CAPÍTULO 2

Cristiano.

Meu corpo se chacoalha com o balançar do avião me fazendo acordar, abri os olhos e minha primeira visão foi minha secretária sentada dê frente pra mim de pernas cruzadas e com um computador nas mãos.

Dou um suspiro leve e desvio meu olhar pra janela do avião.

Os últimos dias foram extremamente cansativos pra mim, sempre quando uma nova filial é aberta minha cabeça se enche de problemas, nos últimos dias uma foi aberta em Miami.

Quando eu tinha vinte e dois anos e tinha acabado de me formar em economia não fazia ideia do que isso se tornaria e hoje com trinta e dois tenho umas das empresas mais lucrativas do Brasil, se não do mundo.

Nunca imaginei que chegaria aonde cheguei e tão cedo.

Com vinte e oito anos já era um CEO e hoje já sou um dos homens mais ricos do meu país.

Pra chegar aonde cheguei não foi tão fácil, muitas noites mal dormidas, muitos investimentos que não deram certo, muitas pessoas que só queriam me derrubar e desmotivar, as pessoas me viam um como um moleque e não acreditavam no meu potencial.

Eu tive que me tornar um líder duro e frio, foi quando as pessoas passaram a me respeitar como chefe.

Hoje em dia todos me respeitam, pois sabem bem que eu não aturo falta de respeito vindo de qualquer funcionário.

- o senhor tem uma reunião com os investidores árabes essa tarde!- Silvia, minha secretaria diz chamando minha atenção.

Balanço a cabeça negando.

- remarque, hoje eu não irei pra empresa!- digo mantendo meu olhar sobre o dela.

Ela levanta uma sobrancelha.

- mas senhor​...- ela começa dizer, mas logo a interrompo.

- quer que eu repita?!- digo levantando uma sobrancelha.

Ela balança a cabeça desvia seu olhar do meu encarando sua agenda eletrônica.

- tentarei remarcar!- ela diz calmamente.

Apenas concordo com a cabeça e volto a janela do avião.

Eu tenho tantas coisas pra colocar no lugar.

Uma reunião com investidores é o menor problema que tenho por agora.

- entre em contato com o Júlio, peça pra ele me m****r todos os relatórios do último dia!- digo.

Ela concorda com a cabeça imediatamente.

- sim senhor!- ela responde prontamente.

Silvia é a melhor secretaria que já tive, ela resolve os problemas da melhor maneira e a melhor parte, não confunde sexo com trabalho, já fomos pra cama algumas vezes, mas no outro dia ninguém falou sobre o assunto, se tem uma coisa que eu não suporto é mulher que faz questão de jogar fatos aos quatro ventos.

Por isso sempre apito por acompanhantes de luxo, são mulheres finas e gostosas que não vão cobrar nada de mim, fora o dinheiro, claro, mas isso é o de menos.

Elas me dão oque eu quero e eu dou oque elas querem, simples e sem nenhuma cobrança.

Logo o jatinho pousou, eu me levantei da minha poltrona pegando minha bolsa de mão.

A porta do jato é aberta e eu avistei dos carros do outro lado da pista, um  da empresa espera por Silva e o meu carro espera por mim.

Desço a escadinha e caminho em direção ao meu carro.

- se o senhor precisar de mim, pode ligar!- Silvia diz me fazendo parar.

Me virei a encarando e acenei com a cabeça.

- assim farei, sem exitar!- disse e entrei no meu carro.

Eu sou completamente viciado em carros, tenho uma coleção, carros de luxo e carros antigos são uma das minhas maiores ambições.

Ligo o meu Veloster, um dos meus carros favoritos.

Dirijo tranquilamente até minha casa.

Atualmente moro em um condomínio fechado, poucas  pessoas vivem nesse condomínio, as casas são bem caras, mas é um lugar tranquilo.

Estaciono meu carro na garagem e desço acionando o alarme, pego minhas chaves e caminho em direção a porta principal.

Passei a mão por meus cabelos e dei um suspiro cansado, tudo que eu  preciso é de um bom banho e da minha cama agora.

A porta se abre quando eu digito o código.

Entrei pela porta com meu celular nas mãos, mas algo chamou minha atenção me fazendo desviar totalmente o foco. 

Uma mulher está parada feito uma estatua no meio da minha sala.

A encarei cerrando os olhos tentando puxar sua imagem em minha memória, mas não consegui me recordar, ela é diferente de todas as mulheres do meu convívio, é uma mulher simples, desde suas roupas a sua aparência, não parece ser alguém do meu meio social.

Não falo isso com preconceito, mas as mulheres do meu convívio nunca sairiam na rua sem maquiagem.

Ela está com o rosto limpo e com roupas simples, mas ela não deixa de ser uma mulher... Interessante.

Ela tem características marcantes.

Deve ter mais ou menos um metro e sessenta, é bem baixinha, seus cabelos  são afros e estão contidos em um penteado, o seu rosto tem traços fortes e marcantes, seus olhos são grandes e negros, mas seu nariz é pequeno e empinado, suas bochechas e sua boca é grande e carnuda, seu rosto é tomado por expressões.

Já o seu corpo é magro, sua cintura é fina, mas o seu quadril é grande e o seu bumbum acompanha, já os seus seios são pequenos.

Fiquei alguns minutos ali encarando aquela mulher, algo nela me surpreendeu.

Ela tem uma beleza simples, mas ao mesmo tempo é algo selvagem.

Ela é interessante, não é igual as mulheres que eu saio, mas não deixa de ter seu charme.

Tento afastar aqueles pensamentos da minha mente.

Estou a tempos sem transar, meu "amigo" aqui em baixo já fica incontrolável perto de uma mulher.

- quem é ela?- pergunto, mas minha voz sai mais grave que o normal.

Rose me encara sem jeito.

- é a bruna, a nova doméstica!- ela logo responde com um sorriso contido.

A encaro sério.

Ela não tem perfil de uma doméstica, é uma mulher jovem e bonita.

- tem certeza?- pergunto.

Ela junta as mãos.

- sim, ela foi a melhor!- ela diz com um olhar meio desesperado.

Encaro aquela moça novamente.

Até hoje todas minhas empregada foram senhoras, não estou acostumado a ter mulheres gostosas andando de uniforme pela minha casa.

E eu não posso foder minha funcionária, já vi que ter essa mulher andando por meus cômodos será complicado.

É melhor eu já deixar claro pra que ela não confunda as coisas.

- pra ficar claro, eu não gosto que invadam minha privacidade e muito de ter amizade com funcionário, se você seguir as regras, fica, se não pode ir embora desde já!- digo curto e grosso.

Ela me encara por alguns segundos paralisada, pela expressão em seu rosto ela me pareceu surpresa.

Levanto uma sobrancelha dando um passo a frente.

- entendeu?- pergunto sério.

Ela afirma com a cabeça rapidamente.

Com seu olhar já vi que ela tinha entendido.

- sim senhor!- ela diz gaguejando.

Dou as costas pegando minhas coisas e subindo as escadas.

Entro em meu quarto já tirando minha roupa e entro diretamente pro banheiro, tomo um banho bem gelado pra acalmar meus ânimos, saio banho com a toalha amarrada na cintura.

Pego meu celular mando mensagem pra dona dá agência de modelos, ela cuida de algumas meninas que fazem book rosa, até um tempo atrás não fazia ideia do que era isso, confesso que preferia pegar qualquer uma na noite, mas com o sucesso da empresa eu vi que meu nome não saia da mídia e que minha fama não estava muito boa, um amigo me contou do book rosa e eu acabei experimentando, acabei vendo que era uma troca, eu dou oque a garota precisa e ela me da oque eu preciso.

Eu não gosto de relacionamentos, odeio mulheres ciúmentas e aquelas cobranças, por isso levo minha vida assim.

Joguei meu celular na cama e fui me arrumar, me vesti com algo não tão casual e desci as escadas.

Encontro com rose parada na sala com suas bolsas nas mãos, olho em volta buscando pela outra.

- aonde está a moça?- pergunto diretamente.

Ela me encara dando um sorriso fraco.

- hoje ela só veio saber como tudo funciona, amanhã ela começa o trabalho!- ela diz.

Cruzo os braços e levanto uma sobrancelha.

- você tem certeza que quer se aposentar agora?- pergunto.

Ela me encara e assente com a cabeça.

- sim senhor!- ela diz sorrindo.

Suspiro e concordo com a cabeça, mesmo não estando de acordo.

- como quiser!- digo pegando minhas chaves sobre a mesa.

Tratei dos últimos assuntos com ela e depois fui direto pra cozinha e fazer um lanche.

Logo depois sai indo em direção a garagem.

Diriji até uma cobertura que tenho na cidade, não suportaria receber essas mulheres na minha casa, então quando quero me encontrar com eles acabo aptando por esse lugar.

Quando cheguei no apartamento fui avisado pelo porteiro que a garota já havia chegado, então subi diretamente para a cobertura.

Abri a porta adentrando para o apartamento e a encontrei sentada no sofá.

A encaro a analisando.

É uma mulher bonita, alta, cabelos pretos e lisos, olhos verdes e um corpo torneado.

Ela se levanta assim que percebe que eu cheguei.

- boa noite, senhor!- ela diz com um sorriso nos lábios.

Deixo minhas coisas na mesinha de centro e caminho até ela.

- boa noite!- digo sério.

Cerro os olhos a encarando.

- você já está ciente de como tudo funciona?- pergunto sendo direto.

Ela afirma com a cabeça enquanto sorri.

- sei que o senhor gosta que tudo privado!- ela diz com um pequeno sorriso nos lábios.

Concordo com a cabeça.

Logo a levei para o quarto.

Odeio enrolação, estamos ali pra transar, não pra tomar chá.

Passamos quase toda tarde ali.

Levantei da cama quando nós já estávamos cansados, tirei uma quantia de dinheiro do bolso e deixei sobre a comoda ao lado da cama.

Sai da cobertura e a deixei dormindo e  cheguei em casa rose já tinha ido.

Me jogo no sofá e leio o contrato da nova empregada, meu olhar foi diretamente para o seu nome.

Bruna Ferreira.

Balanço a cabeça sentindo que isso não dará certo.

M*****a a hora que a rose decidiu se aposentar, fiz mil propostas, mesmo assim a velha não desistiu dessa ideia louca.

Agora eu terei que conviver com aquela mulher andando de um lado pra outro na minha casa.

Suspiro irritado e me levanto deixando aquela merda de contrato na mesa de centro.

Mas qualquer deslize que ela dê, por menor que for, eu a coloco no olho da rua...

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