Sebastian D’Amore— Sebastian! Sebastian! Sebastian! Sebastian!— Porra! — Me virei em sua direção irritado. — Patricia, me deixa em paz! Patrícia não se abala nem um pouco. Com um sorriso presunçoso em seus lábios, ela se balança no calcanhar com as mãos à frente do seu corpo. Imitando uma criança quando está muito animada e quer algo, mas agora ela precisa lembrar que é uma mulher de quase 30 anos.— E esse é o plano, meu caro primo. — O sorriso dança em seu rosto. — Assim que você me der o que eu quero.— Patrícia, pelo que eu me lembro bem, você tem o seu próprio apartamento…— Sim! — O sorriso some e a sua expressão corporal demonstra agonia. — Mas não quero meu pai me controlando. É o que vai acontecer, não posso dar um passo para fora dos seus olhos que para ele já estou aprontando.E com razão. Patrícia foi a dos primos que mais deu dor de cabeça. Não só para os seus pais, mas para a família toda.— É uma injustiça, sei que concorda comigo. — Não concordo não. — Só será algun
Alessandra Martins Hoje, por incrível que pareça, consegui tirar mais sorrisos de Sebastian do que não consegui desde que nos conhecemos. O clima estava tão bom que era difícil de acreditar que em meio a uma correria de trabalho conheci um homem misterioso e que só tinha ouvido o nome, nunca estivesse em sua presença fosse acabar me apaixonando e hoje em dia estaríamos namorando.Sebastian não demonstra seus sentimentos, parece que ele está sempre preparado para que algo de ruim acontecesse. Era difícil ele estar realmente relaxado, aproveitando o momento.Estando longe da grande Nova York, a cidade agitada, ele parecia estar mais tranquilo. Sebastian acariciou a minha coxa por cima da minha legging estou com as minhas pernas em seu colo.— Não inventa, Alessandra.— Mas já assistimos à dois filmes de ação, o que custa agora assistir um romance? — Tentei tirar minhas pernas de seu colo mais uma vez e ele as segurou. — Porque a paciência é uma virtude que não tenho e todos sabemos qu
Alessandra Martins— Quer dizer que você está namorando. — André passou a mão pelo queixo, apoiando o outro braço no descanso da cadeira.Não consigo identificar o tom da sua voz se a pronúncia era de um jeito bom ou ruim.— Sim.Começo a organizar a minha mesa, faltava pouco para o fim do expediente e não queria atrasar nada. Tive um final de semana muito bom, ficar na casa do Sebastian deu uma grande distraída. Não tivemos tempo para pensar no trabalho, por mais que tenhamos tirado algumas horas para falar sobre a exposição. Depois disso, trabalha era a última coisa que pensava muito em falar.Não digo por conta do sexo, é claro que fizemos e muito, mas a companhia um do outro foi bem aproveitada.— E é o D'Amore, eu sou mais novo cavaleiro? — Olhei para ele. André ergueu as mãos no ar. — Se você quer ele, não vejo problema algum.Estreitei meus olhos em sua direção, alguns dias atrás falou que Sebastian não era homem para mim.— O quê? Não quero perder a minha amiga, seria tão lega
Sebastian D’Amore Se a minha vida podia piorar? Claramente que podia. E a prova disso é a Patrícia chegando com um grupo de amigas, fiquei mentalmente torcendo para que ela não me visse. Alessandra estava em cima daquele palco que sinceramente não estava gostando nada de vê-la aos cantos com aquele idiota que chama de amigo. Sinceramente ela deveria rever suas amizades, não tendo nenhuma. E Alessandra estamos naquele palco acabou chamando a atenção da Patrícia, Alessandra acenou animada para ela e não demorou nada para que Patrícia estivesse sentada ao meu lado e apresentando suas amigas para os amigos da Alessandra. — Olha, você é a última pessoa que imaginei encontrar aqui! — Patrícia passa o braço pelo meu ombro e eu imediatamente tiro. — Poderia até dizer que estou com ciúmes porque você nunca saiu comigo. Agora com a bonitona ali… mas tudo bem! Estou feliz que ela tenha tirado você de casa e não ficou com aqueles seus amiguinhos engravatados e chatos. Alessandra realmente está
Sebastian D’AmoreArrumei o café da manhã na mesa. Alessandra não deixou que trouxesse meu chefe de cozinha pessoal comigo, iríamos economizar um grande tempo. Porém, Alessandra quer testar os meus limites ou gosta de viver uma vida em correria. Sei muito bem que ela traz trabalho para casa, um chefe de cozinha iria adiantar a sua vida e lembrar de comer. Além que poderia escolher qualquer coisa, com certeza mantendo uma alimentação saudável e na hora certa.A vejo passar correndo pela sala, colocar sua bolsa e pasta em cima da cama, antes de vir para a cozinha.Um dia dividindo o apartamento, em um prazo de uma semana, porque é claro que não deixaria Patricia ficar mais tempo com meu apartamento. Mas um dia está
Alessandra Martins O jantar inesperado foi uma grande surpresa, mas ver Elisa foi um misto de confusão e surpresa ao mesmo tempo. Não sabia que a família Jones e a família D’Amore eram próximas, fico incomodada com isso. A família Jones odeia a minha família, sendo os principais responsáveis a espalhar mentiras sobre a obra roubada. Culpando a minha família. Já tivemos muitas intrigas e acusações públicas, muita das vezes evitando ir a certos lugares porque Elisa estava lá.Diz ela que o quadro deveria ser da família Jones, e houve muito tempo que queria achar esse quadro e entregar em suas mãos para que ela me deixasse em paz.Por mim não faria nem questão de falar com ela, mas não quero parecer mal-educada na frente da família D’Amore. E sobre a família do meu namorado, o semblante sério é de família. É uma grande mudança quando surge um sorriso, e não tenho dúvidas que as palavras que saem de suas bocas são bem sinceras. Ficar sobre os olhares dos avós de Sebastian era difícil, se
Sebastian D'Amore Sei que o meu humor nunca é dos melhores, mas sinceramente acho que estão testando o limite da minha paciência hoje. Tantas pessoas para vir pegar esse bendito vinho, Victor tinha que mesmo pedir a mim? Não quero deixar a Alessandra sozinha com eles, principalmente com Victor. Talvez se a Patrícia estivesse aqui ficaria mais tranquilo, mas só talvez. Sim, não me sinto confortável convivendo com a minha própria família.Peguei um vinho qualquer, todos são de marcas de prendidas. Valores mínimos de diferença, e todos Victor gosta. Então seria perda de tempo ficar aqui parado escolhendo o vinho. Peguei a garrafa e saí da adega em passos rápidos, assim que virei em um corredor meu corpo se choca contra da Elisa. Ela acabou recebendo o maior impacto. Prendi a respiração, que perfume é esse? Por que ela exagerou tanto? Mais cedo não estava esse cheiro forte.— Oh, desculpa! — Pediu, ela recuperou o próprio equilíbrio sozinho. O cheiro do seu perfume incomodava meu nariz e
Alessandra Martins Ciúmes? Não, não diria que é ciúmes. Elisa Jones foi uma das primeiras pessoas a me atacar em público acusando a minha família do roubo da obra de arte. Parando de fazer isso poucos anos atrás, quando percebeu que não respondia com tamanha agressividade como ela fazia. Aposto que foi chamada atenção pela sua família e desde então parece que todos seguiram o mesmo caminho, continua me atacando, mas não fazem escândalo para chamar atenção dos outros. Ver que ela é tão próxima assim da família do Sebastian me desanima, saber que Victor planejava fazer com que os dois ficassem juntos me desanima. Já não tenho apoio da minha família, não teria dos D’Amore também? É como pedir para ser excluída de ambas as famílias e nós dois viver em nosso próprio quadrado. Não era assim que queria, é pedir demais uma boa convivência? Naquele jantar percebi que Sebastian não falava com tanto carinho como falou de sua mãe uma vez para mim.A família dele é completamente diferente da mi