— Já que Thea quer participar, deixe que ela venha. — Quincy sorriu.Thea bufou e, ignorando Quincy, tentou ajudar James a entrar no carro.— Eu posso fazer isso sozinho. — James fez sinal com a mão para que a moça se afastasse e entrou no carro sem a ajuda de ninguém. Em seguida, a jovem Callahan entrou no carro e se sentou ao lado dele.Não querendo perder seu lugar, Quincy caminhou até o outro lado do veículo, abriu a porta e se sentou do outro lado de James. Depois que os demais entraram em seus respectivos carros, a equipe partiu para o seu destino.Pouco depois, James se recostou e fechou os olhos para descansar. Thea segurou sua mão, mostrando intimidade, e perguntou com um sorriso: — Querido, para onde estamos indo? — — Você pode ficar quieta? James chegar descansado. — Quincy a criticou.— Estou conversando com meu marido! O que isso tem a ver com você? — Thea, pretensiosa e fora da realidade, respondeu.— Seu o quê? — Quincy parecia não acreditar na audácia da mulhe
Aquele era o Rio Fortune, circundando o Tesouro do Dragão, um monte nomeado dessa forma muito antes do nascimento de James. Sentado em uma pedra com o telefone na mão, o homem analisava o que acontecera nos três meses anteriores ao incêndio na mansão dos Caden, dez anos atrás. Quincy chegou ao seu lado e perguntou: — O que você está olhando, James? — De súbito, a curiosidade de Thea também foi despertada. Na noite anterior, a moça concluiu que não queria perder James para Quincy. Por tanto, no dia seguinte foi a procura do ex-marido, de modo que acabou se juntando à viagem. Até então, contudo, a jovem ainda não tinha ideia de qual era o plano de James. O homem desligou a tela do celular e olhou para a montanha do outro lado do rio, explicando: — Estou procurando os boletins meteorológicos daquela época, tentando deduzir a profundidade do rio naquele dia... Poderia estar mais fundo que o normal, se tiver caído alguma chuva forte naquele ano. — — Por que você precisa saber sobr
Thea interrompeu Quincy e estendeu a mão para apoiar James. A Callahan olhou para Quincy e disse com frieza: — Eu cuido disso. Tome vergonha na cara e pare de agir como se fosse tão íntima de meu marido. — Quincy soltou James com uma expressão envergonhada. Embora James a tivesse aceitado como namorada, Thea ainda era sua ex-mulher e a moça se sentia um pouco culpada, naquela situação. No fundo, até ela sentia que estava roubando o homem de sua antiga amiga.James sentia calafrios e muita dor de cabeça. Com a tontura, não teve nem energia para discutir com Thea, então só conseguiu lançar a Quincy um olhar de quem pedia desculpas. A moça entendeu o recado lhe deu um leve aceno de cabeça.Thea ajudou James a chegar à tenda mais próxima para descansar, e já haviam preparado um leito apropriado para o homem se deitar. Ele não demorou para se sentir confortável e tentou descansar. No entanto, a moça que o acompanhava não pretendia permitir, porque queria apelar para seus sentimentos.
Thea ficou atordoada. 'James está procurando uma caverna para encontrar uma maneira de matar os parasitas? Ele está fazendo tudo isso por mim?'. De repente, ela sentiu que não entendia as ações do homem de jeito nenhum. James estava fazendo muito por ela e até se preocupava com o parasita em seu corpo, mesmo quando ela só continuava causando problemas a ele.— Eu... — Ela entreabriu os lábios, mas não conseguiu pronunciar uma palavra, enquanto Quincy a ignorou e voltou para a tenda.Os olhos de James estavam fechados, o homem já havia adormecido. Mesmo dormindo, seu rosto parecia pálido e fraco. Quincy se sentiu impotente e suspirou ao ver a condição em que seu amado se encontrava.James dormiu por muito tempo e só foi acordado pela dor. Desta vez, não foi apenas uma simples dor de cabeça. Em vez disso, sentia uma dor insuportável por todo o corpo. Era como se incontáveis seres minúsculos estivessem mordendo sua carne, bebendo seu sangue, enterrando-se em seus ossos e tentando despe
A decepção se espalhou pelo rosto de James. Quincy segurou sua mão e o confortou. — Não se preocupe. Nós vamos encontrar. —— Espero que sim. — James assentiu. O homem sabia que as chances de encontrar a estátua eram mínimas. Mesmo que encontrassem, o que ele procurava poderia não estar lá dentro. O homem continuou esperando por atualizações até o anoitecer, quando os soldados que ficaram para vasculhar a caverna retornaram. Eles exploraram por um longo período, mas não conseguiram encontrar nenhuma estátua ou pedra com as características descritas pelo general deposto. A fogueira, alimentada com mais lenha, continuou a arder na margem do rio. Daniel perguntou: — O que devemos fazer agora, James? — Mesmo tantos soldados treinados não conseguiram encontrar a estátua depois de um dia inteiro de busca. Era improvável que a encontrassem, de qualquer maneira. Havia apenas duas possibilidades: a estátua desmoronou ou procuravam no lugar errado. James pegou o mapa e o analisou outra
De início, o Imperador queria matar James. Embora seu rival estivesse, na prática, desabilitado, o fato de ele continuar vivo era suficiente para manter o general apreensivo e sem saber o que fazer. No passado, o Imperador não conseguia se livrar de James porque o homem ainda possuía a Lâmina da Justiça. Mesmo tendo renunciado ao cargo, sua morte ainda seria investigada.Depois que James se tornou um civil e entregou a Lâmina da Justiça, ninguém se importaria se ele permaneceria vivo ou morto. A ideia, de início, era deixar o homem morrer por conta dos parasitas, apenas para que fazer seu inimigo sofrer ainda mais. Contudo, seu temor escalou, então, contanto que encobrisse bem, estaria seguro para se livrar daquele problema.Entretanto, ao saber que James procurava por algo, mesmo debilitado, mais uma vez mudou de ideia. De certo, o velho Dragão Negro estaria procurando por algo extraordinário. O comandante pretendia depenar qualquer descoberta do velho colega antes de tirar sua vida
Quincy ficou acordada a noite toda, vigiando o estado de James em sua tenda. Thea, por outro lado, dormiu como um bebê e só acordou no dia seguinte. Ela rolou, sentou-se e pegou o telefone. Vendo que eram oito da manhã, a moça deu um tapa na testa e praguejou, com remorso: — Thea, sua imprestável! — Apressada, pulou do colchão, arrumou o cabelo bagunçado e saiu da tenda. Lá fora, as fogueiras ainda estavam acesas, tentando amenizar o frio intenso do outono. James se sentava em sua cadeira de rodas, com a bela Quincy, de pé atrás do homem, massageando seus ombros. Thea se aproximou e berrou: — Quincy! —Quincy virou a cabeça e gesticulou para que ela ficasse quieta. Thea chegou mais perto e viu que James havia adormecido na cadeira de rodas. Vendo o rosto exausto da mulher, a Callahan perguntou em voz baixa: — V-você não dormiu? — — Eu... — Quincy suspirou suavemente e disse: — A condição de James piorou muito ontem à noite. Ele continuava acordando com calafrios ou com dor.
Daniel era um general de uma estrela, então tinha certa autoridade, por isso, conseguir um pequeno submergível foi moleza. Depois de fazer uma ligação, caminhou em direção a James e informou: — Já fiz o pedido e o submergível será entregue, só precisamos esperar um pouco. — — Tudo bem. — James assentiu e se recostou na cadeira de rodas.Duas horas depois, o submergível foi entregue, bem mais rápido do que poderiam esperar. Era um pequeno veículo submarino que acomodaria até cinco pessoas. Quando a máquina foi entregue, Quincy tinha acabado de acordar do cochilo.Na margem do rio, as duas moças que acompanharam James na viagem o ajudaram a vestir uma roupa de mergulho, por questões de segurança. Quincy olhou para James, todo equipado, como se pudesse mergulhar, e perguntou: — James, tem certeza de que não precisa que eu vá com você? Você está fraco agora. O que você fará se algo acontecer na caverna? — — Nada vai acontecer. — James a tranquilizou.— Quincy, você espera na mar