- Entregue, filhote exemplar! – ela desligou o automóvel e encolheu os ombros, fazendo um bico que tenderia a ser infantil, mas atingiu o amigo ao lado de uma forma completamente diferente.
Ele soltou uma risada anasalada e entendeu que não fazia mal brincar um pouco com a situação que os dois tinham se metido, por mais que sua cabeça gritasse que ele se controlasse com certas brincadeiras que não conseguiria controlar em um futuro próximo.- Não vou te beijar, não adianta insistir! – o bico foi zoado prontamente.- Quem falou em beijo? Você quer um beijo? – Angel fez a linha confusa.- Você vai ser informada com antecedência. – Marcelo piscou extremamente sinuoso, vendo um sorriso malandro surgir nos lábios mais do que convidativos da filha mais nova dos Valenthina . – Tchau, Angel, valeu pela carona! – os dois riram com- Fala sério! -Angel voltou ao assunto de o melhor amigo tocar na banda e o abraçou mais uma vez. - Então a gente precisa almoçar para conversar sobre isso! - ela piscou.- Amanhã! - ele instituiu. - E não aceito resposta negativa!A despedida se instituiu com mais alguns beijinhos na bochecha e após um abraço apertado, cada um seguiu seu caminho na corrida matinal.Angel abraçou o irmão de lado e recebeu a casquinha mista com bastante gosto.- Vocês deveriam namorar! -Enrico soltou como se não fosse algo muito importante.- Eu sou uma bruxa desapegada, meu anjo! - a mulher fez um bico ridículo e os dois riram. - Minha missão no mundo é beijar homens solteiros e encantá-los.- Porra,Angel! - o mais velho soltou um berro esganiçado e apertou-a um pouco mais pelos ombros. - Mas vamos? Ou vão nos crucificar por demo
- É o que enfermeiro faz para cuidar de doente, não é? – ela piscou ao despejar apenas um comprido na palma da mão dele.Marcelo olhou para mão desgostoso e suspirou derrotado ao se encostar na bancada que contornava a pia.- Também acho. –Marcelo repetiu o piscado. – É seu trabalho, sua vocação!- Tapado! – a mulher xingou e os dois riram alto. – Toma a aspirina e eu vou procurar a compressa nas gavetas dessa casa.- Você que manda, enfermeira! – ele jogou a capsula na boca e com ajuda de um gole de água, sentiu ela descer rasgando a garganta.Marcelo fez uma careta desgostosa pelo incomodo e sacudiu de leve a cabeça como se aquilo fosse melhorar seu estado, mas pode considerar uma certa piora na atenção assim que viuAngel agachada perto da última gaveta dos armários. Óbvio que ela não e
- Eu não tinha pensado nisso, mas confesso que seria lindo!- Claro que não,Angel! –Marcelo esganiçou em um baleies quase incompreensível. - A gente era moleque sem noção.- Mas agora são belos homens, dava uma senhora capa de álbum muito da bonita! - ela abriu as mãos uns centímetros a frente do corpo como se fosse uma tela. - Nossa, seria uma bela imagem, hein?- Você não pode tá falando sério. -Marcelo se deu por vencido, rindo junto com a enfermeira e comemorou contidamente ao ver a pista livre.- E na verdade, não estou! -Angel riu. - Minha última esperança seriam os alunos de vocês.Gabriel tocaria metade da noite e vocês têm uma semana para ensaiar um coral lindo com as crianças. – um sorriso trincado deixou claro que aquilo não era um pedido, se enquadrava mais como u
- A levei até a doceira, mas depois ela saiu com oHerculano. -Marcelo bufou baixo, se impedindo de rolar os olhos só pelo jeito que sua irmã mais nova lhe encarava.Viviana podia jurar como tudo aquilo era o mais puro ciúme pela filha dosValenthina ter dispensado ele, na verdade se encaixava mais como ego ferido.- A gente encontrou ele ontem na orla. - o Mr.Valenthina sorriu animado ao lembrar da cena. - Pareciam duas crianças se encontrando depois de semanas sem se ver.- Eu gosto dele! -Viviana prendeu uma risada ao ver o queixo do irmão quase ir ao chão. Ela não poderia estar falando sério. - Além do mais, os dois formam um casal bem bonito. Você não acha,Marcelo?Congelado.Marcelo estava congelado no lugar sem saber exatamente como encarar aquilo, como entender ou responder sem queimar todo o céu ego machucado sem sentido. De fa
- Pode contar comigo para fazer seu plano dar certo! – ele piscou ao abrir um largo sorriso.Angel foi um pouco mais além e bateu de leve com o indicador na bochecha, mostrando que ela merecia um beijo ali.Ele estreitou os olhos quase repreendendo a amiga, mas já tinha se dado por vencido desde que vira o sorriso sapeca dela de quem iria provocar até que um dos dois perdesse a linha e aí iria fingir que nada estava acontecendo. Cilada,Marcelo sabia bem que era cilada, mas não resistia a uma daquele tipo. Belos olhos, segura, linda e ainda por cima, inteligente. Aproximou o rosto do dela e pressionou firmemente os lábios na bochecha macia, fazendo questão de roçar levemente a barba por fazer.Ele era um filho da puta? Ele era um filho da puta. Mas no fim das contas, até que era um filho da puta bem gostoso.Os lábios quentes se intuíram a querer passear pela bochecha dela, qu
Logo uma coreografia que havia sido ensaiada por semanas a fio, começou ao som de uma música escolhida a dedo e muito bem ensaiada porGabriel e sua banda. Os dois casais flutuavam pelo salão com uma imensa leveza que emocionava a todos que estavam ali, em um dado momento da coreografia, os casais trocaram de parceiros para mostrar a cumplicidade de uma amizade tão linda, causando histeria nosquatro cavaleiros do apocalipsepostados à beira da pista de dança.Angel eEnrico já não seguravam mais o choro com algo tão emocionante e estavam sendo consolados porMarcelo eViviana.A noite realmente não poderia ficar melhor, depois de todas as exaustivas fotos tiradas, incluindo tanto os dois casais de bodas como os filhos e até alguns pedidos bem inusitados de Lau e Lottie para comMarcelo eAngel – fazendo os dois ficarem juntos nas fotos como u
- Tá apertado? Isso é Deus te falando para parar de ser gulosa e dividir comida com os outros. – ele piscou com um sorriso preso no canto dos lábios, fazendo-a rolar os olhos.- Vai te catar! – a mulher finalizou com um bico debochado e findou achando graça. – Eu quase não estou conseguindo respirar. – ela puxou fôlego e percebeu que estava mesmo ruim de concretizar algo tão simples, aproveitando para afastar a mão dele tão agarrada em sua cintura. O pedagogo voltou-a novamente eAngel arqueou a sobrancelha para ele.- Se você desmaiar, eu faço respiração boca a boca. Prometo. – mais uma piscadinha sem vergonha completou o tom cheio de malícia. Céus, o que tinha dado emMarcelo?- Ah claro, respiração boca a boca? E você sabe como funciona? – ela voltou a pergunta cínica e o viu dar de ombros em
- Que eu vou ficar sozinha? Sem ninguém em uma casaenooorme. É péssimo ficar só! –Angel fez um bico.- Porra,Angel! – o pedagogo suspirou sofrido, embora não tivesse soltado-a um segundo sequer.- Desculpa, eu estou me vingando? – ela apertou a boca dele entre o indicador e o polegar, vendo o amigo tentar capturar seu dedo com a boca. Os dois riram.- Do quê, exatamente? – o homem mordeu levemente o lábio dela.- Do seu péssimo comportamento há uns bons anos. –Angel piscou.- Deus perdoa.Angel faz sofrer? – os dois riram assim que o homem acomodou-a um pouco mais ao corpo dele. Os dois queriam aquele beijo de novo, queriam aquele contato em desespero dos corpos, por mais que só deixasse o tesão ainda mais afiado.- Basicamente! – o sorriso superior da mulher tomou forma nos lábios carnudos de