Em resumo, todos, com exceção de James e do próprio York, ficaram boquiabertos. Thea enraizou no local e demorou um pouco até conseguir responder. Quando conseguiu se situar, percebeu que o homem diante dela tinha as mãos unidas, como numa súplica. Então a moça as segurou com delicadeza e disse a York:— Senhor Smith, o que está fazendo? Por favor, não precisa disso! —— Jovem Thea, por favor, perdoe-nos. Por favor! Peço desculpas por meu sobrinho. —James jogou lenha na fogueira: — O homem pediu que minha esposa fosse passar uns dias em sua casa. — — Como é? — James ser autor daquela denúncia fez York se arrepiar. Tinha certeza de que era um comando oculto para que fizesse algo mais violento. Impetuoso, olhou para todos os lados, como se procurasse por algo. Seus olhos pousaram em uma cadeira de madeira, que ele rapidamente correu, agarrou e voltou correndo para bater com o objeto nas costas do sobrinho. A cadeira se deformou enquanto Zach praticamente ganiu.Em seguida, um
Thea respirou aliviada depois de dissiparem a tensão! Aquilo foi inacreditável, mas o dia ainda lhe reservaria surpresas. Nesse momento, uma Ferrari parou na entrada e dele desceu uma mulher alta, bonita e elegante, de camisa branca e saia lápis preta. A dama se aproximava, e seus saltos estalavam no chão, emitindo sons muito nítidos. — Madame Lawson! —De repente, os funcionários reagiram àquela chegada. Até a gerente, Miranda, endireitou-se para receber à beldade. — Madame Lawson! —Yuna simplesmente olhou para James. Depois, finalmente, seu olhar pousou em Thea. Fingindo estar familiarizada com a moça, segurou suas mãos e sorriu. — Olha só para você, Thea! —A esposa de James ficou atordoada, porque definitivamente não reconhecia aquela linda mulher.— Thea, sou eu. Yuna Lawson, não se lembra? Quando estávamos na universidade, você fez um discurso durante a palestra do senhor Quigley e recebeu vários aplausos. Eu também estava lá. — Thea se lembrava de uma ocasião assim,
Thea não gostava de como normalmente qualquer pessoa se referia a James.— Não é para tanto. Meu marido é muito mais do que todo mundo pensa! — — Sério? — Yuna sorriu. — Já ouvi tudo sobre ele. Sua família o escolheu para você, numa seleção de maltrapilhos. Ele não tem emprego, então tudo que faz é varrer a casa e cozinhar, dependendo de sua família até para comer. Ouvi até que costumava te buscar no seu trabalho na Eternality com uma motocicleta elétrica. É uma piada popular em Cansington, agora. —— Continue falando e eu vou embora. — Thea disse, séria.— Ei! Relaxa! Só estou brincando. Sei que são fofocas. — Yuna se desculpou imediatamente.Entendeu que Thea estava muito apaixonada por James, então seria difícil criar uma barreira entre os dois. Tratou de mudar de assunto.— De que tipo de roupa você gosta? Escolha o que quiser e será seu. Com sua silhueta perfeita e esse rosto lindo, qualquer coisa ficará ótima. — O olhar chateado de Thea se desfez. No entanto, ela podia p
— É mesmo? — James franziu a testa.— Não se preocupe! Vou garantir que sua gatinha chegue em casa em segurança. — Yuna sorriu.James olhou para Thea, mas a moça não sabia por que Yuna era tão amigável. Desconfiava que tivesse algo a ver com o homem da máscara de fantasma. Resolveu aceitar porque queria saber mais sobre a pessoa que salvara do incêndio e que a libertou das garras de Trent. Por isso, disse:— Jamie, pode ir! Vou mesmo aproveitar um tempo com Yuna. —Como Thea concordou, James cedeu, assentindo. — Certo, querida. Tome cuidado. Se precisar, me ligue. —Yuna agarrou Thea e as duas se afastaram. Quando já estavam distantes, Yuna sorriu para James e erguei a mão esguia para acenar um tchauzinho. James não pensou muito sobre isso. Imaginou que com Yuna por perto, Thea ficaria bem. Não achou que tivesse motivos para desconfiar da moça, que era, na verdade, muito simpática. Assim, o homem deixou a loja e saiu em sua motocicleta elétrica.No entanto, não foi para casa. E
Ao descobrir que, além dos Quatro Grandes, forças do submundo também se envolveram no assassinato dos Caden, James se enfureceu. Henry tomaria providências imediatamente. A questão era simples, porque havia sempre um caminho, mesmo que escuso, até as respostas. Assim, logo os arranjos foram feitos.— James, marquei um encontro com Jake Graham, na Oficina do Povo, nos subúrbios, hoje à noite. — — Certo. — James assentiu.— Chefe, Jake vende a informação, e bem caro. Devemos levar algum dinheiro? —James encarou Henry e perguntou: — Você trabalha comigo há quanto tempo? — — Quase oito anos. — Henry respondeu.— Não. Mais do que oito anos. Você deveria me conhecer. Eu preciso de dinheiro para lidar com chefe de território, Henry? —— Tem razão. — o subordinado concordou.James olhou para o relógio. Ainda era cedo, mas chegar aos subúrbios, por si só, demoraria. Tudo indicava que a noite seria longa, por isso ligou para Thea.— Querida, você já está em casa? Estou ocupado com
Henry riu. — Certamente não o suficiente para conseguir parar o Dragão Negro. — — Deixe de ser puxa-saco. Pega o carro e vamos conhecer Jake Graham. Vamos ver quanto ele sabe sobre o incidente dos Caden. —— Certo, chefe. — Henry foi ao estacionamento e buscou seu próprio veículo militar. Logo voltou para pegar James e Scarlett, depois se colocaram a caminho da Oficina do Povo nos subúrbios. Como James já deixou Thea avisada de que poderia não retornar na mesma noite, tinham bastante tempo, por isso, Henry dirigiu devagar. Eram quase nove horas quando chegaram ao local. Henry parou o carro e apontou para a oficina. — James, este é o QG de Jake Graham. A aparência de oficina mecânica é o disfarce, mas o lugar está cheio de gente armada até os dentes. — — Vamos. — James não ligava.O trio saiu do carro e andou em direção à oficina. Antes que pudessem entrar, um homem vestido com farrapos e coberto de óleo saiu. — Desculpe, já é tarde. Por favor, voltem amanhã. — Henry r
O esconderijo subterrâneo não era absurdamente grande, talvez até por questões de segurança. Mesmo assim, abrigava o suficiente para o lugar funcionar. Nas laterais havia paredes de pedra e as portas do lugar eram de metal. Aquela pela qual o trio acabara de entrar já estava trancada. A porta diante deles estava fechada e uma cortina preta os impedia de ver o que acontecia pelo gradil. Impaciente, Scarlett franziu ligeiramente a testa e olhou para James. — James, isso é seguro? — — Está tudo bem, apenas espere. — James acenou levemente.O Dragão Negro já estivera em inúmeras situações mais preocupadas, por isso sentia pouquíssima preocupação diante de um mero chefe local. Mesmo que Henry o alertasse sobre a extensão da rede de informações de Jake, na prática, tudo era a mesma coisa. No entanto, embora James estivesse calmo, Scarlett estava nervosa. Mesmo tendo algum contato prévio com o mundo da tríade, ainda era apenas uma saqueadora de mausoléus e não tinha experiência em lidar
Na casa, um homem de cerca de quarenta anos e um pouco gordinho estava sentado em um sofá. Usava um colete e tinha uma tatuagem do Dragão Verde no braço. Brincava com duas nozes nas mãos.— Andem. — Os mercenários pressionaram suas armas de fogo contra o trio, que seguiu em frente.— Sentem-se. — O homem que os aguardava apontou para o sofá.Os três se sentaram, mas, mesmo assim, os mercenários não saíram e ainda apontavam suas armas de fogo para eles. James perguntou, calmamente: — Você é quem manda no esquema aqui? — O homem não disse nada, só encarou o encapuzado. Rapidamente o subordinado indicado trouxe um notebook. Aquele que dava ordens apontou para o computador e disse: — Banco Suíço. Faz a transferência e vai saber o que quiser. —Sem perder o ritmo, James riu.— Por que eu faria uma transferência bancária com tantas armas apontadas para mim? Se você não cumprir sua promessa depois que eu fizer a transferência, eu morrerei com a fama de ser um jumento? —O home