Sebastian D'Amore— Por que não fui avisado sobre essa exposição antes? — Cruzei os meus braços, esperando uma resposta. — Parece que está tudo pronto…— Por que não estaria? — Victor caminha pela sua sala com superioridade, me olha de cima a baixo antes de ir encher seu copo com bebida.— E por que exatamente não estaria? Garoto, antes de você sair das suas fraldas eu construí um império. — Bebe de uma vez. — Não lhe devo satisfação ainda assim, não é como se o evento tivesse acontecido e você não estivesse presente.A amargura em sua voz mostra que seu temperamento não é dos melhores hoje. Não sei o que aconteceu, mas algo aconteceu. Não gosto quando ele me chama de garoto, era uma mistura de deboche e anulando tudo que fiz durante esses anos. Porém, não seria Victor se não falasse desse jeito. Quando me chamou para vir até a sua casa alegando que tinha algo importante para dizer, não imaginei que entrou em parceria com a galeria onde Alessandra trabalha. Considerei que tinha pass
Sebastian D’AmoreAlessandra passou por mim indo em direção à cozinha, segurei o seu braço impedindo com que vá. Com a mão livre segurei em sua cintura e juntei ao meu corpo, tomei seus lábios para mim com uma pressa exagerada. A sensação tem que ir embora, a minha vida tem que voltar ao meu controle novamente. É estressante estar no mesmo ambiente que Victor e hoje não foi diferente, é o meu pai ao mesmo tempo, parece um estranho para mim. Parecia mais um fantoche em suas mãos que seu filho. Eu… Eu só… Parei de beijá-la acabaria machucando-a, encostei minha testa na sua.Tem que ser tão bom quanto ontem, não havia pressa, havia uma vontade enorme e muita excitação. Porém, não era como se precisasse transar com ela para tampar um buraco. Não, não é isso que quero. Ouço sua respiração lentamente voltando ao normal.— Sebastian?— Hum?— O que você quer fazer?Abrir os meus olhos e Alessandra me olhava com um leve sorriso no rosto, esperando pacientemente uma resposta minha. Pisquei al
Alessandra MartinsO que eu fiz?! Sério que confessei a ele que estou me apaixonando? Droga! O que tinha na minha cabeça? Do nada as palavras abandonaram a minha mente e resolveram passear pelo ar. Sebastian não deveria saber disso, mas cada segundo ficava nítido para mim. Esse ódio dele pela palavra amor, pensar que é apenas um contrato entre duas pessoas. Não! Não sei como que foi a vida dele para ficar tão desacreditado desse jeito, mas amor existe sim. Posso não ser a especialista na área e também sei que é pouco tempo entre nós dois.Porém, faço bem a ele. Sebastian me provou isso naquele sábado, não posso está me iludindo. Hoje faz duas semanas que não o vejo. Nenhuma ligação e nenhuma mensagem, se ele queria assim tudo bem. Posso gostar dele, mas não insistirei em algo quando apenas um quer. Parece que Sebastian só ver o lado ruim das coisas, mas existe o lado bom e é por esse lado que me apaixonei. Não existe um tempo certo para se apaixonar, não é?Gosto de estar com ele, ou
Sebastian D'Amore — Senhor? — meu assistente me chama.Interrompendo o silêncio no carro.— O que? — o chiado profundo que sai da minha garganta demonstra que não queria ser incomodado.— Faz uma hora que estamos aqui, o senhor não irá entrar?Estou olhando para a galeria, assim que entrasse ali dentro saberia que viria Alessandra. E eu quero… foram duas semanas sem a presença daquela mulher. Em uma me fez imaginar o seu cheiro sem ao menos tê-la perto de mim, duas semanas sem me fez delirar com a sua imagem. Nem o trabalho consigo desviar os meus pensamentos e me tirar da minha vida pessoal. — O senhor sente a falta dela. — mantive meus olhos na galeria. — Deveria conversar com Alessandra, diz o que sente. Tenho certeza que ela vai te ouvir, tem estado muito estressado ultimamente e os outros podem não saber o porquê. Alessandra pode ser a sua calmaria, senhor.Nossos olhares se encontram pelo retrovisor. Hoje ele estava dirigindo.— quer ser demitido?Ele se engasga, arrumando os
Alessandra Martins— O que… a gente… fez? — as palavras saíram pausadamente de minha boca, olhando para o teto anestesiada.— Transamos? — Sebastian fala em dúvida.É ironia ou deboche da sua parte? Não deveríamos ter dançado na minha sala meus colegas de trabalho a um passo daqui. Com que cara sairei dessa sala agora? Como pude ser tão irresponsável desse jeito? O que a gente acabou de fazer?— Alessandra, não entre em desespero. — Sentou e me olhou. — Está feito! Tomamos cuidado e ninguém nos ouviu… Hum, não tomamos cuidado em uma coisa.Tirei meus olhos do teto e o
Alessandra MartinsA reunião na casa do Sebastian precisou ser cancelada por ele fazer uma viagem de última hora. Tentou de todos os custos me convencer a ir com ele, foi tentador, mas recusei. Além do meu trabalho, também fui convocada para uma viagem. Miranda Martins estava convocando a sua filha para um almoço em família, o ponto positivo é que poderia matar um pouco a saudade que estava sentindo dos meus pais. É óbvio que existe o ponto negativo, estou com os meus 27 anos e a família Martins nunca deixou ultrapassar tanto a idade para começar uma família. Alguns dos meus familiares pensam que sou lésbica, outros pensam que colocou meu trabalho em primeiro lugar e esqueço da minha vida pessoal, e outros simplesmente acredito que eu não queria me casar.Hoje seria o dia que poderia facilmente esfregar na cara de cada um quem estou namorando, não pelo fato de ser quem Sebastian é, mas sim por mudar o status do meu relacionamento. Mas não farei.É recente o que temos, e além de esta
Sebastian D’AmoreQue Alessandra vem me enrolando já percebi há um tempo, sei que assumi um relacionamento comigo é algo que influenciaria, sim, em sua vida. Mas quero que todos saibam! Ela é minha e o mundo tem que saber disso, tenho certeza que aquele André ainda não sabe. O medo da Alessandra é a parceira da minha família com a galeria, o seu trabalho é importante e também não quero que tirem todo o mérito da sua carreira por estamos juntos.Porém, é algo que podemos resolver depois.Ela falou que está apaixonada por mim, não é? Mas agora está querendo me manter em segredo. Justo? Não!— Mas senhor, você tem uma reunião… — Meu assistente vinha atrás de mim com seu tablet em mãos.— Cancele! — Senhor…— Agora! — Grito com ele que se cala com os olhos arregalados. — Quero meu jatinho pronto para decolar, assim que chegar naquele aeroporto quero tudo resolvido. Caso ao contrário, você está demitido!Por pouco ele não se mijou. Me viro entrando no elevador e saindo dali.Sei bem que A
Sebastian D’Amore— Sebastian! Sebastian! Sebastian! Sebastian!— Porra! — Me virei em sua direção irritado. — Patricia, me deixa em paz! Patrícia não se abala nem um pouco. Com um sorriso presunçoso em seus lábios, ela se balança no calcanhar com as mãos à frente do seu corpo. Imitando uma criança quando está muito animada e quer algo, mas agora ela precisa lembrar que é uma mulher de quase 30 anos.— E esse é o plano, meu caro primo. — O sorriso dança em seu rosto. — Assim que você me der o que eu quero.— Patrícia, pelo que eu me lembro bem, você tem o seu próprio apartamento…— Sim! — O sorriso some e a sua expressão corporal demonstra agonia. — Mas não quero meu pai me controlando. É o que vai acontecer, não posso dar um passo para fora dos seus olhos que para ele já estou aprontando.E com razão. Patrícia foi a dos primos que mais deu dor de cabeça. Não só para os seus pais, mas para a família toda.— É uma injustiça, sei que concorda comigo. — Não concordo não. — Só será algun