Ponto de Vista de MatildeO convite era para uma estadia de uma noite na Matilha Lua Crescente, o que não era incomum. A maioria dos Alfas precisava viajar uma certa distância, e parecia apenas educado oferecer-lhes uma cama confortável para a noite em gratidão por terem viajado tanto.Pedro adorava me provocar, sempre dizendo:— Você parece uma estrela de cinema de Hollywood viajando com seu séquito.Ocupávamos vários quartos, e eu me preocupava se estávamos nos impondo demais ao Alfa Luís. Mas ele parecia entender minhas preocupações com a segurança e estava mais do que feliz em nos acomodar.Tínhamos viajado em nossos próprios carros da matilha. Danilo estava no nosso, junto com as crianças e eu. Diogo seguiu no carro de trás com Guilherme, Rafaela e Pedro, acompanhados por uma mistura de seguranças.Eu me perguntava se seria assim a nossa vida a partir de agora: Diogo sempre no carro atrás ou à frente, mantendo-se separado dos filhos.Minha mente se voltou para a noite anterior. L
Eu me virei, ignorando-o, mas sabia que ele tinha uma visão completa da minha bunda. Por que ele estava aqui tão tarde? Ele já deveria estar dormindo.A celebração estava envolta em mistério. Não havia um código de vestimenta definido, apenas vestir-se para a festa. Escolhi um vestido rosa empoeirado, sem alças, justo ao redor do meu corpo e que terminava logo acima dos joelhos. Meu cabelo loiro branco estava solto, estilizado de lado, e eu usava saltos altos pretos de grife, com a parte de trás vermelha.Ana usava um vestido de cor idêntica ao meu, um típico vestido de festa cheio de camadas, perfeito para rodopiar. Ricardo estava de camisa e calças, com uma pequena gravata borboleta. Danilo vestia um terno azul-marinho e tinha ido buscar uma bebida para mim, me dando a chance de observar a multidão.Eu podia ver Alfas de várias Matilhas presentes, muitos deles parte da minha Aliança, mas que eu ainda não havia conhecido pessoalmente. Eles olhavam para mim sem saber quem eu era. Manti
Ele entendeu meu olhar sedutor, e um sorriso arrogante surgiu em seu rosto, que logo se transformou em uma carranca. Observei seus olhos seguirem o grupo de homens reunidos ao redor de Pedro, e pude ouvir exatamente o que dois deles estavam dizendo.— Droga, pena que trouxe minha Luna comigo. Caso contrário, eu estaria em cima daquilo.Senti um nojo profundo pela falta de respeito dele, não só comigo, mas com sua própria companheira e Luna.— Ainda bem que não sou acasalado. Até o final da noite, vou estar pegando aquilo lá no banheiro.Será que os homens realmente falavam assim? Como se eu fosse sequer dar atenção para eles?— Você não tem chance... — O Alfa acasalado debochou desafiadoramente.— Ah é? Quer apostar?— Quanto?— Dois mil... — As palavras do Alfa sem par foram cortadas quando sua garganta foi envolvida pelo aperto firme de Diogo.— Quanto? — Ele rosnou agressivamente, empurrando o Alfa contra a parede.Ofegos ecoaram pela sala de festa. Diogo estava em puro modo de rei
Ponto de Vista de MatildePoderíamos estar sozinhos nessa sala de festas, pelo que eu sabia. Os arrepios estavam mais fortes do que antes, e eu finalmente entendi o que ele quis dizer, o que ele estava tentando me dizer. Será que éramos companheiros destinados? Isso explicaria muita coisa, como a intensidade entre nós sempre que eu estava sozinha com ele, quando não conseguia me distrair com os assuntos da Matilha ou com a ameaça de segurança que era a ex dele. Por que eu não percebi isso antes?Olhei para Diogo e ele sorriu, aquele sorriso convencido que agora fazia todo sentido. Ele sabia. Sabia há algum tempo, e dava para ver isso no modo como ele olhava para mim enquanto eu processava tudo. Olhei para a minha mão, que estava entrelaçada na dele, com o polegar dele acariciando as costas da minha mão.— Bom, agora parece um bom momento para anunciar o motivo da celebração desta noite! — Alfa Luís falou em voz alta, chamando a atenção de todos na sala.Soltei a mão de Diogo no mesmo
Eu estava pronta para me divertir com aquilo. Especialmente porque muitos deles eram membros da minha Aliança. Quando Alfa Luís começou a falar, todos os olhos se voltaram para mim quando levantei a mão, cortando-o.Eu coloquei minhas mãos no rosto, devagar, dando leves tapinhas.— Nada de bolhas.Minhas mãos desceram, passando pelos seios, pelos quadris e, finalmente, chegando à minha região inferior. Eu sabia que estava sendo observada, então fiz questão de enfatizar minha figura feminina, embora fosse um pouco magra demais, com seios pequenos, mas firmes. Seus olhares, que antes me observaram sem permissão, agora estavam sendo encorajados por mim.— Matilde! — Um rosnado baixo escapou de Diogo, o ciúme estampado em cada palavra enquanto todos olhavam para sua companheira. Um novo poder de confiança explodiu dentro de mim.— Um pênis? Nada disso. — Zombei, sorrindo para toda a sala.— Eu sou Matilde Alves, Alfa da Matilha Pedra Preta. Estou feliz em finalmente conhecer todos vocês, e
Ponto de Vista de MatildeO cenário ao nosso redor era encantador, extremamente romântico, mas eu não conseguia me concentrar nas centenas de rosas vermelhas, nas lanternas iluminadas por luzes de fada ou na música suave ao longe. Tudo o que ocupava meus pensamentos era ele. Desde que voltou à minha vida, venho lutando contra essa atração irresistível, essa força gravitacional que me puxava em sua direção.Ele tirou um maço de cigarros do bolso interno do paletó e colocou um na boca com suavidade. Enquanto acendia e soltava a fumaça, algo em mim se revoltou, um rosnado baixo formou-se no meu peito.— Eu não gosto que você fume. — Disse, sabendo que nunca gostei, mesmo que isso combinasse com sua imagem de bad boy. Eu conhecia os riscos para a saúde, e isso sempre me incomodou.Seu olhar sedutor, uma verdadeira obra de arte, já começava a mexer comigo de maneiras que eu preferia ignorar. Ele deu outra tragada no cigarro, mas dessa vez soprou a fumaça para o lado, longe do meu rosto.—
O beijo dele começa devagar até revelar sua verdadeira fome por mim. Eu lhe dou total controle; eu não teria chance de conseguir a vantagem aqui. Sua língua se move habilmente, provando cada parte da minha boca, e sinto meu corpo perder a capacidade de se manter de pé. Minhas pernas enfraquecem e ele percebe. Sua mão, que estava no meu quadril, envolve minhas costas e me puxa para ele, contra sua virilha. Eu o sinto duro contra mim, o que só aumenta o fogo dentro de mim.A mão dele, que traçou um rastro de arrepios no meu rosto, desce até o topo do meu vestido tomara que caia. Ele puxa o tecido para baixo, revelando meu sutiã de renda rosa antigo. Um gemido faminto escapa dos lábios dele ao olhar para o meu sutiã, meus mamilos visíveis através do material rendado. Seus lábios colidem com os meus novamente, e se meu vestido não fosse tão apertado, eu envolveria minhas pernas ao redor dele. Seus beijos são suficientes para me quebrar a um ponto de onde acho que nunca poderia voltar.De r
Ponto de Vista DiogoEu estava queimando por dentro ao ver Matilde naquele vestido. Só ela poderia caber tão perfeitamente em algo assim, parecia feito para ela. Cada detalhe da sua presença era hipnotizante. O perfume de flor de cerejeira com sal marinho que ela exalava se misturava ao aroma das rosas ao nosso redor, criando uma atmosfera que me deixava tonto de desejo.Eu queria marcar meu território, mostrar para todos na celebração com quem ela deveria estar. Queria que todos soubessem que ela era minha. Mas e se ela não quisesse ser marcada? Ela havia mencionado algo sobre não me manter… seria assim que ela se sentia? Casada, mas não marcada.Eu precisava ir devagar. Esse vínculo de companheiros não era algo que eu poderia forçar. Eu a tinha magoado, e agora precisava provar que não iria a lugar nenhum, que estava comprometido de verdade. Os dois Alfas que falaram dela como se fosse apenas um pedaço de carne… bem, eles já haviam assinado suas próprias sentenças de morte. Se eu nã