãos estão em volta do meu pescoço querendo mais contato comigo, suas mãos são tão delicadas que me lembro em ser cuidadoso ao apertá-la contra meu corpo. Não queria machucá-la por mais que ansiava pelo seu corpo, pelo calor que emanava dela poderia ser cuidadoso por essa noite. Haveria outro dia e outra chance para tê-la como realmente quero. Nada iria nos atrapalhar agora… Mas é claro que sim!
— Oh, meu Deus! — Ouvi a voz da moça que nos atendeu antes. — Me desculpe…
Alessandra se recompôs rapidamente e se esconde atrás de mim, envergonhada por termos sido pegos. Por que sempre tem alguém para nos atrapalhar? Será que dois adultos não pode se beijar em paz ou ter uma conversa tranquila sem ter um idiota por perto. Tenho que lembra o nome daquele imbecil que provavelmente trabalha com Alessandra. Não gosto dele.
— Some daqui agora! — Não é preciso gritar e a moça sai correndo da sala sem pensar duas vezes.
Me virei para Alessandra, querendo volta de onde páramos, mas seu rosto não era das melhores. Seus lábios pressionando um no outro formava um leve bico.
— Coitada da mulher, Sebastian…
— Ninguém mandou se meter onde não é chamada, essa abestada… Ai! — Sou pego de surpresa com o belisco dela.
Ela me agrediu?
— Não gosto de como fala com as pessoas. — Alessandra coloca as mãos na cintura, brigando comigo. — E algo me diz que Caleb sofre na pele, o jeito que você trata as pessoas é muito feio.
Ela está chamando a minha atenção? O que Caleb tem a ver com isso? Pelo visto ficaram muito amiguinho em tão pouco tempo. Trato as pessoas do jeito que eu quiser e como elas merecem ser tratada. O mundo não justo e não será, eu que serei o padrinho magico de ninguém. Agora, por que não falo exatamente essas palavras para Alessandra? Por fim, balanço minha cabeça relutantemente.
— Foi um dia estressante e acabei descontando nela. — Menti.
Ela não acreditou.
— Em nenhum momento você foi rude comigo.
Alessandra ergueu uma sobrancelha, continua com as mãos na cintura e está tão linda com esse ar de séria. Seu cabelo está uma bagunça e seu batom todo borrado. A linha e elegante Alessandra Martins estava mais como a encontrei. Levei minha mão na boca rindo. Alessandra me olha confusa.
— Porque você está rindo… — Percebendo que estou olhando para o cabelo dela, Alessandra desce da mesa com rapidez e vai para o banheiro que tem disponível aqui na sala privada. — Meu Deus! O que aconteceu comigo?!
A porta estava aberta e me aproximei, encostando no batente da porta e cruzei meus braços. Alessandra tentava se arrumar.
— Se com um beijo está assim… — Deixo a frase no ar.
Por está de costas para mim, poderia olhar seu corpo facilmente e apreciar a vista. Mas sou cafajeste a esse ponto, não quero ser com ela. Alessandra me olha pelo reflexo no espelho. Seus olhos são quentes e deliciosos, os quero em mim. Quero toda essa intensidade em mim.
— Por que eu? — A pergunta sussurra é tomada por dúvidas.
Não sou de querer passar dias com a mesma mulher, ninguém é capaz de me amar e com Alessandra acontecerá o mesmo. Mas por que a quero tanto e, ao mesmo tempo, quero ir devagar? Uma intensidade avassaladora e uma dor perfurando meu peito? O desejo que vem me dominando desde que a vi.
— Também estou em busca da resposta.
Não tento beijá-la na volta para casa. Alessandra tentou me convencer a deixá-la pegar um táxi, faltava pouco para meia-noite e não deixaria que voltasse sozinha para casa. Então Alessandra foi obrigada a passar seu endereço. Ela mora em um apartamento Upper East Side, não fiquei surpreso que more em um dos bairros bem-sucedido.
Peguei meu celular e desbloqueei, entregando para ela. Alessandra fica sem entender.
— Me passe seu número.
— Não vou te passar meu número. — Alessandra evita me olhar, estranho a sua reação. — Nunca me peguei a esse nível com alguém que mal conheço em uma fala privada. Não foi nada, mas acredito que faremos coisa que em sã consciência não faria.
Gostei de ouvi-la dizer essas palavras.
Mexo com Alessandra como ela mexe comigo.
— Sabe que tenho outras formas de consegui seu número. — Ela me olha. — Só estou sendo gentil em pedi diretamente com você.
Alessandra nega com a cabeça e pega o celular da minha mão.
— Você se acha demais! — Digitou o número e me entregou o celular.
— É a realidade, mas achei melhor pedi para você não achar que sou um serial killer. — Debochei, lembrando das suas palavras na galeria.
Não queria uma resposta negativa da sua parte e sei que Alessandra também me queria. Muito provavelmente a forma que a bordei a deixou assustada, não sei como é sua rotina de trabalho, mas imagino que não é sempre que tem um homem a querendo a ponto de insistir tanto. É melhor que não haja. Sabia que queria ela e não iria embora sem uma resposta.
Alessandra disfarça um sorriso e tenta ficar séria.
— Espero que tenha comprado muitos quadros essa noite, D’Amore…
— Sebastian. — A corrigir mais uma vez.
— Sebastian! — Nega com a cabeça. — É costume, acho que ainda não sai de toda a vibe do trabalho.
— Mesmo depois da gente quase…
— Adeus, Sebastian! — diz, em desespero. Sorri, gosto de provocá-la.
Alessandra vem beijar minha bochecha e virei meu rosto para beijar minha boca.
— Seu… — A calei roubando um beijo seu.
Coloquei minhas mãos em sua cintura e puxaria Alessandra para meu colo, mas infelizmente ela tinha outros planos do qual eu não concordava. Sai rapidamente dos meus braços e saiu do carro, em passos rápidos, entrando no seu prédio. Encostei a cabeça no encosto do banco. O que essa mulher está fazendo comigo?! Suspirando, aperto o botão para falar com meu motorista.
— De volta para meu apartamento.
No caminho para casa, não conseguia parar de pensar na Alessandra. Tenho que pesquisar mais sobre ela, saber seus gostos e o que não gosta. Quero sentir mais do seu cheiro, mas, ao mesmo tempo, não quero que ninguém encoste naqueles fios sedosos e cheirosos de seu cabelo. O que essa mulher está fazendo comigo?!
Minha cabeça dói, ela não será diferente dos outros.
Dispenso meu motorista e vou para o elevador. No corredor para o apartamento parece ser mais longo que o normal, preciso dormir um pouco. Abrindo a porta, sorri. Um sorriso nada agradável, mas pelo visto não iria dormir tão cedo. Fechei a porta atrás de mim.
— Você não imagina a minha decepção ao ouvir a Sra. Rossi me dizendo que meu único filho protegeu uma vagabunda da família Martins. — Victor se levanta da minha poltrona e dá um sorriso sádico. — Olá, filho.
Sebastian D’AmoreCaminho pelo meu apartamento até a mesa ao lado do sofá, enquanto tirava o relógio do meu pulso. Me mantinha em silêncio não querendo começar uma longa discussão que dependendo de Victor iria acontecer a qualquer momento, e o motivo da discussão seria o motivo dele estar no meu apartamento sem permissão alguma. Odeio esse Seu jeito de achar que é dono de tudo e que pode estar presente em qualquer lugar que queira. Não! Não na minha casa. Victor tem as suas propriedades e pode ficar zanzando por lá quanto quiser.— Está querendo manchar a imagem da nossa família? Sabe quanto perderia e tenho certeza que você é mais esperto do que isso. Vou te dar um conselho Sebastian nem todo rabo de saia vale a pena, escolha bem onde você quer colocar as suas partes.Deixei o relógio em cima da mesa e desabotoei alguns botões da minha camisa, ainda com o terno no meu corpo. As suas palavras me incomodavam. A sobrancelha grossa de Victor se ergue ao ver que não teria a minha resposta
Alessandra MartinsCorri para arrumar as almofadas em cima do sofá, minha casa estava totalmente desorganizada. Havia chegado alguns minutos da rua, lembrando que havia combinado com o Caleb que viria aqui em casa dar uma olhada no meu notebook. Em pouca conversa com ele descobri o quanto ele é bom nessa área e mesmo oferecendo pagar pelo seu serviço, ele se negou. Então tive uma brilhante ideia em preparar um almoço, por que não? Só tinha que me auto lembrar que não tenho tempo para mim mesma, quem dirá preparar um almoço. Sei cozinhar e não queria ter que comprar comida já pronta, agora a minha correria está sendo maior tendo panelas no fogo e arrumar a casa.André falou que não precisaria me preocupar e poderia demorar o tempo que fosse para voltar à galeria. Porém, nem que precise deixar Caleb na minha casa ou depois de almoçar entregar meu notebook, daria um jeito de pegar depois. Caleb parece ser uma pessoa bem legal, mesmo tendo só dois minutos de conversa ou bem menos.SE recu
Sebastian D’AmoreO tempo na Alemanha está horrível, me faz querer voltar para Nova York com o rabo entre as penas. Conferir às luvas em minhas mãos mais uma vez antes de sair do carro, a neve intensa nos impede de seguir nosso caminho. O sobretudo não é o bastante para me aquecer, estamos em Berchtesgaden, Alemanha. Um cliente teve a brilhante ideia de se refugiar nessa cidade e me fazer ter que vir até aqui para encontrá-lo. Meu assistente quase caiu quando saiu do carro, não posso culpá-lo se não prestar muita atenção você se funde com essa neve.Não conseguimos subir a colina por completo onde a casa do cliente está, ele escolheu a última para ficar e estou mantendo todo o meu autocontrole para não xingá-lo quando o ver.— Sr. D’Amore, o motorista pediu para avisar que não conseguiríamos subir a colina…— Ah, sério? — Ergui uma sobrancelha. — Não havia percebido.Engole em seco.— Hum, logo mais adiante tem uma pensão. Teremos que ficar lá até essa tempestade passar, acreditamos q
Alessandra MartinsFui pega completamente de surpresa ao encontrar com Sebastian na Alemanha, quais são as chances? Essa tempestade surgiu do nada, o clima estava bem frio, mas essa tempestade forte foi algo inesperado para mim. O macacão que estou usando não é o suficiente para me aquecer e não recusei o sobretudo do Sebastian por teimosia ou fazendo charme. Não estou sentindo tanto frio como estava lá fora e com a grande chaminé aquecia o lugar o suficiente para nos esquentar. Caleb e o outro homem que estava ao seu lado estava tremendo de frio, é óbvio que não deixaria ele sair lá fora para pegar as minhas coisas.— Ok, vamos para o quarto. — Sebastian passa por mim indo pegar uma das malas com o Caleb. — Você precisa se esquentar antes que pegue um resfriado.Sebastian colocou a mão em minhas costas me guiando para as escadas. Não iria recusar. Sei que essa tempestade não iria embora tão cedo, meu celular está sem sinal e não iria sobreviver se tentasse seguir a pé. A escada era e
Sebastian D’AmoreSe as coisas poderiam ficar piores? É claro que sim. Sabia! Eu sabia que não deveríamos ter saído daquele quarto. Mas para uma mulher pequena como Alessandra ela sabia como colocar medo de uma pessoa. Sua doçura havia ido embora em um piscar de olhos. Não poderia deixar que viesse sozinha. Entrei no carro impossível de esperar do lado de fora, mas ao bater a porta do carro caiu neve bloqueando a nossa saída.Não tem como a gente sair por outras portas, porque a gente limpou apenas a porta do motorista para podermos entrar. Então todas as portas estão bloqueadas. Alguém de fora teria que vir ao nosso socorro. Meu celular ficou no quarto e se tinha falta de sinal antes, quem dirá agora. Ligamos o aquecedor do carro.
Alessandra Martins Essa viagem para a Alemanha está sendo uma caixinha de surpresa. Quem diria que Sebastian e eu estaríamos vindo para o mesmo lugar? Passamos um perrengue ontem à noite e ficou me perguntando o que está para acontecer. A família Dener é natural da Alemanha, o Sr. Dener adotando uma barriga saliente e olhos claros, um homem de estatura média, é elegante e ama falar. Mesmo que você acabe ficando envergonhado com as suas palavras, na maioria das vezes ele nem percebe o que causa nas pessoas ou finge não se importar. Sra. Dener não é tão diferente do seu marido, sendo mais contida nas palavras, mas a sua linguagem preferida é o toque. O que acaba estressando às vezes. Dona de um perfeito cabelo loiro que combina perfeitamente com a sua pele branca, os olhos claros a deixam mais linda do que já é. Ela é mais alta do que o seu marido e não se importa de usar salto mesmo assim. Juntos eles têm dois filhos, Caroline e Dexter, parece essas famílias modelos de comerciais e o
Sebastian D’Amore A conversa com o Dener mais velho estava tão chato quando ver o Dener mais novo tocando toda hora na Alessandra. É nítido o seu desconforto, ninguém está conseguindo ver isso? Paciência é uma virtude da qual eu não tenho, meus planos eram apenas vir fazer com que ele assine os contratos quanto antes e ir embora. Agora preciso saber quanto tempo, Alessandra ficará nesse lugar. Bebi o whisky de uma vez, recusando quando ele me ofereceu mais um copo. — Temos que aproveitar as oportunidades e esse negócio é incrível. — continuava a dizer. Não, investir na área culinária quando você não entende nada sobre o assunto é um tiro no pé. A variados tipos de gostos, atirar para todos os lados é que ele desperdiça o dinheiro, as chances de dar tudo certo são menores do que dá tudo errado. Assim como ir pela ideia dos outros, é bom ter um entendimento na área, não precisa ser um profissional. Só precisa saber o básico e entender onde você quer investir o seu dinheiro. Porém, per
Alessandra Martins — Calma… — Dou um tapa na mão dele, quando tenta me encostar. — Sebastian, não me manda ficar calma. — Cruzei os meus braços novamente. — Porque estou calmíssima. Estranhamente incomodada que Caroline tenha vindo em seu quarto, sendo que Sebastian não deu moral alguma para ela quando a conhecemos no almoço. — Só saia com ela logo. — Me virei para me esconder no banheiro. — Para que eu possa ir para meu quarto. Nossa conversa não passa de sussurros. Sebastian me puxou pela cintura, ignorando as batidas na porta. — Você não vai a lugar algum. Não faço a mínima ideia do porquê ela está aqui e pouco me importa que coisinha seja essa. — Sebastian olhou para a porta irritado. — Estou querendo outra coisinha e pertence a você. — Sebastian! — O olhei indignada com sua ousadia. Ele balança a cabeça rapidamente. — Não é isso que você está pensando… — Amor? Sei que você está aí. — Caroline cantarolou. Arregalei os olhos e abri a boca em um perfeito “O”. Amor? Outra o