Quincy também estava com medo. Ela continuou se movendo para trás e chegou à beira da cama. Então, em um momento de descuido, caiu do colchão. Apressado, Lorne foi até a moça e a pegou. A mulher queria resistir, mas seu corpo ainda estava se recuperando do veneno de cobra e da droga de Quentin. Ela ainda estava fraca e não conseguia reunir forças para revidar.— Hahaha! Você não aguenta mais, Quincy? Não se preocupe, vou fazer você se sentir bem. — Ele a jogou na cama e começou a tirar a roupa. Depois disso, o canalha olhou para Thea, que havia empalidecido, e sorriu. — Não se preocupe, logo será a sua vez. — …James e May chegaram ao hotel, mas o general sentiu que algo estava errado, assim que se aproximaram do local. Notando os estranhos montando guarda do lado de fora, o militar correu para adentrar no prédio. Dando de cara com vários capangas em todas as escadas principais, não mostrou misericórdia e derrubou todos eles, enquanto corria para o segundo andar.Quando chegou
James olhou para May Argentum, os olhos cheios de gratidão, admirado pela capacidade que a moça demonstrara de improvisar.— Ah, certo, como devemos lidar com Lorne e as pessoas que ele trouxe? — James perguntou, enquanto olhava para Quincy e Thea.— Devemos deixar a polícia lidar com isso. — Respondeu Quincy.Aquilo tudo foi além de uma pequena ofensa, mas sim um crime grave. — Sim, isso eu já fiz! Pergunto é sobre o que mais poderíamos fazer. — — Lorne usou alguma coisa para nos acordar... — Lembrou a anfitriã.O general verificou as roupas do homem e pegou um recipiente que guardava uma substância fedorenta, então saiu do quarto começou a posicionar o frasco sob as narinas dos antigos colegas. Assim que as vítimas se recuperaram do efeito do gás e souberam o que havia acontecido, todos ficaram em choque, percebendo o nível de canalhice que Lorne poderia cometer.Os homens de Lorne foram todos contidos por James, então os recém-acordados conseguiram algumas cordas na cabana
Thea ficou em silêncio, pensando em como nunca teve a chance de agradecê-lo antes de ele morrer em batalha.Joan Dunn também ficou enlutada. Quando ela era uma delinquente, uma aluna muito ruim na escola, James foi quem a motivou a mudar sua vida. Infelizmente, o homem faleceu antes que ela tivesse a chance de reencontrá-lo.Os outros na multidão também estavam reflexivos, pensando em como o monitor de classe deles tinha se tornado o Dragão Negro. O homem que foi além das fronteiras de seu país e lutou pela segurança de todos, mas morreu em território nacional.Após o memorial, todos se revezaram para acender velas, então a cerimônia durou até o meio-dia.No caminho de volta, James segurou a mão de Thea e, carinhosamente, ofereceu: — Querida, as estradas da montanha são mais difíceis de andar, tenha cuidado. Você gostaria que eu a carregasse nas costas, tipo macaquinho? — — Não, querido! Que vergonha! — Thea achou fofo, mas corou. Havia tantas pessoas ao redor deles, como ela
Thea se lembrou do incidente do dia anterior, quando James sugeriu ter dinheiro para pagar Lorne. Teoricamente, no Dragon Fountain, o marido dela transferiu mesmo alguma quantia para o bandido, mas depois a recuperou. Ela queria perguntar sobre isso durante aquela noite, mas muita coisa aconteceu em um dia, então ela perdeu a oportunidade de saber mais sobre a situação.— James, como você conseguiu todo esse dinheiro? — Thea olhou para James seriamente.— Ah, querida, eu... — O general coçou a cabeça e sorriu sem jeito. — Nós, militares de carreira, sempre guardamos algum dinheiro extra para garantir. Mesmo depois de aposentado, mantive o hábito. Este é algum dinheiro que transferi do meu cartão da última vez, pois tive a sensação de que você poderia usar todo o dinheiro dele. Eu queria ter alguma garantia, para o caso de alguma necessidade emergencial. — Ao ouvir isso, Thea ficou em silêncio, afinal, foi devido à sua própria incompetência que ela perdeu todos o dinheiro investido
Thea se enrolou nos braços de James e chorou bastante, enquanto o marido a embalava e a confortava gentilmente. Quando a moça finalmente parou de chorar, perguntou: — Querido, os Callahan estão quase destruídos agora. Como você planeja nos tirar disso e ainda mais, nos erguer novamente? — — Não sei como, mas logo encontrarei um jeito, prometo. Por enquanto, eles terão que lidar com essa provação. Não seria ruim para eles aprenderem a engolir o orgulho também. — Thea não tinha outra escolha naquele momento, além de confiar cegamente em James. Era fato que seu marido, muitas vezes, conseguia se superar para ajudá-la em situações difíceis.— Certo, eu tenho que sair para resolver algo no trabalho. — Ele disse, levantando-se.— Tudo bem. — Thea assentiu, sem perguntar nada.James saiu do quarto e informou Gladys e Benjamin antes de sair de casa. Em seguida, o general dirigiu até a Clínica Common.Ao mesmo tempo, no escritório da vice-presidenta, no último andar da Torre Transgera
Jake era o responsável pela rede de informação clandestina, o que o tornava essencial para James. Para alcançar seus objetivos, o general precisava tomar controle sobre o traficante de informações e garantir sua colaboração. Sem a participação do criminoso, todas as suas possibilidades de avanço para o Dragão Negro seriam perdidas, o que exigiria ainda mais cautela em seu planejamento.— Sim, senhor. — Ron fez um telefonema: — Informe os meninos para se prepararem, a missão está chegando. —— James, você precisa de mim? — May perguntou.James apertou sua mão e disse: — Não. Você está ferida, apenas descanse.— Mas... — May tinha algo em mente.James olhou para ela. — Há algum outro problema? — May respondeu: — É só que eu sou, tecnicamente, uma pária. Eu não tenho nenhuma identidade, então vai ser difícil para mim me locomover na cidade. Você poderia me conseguir uma identidade legítima? — — Sem problemas. — James assentiu, enquanto saía com Ron.O subordinado do ge
James estendeu a mão pelas costas e pegou uma agulha. Com um movimento veloz de seus dedos, o projétil prateado voou em alta velocidade, acertando a mão do oponente e fazendo com que sua arma caísse no chão.— Chefe, nossos homens estão aqui. — Avisou Ron.— Passe as ordens. Vamos cercar a oficina, ninguém pode sair. O resto dos homens me segue até o esconderijo. — Ron transmitiu a ordem, então, fora do lugar, os homens chegaram em vans alinhadas. Todos pareciam apenas policiais à paisana, mas eram militares treinados, que se moveram rapidamente para fechar todas as saídas da instalação. Alguns, em seguida, entraram no prédio.— Chefe! — Os agentes se reuniram em fileiras organizadas, ficaram atentos e agiram como um batalhão de operações especiais, deixando os operários chocados com a cena. James liderou o caminho, dando as direções ao enorme bando de homens. O general já conhecia bem o lugar, então, com facilidade, localizou a porta escondida. Antes que ele soltasse a ordem, o
Jake se aproximava dos arredores da oficina de reparos nos subúrbios, com muitos homens o acompanhando. Mas, quando estavam prestes a chegar, o líder, de repente, pediu ao motorista que parasse, pegou o telefone e ordenou: — Vá entender a situação, não podemos chegar no escuro. — Um homem desceu do carro que vinha atrás e saiu em direção à oficina, escondido entre as construções de depósitos na região. Não demorou muito para que o capanga voltasse e desse um panorama. — Chefe, tem gente dentro e fora da fábrica. Só vi uns mostrando as armas, e tinha uns outros descarregando umas caixas de uma van. Arrisco dizer que está todo mundo armado. — — O quê? — Jay exclamou: — Acha que tem armas nas caixas? — — Sim. Pela postura dos homens, parece até que eles são um exército treinado. — — Merda! — Frustrado, Jake socou o carro.— Chefe, o que fazemos? — Jake respirou fundo, tentando se acalmar. Após um momento de deliberação, ele deu um comando: — Fique calmo, passe a ordem par