Alessandra MartinsO que eu fiz?! Sério que confessei a ele que estou me apaixonando? Droga! O que tinha na minha cabeça? Do nada as palavras abandonaram a minha mente e resolveram passear pelo ar. Sebastian não deveria saber disso, mas cada segundo ficava nítido para mim. Esse ódio dele pela palavra amor, pensar que é apenas um contrato entre duas pessoas. Não! Não sei como que foi a vida dele para ficar tão desacreditado desse jeito, mas amor existe sim. Posso não ser a especialista na área e também sei que é pouco tempo entre nós dois.Porém, faço bem a ele. Sebastian me provou isso naquele sábado, não posso está me iludindo. Hoje faz duas semanas que não o vejo. Nenhuma ligação e nenhuma mensagem, se ele queria assim tudo bem. Posso gostar dele, mas não insistirei em algo quando apenas um quer. Parece que Sebastian só ver o lado ruim das coisas, mas existe o lado bom e é por esse lado que me apaixonei. Não existe um tempo certo para se apaixonar, não é?Gosto de estar com ele, ou
Sebastian D'Amore — Senhor? — meu assistente me chama.Interrompendo o silêncio no carro.— O que? — o chiado profundo que sai da minha garganta demonstra que não queria ser incomodado.— Faz uma hora que estamos aqui, o senhor não irá entrar?Estou olhando para a galeria, assim que entrasse ali dentro saberia que viria Alessandra. E eu quero… foram duas semanas sem a presença daquela mulher. Em uma me fez imaginar o seu cheiro sem ao menos tê-la perto de mim, duas semanas sem me fez delirar com a sua imagem. Nem o trabalho consigo desviar os meus pensamentos e me tirar da minha vida pessoal. — O senhor sente a falta dela. — mantive meus olhos na galeria. — Deveria conversar com Alessandra, diz o que sente. Tenho certeza que ela vai te ouvir, tem estado muito estressado ultimamente e os outros podem não saber o porquê. Alessandra pode ser a sua calmaria, senhor.Nossos olhares se encontram pelo retrovisor. Hoje ele estava dirigindo.— quer ser demitido?Ele se engasga, arrumando os
Alessandra Martins— O que… a gente… fez? — as palavras saíram pausadamente de minha boca, olhando para o teto anestesiada.— Transamos? — Sebastian fala em dúvida.É ironia ou deboche da sua parte? Não deveríamos ter dançado na minha sala meus colegas de trabalho a um passo daqui. Com que cara sairei dessa sala agora? Como pude ser tão irresponsável desse jeito? O que a gente acabou de fazer?— Alessandra, não entre em desespero. — Sentou e me olhou. — Está feito! Tomamos cuidado e ninguém nos ouviu… Hum, não tomamos cuidado em uma coisa.Tirei meus olhos do teto e o
Alessandra MartinsA reunião na casa do Sebastian precisou ser cancelada por ele fazer uma viagem de última hora. Tentou de todos os custos me convencer a ir com ele, foi tentador, mas recusei. Além do meu trabalho, também fui convocada para uma viagem. Miranda Martins estava convocando a sua filha para um almoço em família, o ponto positivo é que poderia matar um pouco a saudade que estava sentindo dos meus pais. É óbvio que existe o ponto negativo, estou com os meus 27 anos e a família Martins nunca deixou ultrapassar tanto a idade para começar uma família. Alguns dos meus familiares pensam que sou lésbica, outros pensam que colocou meu trabalho em primeiro lugar e esqueço da minha vida pessoal, e outros simplesmente acredito que eu não queria me casar.Hoje seria o dia que poderia facilmente esfregar na cara de cada um quem estou namorando, não pelo fato de ser quem Sebastian é, mas sim por mudar o status do meu relacionamento. Mas não farei.É recente o que temos, e além de esta
Sebastian D’AmoreQue Alessandra vem me enrolando já percebi há um tempo, sei que assumi um relacionamento comigo é algo que influenciaria, sim, em sua vida. Mas quero que todos saibam! Ela é minha e o mundo tem que saber disso, tenho certeza que aquele André ainda não sabe. O medo da Alessandra é a parceira da minha família com a galeria, o seu trabalho é importante e também não quero que tirem todo o mérito da sua carreira por estamos juntos.Porém, é algo que podemos resolver depois.Ela falou que está apaixonada por mim, não é? Mas agora está querendo me manter em segredo. Justo? Não!— Mas senhor, você tem uma reunião… — Meu assistente vinha atrás de mim com seu tablet em mãos.— Cancele! — Senhor…— Agora! — Grito com ele que se cala com os olhos arregalados. — Quero meu jatinho pronto para decolar, assim que chegar naquele aeroporto quero tudo resolvido. Caso ao contrário, você está demitido!Por pouco ele não se mijou. Me viro entrando no elevador e saindo dali.Sei bem que A
Sebastian D’Amore— Sebastian! Sebastian! Sebastian! Sebastian!— Porra! — Me virei em sua direção irritado. — Patricia, me deixa em paz! Patrícia não se abala nem um pouco. Com um sorriso presunçoso em seus lábios, ela se balança no calcanhar com as mãos à frente do seu corpo. Imitando uma criança quando está muito animada e quer algo, mas agora ela precisa lembrar que é uma mulher de quase 30 anos.— E esse é o plano, meu caro primo. — O sorriso dança em seu rosto. — Assim que você me der o que eu quero.— Patrícia, pelo que eu me lembro bem, você tem o seu próprio apartamento…— Sim! — O sorriso some e a sua expressão corporal demonstra agonia. — Mas não quero meu pai me controlando. É o que vai acontecer, não posso dar um passo para fora dos seus olhos que para ele já estou aprontando.E com razão. Patrícia foi a dos primos que mais deu dor de cabeça. Não só para os seus pais, mas para a família toda.— É uma injustiça, sei que concorda comigo. — Não concordo não. — Só será algun
Alessandra Martins Hoje, por incrível que pareça, consegui tirar mais sorrisos de Sebastian do que não consegui desde que nos conhecemos. O clima estava tão bom que era difícil de acreditar que em meio a uma correria de trabalho conheci um homem misterioso e que só tinha ouvido o nome, nunca estivesse em sua presença fosse acabar me apaixonando e hoje em dia estaríamos namorando.Sebastian não demonstra seus sentimentos, parece que ele está sempre preparado para que algo de ruim acontecesse. Era difícil ele estar realmente relaxado, aproveitando o momento.Estando longe da grande Nova York, a cidade agitada, ele parecia estar mais tranquilo. Sebastian acariciou a minha coxa por cima da minha legging estou com as minhas pernas em seu colo.— Não inventa, Alessandra.— Mas já assistimos à dois filmes de ação, o que custa agora assistir um romance? — Tentei tirar minhas pernas de seu colo mais uma vez e ele as segurou. — Porque a paciência é uma virtude que não tenho e todos sabemos qu
Alessandra Martins— Quer dizer que você está namorando. — André passou a mão pelo queixo, apoiando o outro braço no descanso da cadeira.Não consigo identificar o tom da sua voz se a pronúncia era de um jeito bom ou ruim.— Sim.Começo a organizar a minha mesa, faltava pouco para o fim do expediente e não queria atrasar nada. Tive um final de semana muito bom, ficar na casa do Sebastian deu uma grande distraída. Não tivemos tempo para pensar no trabalho, por mais que tenhamos tirado algumas horas para falar sobre a exposição. Depois disso, trabalha era a última coisa que pensava muito em falar.Não digo por conta do sexo, é claro que fizemos e muito, mas a companhia um do outro foi bem aproveitada.— E é o D'Amore, eu sou mais novo cavaleiro? — Olhei para ele. André ergueu as mãos no ar. — Se você quer ele, não vejo problema algum.Estreitei meus olhos em sua direção, alguns dias atrás falou que Sebastian não era homem para mim.— O quê? Não quero perder a minha amiga, seria tão lega