James estendeu a mão pelas costas e pegou uma agulha. Com um movimento veloz de seus dedos, o projétil prateado voou em alta velocidade, acertando a mão do oponente e fazendo com que sua arma caísse no chão.— Chefe, nossos homens estão aqui. — Avisou Ron.— Passe as ordens. Vamos cercar a oficina, ninguém pode sair. O resto dos homens me segue até o esconderijo. — Ron transmitiu a ordem, então, fora do lugar, os homens chegaram em vans alinhadas. Todos pareciam apenas policiais à paisana, mas eram militares treinados, que se moveram rapidamente para fechar todas as saídas da instalação. Alguns, em seguida, entraram no prédio.— Chefe! — Os agentes se reuniram em fileiras organizadas, ficaram atentos e agiram como um batalhão de operações especiais, deixando os operários chocados com a cena. James liderou o caminho, dando as direções ao enorme bando de homens. O general já conhecia bem o lugar, então, com facilidade, localizou a porta escondida. Antes que ele soltasse a ordem, o
Jake se aproximava dos arredores da oficina de reparos nos subúrbios, com muitos homens o acompanhando. Mas, quando estavam prestes a chegar, o líder, de repente, pediu ao motorista que parasse, pegou o telefone e ordenou: — Vá entender a situação, não podemos chegar no escuro. — Um homem desceu do carro que vinha atrás e saiu em direção à oficina, escondido entre as construções de depósitos na região. Não demorou muito para que o capanga voltasse e desse um panorama. — Chefe, tem gente dentro e fora da fábrica. Só vi uns mostrando as armas, e tinha uns outros descarregando umas caixas de uma van. Arrisco dizer que está todo mundo armado. — — O quê? — Jay exclamou: — Acha que tem armas nas caixas? — — Sim. Pela postura dos homens, parece até que eles são um exército treinado. — — Merda! — Frustrado, Jake socou o carro.— Chefe, o que fazemos? — Jake respirou fundo, tentando se acalmar. Após um momento de deliberação, ele deu um comando: — Fique calmo, passe a ordem par
Jake caiu em si e falou: — James, isso é muito excessivo. Você realmente acha que sobreviverá se tiver essa rede de inteligência subterrânea? Você sabe quantas pessoas importantes querem você morto? Você vai acabar morto, de qualquer maneira. — — Você não precisa se preocupar com isso. — O general o encarou. — Vou contar até três. Se você não responder, entenderei como sua decisão final. — — Um. — — Dois. — — Está bem, porra! Eu te ajudo. — Jake finalmente cedeu, antes que James alcançasse o último número. O criminoso se via cercado pelo infame Exército do Dragão Negro. Não havia nada que ele pudesse fazer, exceto ceder às exigências do grande general. Sua única outra opção era uma bala no cérebro.James sorriu, porque tudo estava acontecendo como ele planejara.— Eu me livrei de todo o seu lixo maltrapilho que você tinha aqui. Vou deixar alguns de meus homens das Planícies do Sul com você. — Jake Graham respirou fundo. Eles eram o Exército do Dragão Negro das Planícies
Na unidade de terapia intensiva do hospital militar, Whitney estava limpando o corpo de Henry. Depois de alguns dias de descanso, o homem voltou a si, embora ainda estivesse muito fraco. James entrou no quarto com May.— Ei, James. — Whitney parou e o cumprimentou.James acenou de volta, então viu que Henry havia recobrado a consciência e soltou um suspiro de alívio. Seu amigo despertara mais cedo do que ele poderia imaginar.— James... — Henry o cumprimentou com uma voz fraca: — Desculpa, eu não consegui dar conta deles... — James se sentou ao lado de sua cama. — Está tudo bem, tudo acabou bem rápido, até. Se concentre na sua recuperação. Depois que você melhorar, podemos lutar juntos novamente. Podemos criar um império em Cansington, assim como fizemos nos campos de batalha das Planícies do Sul. — — Assim espero! — Henry sorriu.James sentiu o pulso do homem, para avaliar sua condição naquele momento. Depois disso, o general fez uma série de testes, antes de escrever uma no
Henry era um general das Planícies do Sul, então sabia o quão perigosos deveriam ser os combatentes de elite das nações vizinhas. Ele também sabia o quão difícil seria para James carregar seu corpo inconsciente enquanto lutava contra eles.— James, quais são seus planos depois disso? — James apertou sua mão e disse: — Apenas descanse, por enquanto. Terei coisas para você fazer depois que se recuperar. — — Tudo bem. — Henry concordou.James ficou no hospital o tempo todo até que o Rei Alegre voltou, trazendo um cartão de identificação com ele, que entregou a James: — A nova identidade está pronta. — O Dragão Negro deu uma boa olhada no cartão, que constava como pertencente a May Caden. O Rei Alegre explicou:— História simples: ela é uma parente distante dos Caden, uma prima vagamente aparentada sua. — James jogou para May enquanto dava risada. A moça segurou o cartão na mão, enquanto seu coração disparava de emoção. Durante muitos anos, ela tinha sido uma pária no mundo
James não estava nem um pouco preocupado com a conferência médica, já que conseguir o título de Asclépio foi moleza para ele. A única coisa em sua mente naquele momento era pensar em uma maneira de não se destacar muito. Ao seu lado, as palavras dele acalmaram Thea, que depositou todas as suas esperanças em James. Se o homem não pudesse ajudar a orientar os Callahan naquela crise, a família estaria condenada. Eles seriam condenados à mediocridade pelo resto de suas vidas. A noite chegou, uma batida veio de fora enquanto a família estava jantando. James se levantou para atender ao chamado, então viu que chegavam Lex e as famílias de Howard e John. Vendo isso, o general franziu a testa e perguntou: — O que há de errado, Lex? — — Vamos conversar lá dentro. — Lex suspirou cansado. — Por favor, entre. — James acenou para Lex entrar na casa. Vendo que os Callahan se reuniam em sua residência, o rosto de Gladys ficou azedo. — Sente-se, pai. — Benjamin se levantou e cumprimentou
Então, por que eles estavam aqui insultando Thea? James teria recorrido à violência se não fosse pelo fato de serem parentes de sua esposa. Enquanto isso, Lex lamentou: — Você não entende. Após o incidente, todos os nossos parentes cortaram contato conosco. — Jolie gritou: — É tudo por causa de Thea! Ela levou os Callahan à falência. Não posso mais voltar para a casa da minha mãe. Ninguém atende as minhas ligações. — A mulher olhou para a sobrinha e teria dado um tapa na cara da moça, se não estivesse na frente de tantas pessoas. Lex, servindo de ponto central, suspirou desanimado. — Isso é natural. As pessoas te bajulam quando você está por cima da carne seca e te chutam quando você está na lama. — Aflita, Thea olhou para James e o puxou para o canto.— Querido, você consegue pensar em alguma coisa? Devemos ajudar pelo menos a encontrarem um lugar para ficar, por enquanto. — James gentilmente agarrou a mão de Thea e disse: — Vou pensar em algo. — Ele saiu de ca
James foi com Lex até a porta, então disse a ele o nome e o endereço do hotel. — James, por que você não vem conosco? — Um dos Callahan mais jovens perguntou a ele. A família foi alvo de zombaria durante o dia inteiro. No momento em que as redes hotéis e até pequenos motéis percebiam quem eles eram, recusavam-se a atendê-los e os expulsavam, por isso estavam com medo de serem expulsos novamente. Chegavam mesmo a temer a possibilidade de precisarem dormir nas ruas, diante do azedume de Gladys para não os aceitar em casa.— Vai ficar tudo bem, relaxem. Podem chegar, na tranquilidade, porque organizei tudo. Vocês não têm nada com o que se preocupar. — James não estava com disposição para acompanhar a família. Afinal, pelo bem de Thea, ele foi benevolente o suficiente para ligar para Scarlett e providenciar acomodações para eles. Se fosse qualquer outra situação ele não teria perdido seu tempo com aquela família que tanto o maltratava. Dizendo isso, ele se virou e subiu as escadas