— Certo, vou agilizar tudo. — James desligou o telefone e pegou um táxi para a casa de Yosef, mesmo que já fosse tarde. O velho temia que o marido de Thea procurasse retaliação, então pediu a seu filho, Charlie Zaborowski, que arranjasse alguns amigos para fazer sua proteção e garantir que James apanhasse até ficar irreconhecível, caso aparecesse em sua casa.— Venham, rapazes. Tomem uma bebida! —O filho de Yosef, Charlie, recebeu bem os amigos, que eram um bando de brutamontes. Enquanto se enchiam de cerveja e carne assada, o homem mais jovem do grupo, que trajava uma camiseta preta, disse, confiante: — Fica tranquilo, Charles. Eu vou moer esse James na porrada, sozinho. —— Vai rolar grana depois, galera, então fiquem de boa. Vão sair daqui e curtir com a mulherada, assim que parecer que a barra tá limpa. Só precisamos esperar porque meu velho está achando que esse cara pode aparecer e arrumar problema. — Charlie sorriu e ficou aliviado por ter seus amigos presentes.— Traz
Yosef, Charlie e seus projetos de capangas foram levados pela polícia.— Senhor James. — O líder da equipe interpelou o general e perguntou respeitosamente: — Como você gostaria que investigássemos a família Callahan? — Aquele homem era o chefe do Departamento de Investigação de Crimes Comerciais e se chamava Wayne Jackson. Antes de chegar, procurou saber a identidade de James e sabia que ele era ligado à família que mandou investigar. No entanto, o homem permanecia alheio às outras identidades de James. Tudo o que que sabia era que uma pessoa qualquer não seria tratada com tanto respeito por Daniel, que era subordinado direto do Rei Alegre. Assim, o policial não se sentia confiante em relação à abordagem que deveria assumir diante dos Callahan, por isso perguntou.— Após as investigações, aqueles que merecerem a cadeia, irão para a cadeia, enquanto aqueles que merecerem multas, serão multados. — James foi sucinto.— Certo, senhor James. — Wayne assentiu e se retirou.— Eu o inco
Depois que os profissionais saíram, Tommy, ganancioso, correu até as caixas que continham as barras de ouro, tirou três delas e as beijou. Olhando bem de perto, sentindo o peso com as mãos e dando mais beijos nos tijolinhos dourados, o rapaz praticamente salivava, quando declarou: — Vovô! Parecem de verdade! Olhe que beleza! —Lex ainda refletia sobre a identidade do tal senhor Caden, enquanto encarava a quantia que o documento indicava ter ali em barras de ouro. O homem não entendia por que um completo desconhecido da família seria, de repente, tão generoso. Tommy pousou as barras sobre as caixas e caminhou em direção ao avô, inventando uma explicação que considerava plausível: — Vovô, pense bem! As únicas moças que ainda não se casaram na família são Megan e Yzabella, por parte do tio. Minha prima Yzabella já tem namorado, mas ele não se chama Caden. —— O tal senhor Caden nem mesmo podia indicar quem era sua pretendente? Que homem desavisado. Pelo menos, parece ser muito rico!
James voltou para casa, mas, para seu azar, ninguém se encontrava no lugar, e o homem esquecera de levar as chaves quando saiu. Como não participava do grupo da família no WhatsApp, não sabia da comoção que acontecia sobre os presentes que Scarlett enviara. Sem opções, ligou para Thea, que tinha ido à Longevity Pharmaceuticals para negociar com Yuna alguns pedidos. A esposa, por sorte, já se colocava a caminho de casa, além de estar ciente das mensagens no grupo.— Um misterioso senhor Caden que enviou presentes de noivado caros? — Thea ficou incrédula ao ver as fotos dos presentes, que Tommy postou na conversa para que todos da família vissem. A moça logo pensou no Caden que a protegera, o homem da máscara de fantasma. Foi nessa hora que, de repente, o telefone tocou. Vendo que era o marido, a moça se recompôs e atendeu a chamada: — Oi, querido! Algum problema por aí? — — Thea, você já está vindo? Eu precisei dar uma saída, mas esqueci de levar as chaves. Cheguei aqui agora, ma
Lex, que permanecia sentado no sofá, levantou os olhos e encarou James. — Está dizendo que foi você quem enviou os presentes? — — Eu gaguejei? — James perguntou, desaforado.— A cara desse homem nem arde! James, você não tem onde cair morto! — Gritou Tommy.— Pare de ser tão sem vergonha, James. Achou que conseguiria nos convencer só por causa do seu nome ser igual? Que família você tem? A gente nem sabe nada sobre você! — Gladys também o repreendeu.— Isso mesmo! A gente não sabe quem é o tal senhor Caden, mas certamente não há de ser alguém que procura por uma mulher casada! Com certeza, quem quer que seja, estará interessado na gatona aqui! — disse Megan.Lex continuava incerto sobre a identidade do benfeitor. Os entregadores não forneceram qualquer informação, além de que o remetente era algum senhor Caden.— Thea, você não conhece algum homem rico que se chama senhor Caden? — Lex olhou para Thea e perguntou esperançoso.— Na verdade, conheço sim. — Thea paralisou por um
— Vocês têm certeza de que os presentes são de um senhor Caden e não de um senhor Watson? — Gladys perguntou, ignorando a declaração da filha.A matriarca ainda imaginava que Zavier seria o autor daquilo, o que lhe parecia muito mais plausível do que acreditar que tivesse algo a ver com aquele desconhecido que Thea salvara há uma década. Lex, depois de uma tragada, disse. — Senhor Caden era o nome, nada além disso. Acho mesmo que deve ser o homem dos Caden que Thea salvou dez anos atrás. Já vimos outras de suas boas ações para minha neta, afinal. Esses presentes são para Thea, com certeza. —— Eu já disse que não posso aceitar! — Thea rejeitou mais uma vez.— Mas o que nos impede de ficar com eles, Thea! Pense bem! — David se levantou e correu para pegar chaves do carro esportivo, em cima de uma das caixas. — Não importa se foi o senhor Caden ou o senhor Watson quem os enviou, tudo pertence à nossa família, se for para Thea! — concluiu.— O que você está fazendo? Largue isso aí!
No fim, o desenrolar das coisas não foi tão ruim, se parar para pensar na segurança de Thea. James ficou satisfeito com o contexto que se construía. — Querido, você tem que acreditar em mim! — — Eu acredito, meu bem. Pode ficar tranquila. — James olhou nos olhos de Thea e disse: — Foi uma honra ter me casado com você, então, seja qual for o resultado, não vou me chatear contigo. Thea suspirou profundamente. Parte da família continuava discutindo, enquanto outros se dispersaram pelos cômodos da mansão, cansados daquilo. Em meia hora, contudo, Newton apareceu, interrompendo a discussão acalorada entre os principais interessados. Um dos fofoqueiros agregados atendeu à porta, já que a maior parte da família se encontrava distraída. Newton entrou, acompanhado de Serena. Ao ver os visitantes, Lex se levantou, sem pensar muito. O resto da família, atento ao movimento do patriarca, seguiu o exemplo. Curioso, o velho Lex caminhou devagar em direção à dupla. — Olá! Quem seriam vocês?
Com os policiais na porta, Howard e Tommy surtaram. Lex, afoito, deu um passo à frente e olhou para Wyatt. Como patriarca, precisava defender os herdeiros, além de que já conhecia o oficial, então arriscaria usar sua influência. — Senhor Jeremiah, isso poderia ser um mal-entendido? Como eles poderiam ter cometido tantos crimes? O que eles fizeram? — Wyatt olhou para James, que deu um passo à frente e disse: — Fui eu quem os denunciou às autoridades. — — Você?! — Eles fixaram o olhar em James, ao passo que Tommy teve um acesso de raiva. — James, seu canalha! Não basta sugar os recursos dessa família, agora ousa chamar a polícia para nós?! Com base em quê?! O que fizemos?! — — Você nos deve uma boa explicação, James! — Howard bradou. Thea puxou o marido e questionou: — James, que história é essa? — Todos encararam James, vários olhares cheios de ódio. O que aquele agregado imaginava que conseguiria chamando a polícia? Agora, o consideravam um traidor. James, contud