Lizzie chegou naquela tarde totalmente animada, se se arrumou desde o guarda-roupa á suas maquiagens e casa, tudo tinha que está perfeito para quando sua mãe chegasse. Nada poderia dar errado com seu encontro com o primo. Quando escutou a porta abrir e fechar da frente, soube que sua mãe tinha chegado e correu da cozinha para encontrar-se com a mulher na sala, e não estava sozinha.— Mãe… e Mike - Sorriu para o homem que fez o mesmo — Achei que vinha sozinha, preciso lhe pedir algo.— Mike e eu estamos nos conhecemos e até pensei que poderíamos jantar juntos hoje. - Lizzie olhou de um para o outro e negou — Então peça o que quer - com os olhar grande, Lilian estudou toda sua casa até onde podia e aparentemente, não havia ninguém ali. E esperava por isso, Teodoro não podia atacar naquele momento.— Eu sei que é dia de escola, mas eu e a Mônica planejamos ir num show em outra cidade. Aqui perto na terça a noite - Lilian estreitou olhos, isso sim era uma novidade — Por favor,
Seu coração ainda estava acelerado naquela tarde. O olhar perdido mostrava a todos que nada do que planejou para a noite anterior havia dado certo. As lágrimas queriam descer a qualquer custo, mas sabia que não era a pessoa certa para chorar por Mike naquele momento. Alguma coisa na sua garganta queria sair, talvez um grito, um xingamento, uma desistência da sua vida ou carreira, mas nada conseguia pronunciar. A delegada se encontrava em choque desde o momento em que foi coberta pelo sangue do homem que achou ser uma pessoa boa, e que pensou que seria também o seu novo namorado, um homem que pudesse lhe fazer esquecer-se do passado e seguir a vida como todo mundo merece, mas ele era apenas mais um traidor de merda. — Tome isso… - Escutou ao longe a voz de seu melhor amigo soar ao pé do ouvido e demorou a mexer para pegar o copo de café oferecido em sua direção. Tomou o primeiro gole e quase chora novamente. Mas não podia, ela não iria ch
— Lizzie… Como você é bonita, certeza que puxou ao tio. — O que? - Ela olhou para metade daqueles policiais antes de voltar ao homem. — Ah, claro! Eu devia me apresentar, sou Teodoro… Teodoro Bennett, irmão do seu pai. - Lizzie soltou-se de sua mãe completamente atordoada em encontrar alguém da família do pai tão próximo. Um sorriso mínimo surgiu no rosto da menina — Tudo bem? — Lizzie, vai para minha sala agora - Pediu à mãe que não vou ouvida. Houve um momento de silêncio onde todos podiam assistir o desespero de uma mãe em ver sua filha se aproximar de um criminoso. — Foi mal em ter que te conhecer assim, mas a sua mãe essa desgraçada filha da puta, vai me pagar por isso - Gritou para a delegada que embora estivesse perdida e sem saber como agir, acabou sorrindo, porque aquelas ameaças não lhe serviriam de nada. — Eu odeio policial. E você é a pior de todos. — Não precisa falar assim com a minha mãe. - Lizzie a defendeu e acabou
— Lilian? - A delegada ergueu o olhar para ver Cassius adentrar sua sala com passos pequenos… uma expressão séria de que estava prestes a chorar. Que mais problemas estariam por vir? — Tem um momento? — Sim, eu acho. Estou terminando o relatório para o James. As coisas que aconteceram lá dentro podem vir à tona. Estou me sentindo um pouco culpada. Se eu tivesse procurado saber um pouco mais sobre o Mike, ele não morreria ali, e estaria feliz com sua família. — Julian me contou que ele estava dormindo em um hotel tinha dois, ou três meses. - A delegada tornou a olhar para o homem — Ele estava falando a verdade quando disse que seu casamento não estava indo bem. — Não tente defender o que aquele homem fez. Estou com ódio. — Espero que fique bem, porque o que eu tenho para dizer não vai te trazer paz, ou te ajudar - Lilian estreitou os olhos quando um documento foi empurrado em sua direção com cautela, pegou com medo e olhou para seu amigo. —
O cheiro de Seant nunca iria sair da sua mente. A cidade onde nasceu e cresceu ao lado de uma família era um dos lugares mais belos que já conheceu e também o pior para se continuar visitando. O carro parou novamente e Tristan desceu assim que a porta foi aberta. Os seguranças estavam por todos os lugares, alguns rostos conhecidos, seu nome sendo proferido o mínimo possível. A pessoa que iria encontrar certamente era muito importante, já que diante de todas as ameaças que sofreu apenas por pensar em voltar a Seant, seu pai havia o mandado novamente para fazer negócios. Ele nem mesmo era o homem que fazia negócios. A Boate estava cheia; música alta, bebida por todo lugar, mulheres, sorrisos, peitos… E passando por tudo isso lhe restou outro corredor mais estreito, foi guiado até a área VIP onde reconheceu o homem a qual veio encontrar. Revirou os olhos a tempo de vê-lo sorrir assim que sentou e foi servido com uma bebida quente. — Tristan Benett, é um prazer te encontrar - O homem do
As paredes pareciam diminuir a cada segundo que olhava para elas. A algema ao redor de seus pulsos começava a doer e isso ele não iria perdoar. Não via a hora de Arthuro aparecer naquela porta o levando embora, e ainda ia reclamar pela demora, no entanto, Tristan entendia o porquê de demorar tanto. Se Lilian achava mesmo que conseguiria um dia prendê-lo, ela está muito enganada. Por muito tempo, Oscar Bennett refez aliados com todo mundo, desde policiais aos promotores, ninguém prenderia seus filhos, pois eles saberiam como se defender dependente de qualquer coisa. Sentado ali no seu estado mais crítico, seus olhos se voltaram para a porta quando a mesma se abriu revelando Cassius, um dos detetives de Lilian, e logo atrás, ela com aquele sorriso sínico, mais alguns minutos e ele mesmo iria arrancar o riso do rosto daquela desgraçada. — Tristan Bennett é bom... Revê-lo? - Cassius parou do outro lado da mesa e jogou uma pasta diante dos dois com um sorriso no rosto, — seja bem-vindo.
Aquela noite não deveria ter terminado daquele jeito. Deveria está sorrindo, comemorando sua tão sonhada prisão, mas nada do que planejou deu certo. Dedicou dias, anos para o momento, só esqueceu que mafiosos jogam sujo demais, usam família, amigos, colegas e tudo que o puder livrar da cadeia. Entrou em casa jogando suas coisas onde podia, precisava de um banho, uma taça de vinho, tudo para fazê-la esquecer de mais um fracasso que logo, logo seria punida. — Mamãe. - A delegada virou devagar em direção à voz que surgiu na escuridão, respirou fundo quando avistou sua filha se aproximar com cautela. — Você chegou tarde. Eu pedi o jantar pra nós duas, mas… — Está tudo bem. Acabei me atrasando, mas estou aqui. Espero que já tenha jantado, não precisa me esperar todas as noites - Lizzie cruzou os braços a encarando dos pés a cabeça — O que foi? Estou bem. E estou aqui. — Está aqui agora. Sei que você tem um trabalho complicado… — A gente pode pular a parte em que você me dar um sermão
O olhar da delegada não mudou. Assistiu seu chefe ir embora com um sorriso no rosto achando que tinha feito seu trabalho muito bem feito, quando na verdade apenas lhe jogou uma responsabilidade que não estava disposta a carregar nas mãos. — Janie Jones… - Cassius murmurou aos poucos jogando-se contra a cadeira — Ela é uma espiã muito boa, e nunca deixou que um dos seus alvos escapasse - Encarou a delegada que quanto mais escutava, mas zangada ficava — Pensa nisso como uma premio, Lilian, ela vai prender o Tristan. — Eu não preciso de uma agente de vinte rostos para prender o Tristan, Cassius, não preciso. - Bradou ao levantar. Caminhou pela sala tentando elaborar um plano em que não tivesse aquela mulher por perto. — Para prender não, mas quem sabe para mantê-lo preso. - Lilian o olhou na mesma hora — A gente o prendeu três vezes nesses últimos anos e ele saiu pela porta da frente como se não tivesse acontecido nada. Sem provas, sem regr